terça-feira, 25 de abril de 2017

STF arquiva recursos contra urgência da reforma trabalhista


A decisão abre o caminho para que os aliados do governo possam votar ainda nesta terça-feira a proposta de reforma na comissão especial

 





Brasília  – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello mandou arquivar duas ações com pedidos de liminar que questionavam a aprovação na semana passada de um requerimento de urgência para acelerar a tramitação do projeto de reforma trabalhista.

A decisão abre o caminho para que os aliados do governo possam votar ainda nesta terça-feira a proposta de reforma na comissão especial.

Na primeira decisão, Celso de Mello considerou que a entidade que impetrou o mandado de segurança, a Confederação Nacional das Profissões Liberais, não tinha legitimidade em lei para propor esse tipo de ação no Supremo.

Na segunda ação, sobre um pedido feito pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), o relator entendeu que o STF não deve interferir em assunto de competência exclusiva do Legislativo.


Weg anuncia entrada no mercado eólico indiano


A fábrica estará apta para fornecer os primeiros equipamentos a partir de 2018

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Weg anuncia entrada no mercado eólico indiano

A Weg (foto) divulgou nesta quarta-feira (25) planos de fabricar aerogeradores na unidade fabril de Hosur, na Índia, bem como a entrada da companhia no mercado eólico indiano. O anúncio foi feito durante a Windergy, feira nacional de energia eólica, realizada em Nova Déli. A empresa pretende adequar sua fábrica de motores e geradores, no estado de Tamil Nadu, próximo a Bangalore, para também fabricar aerogeradores de 2,1 megawatts (MW).

A Weg Índia tem 35 mil metros quadrados de área construída e aproximadamente 490 funcionários. 

“A concepção modular de nosso parque fabril permite atender a necessidade de expansão da Companhia com investimentos razoavelmente baixos, limitados apenas a alguns dispositivos utilizados especificamente na fabricação dos aerogeradores”, explica Swapnil Kaushik, diretor da Weg Índia.

Com capacidade de absorver a produção de até 250MW por ano, a unidade indiana estará apta para fornecer os primeiros equipamentos a partir de 2018. Enquanto isso, a companhia iniciará as atividades comerciais de captura de contratos de fornecimento e de desenvolvimento dos fornecedores locais. Segundo João Paulo Gualberto da Silva, diretor da divisão eólica da Weg, a Índia apresenta condições bastante atraentes para a companhia. “Além de ser o quarto maior mercado do mundo em geração de energia eólica, o país oferece uma excelente cadeia de fornecedores para aerogeradores e custos de produção muito competitivos”, explica ele. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/3912

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Natura e CVC estarão na próxima rodada de lances pela Body Shop


Ofertas pela Body Shop atingiram mais de 800 milhões de euros (US$ 856 milhões), segundo as fontes

 






Londres – A L’Oreal escolheu a Natura Cosméticos além de companhias de private equity como ofertantes na próxima rodada do leilão para seu negócio Body Shop, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

CVC Capital Partners, Advent International Corp. e Investindustrial Advisors SpA também estão entre as empresas da disputa, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque o processo é privado.

Ofertas pela Body Shop atingiram mais de 800 milhões de euros (US$ 856 milhões), disseram as fontes. Ofertas vinculantes devem ser apresentadas no início de junho, disse uma das pessoas.

Há mais de uma década, em um acordo avaliado em 652 milhões de libras (US$ 833 milhões), a L’Oreal comprou a Body Shop, fundada em 1976 pela empresária britânica Anita Roddick.

A L’Oreal disse esta semana que ainda não tomou uma decisão sobre o futuro da rede, que viu seu lucro operacional cair 38% para 33,8 milhões de euros no ano passado.

Representantes da L’Oreal, CVC Capital e Advent preferiram não comentar. Investindustrial e Natura não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

A Body Shop tinha atraído lances iniciais de cerca de 15 empresas, disseram pessoas familiarizadas com o assunto no início deste mês.

