sexta-feira, 12 de maio de 2017

Petrobras reverte prejuízo e tem lucro R$4,45 bi no 1º tri


A receita líquida somou R$ 68,365 bilhões no primeiro trimestre, o que significa um recuo de 3% tanto na comparação anual quanto na trimestral

 




São Paulo/Rio de Janeiro – A Petrobras reportou lucro líquido de R$ 4,449 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ante prejuízo de R$ 1,246 bilhão no mesmo período de 2016 e lucro de R$ 2,510 bilhões nos três meses imediatamente anteriores, conforme os números atribuíveis aos acionistas.

De acordo com a petroleira, o resultado foi determinado por menores gastos com importações de petróleo e gás natural, pela maior participação do óleo nacional na carga processada e pela maior oferta de gás nacional; pelo aumento de 72% nas exportações, que atingiram 782 mil barris/dia, com preços médios de petróleo mais elevados; pela redução de 27% nas despesas com vendas, gerais e administrativas; pela queda de 11% nas despesas financeiras líquidas e por menores gastos com baixa de poços secos e/ou subcomerciais e com ociosidade de equipamentos.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da petroleira foi de R$ 25,254 bilhões, alta 19% em relação ao mesmo intervalo de 2016 e aumento de 2% ante o quarto trimestre do ano passado.

A margem do Ebitda ajustado foi de 37% no período em questão, informou a companhia.

A receita líquida somou R$ 68,365 bilhões no primeiro trimestre, o que significa um recuo de 3% tanto na comparação anual quanto na trimestral.

O resultado financeiro líquido da estatal ficou negativo em R$ 7,755 bilhões no trimestre encerrado em março, ante uma cifra negativa em R$ 8,693 bilhões de igual trimestre de 2016 e despesas financeiras líquidas de R$ 5,309 bilhões no quarto trimestre de 2016.
 
 

As fintechs têm boas notícias para quem está procurando emprego


Creditas, PicPay e Easynvest, juntas, estão contratando mais de 100 profissionais

 




São Paulo – As fintechs, startups do setor financeiro, estão crescendo no Brasil. Segundo um relatório deste ano do FintechLab o Brasil já conta com 247 iniciativas nesse segmento, sobretudo na área de pagamentos, gestão financeira, empréstimos e investimentos.

 Essas novas empresas chegam para desafiar os bancos no Brasil oferecendo a clientes, por exemplo, serviços financeiros que podem ser contratados e utilizados na palma da mão pelo smartphone.  Uma delas, o Nubank, está na lista dos bancos que pagam melhor no Brasil, segundo levantamento com base nas informações divulgadas por funcionários na plataforma Love Mondays.

Creditas, PicPay e Easynvest também e encaixam nesta categoria de cultura digital na área financeira e, juntas, estão com mais de 100 vagas.   Como é praxe em startups, as fintechs também prometem ambiente descontraído e de inovação em seus escritórios. Confira detalhes das empresas e das oportunidades que elas têm agora:


Creditas 


A plataforma digital de empréstimos está com 40 vagas abertas para São Paulo (SP).  Há vagas de estágio e também para profissionais de nível sênior nas áreas de comunicação, marketing, financeiro, análise de crédito, atendimento ao consumidor e TI.

Profissionais com boa técnica que gostem de inovação e que aprendam rápido têm mais chances de se destacar. Trabalho em equipe também é um valor essencial na empresa. Lá a equipe de TI trabalha perto de outras áreas para que a colaboração ganhe mais espaço, aumentando o engajamento.

A descrição das vagas está no site de carreiras da Creditas. Entre os benefícios que a empresa oferece estão aulas de inglês, mensalidade de academia e jogos no escritório. 


Escritório da Creditas: pingue pongue é destaque (Creditas/Divulgação)


PicPay

A rede social de pagamentos está recrutando 50 profissionais para trabalhar em Vitória (ES). Eles precisam de pessoas para as áreas de desenvolvimento, growth, RH, relacionamento e risco.

A empresa exige fluência em inglês, vivência internacional e boa formação acadêmica, além, é claro, de cultura de inovação, criatividade e empreendedorismo. Em contrapartida promete remuneração acima da média e ambiente informal. Interessados podem enviar o currículo para o e-mail talentos@picpay.com . Mais informações estão no site da PicPay.

