sexta-feira, 5 de maio de 2017

Lula pediu para fechar contas de propina no exterior, diz VEJA


O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque se encontrou com o juiz Sergio Moro e revelou encontro secreto com Lula

 




São Paulo – Nesta sexta-feira (5), em depoimento ao juiz federal Sergio Moro, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque afirmou que recebeu ordens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fechar as contas que supostamente mantinha no exterior para receber propinas oriundas de contratos da Petrobras. 

Segundo informações de VEJA.com, eles teriam marcado um encontro secreto no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, já durante as investigações da Operação Lava Jato.

A publicação ainda diz que o petista, além de monitorar pessoalmente o fluxo de pagamentos de contratos que renderiam valores ilícitos posteriormente, teria feito questão de advertir para a necessidade de eliminar rastros no exterior que pudessem levar as autoridades até a propina.




Defesa pede que liberdade de Palocci seja julgada pela 2ª Turma


Fachin tomou a decisão sobre o julgamento no plenário da Corte após rejeitar pedido provisório para soltar Palocci

 






A defesa do ex-ministro Antonio Palocci recorreu ontem (4) da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de enviar para o plenário da Corte o julgamento definitivo de um pedido de liberdade.

Fachin tomou a decisão após rejeitar pedido provisório para soltar Palocci, preso em setembro do ano passado na Operação Lava Jato.

No recurso, os advogados alegam que o ex-ministro deve ser julgado pela Segunda Turma, responsável pelos julgamentos da Lava Jato no Supremo, e não pelo plenário.

“A decisão agravada não se sustenta, seja porque completamente desfundamentada, seja porque não pode, a descoberto de razões, subtrair o julgamento do mandamus do seu juiz natural, que é a colenda Segunda Turma”, sustenta a defesa.

Ao enviar o julgamento de mérito ao plenário, o ministro tenta obter apoio da Corte para manter as prisões na Lava Jato.

Fachin é relator das ações da operação no colegiado e foi derrotado na terça-feira (2), por maioria, na votação que concedeu liberdade ao ex-ministro José Dirceu.

Antes da decisão que beneficiou Dirceu, os empresários José Carlos Bumlai e o ex-tesoureiro do PP João Claudio Genú foram soltos por decisão da Turma.

Além dos ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Gilmar Mendes, que fazem parte do colegiado da Lava Jato, a Corte é formada pelos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Marco Aurélio e pela presidente, Cármen Lúcia.

Na decisão em que negou liberdade provisoriamente a Palocci, Fachin entendeu que não há nenhuma ilegalidade na decisão do juiz federal Sérgio Moro, que determinou a prisão.

“O deferimento de liminar em habeas corpus constitui medida excepcional por sua própria natureza, que somente se justifica quando a situação demonstrada nos autos representar manifesto constrangimento ilegal, o que, nesta sede de cognição, não se confirmou”, afirmou o ministro.

Paraná prepara esquema de segurança para depoimento de Lula


Será a primeira vez que o juiz Sérgio Moro e o ex-presidente ficarão frente a frente no processo da Operação Lava Jato

 







Curitiba se prepara para o interrogatório do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva na próxima quarta-feira (10).

A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) do Paraná montou um esquema especial para garantir que o depoimento aconteça sem intercorrências e evitar confronto entre manifestantes contrários e favoráveis a Lula.

Será a primeira vez que o juiz Sérgio Moro e o ex-presidente ficarão frente a frente no processo da Operação Lava Jato.

Haverá um bloqueio em um raio de 150 metros em torno do prédio e apenas jornalistas credenciados e moradores poderão passar pelos policiais.

A Polícia Militar do estado vai cuidar da segurança nas ruas ao redor do prédio da Justiça Federal, que será monitorado pela Polícia Federal.

A Direção do Foro suspendeu os prazos processuais e o atendimento ao público no dia do interrogatório. Além disso, segundo decisão da diretora do Foro, a juíza federal Gisele Lemke, também não poderão entrar no prédio magistrados, servidores, estagiários e terceirizados. “O acesso ao edifício Manoel de Oliveira Franco Sobrinho (sede Cabral) somente será permitido às pessoas envolvidas com a realização e apoio da audiência, devidamente autorizadas pela Direção do Foro, conforme lista a ser encaminhada à Polícia Militar do Estado do Paraná”, diz o despacho.

