quarta-feira, 31 de maio de 2017

O Futuro da Agricultura – Cultivando com Inteligência – Por Mauricio Lopes




A concorrida palestra e apresentação feita pelo presidente da Embrapa, Mauricio Lopes, no último dia 19 de abril de 2017 no auditório do IAC – Centro de Cana em Ribeirão Preto e iniciativa da ABAG-RP – Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto e do IBISA, Instituto Brasileiro para Inovação e Sustentabilidade do Agronegócio, está disponibilizada aos leitores do BrasilAgro.

Para tanto, basta entrar no link na capa do nosso site www.brasilagro.com.br ou então acessar diretamente http://www.brasilagro.com.br/imagens/o-futuro-da-agricultura.pdf para conhecer a visão estratégica de Mauricio Lopes em relação ao futuro da agricultura digital bem como ao protagonismo e as mudanças que ocorrem para transformar o Brasil no maior celeiro mundial de produção de alimentos e energias renováveis.

 (Da Redação, 31/5/17)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/o-futuro-da-agricultura-cultivando-com-inteligencia-por-mauricio-lopes.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/

terça-feira, 30 de maio de 2017

Goldman Sachs defende compra de bônus venezuelanos


No fim de semana, o Wall Street Journal publicou que o banco pagou um total de US$ 865 milhões pelos bônus emitidos pela estatal PDVSA em 2014

 





Nova York – O banco Goldman Sachs defendeu nesta terça-feira sua decisão de comprar US$ 2,8 bilhões em bônus do Banco Central da Venezuela após as críticas recebidas por parte de lideres opositores no país sul-americano.

“Investimos em bônus da Petroleos de Venezuela (PDVSA) porque, como muitos outros neste setor, acreditamos que a situação nesse país deve melhorar com o tempo”, afirmou o banco em comunicado enviado à Agência Efe.

Um porta-voz do Goldman Sachs explicou que esses títulos, emitidos em 2014, foram comprados nos mercados secundários através de um corretor em uma operação na qual não houve interação direta com o governo venezuelano.

“Reconhecemos que a situação é complexa e mudável e que a Venezuela está em crise. E concordamos que a vida (nesse país) tem que melhorar e, em parte, fizemos este investimento porque acreditamos que assim será”, acrescenta a nota.

No fim de semana, o “The Wall Street Journal” publicou que o departamento de gestão de ativos do banco pagou 31 centavos de dólar, ou um total de US$ 865 milhões, pelos bônus emitidos pela estatal PDVSA em 2014 com vencimento em 2022.

O investimento foi feito em meio a uma onda de protestos a favor e contra o governo de Nicolás Maduro, que em algumas ocasiões acabam em violência.

Em quase dois meses, foram contabilizadas 59 mortes ligadas às manifestações, segundo dados do Ministério Público.



Dráuzio Varella vai assessorar programa de Doria na Cracolândia


Além do famoso médico brasileiro, Anthony Wong e Wagner Gattaz também participarão dos programas Recomeço e Redenção no combate ao uso de drogas

 






São Paulo – Os médicos Anthony Wong, Dráuzio Varella e Wagner Gattaz foram os três nomes escolhidos pelo governo de São Paulo e pela Prefeitura para formar o “comitê de notáveis” que vão assessorar os programas estadual Recomeço e municipal Redenção no combate ao uso de drogas, com foco inicial na região da Nova Luz, no centro da capital paulista. O Comitê Superior de Saúde vai acompanhar e auditar as ações governamentais na Cracolândia.

Internação forçada


Nesta segunda-feira, 29, o prefeito João Doria (PSDB) nomeou o psiquiatra Arthur Guerra para o comando do Redenção. Ao assumir o cargo, o especialista sugeriu que a gestão municipal desistisse da autorização judicial para avaliação médica forçada e que aproveitasse o modelo de internações adotado pelo Estado no Recomeço.

Embora a hospitalização forçada já esteja prevista na legislação federal e venha sendo adotada pelo governo estadual há quatro anos em casos excepcionais, a Prefeitura criou polêmica ao entrar com pedido na Justiça para que a autorizasse a fazer busca e apreensão de usuários de drogas nas ruas para avaliação médica sem aval caso a caso.

O Tribunal de Justiça de São Paulo, porém, determinou a extinção do pedido da Prefeitura. O TJ-SP acolheu pedido de recurso da Defensoria Pública e do Ministério Público Estadual (MPE), que destacaram que uma ação municipal do tipo poderia levar a uma “caçada humana”.


Os fabulosos Wesley e Joesley


A delação dos reis da carne, donos do JBS, pode decretar o fim do governo de Michel Temer.