Escritório da PicPay: empresa está contratando (Andressa Freitas/Divulgação)

Easynvest


A corretora digital de valores que tinha 60 funcionários em janeiro do ano passado, hoje já tem quase 170 pessoas trabalhando por lá. E quer mais: são mais de 20 vagas para o seu escritório em São Paulo, em diferentes níveis de hierarquia.

Há oportunidades profissionais nas áreas de atendimento, compliance, data science, tecnologia, marketing e comercial. A startup inclusive está recebendo inscrições para seu programa de estágio nas áreas comercial e de compliance.

Agilidade e colaboração são características valorizadas pela empresa. Segundo a equipe da Easynvest, perfil empreendedor e capacidade de trabalhar com autonomia são indispensáveis. As vagas estão descritas no site de carreiras da Easynvest.


Easynvest: em um ano ela foi de 60 para 170 funcionários (Easynvest/Divulgação)

Justiça confirma irmãos Batista como alvos de operação Bullish


Autoridades também determinaram que Wesley e Joesley não poderão fazer qualquer mudança estrutural ou societária nas empresas atuais

 

 Por Reuters


São Paulo – A Justiça Federal do Distrito Federal confirmou que os irmãos Wesley e Joesley Batista, controladores de empresas como a produtora de alimentos JBS, foram alvos da operação Bullish, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira, e que foram emitidos mandados de condução coercitiva para ambos.

Na decisão que autorizou a operação desta sexta-feira, o juiz federal Ricardo Leite, substituto da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, também determinou que Wesley e Joesley não poderão fazer qualquer mudança estrutural ou societária nas empresas atuais até a conclusão de relatório da Polícia Federal sobre a legalidade de seus atos.


A JBS tem trabalhado nos últimos meses em uma oferta de ações de suas operações internacionais.

Cármen Lúcia dá uma lição sobre desigualdade de gênero no STF



A presidente do STF deu uma bronca no ministro Luiz Fux quando ele interrompeu a fala da ministra Rosa Weber

 




São Paulo – Durante sessão plenária na última quarta-feira (10), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, deu uma bronca no ministro Luiz Fux quando ele interrompeu a fala da ministra Rosa Weber.

A ministra se queixou da desigualdade entre homens e mulheres na Corte ao dizer que os magistrados as interrompem constantemente. Vale lembrar que  Cármen Lúcia e Rosa Weber são as únicas mulheres na composição atual do STF.

Cármen chamou a atenção de Fux quando ele disse que concedia a palavra para que Rosa Weber proferisse o seu voto.  “Como concede a palavra? É a vez dela votar. Ela é quem concede, se quiser, uma parte”, afirmou a ministra.

Em seguida, a presidente da Suprema Corte citou uma pesquisa que diz que em todos os tribunais constitucionais onde há mulheres, as ministras são 18 vezes mais interrompidas do que os ministros.


Veja o diálogo:

 
Cármen Lúcia: Ministra Rosa Weber, Vossa Excelência tem a palavra para voto.
Rosa Weber: Ministro Lewandowski, o ministro Fux é quem tinha me concedido um aparte.
[Nesse momento, o ministro Luiz Fux interrompe a fala das ministras]
Cármen Lúcia: Agora é o momento do voto.
Luiz Fux: Concedo a palavra para o voto integral.
Cármen Lúcia: Como concede a palavra? É a vez dela votar. Ela é quem concede, se quiser, à Vossa Excelência, uma parte.
Foi feita agora uma análise, só um parêntese. Foi feita agora uma pesquisa, já dei ciência à ministra Rosa, em todos os tribunais constitucionais onde há mulheres, o número de vezes em que as mulheres são aparteadas é 18 vezes maior do que entre os ministros.
Luiz Fux: Deve ser inveja.
Cármen Lúcia: E vou dizer mais, a ministra Sotomayor [da Suprema Corte americana] me perguntou: como é lá? Lá, em geral, eu e a ministra Rosa, não nos deixam falar, então nós não somos interrompidas.  Mas agora é a vez de a ministra [Rosa Weber], por direito constitucional, votar. Tem a palavra, ministra.

