No fim de semana, o Wall Street Journal publicou que o banco pagou um total de US$ 865 milhões pelos bônus emitidos pela estatal PDVSA em 2014

Protesto contra a Goldman Sachs: "acreditamos
que a situação nesse país deve melhorar com o tempo", disse o banco
(Lucas Jackson/Reuters)
Nova York – O banco Goldman Sachs defendeu nesta terça-feira sua decisão de comprar US$ 2,8 bilhões em bônus do Banco Central da Venezuela após as críticas recebidas por parte de lideres opositores no país sul-americano.
“Investimos em bônus da Petroleos de Venezuela (PDVSA) porque, como
muitos outros neste setor, acreditamos que a situação nesse país deve
melhorar com o tempo”, afirmou o banco em comunicado enviado à Agência
Efe.
Um porta-voz do Goldman Sachs explicou que esses títulos, emitidos em
2014, foram comprados nos mercados secundários através de um corretor
em uma operação na qual não houve interação direta com o governo
venezuelano.
“Reconhecemos que a situação é complexa e mudável e que a Venezuela
está em crise. E concordamos que a vida (nesse país) tem que melhorar e,
em parte, fizemos este investimento porque acreditamos que assim será”,
acrescenta a nota.
No fim de semana, o “The Wall Street Journal” publicou que o
departamento de gestão de ativos do banco pagou 31 centavos de dólar, ou
um total de US$ 865 milhões, pelos bônus emitidos pela estatal PDVSA em
2014 com vencimento em 2022.
O investimento foi feito em meio a uma onda de protestos a favor e
contra o governo de Nicolás Maduro, que em algumas ocasiões acabam em
violência.
Em quase dois meses, foram contabilizadas 59 mortes ligadas às manifestações, segundo dados do Ministério Público.
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