José Batista Sobrinho ajudou a construir Brasília. Em 1957, seu açougue fornecia carne para os refeitórios dos operários que trabalhavam na construção da capital modernista do Brasil. Agora, seus dois filhos mais novos, Wesley e Joesley, estão pondo o lugar abaixo. No comando da empresa fundada pelo pai, rebatizada de JBS em sua homenagem, os dois irmãos estão no centro de um escândalo capaz de fazer com que um presidente brasileiro deixe o cargo antes do tempo pela segunda vez em um ano.

A JBS é a maior exportadora de carne bovina do mundo. Suas receitas, que eram de R$ 3,9 bilhões em 2006, chegaram a R$ 170 bilhões no ano passado, impulsionadas pelo apetite da China e pelo entusiasmo do Brasil por suas “campeãs nacionais”. Entre 2007 e 2015, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) injetou mais de R$ 8 bilhões em aportes e empréstimos nas empresas dos irmãos Batista. A maior parte desses recursos foi utilizada na aquisição de concorrentes, entre as quais se incluem empresas americanas, como Swift e Pilgrim’s Pride. A holding da família, a J&F, também procurou se diversificar, e hoje é dona, entre outras, da Alpargatas, fabricante das sandálias Havaianas.

Enquanto a JBS comprava empresas, Wesley e Joesley compravam políticos. De R$ 20 milhões em 2006, as doações eleitorais declaradas da JBS passaram para quase R$ 400 milhões em 2014, quando a empresa foi a maior doadora da campanha. Nos últimos dez anos, os dois irmãos apoiaram financeiramente 1.829 candidatos a cargos eletivos.

Com tanta generosidade, ajudaram a eleger um terço do Congresso atual. Na grande maioria dos casos, as doações eram ilegais. Wesley e Joesley confessaram que quase todos os recursos doados oficialmente, além dos milhões distribuídos por baixo do pano, representavam propinas pagas a políticos para que eles atuassem em favor dos interesses da J&F.

No ano passado, as empresas dos Batista foram incluídas em cinco investigações criminais. A mais recente delas tem como foco os negócios da J&F com o BNDES, que financiou a expansão do grupo a mando de políticos que depois teriam embolsado parte dos recursos disponibilizados pelo banco.

Para salvar suas empresas, e a si mesmos, Wesley e Joesley propuseram um acordo de delação premiada aos procuradores que investigam o metastático escândalo de corrupção centrado na Petrobrás. Foi o melhor negócio que a dupla fez até hoje. Em troca de provas de crimes cometidos por importantes figuras políticas – incluindo, possivelmente, o presidente Michel Temer – os dois obtiveram imunidade quase total. Ao contrário de Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo Odebrecht, não passarão nem um dia na cadeia ou em prisão domiciliar. Livre para deixar o Brasil, Joesley já se mudou para o suntuoso apartamento que tem em Nova York. Ele e o irmão terão de pagar uma multa de R$ 110 milhões cada um – valor que não deve doer muito em seus bolsos bilionários.


Perigos


Os reis da carne não estão totalmente a salvo. É possível que a JBS venha a ser investigada por corrupção nos EUA; e os americanos que investiram em títulos da empresa podem processá-la judicialmente. Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) investiga a JBS pela prática do crime de “insider trading”.

Semanas antes dos detalhes da delação dos irmãos Batista vazarem para a imprensa, em 17 de maio, os controladores da JBS venderam mais de R$ 300 milhões em ações da empresa; e, no mesmo dia, horas antes da notícia cair como uma bomba no mercado, a J&F comprou grande quantidade de dólares. Wesley e Joesley negam ter manipulado o mercado. Aparentemente, foram abençoados com o mesmo tino comercial do pai 

(The Economist, 29/5/17)

MPF propõe multa de R$ 10,9 bi para acordo de leniência com a J&F


O montante representa 6% do faturamento das empresas do grupo em 2016 que, segundo a própria J&F, foi de 183,244 bilhões

 





Em nova tentativa de selar o acordo de leniência com a holding J&F, controladora da empresa JBS, o Ministério Público Federal (MPF) propôs o pagamento de multa no valor de R$ 10,994 bilhões, em prestações semestrais ao longo de 13 anos.

O montante representa 6% do faturamento das empresas do grupo em 2016 que, segundo a própria J&F, foi de 183,244 bilhões.

Na semana passada, a força-tarefa da Operação Greenfield havia proposto o pagamento de multa de R$ 11,169 bilhões, que não foi aceita pelo grupo econômico, que tem como principais sócios os irmãos Joesley e Wesley Batista.