Assista ao momento da lição sobre desigualdade de gênero

 

 

Países europeus são alvo de grande ataque hacker


Ataque atinge sistema de saúde do Reino Unido e sede da Telefónica. Resgate em bitcoins era exigido pelos hackers

 





São Paulo — Alguns países europeus foram alvo de um grande ataque hacker nesta sexta-feira (12).
O governo espanhol anunciou nesta sexta-feira em um comunicado que várias empresas do país, entre elas a gigante das telecomunicações Telefónica, foram vítimas de um ciberataque. “O ciberataque não compromete a segurança dos dados nem se trata de um vazamento de dados”, afirmou o ministério da Energia da Espanha, que também se encarrega das questões digitais.

A espanhola Telefónica informou que foi vítima de um vírus que obrigou a empresa a desligar todos os computadores de sua sede em Madri. “É um vírus. Estamos esperando para ver as implicações”, afirmou à agência AFP uma fonte que pediu anonimato.
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No Reino Unido, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) informou que está respondendo a um ataque cibernético, que hospitais ao redor do país disseram ter causado o cancelamento de consultas e atendimentos. “Estamos cientes de um incidente de cibersegurança e estamos trabalhando em uma resposta”, disse um porta-voz da NHS Digital, a divisão do NHS responsável por questões de tecnologia à agência Reuters.
Os ataques foram do tipo ransomware. Neste tipo, o equipamento é feito como “refém”, ficando inutilizado. Uma espécie de resgate é cobrada da vítima para que o aparelho possa ser usado novamente. A imagem acima mostra o ataque ao Reino Unido, nele, um resgate é cobrado em bitcoins, uma moeda virtual difícil de ser rastreada.

De acordo com a Info Security Magazine, mais de 11 países foram alvo dos ataques nesta sexta-feira. Uma empresa de segurança britânica, a G Data, afirmou que as origens do ataque ainda não foram desvendadas.

A BBC afirma que entre os países afetados estão também os Estados Unidos, China, Rússia e Itália.
A ameaça foi identificada por especialistas como sendo o vírus WannaCry. Uma publicação pela empresa de segurança Kaspersky no site SecureList fala sobre o assunto. Uma atualização liberada pela Microsoft em março deste ano teria evitado que o ataque se espalhasse. Como sabemos, infelizmente, nem sempre as atualizações de segurança são instaladas com regularidade.
O texto afirma que as soluções de segurança da empresa detectaram e bloquearam 45 mil tentativas de ataque do WannaCry em 74 países. O foco principal, de acordo com a empresa, foi a Rússia.
(Com agências Reuters e AFP)

quinta-feira, 11 de maio de 2017

O que fazer se a empresa não depositou o FGTS


Liberação do saldo das contas inativas do FGTS fez reclamações de trabalhadores sobre calote pelas empresas aumentar 7% entre janeiro e abril deste ano

 




São Paulo – Muitos trabalhadores que têm direito ao saque do dinheiro depositado em contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) estão tendo uma surpresa desagradável ao tentar resgatar os valores: as empresas não pagaram o benefício.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, as denúncias de trabalhadores sobre a falta de pagamento do FGTS pelas empresas aumentaram em 7% nos quatro primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

O número de casos passou de 8.384 para 9.030 no período. Um fator que incentivou o aumento das denúncias foi a liberação do saque das contas inativas do fundo, anunciada em dezembro do ano passado.

Caso decida entrar com uma ação judicial para cobrar os valores do empregador, é bem provável que o trabalhador perca o prazo de saque, que termina no dia 31 de julho, já que as ações judiciais tendem a demorar meses para serem concluídas.

Mas, neste caso, se o trabalhador comprovar que o pagamento do benefício não foi feito pela empresa até o prazo final para o saque do FGTS inativo, provavelmente o juiz deve obrigar que a empresa faça o pagamento diretamente a ele, diz Dânia De Longhi, advogada e professora especializada em direito do trabalho. “Será um direito adquirido. Provavelmente o dinheiro não será depositado no banco, mas diretamente na conta do trabalhador”.

Tem direito ao saque todos os trabalhadores que encerraram um contrato de trabalho formal até 31 de dezembro de 2015, seja porque pediram demissão ou foram demitidos por justa causa..

