Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira
São Paulo – O Brasil abriu 59.856 vagas formais de trabalho
em abril, melhor resultado para o mês desde 2014, e voltou a registrar
uma leitura positiva após perdas em março, o que pode indicar alguma
recuperação inicial
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira, sete dos oito
setores apresentaram crescimento no nível de emprego em abril.
A maior abertura de vagas foi registrada por serviços, de 24.712. Já a
agropecuária registrou criação de 14.648 postos abertos. Por outro
lado, o único setor a registrar fechamento de vagas foi a construção
civil, com um total de 1.760.
“O resultado mostra tendência clara de reversão do mercado de
trabalho, mas ainda inicial. O estoque de desempregados é bem elevado,
mas a tendência aponta para uma recuperação”, avaliou o economista-chefe
da Gradual Investimentos, André Perfeito.
Em evento nesta manhã, o presidente Michel Temer seguiu a mesma linha
ao se referir ao resultado do Caged de abril como “abertura imensa de
vagas” e um sinal da recuperação da economia.
Entretanto, no acumulado em 12 meses, o país ainda registra perda líquida de 969.896 de vagas.
Em março, o Brasil havia registrado perda líquida de 63.624 vagas
formais de emprego, voltando ao vermelho após resultado positivo de
fevereiro. No primeiro trimestre, foram fechadas 64.378 vagas.
O mercado de trabalho ainda sofre para se recuperar de dois anos de
profunda recessão econômica, o que por sua vez afeta com força os
setores de serviços e varejo. A retomada das contratações deve demorar
mesmo diante de alguma melhora econômica, já que as empresas têm
capacidade ociosa a preencher primeiro.
Os dados mais recentes do IBGE mostram que a taxa de desemprego
brasileira fechou o primeiro trimestre em 13,7 por cento, novo recorde
histórico e com contingente de mais de 14 milhões de pessoas sem
emprego.
O setor de serviços foi o que registrou melhor resultado em abril
deste ano, com um saldo de 24.712 contratações, seguido pela
agropecuária (14.648); indústria de transformação (13.689) e comércio
(5.327).
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