Sua controladora francesa havia dito em fevereiro que iria explorar todas as opções estratégicas para o negócio, que tem lutado com a concorrência pesada.
 

Nikon processa ASML e Carl Zeiss por violação da patentes


A japonesa Nikon disse ter aberto processos por infrações da patente nos Países Baixos, Alemanha e Japão contra a ASML e sua fornecedora

 





Frankfurt/Tóquio – A Nikon disse nesta segunda-feira que está iniciando ação legal contra a ASML e a Carl Zeisse, acusando-as de usar sua tecnologia de litografia sem permissão.

Entre as oito maiores fabricantes de equipamentos de chips do mundo, a japonesa Nikon disse ter aberto processos por infrações da patente nos Países Baixos, Alemanha e Japão contra a ASML, que fabrica máquinas de semicondutores litográficos, e a Carl Zeiss, fornecedor óptico da ASML.

“A ASML e a Zeiss usam a tecnologia patenteada pela Nikon nos sistemas litográficos da ASML, que são usados globalmente para fabricar semicondutores, sem a permissão da Nikon, eles estão infringindo a patente da empresa”, declarou a Nikon.

A japonesa disse ainda que isso está causando danos e quer evitar que a ASML e Zeiss vendam sua tecnologia.

A ASML domina o mercado de máquinas semicondutores de litografia, que mapeiam circuitos eletrônicos de silício.

A empresa baseada nos Países Baixos tem 90 por cento do mercado para máquinas de alta tecnologia, de acordo com uma pesquisa publicada em janeiro pela Fitch.

“O processo da Nikon é infundado, desnecessário e cria incertezas para a industria de semicondutores”, disse o presidente da ASML, Peter Wennink.

A empresa tenta negociar uma extensão dos acordos de licenciamento com a Nikon, disse ele.

A ação legal chega após uma mediação nos Estados Unidos não conseguir chegar a um acordo em 2016. E é a mais recente envolvendo as três empresas, desde que a ASML e a Carl Zeiss pagaram 87 milhões de dólares à Nikon em 2004, segundo a Nikon.

Marca de luxo Jimmy Choo se coloca à venda


Com o objetivo de maximizar os lucros para seus acionistas, a marca disse estar preparada para abrir discussões informais com potenciais compradores

 




A marca de sapatos de luxo Jimmy Choo anunciou nesta segunda-feira que se coloca à venda para maximizar os lucros para seus acionistas, dois anos depois de sua entrada na bolsa em Londres.

“O conselho de administração da Jimmy Choo anuncia hoje que decidiu realizar uma revisão das diferentes opções estratégicas abertas à companhia para maximizar o valor para seus acionistas, e está buscando ofertas pela companhia”, afirmou a empresa em um comunicado.

A Jimmy Choo informou que ainda não recebeu ofertas, mas que a partir de agora está preparada para abrir discussões informais com potenciais compradores.

O principal acionista da Jimmy Choo, o fundo de investimentos com sede em Luxemburgo JAB Luxury, que tem 67,66% do capital, explicou em outro comunicado que apoia a venda.

Fundada há 20 anos pelo designer de origem malaia Jimmy Choo e por uma diretora da revista de moda Vogue, que abriram sua primeira loja em Londres, é uma das marcas favoritas entre celebridades como Michelle Obama, Kate Middleton, Nicole Kidman e Lady Gaga.
 

J&J, Novartis e Takeda querem comprar a Hypermarcas, dizem fontes


Fontes também disseram unidades de bancos de investimento do Bradesco e do Credit Suisse foram contratas para assessorar a venda

 


São Paulo – Johnson & Johnson, Novartis e Takeda Pharmaceutical estão em negociações com o bloco de controle da Hypermarcas para compra da companhia brasileira de medicamentos, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto nesta segunda-feira.

Famílias donas das empresas de investimentos Igarapava Participações e Maiorem SA de CV, que detêm uma participação combinada de 34 por cento da Hypermarcas contrataram as unidades de bancos de investimento do Bradesco e do Credit Suisse para assessorar a venda, disseram as fontes.

Fala, Palocci!