As demais regras de saque das contas ativas não sofreram modificação. Ou seja, o saque do dinheiro no fundo referente a um contrato de trabalho atual pode ocorrer apenas nos casos de demissão sem justa causa, utilização dos recursos para compra de imóveis  ou aposentadoria, por exemplo.


Passo a passo


A recomendação da Caixa e de advogados é de que, caso o trabalhador verifique a falta de pagamento do FGTS pela empresa, que pode ser constatada ao cruzar informações do extrato do FGTS e as informadas na carteira de trabalho, deve procurar primeiramente a própria empresa.

Dânia aponta que o empregador pode ter cometido um erro ou a Caixa pode não ter registrado o recebimento do dinheiro. “Neste contato, a empresa pode passar cópias dos comprovantes. De posse desses documentos, o trabalhador pode questionar a informação no banco”.

Por lei, o empregador é obrigado a depositar 8% do salário mensal em uma conta do FGTS em nome do profissional com carteira assinada. Ele deve ser depositado mês a mês durante toda a vigência do contrato de trabalho, conforme registrado na carteira.

Empresa francesa desiste de comprar concessão do Maracanã



A Lagardère participou da primeira licitação do estádio, na qual a Odebrecht venceu, e era atualmente a única empresa que queria comprar a concessão

 





A empresa francesa Lagardère informou hoje (11) que desistiu de comprar as ações majoritárias da concessionária Maracanã, em poder da Odebrecht, que administra o Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã.

“Ficou impossível sustentar junto à matriz o que o governo fez”, diz o comunicado, referindo-se à possibilidade de nova licitação, admitida pelo governo fluminense em audiência pública recente.

No comunicado, a Lagardère cita “a instabilidade que a [Secretaria Estadual da] Casa Civil criou ao admitir voltar atrás no processo que ele [governo] escolheu como ideal. Isso depois de mais de um ano, centenas de documentos e garantias, quando o pré-contrato entre as empresas [Lagardère e Odebrecht] já estava assinado e tínhamos 30 pessoas no estádio há 20 dias. Esse fato repercutiu muito mal na França, que determinou que saíssemos do processo de compra, por não haver mais confiança no governo”.

A Concessionária Maracanã informou, em nota, ter recebido a decisão da Lagardère de se retirar da negociação e repassou a decisão ao governo fluminense.

“A Concessionária aguarda agora a decisão da Câmara Arbitral da Fundação Getulio Vargas, que vai definir os termos da rescisão do seu contrato com o governo do estado”, diz a nota. A Câmara de Mediação e Arbitragem da FGV foi um fórum acordado entre as duas partes, que preferiram a arbitragem a um processo judicial.

Procurada pela Agência Brasil, a Câmara Arbitral da FGV disse não poder se manifestar sobre o assunto, uma vez que o processo de arbitragem corre em sigilo.

O governo fluminense, por sua vez, não quis comentar a desistência da Lagardère para administrar o Maracanã.

Também por meio de nota, limitou-se a dizer que “essa relação é estritamente privada, as tratativas ocorrem entre as empresas e concessionária”.

O grupo francês GL Events e a empresa britânica CSM (Chime Sports Marketing) já haviam desistido de comprar a concessão de exploração do Complexo Maracanã em março, alegando falta de “garantias adequadas de segurança jurídica e contratual”.

A construtora Odebrecht, que detém 95% de participação no consórcio, está sendo investigada na Operação Lava Jato, o que contribuiu para a desistência das empresas estrangeiras.

A Lagardère participou da primeira licitação do estádio, na qual a Odebrecht foi a ganhadora, e era atualmente a única empresa interessada na compra da concessão.

O estádio foi inaugurado em 1952, no bairro do Maracanã, zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

Em 2013, o consórcio Maracanã S/A, integrado pelas empresas Odebrecht, IMX e AEG, ganhou licitação do governo do estado para explorar comercial e administrativamente a arena por 35 anos.

Em março do ano passado, o consórcio cedeu o estádio ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

No momento da devolução, entretanto, o consórcio não aceitou o estádio de volta, alegando que o equipamento não estava nas mesmas condições em que foi cedido.

Com isso, o consórcio Maracanã S/A, que é liderado pela construtora Odebrecht, não quis mais administrar o estádio, que chegou a 2017 em situação de abandono, com equipamentos e peças roubados do local.