quarta-feira, 19 de abril de 2017

BTG nega envolvimento na investigação do Panamericano


O banco esclareceu que a compra do Panamericano pelo BTG foi uma operação firmada com o Grupo Silvio Santos em 2011


São Paulo – Depois de deflagrada a Operação Conclave, que investiga a aquisição de ações do Banco Panamericano S.A. pela Caixa Participações S.A (Caixapar), o BTG Pactual disse que “não foi parte ou teve qualquer envolvimento na compra de participação do Banco Panamericano pela Caixapar em 2009”.

Em nota, o banco frisou que foi requisitado ao BTG Pactual apresentar documentos referentes ao seu investimento no Banco Panamericano, realizado em 2011, e que os mesmos já estavam disponíveis no Banco Central.

O banco esclareceu que a compra do Panamericano pelo BTG foi uma operação firmada com o Grupo Silvio Santos em 2011.

“Não houve qualquer compra, pelo BTG Pactual, de ações de emissão do Banco Panamericano de titularidade da Caixapar”, frisou.

O BTG lembrou ainda que tal operação foi realizada no contexto das tentativas do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) de “equacionar a situação do Banco Panamericano, que passava por dificuldades à época”. O banco destaca que permanece à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.


Dona da MTV compra grupo Porta dos Fundos

 

Tereza Gonzalez, CEO do Porta dos Fundos, avalia que o negócio ajudará o grupo a expandir seus trabalhos e levar o conteúdo para outros países

 







São Paulo – A Viacom, dona dos canais MTV e Nickelodeon, anunciou nesta quarta-feira, 19, a aquisição da parte majoritária do coletivo Porta dos Fundos, responsável por um dos canais de maior audiência do YouTube.

“O talento e a criatividade mostrados pelos membros fundadores do ‘Porta dos Fundos’ na construção dessa marca são impressionantes e estamos muito animados para unir forças e expandir a presença do grupo fora do Brasil, por meio de nossa rede de marcas de sucesso ao redor do mundo. Acreditamos fortemente que a propriedade de conteúdo é um fator chave para o sucesso e estamos muito felizes em adicionar essa nova dimensão ao nosso portfólio”, disse Pierluigi Gazzolo, presidente da Viacom América, em comunicado oficial.

Tereza Gonzalez, CEO do Porta dos Fundos, avalia que o negócio ajudará o grupo a expandir seus trabalhos e levar o conteúdo para outros países.

“A sociedade é um grande passo para o grupo se expandir no mercado internacional, com novas oportunidades globais para o nosso portfólio tanto online como offline. Além disso, o acordo prevê uma distribuição excepcional de nossos conteúdos”, disse.

Criado em 2012 por Antonio Tabet, Fábio Porchat, Gregório Duvivier, João Vicente de Castro e Ian SBF, o Porta dos Fundos é o canal do YouTube mais influente do mundo, de acordo com o ranking Zefr, e conta com mais de 13 milhões de inscritos.

Além disso, possui uma linha de produtos licenciados, aplicativos, games, séries de TV e filme.


Lula negociou com Chávez para proteger Odebrecht, diz delator


Emílio Odebrecht disse que pediu ao ex-presidente que saísse em defesa do grupo, que estava ameaçado pela Andrade Gutierrez

 






São Paulo – O empresário Emílio Odebrecht, patriarca da Odebrecht, confessou em delação premiada que pediu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele interviesse com o ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, que morreu em 2013, em defesa do grupo, que estava ameaçado pela Andrade Gutierrez, em obra da Usina Hidrelétrica de Tocoma.

O termo 24 de Odebrecht trata sobre anotação que havia sido apreendida com o presidente afastado do grupo, Marcelo Odebrecht – preso desde 19 de junho de 2015. A anotação registrava: “Lula vs Ven e comentário AG”.

“Essa nota refere-se ao pedido que Marcelo me fez de falar com o ex-presidente Lula sobre a interferência que algumas pessoas ligadas ao governo do Brasil estavam fazendo junto ao governo da Venezuela em favor da Andrade Gutierrez”, registra o anexo 24, da delação do empresário.

“Acredito que as empresas devem conquistar contratos e espaço em outros países em função das suas competências técnicas e negociais”, afirma.

“Porém, acredito, da mesma forma, que o governo de origem não deve privilegiar uma determinada empresa em detrimento de outra (s). Era o que, aparentemente, estava acontecendo no caso.”

