Ataque atinge sistema de saúde do Reino Unido e sede da Telefónica. Resgate em bitcoins era exigido pelos hackers
São Paulo — Alguns países europeus foram alvo de um grande ataque hacker nesta sexta-feira (12).
O governo espanhol anunciou nesta sexta-feira em um comunicado que várias empresas do país, entre elas a gigante das telecomunicações Telefónica, foram vítimas de um ciberataque. “O ciberataque não compromete a segurança dos dados nem se trata de um vazamento de dados”, afirmou o ministério da Energia da Espanha, que também se encarrega das questões digitais.
A espanhola Telefónica informou que foi vítima de um vírus que obrigou a empresa a desligar todos os computadores de sua sede em Madri. “É um vírus. Estamos esperando para ver as implicações”, afirmou à agência AFP uma fonte que pediu anonimato.
No Reino Unido, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) informou que está respondendo a um ataque cibernético, que hospitais ao redor do país disseram ter causado o cancelamento de consultas e atendimentos. “Estamos cientes de um incidente de cibersegurança e estamos trabalhando em uma resposta”, disse um porta-voz da NHS Digital, a divisão do NHS responsável por questões de tecnologia à agência Reuters.
Os ataques foram do tipo ransomware. Neste tipo, o equipamento é feito como “refém”, ficando inutilizado. Uma espécie de resgate é cobrada da vítima para que o aparelho possa ser usado novamente. A imagem acima mostra o ataque ao Reino Unido, nele, um resgate é cobrado em bitcoins, uma moeda virtual difícil de ser rastreada.
De acordo com a Info Security Magazine, mais de 11 países foram alvo dos ataques nesta sexta-feira. Uma empresa de segurança britânica, a G Data, afirmou que as origens do ataque ainda não foram desvendadas.
A BBC afirma que entre os países afetados estão também os Estados Unidos, China, Rússia e Itália.
A ameaça foi identificada por especialistas como sendo o vírus WannaCry. Uma publicação pela empresa de segurança Kaspersky no site SecureList fala sobre o assunto. Uma atualização liberada pela Microsoft em março deste ano teria evitado que o ataque se espalhasse. Como sabemos, infelizmente, nem sempre as atualizações de segurança são instaladas com regularidade.
O texto afirma que as soluções de segurança da empresa detectaram e bloquearam 45 mil tentativas de ataque do WannaCry em 74 países. O foco principal, de acordo com a empresa, foi a Rússia.
(Com agências Reuters e AFP)
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