segunda-feira, 19 de junho de 2017

A maior aposta que a Amazon já fez no mundo físico


Aquisição da Whole Foods Market por 13,7 bilhões de dólares pode transformar o setor de supermercados, segundo analistas

 






São Paulo – A Amazon, maior companhia de comércio eletrônico do mundo, fez hoje sua maior aposta no varejo físico, com a compra da rede norte-americana de supermercados Whole Foods Market. O negócio pode mudar radicalmente o setor de supermercados, da mesma forma que a gigante transformou as livrarias e o comércio eletrônico, segundo analistas.

Trata-se da maior compra da história da Amazon. O valor da aquisição, de 13,7 bilhões de dólares ou 42 dólares por ação representa um prêmio de 27% em relação ao valor de fechamento e também inclui as dívidas da adquirida.

Com vendas de 16 bilhões de dólares em 2016, a rede Whole Foods Market “tem satisfeito, encantado e nutrido consumidores por quase quatro décadas. Eles estão fazendo um ótimo trabalho e queremos que isso continue”, disse a Jeff Bezos, presidente da Amazon em nota. Com a adição desse faturamento ao balanço da companhia, vendas de perecíveis se torna um de seus maiores negócios.

A marca continuará existindo e John Mackey, cofundador e presidente da Whole Foods Market, continuará no cargo. A sede, em Austin no Texas, também não deverá mudar. A aquisição ainda está sujeita à análise dos acionistas da rede e de aprovações regulatórias.

Não é a primeira investida da gigante no setor de supermercados, mas é certamente a mais impactante. Ela já vinha desenvolvendo serviços e protótipos para entrar nesse setor.

Compras em supermercados representam cerca de 15% dos gastos anuais das famílias nos Estados Unidos, disse Robin Sherk, vice-presidente sênior da Kantar Retail, consultoria de varejo. “Compras e itens perecíveis são um foco estratégico muito importante para a Amazon. Capturar esses gastos é capturar viagens semanais e share of mind”, disse, por e-mail, a EXAME.com.

Segundo o banco JP Morgan, “com o tempo, acreditamos que a Amazon pode trabalhar para transformar a experiência física no varejo”. “Estamos vendo sinais muito iniciais através das livrarias da Amazon e a loja Amazon Go, em Seattle”, afirmou, em relatório.

 

Digital fortalecida


Para a Amazon, a compra é um passo muito maior na direção do setor de supermercados e do mundo físico do que a companhia vinha fazendo até então, com algumas experimentações revolucionárias.

E, ainda que pareça paradoxal, as investidas da varejista no mundo físico podem fortalecer mais sua operação digital.

Segundo o banco de investimentos Piper Jaffray, os principais ganhos da Amazon com a aquisição são o logístico e a maior proximidade com os consumidores, que tende a fortalecer sua operação de entrega de produtos frescos.

A expansão deverá ocorrer principalmente com a marca Amazon Fresh. O serviço foi lançado em 2007 e oferece mais de 500.000 itens frescos, como alimentos, para entrega no mesmo dia ou manhã seguinte. Custa 14,99 dólares por mês e está aberto apenas para membros Prime, assinatura anual com diversos benefícios.

A entrega está disponível apenas em cerca de 20 cidades nas regiões de Seattle, norte e sul da Califórnia, Nova York e Philadelphia, cerca de 20% a 30% da população dos Estados Unidos, de acordo com a análise do banco.

Com a incorporação das mais de 460 lojas da Whole Foods espalhadas pelos Estados Unidos, Canadá e Reino Unidos, a cobertura para a entrega de produtos frescos da Amazon se torna quase nacional, especialmente entre a população de maior renda.

As lojas poderão servir como estoque e pontos de distribuição. “Acreditamos que a Amazon pode, portanto, lançar cobertura nacional de entrega de suprimentos dentro de 12 a 18 meses”, diz o relatório.

Outras iniciativas da gigante no setor também incluem a Amazon Fresh Pickup, retirada gratuita de itens de supermercado em duas localidades, Prime Now, entrega de alguns produtos frescos em até duas horas em mais de 30 cidades e Amazon Go, supermercado tecnológico sem caixas ou checkout, com pagamento diretamente pelo celular, serviço ainda está em fase de testes.

O banco JP Morgan acredita que, no longo prazo, a companhia poderá implementar a tecnologia Amazon Go, de compras sem caixas, nas lojas Whole Foods, diminuindo consideravelmente os gastos operacionais e com funcionários.

Livraria digital e física


A transformação que analistas preveem para o setor de supermercados já ocorreu com o setor de livros. Criada como uma vendedora de livros pela internet em 1994, a Amazon cresceu tanto que levou diversas livrarias a fechar lojas.

Em novembro de 2015, ela abriu sua primeira livraria física em Seattle, cidade sede da companhia e berço de várias de suas inovações.

Mais do que vender livros, o objetivo das lojas Amazon Books é fortalecer a venda dos dispositivos da própria companhia como o leitor de e-books Kindle, e os dispositivos Amazon Fire TV, Echo e Echo Dot, ligados à assistente virtual Alexa.