A Polícia Militar informou que monitora e já tem notícias de grupos favoráveis e contrários que se deslocam para a capital. Mas não confirmou o número de ônibus que seguem para Curitiba. Os grupos ficarão em pontos distintos da cidade. De acordo com o secretário da Sesp, Wagner Mesquita, manifestantes a favor de Lula vão ficar na Rua XV de Novembro. Já os contrários deverão se concentrar no Centro Cívico. “Nosso objetivo como órgão de Segurança Pública é garantir a livre manifestação democrática e pacífica. Por conta disso, estamos mantendo diálogo com todas as entidades e solicitando cronograma e programação para ajustar a utilização do nosso efetivo”, afirmou.

Nesse processo, Lula é acusado de receber propina da empreiteira OAS por meio das reformas de um apartamento tríplex no Guarujá e de um sítio em Atibaia, ambos em São Paulo. A defesa do ex-presidente nega que ele seja dono dos imóveis.


Presos na Lava Jato pedem extensão de habeas corpus dado a Dirceu


Pedidos foram encaminhados pelas defesas de dois sócios da Construtora Credencial, principal foco da Operação Vício

 




Brasília – As defesas dos empresários Flavio Henrique de Oliveira Macedo e Eduardo Aparecido de Meira, que estão presos preventivamente na Operação Lava Jato, entraram com pedidos de extensão do habeas corpus concedido ao ex-ministro petista José Dirceu, no Supremo Tribunal Federal (STF), para que também sejam postos em liberdade.

Macedo e Meira são sócios da Construtora Credencial, principal foco da Operação Vício, 30ª fase da Lava Jato, e foram condenados na primeira instância.

Apesar de o relator da Lava Jato ser o ministro Edson Fachin, o ministro Dias Toffoli tornou-se o relator especificamente para questões que envolvam a decisão tomada no julgamento da 2ª Turma do STF em que foi revogada a prisão de Dirceu, porque foi o autor do voto que iniciou a divergência e saiu vencedor, contrariando o entendimento do relator. Desta forma, os pedidos de extensão neste caso deverão ser analisados pelo ministro Toffoli. Em tese, como a decisão de soltar o ex-ministro foi tomada na turma, é provável que a discussão sobre a extensão ou não seja feita na turma.

Flavio Henrique Macedo foi condenado na Lava Jato em uma ação penal na qual é corréu junto com José Dirceu e outros, pelos crimes de lavagem de dinheiro e de associação criminosa. Ele recorre no Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Alexandre Crepaldi e Marcos Milan Gimenez, que defendem Flavio Henrique Macedo, afirmam que a situação dele é semelhante à de José Dirceu.

“Ambos foram condenados nos autos da ação penal nº 5030883- 80.2016.4.04.7000 e aguardam o momento de apresentarem as razões de apelação; os supostos fatos criminosos não são contemporâneos ao decreto prisional; e o requerente está preso por prisão cautelar por tempo desproporcional”, dizem os advogados.

A defesa ressalta que Flavio Henrique Macedo já tem um pedido de habeas corpus no STF e está aguardando a apreciação de um agravo regimental (um recurso) apresentado a Fachin após o ministro relator ter negado seguimento. Os advogados dizem também que o requerente não responde a nenhum outro processo criminal e é réu primário.

Eduardo Aparecido de Meira também é condenado na Lava Jato e se encontra preso no Complexo Médico Penal em Curitiba (PR).

Ele tem um pedido de habeas corpus separado tramitando desde 29 de novembro de 2016. O ministro Teori Zavascki indeferiu liminar e, depois, o ministro Edson Fachin negou seguimento.

Após novo recurso da defesa, este habeas corpus encontra-se no gabinete de Fachin aguardando decisão – o mesmo acontece com o habeas corpus de Flavio Henrique de Oliveira Macedo. Nos dois casos, a PGR se posicionou contra conceder liberdade aos presos preventivamente.

