Em entrevista à Radio Jornal, Janaína disse que a melhor pessoa para fazer a transição em caso de queda de Temer seria a presidente do STF
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A advogada de acusação, Janaína Paschoal,
fala durante o quinto dia do julgamento final do processo de impeachment
da presidente afastada Dilma Rousseff, no Senado Federal, dia
30/08/2016 (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)
São Paulo – A advogada Janaína Paschoal, coautora do
pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, fez uma série de
declarações em seu Twitter entre a noite de quarta-feira (17) e a manhã
desta quinta (18). “Muito graves as notícias, se os diálogos se
confirmarem, o Pres. Temer e o Sen. Aécio não têm condições de
permanecer em seus cargos”, disse.
Para a advogada, a ser comprovado um “crime comum” na gravação envolvendo o presidente Michel Temer
e o presidente da JBS, Joesley Batista, o STF deve receber a denúncia e
afastar o mandatário.
“Digo desde o início: caia quem tiver que cair”,
disparou, antes de dizer que não se arrependeu de pedir o impeachment de
Dilma. “Toda esta limpeza era necessária”.
Ainda segundo ela, caso as provas sejam consideras suficientes pelo Supremo, não seria preciso sequer pedir o impeachment do presidente.
Em entrevista à Radio Jornal, Janaína disse que a melhor pessoa para fazer a transição em caso de queda de Temer seria a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF.
À Veja, a advogada ainda sugeriu que a renúncia seria um ato de grandeza,
tanto de Temer quanto de Aécio Neves. “Se eles tiverem a grandeza de
renunciar, tanto melhor, mas a renúncia é um ato personalíssimo, ninguém
pode obrigá-los. Se tiverem essa grandeza, melhor para o país. Se não
tiverem, as instituições têm que funcionar, não tem saída”.
De acordo com a lei, caso o impeachment ou a renúncia se confirmem,
Temer perde o cargo. Como ele não tem vice, caberá ao Congresso eleger,
por via indireta, um novo chefe para o Executivo Federal.
Até que um novo pleito seja realizado, porém, a regra determina que o
presidente da Câmara dos Deputados – atualmente, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
assuma interinamente a Presidência da República, o que, aparentemente, contraria a proposta de Janaína.
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