“Acreditamos que livrarias, por exemplo, são uma excelente forma para os consumidores interagirem com nossos dispositivos, verem, tocarem e brincarem com eles e se tornarem fãs, então vemos um grande valor nisso”, disse o diretor financeiro Brian Olsavsky durante a apresentação de resultados da empresa.

Com faturamento de quase 90 bilhões de dólares e planos ambiciosos, a Amazon está, de fato, ganhando muito valor.


Temer anuncia veto a MPs em resposta a tweet de Gisele Bündchen


Em resposta ao apelo da modelo, o presidente confirmou os vetos às MPs que liberariam 1,5 milhão de acres da Amazônia para desmatamento

 







Brasília – O presidente Michel Temer, por meio de seu Twitter oficial, respondeu nesta segunda-feira, 19, a uma mensagem da modelo brasileira Gisele Bündchen e confirmou os vetos às medidas provisórias 756 e 758, conforme fontes haviam adiantado ao Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado para assinantes) pela manhã.

“*giseleofficial e WWF, vetei hoje todos os itens das MPs que diminuíam a área preservada da Amazônia”, escreveu Temer.

Na última segunda-feira, 12, Gisele Bündchen pediu ao presidente para vetar as MP, que liberavam 1,5 milhão de acres da Amazônia para desmatamento.
“Michel Temer, vete as propostas que ameaçariam 600k de hectares de área protegida na Amazônia brasileira”, escreveu a modelo em seu Twitter.
Gisele também compartilhou o link da WWF-Brasil, ONG de conservação da natureza, que faz uma campanha para arrecadar assinaturas para que o presidente não aprove as medidas. As MPs alterariam os limites da Floresta Nacional de Jamanxim e do Parque Nacional de Jamanxim, no oeste do Pará.


Vetos


Confirme mostrou anteriormente o Broadcast Político, Temer decidiu ceder à pressão dos ambientalistas e vai vetar integralmente a Medida Provisória 756 e parte da MP 758.

Segundo fontes do Planalto, o presidente já deixou assinados os vetos antes do embarque para a Rússia, e a publicação constará do Diário Oficial da União (DOU) de terça-feira.


Wise Up anuncia compra da escola de inglês Number One



A aquisição cria a holding Wiser Educação, que começa a operar com 455 escolas e tem a meta de alcançar mil unidades até 2020

 



Abril Educação compra Wise Up



São Paulo – Um mês após anunciarem sociedade na rede de escola de idiomas Wise Up, os empresários Flávio Augusto da Silva e Carlos Wizard Martins informaram nesta segunda-feira, 19, a compra de 100% da rede Number One, que atua predominantemente em Minas Gerais.

A aquisição cria uma nova holding, a Wiser Educação, onde Flávio Augusto detém 65% e Carlos Wizard e Charles Martins (filho de Carlos) ficam com 35%.

Por conta de uma cláusula contratual, o valor da transação não foi revelado. Segundo os empresários, o dinheiro usado para comprar a Number One é proveniente do caixa das empresas ligadas a holding Wiser Educação, não tendo relação com o aporte realizado recentemente por Carlos Wizard.

O grupo Wiser Educação começa a operar com 455 escolas e a meta é alcançar mil unidades até 2020. Além da Number One, o portfólio da holding tem as marcas Wise Up e You Move.

Em teleconferência com a imprensa, Carlos Wizard prometeu mais novidades e disse que está avaliando outras duas redes no País. “Essa é apenas a primeira de uma série de aquisições. Vemos um grande potencial neste mercado e queremos promover cada vez mais a possibilidade do aprendizado de idiomas no Brasil”, explicou.

A Number One é uma rede de escolas de idiomas criada em 1972 em Belo Horizonte. Atualmente, são 135 unidades e cerca de 2.500 funcionários. O faturamento global no ano passado foi de R$ 102,5 milhões.

Tradicionalmente, o público da Number One é composto de adultos e o da Wise Up de adolescentes. 

A ideia é juntar esses segmentos. O objetivo é levar a marca para todo o País.
  

Irmãos Batista negociam diretamente venda de seus negócios

 Resultado de imagem para fotos dos irmãos Batistas


Desde que as delações dos controladores da JBS vieram à tona o valor de mercado do grupo caiu 30%; além da Eldorado, companhia deve se desfazer de parte da empresa nos EUA, da Vigor e de Alpargatas.

Os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo JBS, controlado pela holding J&F, estão negociando pessoalmente a venda de parte de seus ativos, apurou o ‘Estado’ com fontes a par do assunto. Com exceção da Vigor, que tem o Bradesco e o Santander contratados pela família, investidores interessados em outros negócios da companhia – que incluem desde Alpargatas até ativos da área de energia –, têm falado diretamente com os dois controladores do grupo.
 
Fontes próximas ao JBS ouvidas pelo Estado afirmaram que os irmãos Batista não descartam vender uma parte dos ativos do grupo nos Estados Unidos, onde estão concentradas as operações de carne. Mas, o objetivo, segundo essas mesmas pessoas, é preservar ao máximo essa divisão de negócio, que deu origem à companhia e responde por mais de 80% do faturamento do grupo, de R$ 170 bilhões em 2016.
 