Já o grupo J&F apresentou cinco propostas: R$ 700 milhões, R$ 1 bilhão, R$ 1,4 bilhão, R$ 4 bilhões e R$ 8 bilhões, todas rejeitadas pela força-tarefa.

Pela nova proposta, os pagamentos serão iniciados em dezembro, com correção pela Selic, e deverão ser feitos exclusivamente pela holding J&F.

Segundo o MPF, a medida tem o objetivo proteger acionistas minoritários.

O dinheiro arrecadado, de acordo com o MPF, deverá ser destinado às entidades públicas e fundos de pensão que foram lesados pela atuação de empresas controladas pela J&F, como a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) e a Petros, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em nota, o MPF informo que a divisão dos valores se dará da seguinte forma: os fundos de pensão Funcef e Petros, além do BNDES, receberão, cada um, 25% do total a ser pago pela J&F.

O restante (25%) será distribuído entre FGTS (6,25%), Caixa Econômica Federal (6,25%) e União (12,5%).

“Além disso, a proposta prevê que, caso o grupo firme acordos no exterior, 50% do valor pago fora do país sejam destinados às entidades brasileiras, na mesma proporção prevista no acordo de leniência”, diz nota do MPF.

Negociação


O novo valor estipulado pelo MPF leva em conta a gravidade dos delitos e, por isso, a multa foi inicialmente fixada em 20% do faturamento, percentual máximo previsto na Lei Anticorrupção (12.846/13) e no decreto 8.42/15, que regulamentou a norma.

Em seguida, foi aplicado um redutor de 2% em razão da existência de programa de integridade e da colaboração parcialmente espontânea dos crimes.

Os 18% restantes sofreram um abatimento de dois terços em razão da efetiva colaboração. Os principais acionistas do grupo – os irmãos Joesley e Wesley Batista – firmaram acordo de colaboração premiada como o Ministério Público, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Também foram mencionados outros indicadores e números que foram considerados na definição do total a ser pago, em decorrência de eventual acordo de leniência. Um deles é o Ebtida (indicador usado para medir o desempenho de uma empresa, a partir de aspectos como lucro operacional, em que se desconsidera impostos e outros efeitos financeiros para medir a eficiência e a produtividade de uma companhia), que no caso do Grupo J&F, está projetado de R$ 17,1 bilhões para 2017. A multa proposta pelo MPF para o acordo de leniência representa 64,11% do valor de projeção do Ebtida. O índice é 10% superior ao aplicado no acordo firmado com a construtora Odebrecht, que foi de 54%”, diz nota do MPF

Advogados de administradora da JBS pedem demissão após acordo


A companhia J&F disse que as negociações com o MPF atingiram um impasse e que a "opção pela substituição do escritório ocorreu de comum acordo"

 



São Paulo – Os advogados da Trench, Rossi e Watanabe não representam mais a J&F Investimentos, controladora da JBS , nas negociações com o Ministério Público Federal (MPF) sobre acordo de leniência, de acordo com notas do escritório de advocacia e da companhia nesta terça-feira.

“A negociação atingiu um impasse, e a opção pela substituição do escritório ocorreu de comum acordo entre a J&F e o Trench Rossi Watanabe”, disse a holding.

A J&F afirmou ainda, na nota, que a “companhia segue envidando seus melhores esforços para celebração do acordo e tem se colocado sempre à disposição do MPF”.

O escritório que assumirá a representação da J&F no acordo de leniência com o MPF será o Bottini & Tamasaukas Advogados.


Moody’s mantém perspectivas da Vale apesar de piora do Brasil


A Moody's alterou a perspectiva do rating do Brasil para negativa, ante estável, citando as incertezas em torno do ritmo de reformas após a crise política

 





Rio de Janeiro – A agência de classificação de ricos Moody’s manteve perspectiva positiva para o rating da mineradora brasileira Vale, após piorar na semana passada a perspectiva do Brasil, por considerar que a companhia se beneficia por ter algum grau de isolamento em relação ao ambiente macroeconômico do país.

Em 26 de maio, a Moody’s alterou a perspectiva do rating do Brasil para negativa, ante estável, citando as incertezas em torno do ritmo de reformas após a mais recente crise política.

Segundo a agência, embora a Vale tenha 64 por cento dos seus ativos no Brasil, mais de 90 por cento das receitas são advindas das exportações.

A empresa também se beneficia de um amplo acesso a financiamentos externos.

“A posição competitiva da Vale como o principal produtor de minério de ferro e níquel em todo o mundo, o forte perfil de negócios e a alta exposição a mercados fora do Brasil apoiam a perspectiva positiva da empresa”, disse em nota a vice-presidente e diretora de crédito da Moody’s, Barbara Mattos.