quinta-feira, 18 de maio de 2017

“Não renunciarei, sei da correção dos meus atos”, diz Temer


O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), abriu um inquérito contra o presidente 

 





São Paulo – O presidente Michel Temer afirmou em pronunciamento nesta quinta-feira (18) que não irá renunciar depois de depoimento do empresário Joesley Batista, um dos controladores do grupo J&F, cujo conteúdo foi divulgado na noite de ontem pelo jornal O Globo. “Não renunciarei, sei da correção dos meus atos”, disse Temer.

Ele é acusado de supostamente ter dado aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato. O diálogo teria sido gravado pelo empresário Joesley Batista, um dos controladores do grupo J&F.

“Ouvi o relato de um empresário que, por ter relação com ex-deputado, auxiliava a família do ex-deputado. Não solicitei que isso acontecesse. Só tive conhecimento desse fato nessa conversa com esse empresário. Não comprei silêncio de ninguém”, afirmou o presidente.

E continuou: “Não temo nenhuma delação, não preciso de cargo público, nem de foro especial. Nada tenho a esconder. Sempre honrei meu nome”, disse.

No início da tarde de hoje (18), o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), abriu um inquérito contra o presidente a pedido da Procuradoria-Geral da República.

Segundo o presidente, durante a investigação no STF, ele irá demonstrar que não tem nenhuma culpa. 

“Tanto esforço e dificuldades superadas, meu único compromisso é com o Brasil e só isso me guiará”, concluiu.

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