A fundamentação do pedido de extensão é o artigo 580 do Código de Processo Penal, que prevê a extensão de decisões a corréus cuja situação fático-processual seja idêntica àquele em favor de quem foi ela proferida.


quinta-feira, 4 de maio de 2017

Abaixo-assinado online pede impeachment de ministros do STF


O documento pede o impeachment dos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski por terem decidido libertar José Dirceu

 


Brasília – Criado na quarta-feira, 3, um abaixo-assinado online a favor do impeachment dos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), já está próximo de atingir a meta de 300 mil assinaturas.

No início da tarde desta quinta-feira, 4, 294 mil assinaturas já tinham sido registradas.

O abaixo-assinado, hospedado no site change.org, será entregue ao Senado, onde devem ser apresentados pedidos de impeachment de ministros do STF.

Os três ministros decidiram devolver ao ex-ministro José Dirceu a liberdade que ele perdeu a 3 de agosto na Lava Jato, por ordem do juiz Sérgio Moro.

“Os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandovski proferiram diversas vezes decisões que contrariam a lei e a ordem constitucional. A recente soltura de réus como José Dirceu e Eike Batista demonstra o descaso com o crime continuado e a obstrução à justiça que, soltos, eles representam. Gilmar Mendes, especialmente, concede reiteradamente habeas corpus a poderosos (Daniel Dantas recebeu dele um habeas corpus num domingo), demonstrando julgar com parcialidade e a favor de interesses que nem sempre coincidem com o bem comum”, diz a descrição do abaixo-assinado.

Manifestação

 

O ministro Edson Fachin, do STF, determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre uma ação de autoria de um grupo de juristas que defende o impeachment específico de Gilmar.

Para justificar o pedido, os juristas afirmam na ação encaminhada a Fachin que Gilmar tem “envolvimento em atividades político-partidárias” e participa de julgamentos “de causas ou processos em que seus amigos íntimos são advogados” e “de causas em que é inimigo de uma das partes”.

Os juristas dizem que Gilmar atua em julgamentos nos quais deveria se considerar suspeito.


Receita do Boticário avança 7,5% para R$ 11,4 bilhões em 2016

Grupo também aumentou número de lojas físicas, com a abertura de 100 novas unidades no ano passado – o dobro do previsto

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Receita do Boticário avança 7,5% para R$ 11,4 bilhões em 2016


O Grupo Boticário, controlador das marcas O Boticário, Eudora, quem disse, berenice? e The Beauty Box, registrou faturamento de R$ 11,4 bilhões no varejo em 2016. O crescimento foi de 7,5% na comparação com 2015. Além do bom desempenho financeiro, mesmo em meio a um cenário econômico bastante difícil, a rede também aumentou seu número de lojas físicas, com a abertura de 100 novas lojas em 2016 – o dobro do previsto -, totalizando 4.063 lojas das quatro marcas. “Este resultado é fruto de apostas importantes que fizemos na nossa organização nos últimos anos.

Criamos outras três marcas, abrimos novos canais de relacionamento com o consumidor, modernizamos e fortalecemos nossa rede franqueada. Investimos em inovação, sustentabilidade e principalmente em pessoas quando fizemos um redesenho na organização que, além de reconhecer nossos talentos, trouxe mais agilidade para os nossos negócios”, destaca Artur Grynbaum, CEO do Grupo Boticário. A empresa possui a maior rede de franquias do Brasil entre todos os setores – são mais de 900 franqueados – presente em 1.750 municípios brasileiros por meio de lojas físicas, e atende 100% do país por meio dos canais complementares de e-commerce e venda direta. 

No campo da inovação, o Boticário lançou recentemente o BotLab, uma incubadora e aceleradora de startups tecnológicas com o objetivo de identificar soluções inovadoras para os seus negócios em toda a cadeia, do desenvolvimento ao varejo. O Grupo, que já havia investido em um Centro de Pesquisa & Desenvolvimento, inaugurado em 2013 e considerado um dos mais modernos e completos do mundo no setor de cosméticos, com capacidade de desenvolvimento de até 2 mil produtos ao mesmo tempo, é pioneiro no desenvolvimento de pesquisas em métodos alternativos de testes de produtos. 