No anexo entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR), que antecede o testemunho filmado, em que ele enumera temas que pode revelar, Emílio Odebrecht disse que não se recordava se tratou do assunto com o ex-presidente, “mas muito provavelmente” o fez.

Ao ser interrogado pelos procuradores, o empresário confirma que falou com Lula sobre o assunto. “Cheguei a ter a oportunidade, a pedido de Marcelo, de conversar com ele próprio Lula, de que isso não podia estar acontecendo.”

“No fundo, foi uma reclamação de que o governo dele estava, em detrimento de outras, estava privilegiando uma em um negócio, em uma licitação. Houve na área da siderúrgica e na de uma hidrelétrica.”

O procurador da República quis saber se ele foi mesmo falar com o ex-presidente e qual foi a resposta. “Falei.” Emílio Odebrecht afirmou que Lula “ouviu”.

“E disse ‘Você tem toda razão e vou verificar o que está acontecendo’. Ele procurou minimizar, achando que não era.”

Emílio Odebrecht afirmou que teria dito a Lula que não levava a ele “coisas que eu não tenho confirmado”. De acordo com o empresário, era “o Itamaraty” que apoiaria a Andrade Gutierrez.

“Não só o Itamaraty, como pessoas de dentro do Planalto.” O delator afirmou não ter descoberto quem no governo. Emílio Odebrecht disse que a Odebrecht venceu uma das obras.

Doria é o tucano mais forte para eleições de 2018, diz pesquisa


Segundo sondagem do DataPoder360, prefeito de São Paulo é o único no PSDB com chances de enfraquecer o deputado Jair Bolsonaro

 





São Paulo – Se as eleições fossem hoje, o prefeito de São Paulo, João Doria, seria o único nome dentro do PSDB com reais chances de digladiar com os principais pré-candidatos à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PSC).

É o que mostra pesquisa do DataPoder360 realizada nos dias 16 e 17 de abril, menos de uma semana depois da divulgação da lista do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin.

Segundo a sondagem, Dória aparece com 13% das intenções de voto contra 8% do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e 7% do senador Aécio Neves.

Desses três tucanos, Doria é o único que não aparece na lista de citados pelos executivos da construtora Odebrecht em acordo de delação premiada– fato que teria fortalecido seu nome dentro do partido para a corrida presidencial.


Empate técnico com Bolsonaro


Lula lidera os três cenários analisados pela pesquisa. Mas é o desempenho de Jair Bolsonaro que espanta. Com Aécio e Alckmin no páreo, ele pontua respectivamente 19% e 18%.

Mas fica com 14% das intenções de voto quando Dória entra na disputa. O prefeito de São Paulo, por sua vez, tem 13% das declarações de voto – o que o deixa em empate técnico com o deputado do PSC.

Por outro lado, Dória rouba espaço da candidata da Rede, Marina Silva, que fica com 11% das intenções de voto quando comparada com os outros tucanos, mas com 9% diante do desempenho do prefeito de São Paulo.


Mais Econômica pede recuperação judicial

Rede de farmácias tem uma dívida de R$ 152 milhões

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Mais Econômica pede recuperação judicial


A rede de farmácias Mais Econômica ingressou com um pedido de recuperação judicial na Comarca de Porto Alegre nesta terça-feira (18).  Segundo a companhia, a medida é para sanar a empresa, restabelecer a normalidade das operações, repor o estoque de produtos e preservar empregos. A informação é do Blog Acerto de Contas, da rádio Gaúcha. 

A atual direção atribui os problemas financeiros à gestão da antiga controladora, a BR Pharma, do banco BTG Pactual. Segundo o comunicado, isso afetou a tomada de financiamento e provocou a interrupção no pagamento de fornecedores. Há uma ação judicial contra a gestão anterior pedindo indenização. A dívida é de R$ 152 milhões, sendo que R$ 135,4 milhões são débitos com fornecedores e os R$ 16,6 milhões restantes são valores trabalhistas. Em novembro de 2015, a Mais Econômica foi comprada pela VERTICapital.

Venezuela registra distúrbios em dia de intensas manifestações


Milhares de opositores marcham de diferentes pontos de Caracas rumo à Defensoria do Povo, onde o chavismo também se mobiliza


Policiais e militares venezuelanos jogavam gases lacrimogêneos contra opositores que se manifestavam nesta quarta-feira em vários pontos de Caracas, para impedir que avancem até o centro da capital em uma gigante marcha contra Nicolás Maduro.
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Os distúrbios começaram em setores da estratégica rodovia Francisco Fajardo, no El Paraíso, Quinta Crespo, San Bernardino e San Martín, oeste da cidade, constataram os jornalistas da AFP.

Em San Bernardino, noroeste da capital, um rapaz de 17 anos ficou ferido a bala na cabeça ao ser atingido por disparos feitos por um grupo de homens em motos.

Em Paraíso, agentes da militarizada guarda nacional tentavam dispersar com gase os manifestantes. “Covardes!”, gritava um grupo de mulheres.

A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, solicitou nesta quarta-feira aos organismos de segurança do Estado que garantam o direito de manifestação pacífica, quando oposição e governismo marcham em Caracas.

“Os responsáveis ​dos organismos de segurança do Estado devem garantir o exercício do direito de manifestação pacífica, sob um apego estrito aos direitos humanos. Os mecanismos de negociação devem se esgotar antes do uso da força pública”, afirma um comunicado divulgado por Ortega.

Ortega – chavista confessa – surpreendeu há duas semanas quando classificou como uma “ruptura da ordem constitucional” a sentença com a qual o máximo tribunal assumiu as funções do Parlamento de maioria opositora, uma reação que impulsionou a anulação parcial da decisão.

No comunicado, a procuradora também pediu aos atores políticos uma reflexão para que os protestos que convocarem sejam pacíficos e não coloquem “em risco a integridade física dos manifestantes” nem a estabilidade institucional.

Milhares de opositores marcham de diferentes pontos da cidade rumo à Defensoria do Povo, no centro de Caracas, onde o chavismo também se mobiliza.


Veja as fotos do protesto da oposição na Venezuela


terça-feira, 18 de abril de 2017

Fazenda mudou decreto para setor de etanol após intervenção, diz Odebrecht



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Marcelo Odebrecht disse em depoimento de delação premiada que tinha influência nas decisões do governo devido à relação que mantinha, por exemplo, com Guido Mantega.

O empresário Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora Odebrecht, afirmou em depoimento que interviu junto ao então ministro da Fazenda Guido Mantega para que fosse alterado o texto de um decreto que tratava de benefícios para produtores de etanol.

O delator disse aos investigadores que, a pedido dele, técnicos do Ministério da Fazenda se reuniram com representantes da União da Indústria de Cana de Açúcar (Única), associação que representa os produtores de açúcar e etanol, para “vir um pacote razoável” para o setor.
 
A declaração foi dada em depoimento ao Ministério Público Federal, dentro de acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato.
 
“Eu tinha uma reunião de Guido [Mantega] por outra razão. Quando eu estava esperando Guido, essa reunião foi em Brasilia, eu estava esperando ele naquela ante sala que tem uma sala de reunião, ele entra pela sala dele. Eu não me lembro quem, mas alguém da equipe dele disse: 'Ó, Marcelo, esse é o decreto do pacote do etanol que vai sair amanhã'. Aí eu li rápido e disse: 'Isso não resolve, não é nada disso. Aí o governo vai dizer que fez o pacote e não vai resolver'. Em seguida, eu tive a reunião com o Guido e disse: 'Segura esse negócio e vamos botar os técnicos da Única e o seu pessoal [do Ministério da Fazenda] pra resolver esse assunto e vir um pacote razoável'. E aí foi feito isso”, relatou Odebrecht aos investigadores.
 
Na sequência, Odebrecht avalia que o pedido de benefício pelo setor de etanol “era legítimo”, mas que “o pacote ia sair prejudicado” se não fosse pela influência dele junto ao governo, em especial junto ao então ministro Mantega.
 
“Quer dizer, é aquela história: era legítimo, mas com certeza se eu não tivesse esse acesso [a Mantega], o pacote ia sair e ia ser prejudicado. Então, eu consegui isso, teve a reunião [entre técnicos da Fazenda e da Única], foi o pacote que saiu junto com o REIQ. Esse foi um exemplo”, afirmou Odebrecht. REIQ é o Regime Especial da Indústria Química, que dá benefícios às empresas do setor.
 
"Infelizmente ele via isso como um benefício que ele estava dando pra gente, com certeza pesava na cabeça dele quando ele fazia um pedido pra doar de campanha e algumas coisas, não tudo, eu conseguia resolver por esses acesso que eu tinha a ele. Quer dizer, se tivesse uma empresa ou um setor que não tivesse esse acesso, que não tivesse esse compromisso que eu tinha com eles, provavelmente não tinha resolvido. [...] O que foi resolvido com certeza teve peso importante no fato de que eu tinha esse acesso a ele", completou (G1, 17/4/17)

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