 

 

Por Eliane Cantanhêde



Fala, Palocci! - Por Eliane Cantanhêde


A defesa, o sítio e o triplex de Lula desabam e o foco se desloca para Palocci.

Léo Pinheiro é a pá de cal na defesa do ex-presidente Lula, mas a bola da vez é o seu ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que conseguiu a proeza de despencar não de um, mas de dois governos diferentes, e continuou aprontando das suas com uma desenvoltura tão surpreendente quanto seu inalterável ar de bom moço, até cair nas garras da Lava Jato e ser considerado hoje o futuro delator com potencial mais explosivo.

Em suas delações ao juiz Sérgio Moro e aos procuradores, Marcelo Odebrecht contou que era ele, Palocci, quem administrava a conta “Amigo” na empreiteira, um cheque em branco que abastecia as vontades e luxos da família Lula da Silva. E, no relato dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, os acertos de valores, prazos e formas de pagamento para, primeiro, salvar a imagem do presidente Lula e, depois, os votos do candidato Lula, após o mensalão, foram feitos diretamente no gabinete da Fazenda.

Palocci, aliás, foi preso em setembro do ano passado sob a suspeita de ter favorecido a Odebrecht numa medida provisória sobre benefícios fiscais, numa licitação da Petrobrás para compra de navios-sonda, num financiamento do BNDES para obras da empreiteira em Angola e na doação de um terreno para o Instituto Lula.

Em sendo assim, Palocci tinha múltiplas personalidades: era ministro da Fazenda e ditava a política econômica, mas ao mesmo tempo lobista da Odebrecht, operador financeiro do PT e gerente da conta de Lula naquele banco da empreiteira chamado de Setor de Operações Estruturadas. Era três em um, ou melhor, quatro, cinco ou seis em um.

Palocci começou cedo. Basta olhar para as fotos dele cercado por seus assessores na prefeitura de Ribeirão Preto para perceber que havia algo errado. Bonachão, com seu ar e seus óculos de aluno estudioso, era cercado por figuras que acabaram encalacradas na justiça.

Mas Palocci pousou em Brasília com os ventos alvissareiros da primeira eleição de Lula. O médico que assumia a Fazenda. O ex-prefeito com aura de competência. O hábil que driblou vários concorrentes e ficou lado a lado do presidente. O pragmático que jogou no lixo as teses econômicas do PT e virou o queridinho do mercado – e da mídia.

A primeira surpresa de quem não conhecia as histórias de Palocci em Ribeirão foi saber de uma casa alugada no bairro mais nobre de Brasília, onde eram dadas festas de arromba e havia um estranho trânsito de malas de dinheiro. E ele não teve o menor prurido em usar seus poderes para quebrar o sigilo do caseiro que contara detalhes sobre a casa subitamente famosa.

Palocci desabou da Fazenda de Lula, mas ressurgiu igualmente poderoso na campanha de Dilma Rousseff em 2010 e dali para a Casa Civil. E desabou de novo, por não explicar a compra de um apartamento de R$ 7 milhões , que era dele, mas não era dele, cheio de mistérios. Não se sabe se ele aprendeu com Lula, ou se Lula aprendeu com ele...

É assim, com essa trajetória tão atribulada, sua relevância no centro do poder e agora seu desconforto em sete meses de prisão, que Palocci se torna a bola da vez. Ainda há muito o que contar sobre Lula e os governos petistas, mas o grande terreno a ser desbravado não é do lado corrupto, mas do lado corruptor. O que se sabe do sistema financeiro na Lava Jato?

Em seu depoimento desta quinta-feira, 20, a Sérgio Moro, o ex-ministro foi de uma gentileza que raiou a sabujice ao se oferecer como delator: “Se o sr. estiver com a agenda muito ocupada, a pessoa que o sr. determinar, eu imediatamente apresento todos esses fatos, com nomes e endereços, para um ano de trabalho”. Os investigadores esfregam as mãos, os investigados entram em pânico 

(O Estado de S.Paulo, 21/4/17)