No episódio de hoje, foi revelada que o presidente Michel Temer deu aval para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha
São Paulo – Desde que começou o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, parece que o Brasil vive em constante clima de reviravoltas políticas dignas de ficção.
No episódio de hoje, foi revelada pelo jornal O Globo que o presidente Michel Temer
deu aval para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, em
gravação do empresário Joesley Batista, um dos controladores da JBS.
Com um enredo assim, a série House of Cards, da Netflix, jogou a toalha no Twitter:
Continuando a piada, a Netflix Brasil comentou que precisaria de 20
roteiristas premiados para fazer uma versão brasileira de House of
Cards. A série é um drama político que acompanha um congressista
americano pragmático que ambiciona governar o mundo.
Para acompanhar o episódio
Segundo a reportagem d’O Globo, o empresário da JBS entregou à PGR uma gravação, feita em 7 de março no Palácio do Jaburu,
em que ele aparece contando a Temer que estava dando a Eduardo Cunha,
preso desde outubro do ano passado, ao operador Lúcio Funaro, uma mesada
para que ficassem calados. Diante da informação, o presidente teria
respondido: “Tem que manter isso, viu?”.
Segundo Joesley Batista, a ideia de dar uma mesada para Cunha em
troca de seu silêncio não teria partido de Michel Temer, mas a proposta
teria pleno conhecimento do presidente.
De acordo com o jornal, a gravação feita por Joesley é parte da
declaração que os controladores da JBS deram à Procuradoria-Geral da
República em abril e que teria sido confirmada por ele e seu irmão
Wesley ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que
é responsável pelas ações da operação Lava Jato no Supremo.
Em nota, o presidente Michel Temer nega que tenha solicitado pagamentos para obter o silêncio de Cunha.
“O encontro com o empresário Joesley Batista ocorreu no começo de
março, no Palácio do Jaburu, mas não houve no diálogo nada que
comprometesse a conduta do presidente da República”, afirma a nota
enviada na noite desta quarta-feira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário