quinta-feira, 18 de maio de 2017

Após denúncia, JBS lidera perdas e afunda 18% na Bolsa


Na mínima do dia, as ações da companhia eram negociadas na casa dos 7 reais

 



São Paulo – Após a denúncia de Joesley Batista contra o presidente Michel Temer, as ações ordinárias da JBS abriram o pregão em queda e chegaram a cair 18,63% na manhã desta quinta-feira (18). Os papéis foram negociados em 7,81 reais. Na semana, as ações da companhia acumulam queda de 28,71%.

A notícia publicada pelo jornal O Globo na noite de ontem, caiu como uma bomba no mercado financeiro. Pela manhã, o Ibovespa chegou a cair mais de 10% e teve suas operações paralisadas por meia hora. A última vez que o mecanismo de circuit breaker foi acionado foi em outubro de 2008, com crise econômica internacional.

Por volta das 12h30, o principal índice da Bolsa registrava queda de 9,15% e marcava na casa dos 61 mil pontos.

Apenas as ações das exportadoras subiam, com destaque para a Fibria e a Suzano. Os papéis ganhavam 7,92% e 3,39%, cada um.

As ações das duas companhias são impactadas pela disparada do dólar. A moeda subia 7,29% e era negociada em 3,36 reais. Na máxima do dia, o dólar bateu 3,43 reais.


Fachin nega prisão de Aécio e não vai levar pedido a plenário


Edson Fachin negou o pedido de prisão, e o caso só vai a plenário da corte se houver recurso da PGR

 






São Paulo – O ministro do STF Edson Fachin, relator das ações decorrentes da operação Lava Jato no STF, negou o pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) protocolado na manhã de hoje pela Procuradoria-Geral da República. O assunto só será levado para o plenário da corte se a PGR entrar com recurso.

O ministro, no entanto, determinou o afastamento do tucano de suas funções no Senado Federal. Aécio foi gravado solicitando R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, um dos controladores do grupo J&F.

Ao afastar Aécio da função parlamentar ou “de qualquer outra função pública”, o ministro Edson Fachin impôs duas medidas cautelares ao tucano: a proibição de contatar qualquer outro investigado ou réu no conjunto de fatos revelados na delação da JBS; e a proibição de se ausentar do País, devendo entregar seu passaporte. 

 

Operação


A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira, 18, mandados judiciais nas casas e nos gabinetes dos senadores Aécio Neves e Zezé Perrella (PMDB-MG), além de endereços de várias pessoas a eles ligadas, entre elas a irmã do tucano, Andréa Neves, e o filho do peemedebista, Gustavo Perrella.

A irmã e o primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, foram presos na manhã de hoje.

As medidas foram autorizadas pelo ministro Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A operação mira citados na delação do empresário Joesley Batista, da JBS, e de outros empresários do grupo.

Além do gabinete no Senado, os policiais estão nos apartamentos de Aécio em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, além da fazenda dele, em Cláudio (MG). Também há medidas judiciais sendo cumpridas contra Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador, apontado por Joesley como intermediário para o pagamento de R$ 2 milhões ao congressista.

Há ainda mandados sendo cumpridos no gabinete em Brasília, na casa e no escritório de Zezé Perrella em Belo Horizonte, fora endereços de um contador e de empresas ligadas a ele.

A PF vasculha também a casa do doleiro Gaby Amine Toufic, em Belo Horizonte, e de funcionários do peemedebista, incluindo o assessor Mendherson Souza.

Sérgio Moro proíbe Palocci de sacar rendimentos

 

O pedido foi feito em um dos dois processos em que o ex-ministro é réu da Lava Jato. A soma dos seus rendimentos gira em torno de R$ 62 milhões

 






São Paulo – O juiz federal Sérgio Moro negou o pedido do ex-ministro Antônio Palocci sacar os rendimentos que tinha no banco, mas foram bloqueados judicialmente em setembro de 2016, quando foi preso.

A soma dos rendimentos gira em torno de R$ 62 milhões.

Em despacho do dia 27, Moro respondeu que “o bloqueio afeta o saldo do dia e os frutos deste, quando existentes. Afinal, produto do crime não gera frutos lícitos”.

“Então bloqueadas aplicações financeiras ou mobiliárias, o rendimentos devem seguir o principal e serem bloqueados”, completou.

O pedido de Palocci foi feito em um dos dois processos em que é réu da Lava Jato, em Curitiba.

Preso na 35.ª fase da Lava Jato, batizada de Omertà, o petista é acusado de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, referente ao repasse de R$ 10 milhões da Odebrecht para o marqueteiro do PT João Santana.

A ação penal deve ter sentença em julho.

STF abre inquérito contra Michel Temer


A decisão foi tomada após divulgação de que o presidente supostamente dá aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

 




Brasília – O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), abriu um inquérito contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), a pedido da Procuradoria-Geral da República, em um desdobramento dos conteúdos apresentados pelos empresários Joesley e Wesley Batista em acordo de colaboração premiada homologado pelo ministro, por tentativa de obstrução das investigações na Operação Lava Jato.

Os donos da JBS, Joesley Batista e seu irmão Wesley Batista, gravaram uma conversa em que o presidente Michel Temer supostamente dá aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 17, pelo colunista do jornal O Globo Lauro Jardim. O Estadão confirmou as informações e a homologação – que dá validade legal às informações informadas pelos delatores.

A conversa com Temer teria ocorrido no dia 7 de março deste ano, no Palácio do Jaburu, residência do presidente. No diálogo, Joesley teria dito ao peemedebista que estava pagando uma mesada a Cunha e a Lúcio Funaro, apontado como operador do ex-presidente da Câmara, também preso na Lava Jato, para que ambos ficassem em silêncio sobre irregularidades envolvendo aliados. “Tem que manter isso, viu?”, disse Temer a Joesley, segundo relatou O Globo.

Em nota, na noite da quarta-feira, o Palácio do Planalto afirmou que “Temer jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Não participou nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar”.

“O presidente defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias.”

É aguardado um pronunciamento de Michel Temer às 16h.



“Tá difícil competir”, diz House of Cards sobre o Brasil

 

 

No episódio de hoje, foi revelada que o presidente Michel Temer deu aval para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha

 





São Paulo – Desde que começou o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, parece que o Brasil vive em constante clima de reviravoltas políticas dignas de ficção.

No episódio de hoje, foi revelada pelo jornal O Globo que o presidente Michel Temer deu aval para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, em gravação do empresário Joesley Batista, um dos controladores da JBS.

Com um enredo assim, a série House of Cards, da Netflix, jogou a toalha no Twitter:
Continuando a piada, a Netflix Brasil comentou que precisaria de 20 roteiristas premiados para fazer uma versão brasileira de House of Cards. A série é um drama político que acompanha um congressista americano pragmático que ambiciona governar o mundo.

 

Para acompanhar o episódio

 

Segundo a reportagem d’O Globo, o empresário da JBS entregou à PGR uma gravação, feita em 7 de março no Palácio do Jaburu, em que ele aparece contando a Temer que estava dando a Eduardo Cunha, preso desde outubro do ano passado, ao operador Lúcio Funaro, uma mesada para que ficassem calados. Diante da informação, o presidente teria respondido: “Tem que manter isso, viu?”.

Segundo Joesley Batista, a ideia de dar uma mesada para Cunha em troca de seu silêncio não teria partido de Michel Temer, mas a proposta teria pleno conhecimento do presidente.

De acordo com o jornal, a gravação feita por Joesley é parte da declaração que os controladores da JBS deram à Procuradoria-Geral da República em abril e que teria sido confirmada por ele e seu irmão Wesley ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF),  que é responsável pelas ações da operação Lava Jato no Supremo.

Em nota, o presidente Michel Temer nega que tenha solicitado pagamentos para obter o silêncio de Cunha. “O encontro com o empresário Joesley Batista ocorreu no começo de março, no Palácio do Jaburu, mas não houve no diálogo nada que comprometesse a conduta do presidente da República”, afirma a nota enviada na noite desta quarta-feira.

STF determina afastamento de Aécio Neves do mandato


STF determinou que Aécio e o deputado Rodrigo Rocha Loures sejam afastados de seus cargos no Congresso após pedido da PGR com base na delação de Joesley

 






O Supremo Tribunal Federal (STF) afastou o senador Aécio Neves (PSDB) e o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB) de seus cargos no Congresso Nacional após pedido da Procuradoria-geral da República com base na delação de Joesley Batista e pessoas ligadas ao grupo J&F.

A PGR tinha solicitado a prisão de Aécio, mas o ministro Edson Fachin concedeu o afastamento e encaminhou o pedido de prisão para o plenário do STF.

Aécio foi gravado solicitando R$ 2 milhões ao empresário e Rocha Loures foi filmado pela Polícia Federal recebendo valores do empresário. Por dentro do assunto: Aécio pediu 2 milhões a dono da JBS, diz jornal

Na conversa gravada, Joesley e Aécio negociam de que forma seria feita a entrega do dinheiro. O empresário teria dito que se o senador recebesse pessoalmente o dinheiro, ele mesmo, Joesley, faria a entrega.

E, se Aécio mandasse um preposto, o empresário faria o mesmo. Foi quando o senador disse a seguinte frase: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do c***.”.

O “Fred” citado no diálogo é Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio, ex-diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e um dos coordenadores da campanha do tucano à Presidência em 2014.

O responsável pela entrega teria sido o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, de acordo com a reportagem do jornal.

Rocha Loures, por sua vez, teria sido filmado pela Polícia Federal recebendo cerca de R$ 500 mil em propina.

(com Estadão)

Carmem Lúcia deve assumir caso Temer seja afastado, diz Janaína

 

 

Em entrevista à Radio Jornal, Janaína disse que a melhor pessoa para fazer a transição em caso de queda de Temer seria a presidente do STF

 






São Paulo – A advogada Janaína Paschoal, coautora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, fez uma série de declarações em seu Twitter entre a noite de quarta-feira (17) e a manhã desta quinta (18). “Muito graves as notícias, se os diálogos se confirmarem, o Pres. Temer e o Sen. Aécio não têm condições de permanecer em seus cargos”, disse.

Para a advogada, a ser comprovado um “crime comum” na gravação envolvendo o presidente Michel Temer e o presidente da JBS, Joesley Batista, o STF deve receber a denúncia e afastar o mandatário.

“Digo desde o início: caia quem tiver que cair”, disparou, antes de dizer que não se arrependeu de pedir o impeachment de Dilma. “Toda esta limpeza era necessária”.

Ainda segundo ela, caso as provas sejam consideras suficientes pelo Supremo, não seria preciso sequer pedir o impeachment do presidente.
Em entrevista à Radio Jornal, Janaína disse que a melhor pessoa para fazer a transição em caso de queda de Temer seria a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF.

À Veja, a advogada ainda sugeriu que a renúncia seria um ato de grandeza, tanto de Temer quanto de Aécio Neves. “Se eles tiverem a grandeza de renunciar, tanto melhor, mas a renúncia é um ato personalíssimo, ninguém pode obrigá-los. Se tiverem essa grandeza, melhor para o país. Se não tiverem, as instituições têm que funcionar, não tem saída”.

De acordo com a lei, caso o impeachment ou a renúncia se confirmem, Temer perde o cargo. Como ele não tem vice, caberá ao Congresso eleger, por via indireta, um novo chefe para o Executivo Federal.

Até que um novo pleito seja realizado, porém, a regra determina que o presidente da Câmara dos Deputados – atualmente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assuma interinamente a Presidência da República, o que, aparentemente, contraria a proposta de Janaína.