A empresa eliminou completamente os testes com animais, e apostou nas tecnologias desenvolvidas pelo time de especialistas em parcerias com os principais centros de P&D do mundo. Entre os resultados mais recentes em métodos alternativos, estão a criação da Pele 3D e do Organs On a Chip, uma simulação de órgãos humanos em chip computadorizado, gerando ainda mais eficácia e segurança nos testes.

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Priorizar o mobile marketing é fundamental

Estratégia foi defendida por Roger Armellini, diretor de marketing da Toyota Brasil, no Alright Summit 2017

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Roger Armellini, diretor de marketing da Toyota Brasil, no Alright Summit 2017


Realizado na semana passada, em Porto Alegre, o Alright Summit 2017 reuniu cerca de 200 convidados para debater o futuro das relações entre consumidores, marcas e veículos. Com a curadoria da Alright e mediados pelos sócios da empresa, Cesar Paz, Domingos Secco Junior e Fabiano Goldoni, o evento buscou trazer pontos de vistas que representassem diversos elos da cadeia de comunicação. Destinado aos profissionais que compõem o grupo dos anunciantes do mercado da região Sul, a segunda palestra ficou por conta de Roger Armellini (foto), diretor de marketing da Toyota Brasil. O executivo falou sobre o aumento e a discrepância dos números de consumo digital, que já são a soma de todos os outros meios offline. O processo de decisão agora é feito no meio digital. Por isso, a importância de se pensar a experiência online/offline do consumidor. 

"Assim como migrou a mídia off para o on, migrar a verba para ações de experiência é uma tendência. A experiência não pode ser considerada somente o momento que o consumidor está fisicamente interagindo com o produto, o grande desafio é como integrar a mídia e o conteúdo neste contato", apontou ele.  Segundo dados divulgados pela montadora, 95% das pessoas que compraram um automóvel utilizaram o digital no processo de compra. Desse total, 40% declararam que o dispositivo móvel foi o principal meio de utilização. Apesar do bom desempenho da Toyota, o posicionamento das marcas no mobile parece um caminho ainda a ser descoberto por agências e anunciantes. 

“Ainda não vemos a utilização do dispositivo móvel como principal ferramenta por parte dos meios. O smartphone raramente aparece como prioridade nos planos de marketing”, declarou Armellini. Para o diretor de marketing da Toyota, cada vez mais o online tem sido relevante para a compra de veículos, porém a indústria automotiva ainda não conseguiu integrar a experiência online do cliente com a offline. “Há menos de dez anos, a média de visitas de um cliente era de quatro a cinco vezes em concessionárias. Hoje, essa média diminuiu para menos de duas vezes. O cliente só vai para a concessionária fechar o negócio e assinar o contrato. Isso significa que todo o processo de decisão da compra é feita no ambiente digital. É lá que temos de convencer o cliente”, argumentou. A tendência é que as marcas invistam na experiência diferenciada para o cliente, inserindo a mídia online como parte da experiência.  

A complexidade da jornada do consumidor foi abordada também por André Ferraz, CEO da InLoco Media e Riza Soares, diretora-geral da Smartclip no Brasil. “Agora temos acesso a um equipamento que está conosco quase o tempo todo. E como no smartphone a integração do online com offline é muito maior, o digital acaba tornando-se quase o mesmo processo”, destacou Ferraz. “O digital permite acompanhar o comportamento do consumidor, que está mais complexo porque transitam entre várias plataformas no consumo de mídia”, acrescentou Riza.

Na análise de Paulo Planet, sócio-fundador da Tail no Brasil, a tecnologia tem de ser um meio para ligar a experiência e possibilitar a marca entender o comportamento do seu consumidor, atingindo resultados mais assertivos. “A tecnologia precisa conectar todas essas informações online e offline, fazendo com que a empresa atinja seu plano estratégico. Afinal, o que importa é o número de veículos vendidos no final do mês”, considerou Planet.

Em 2018, o Alright Summit terá como palco a cidade de Florianópolis.