Desde que vieram à tona as delações dos irmãos Batista, há um mês, o valor de mercado do JBS caiu 30%, para R$ 18 bilhões, de acordo com levantamento da Economática.
 

Troca de mensagens
 

Nas últimas semanas, Joesley Batista trocou mensagens e retornou ligações de banqueiros e executivos do mercado financeiro para dar o aval para a venda de algumas marcas de produtos da Flora, divisão de higiene e limpeza do grupo; e negociar a venda da Eldorado, divisão de papel e celulose da companhia, apurou a reportagem. Wesley também tem participado ativamente das conversas que envolvem a Eldorado, de acordo com fontes envolvidas nas negociações.

Na sexta-feira, a Eldorado e a chilena Arauco anunciaram ao mercado que assinaram contrato de confidencialidade para negociar o ativo. A Arauco contratou o Santander para assessorá-lo. As concorrentes brasileiras Fibria e a Suzano também têm interesse no ativo, cuja dívida beira R$ 8 bilhões, segundo pessoas próximas às duas companhias. 

A família tem pressa para vender esse negócio. Além de ter cerca de R$ 3 bilhões em dívidas que vencem no curto prazo, a companhia tem de levantar recursos para arcar com o acordo de leniência, fechado em R$ 10, 3 bilhões, segundo fontes.
 
Além da Eldorado, o grupo já está em conversas adiantadas para a venda da Vigor, segundo fontes. O grupo tinha recebido proposta no início do ano da americana Pepsico e da mexicana Lala, conforme publicou o Estado, mas as conversas não foram adiante. Avaliada em R$ 6 bilhões àquela época, fontes afirmaram que os irmãos Batista vão ter de rever esse valor para poder concluir a transação.
 
Um alto executivo de um banco de investimento informou ao Broadcast/Estadão que os desinvestimentos por parte da J&F podem movimentar mais de R$ 20 bilhões. O mercado brasileiro de fusões e aquisições movimenta por ano entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões de negócios concretizados. 

 
Alpargatas
 

No caso da Alpargatas, que a J&F adquiriu da Camargo Corrêa, por R$ 2,7 bilhões, os fundos Tarpon e Carlyle têm interesse de olhar o negócio – os dois já tinham conversado com a Camargo Corrêa no passado, mas foram preteridas pela J&F, que levou o negócio. Os dois fundos têm interesse em retomar as negociações, mas ainda não fizeram movimento nesse sentido. Ainda não há banco contratado para vender esse negócio, mas deve ser anunciado em breve. Procurados, os fundos Carlyle e Tarpon não comentaram o assunto.

Apesar de ter sido sondado para a venda de algumas marcas da empresa Flora, não há comprador firme para o negócio. O mesmo ocorre com o banco Original, segundo fontes.
 
Procurada, a J&F não comenta a venda de nenhum ativo e suas empresas seguem com as operações regulares, dentro do plano de negócios.

 (O Estado de S.Paulo, 17/6/17)

terça-feira, 13 de junho de 2017

Banco Central lança newsletter para comunicação com a sociedade


A publicação veiculará notícias durante toda a semana, sobre temas relacionados à atuação da instituição

 






Brasília – O Banco Central informou nesta terça-feira, 13, por meio de nota, o lançamento de um novo instrumento de comunicação, a newsletter “Conexão Real com o Banco Central”.

De acordo com o BC, o objetivo é estreitar o relacionamento com a sociedade.

“Em um primeiro momento, a publicação foi formatada para investidores, analistas de mercado, economistas, acadêmicos e pesquisadores”, informou a instituição.

“Mas qualquer cidadão também pode se cadastrar para receber a newsletter por e-mail, o que aumenta a transparência das ações do Banco Central para a sociedade. ”

O BC informou ainda que a publicação veiculará notícias durante toda a semana, sobre temas relacionados à atuação da instituição: decisões da autarquia, projetos, normas, indicadores, expectativas econômicas e a agenda da instituição.

“Além das mensagens encaminhadas durante a semana, haverá uma edição semanal às segundas”, acrescentou o BC. Ontem saiu a primeira edição semanal, com um resumo das notícias ligadas ao BC na semana anterior.

Os interessados em receber a newsletter devem pedir cadastramento pelo e-mail comunicacao@bcb.gov.br.

Vigor é oferecida a Danone, Lactalis e Lala, dizem fontes


Segundo fontes, o processo de venda está em fase inicial e é assessorado pelo Santanter Brasil e pelo Bradesco

 






São Paulo – A Vigor está sendo oferecida a cerca de meia dúzia empresas, incluindo a Lactalis e a Danone, conforme os donos da produtora de produtos lácteos tentam captar recursos para pagar multas e outras dívidas, duas fontes com conhecimento do assunto disseram nesta terça-feira.

O processo de venda, que Santander Brasil e Bradesco estão assessorando, está em fase inicial, disseram as fontes, que não detalharam os termos da transação.

Além das duas empresas francesas, outras empresas que foram convidadas a analisar o negócio incluem o grupo mexicano Lala e a suíça Emmi, disseram as fontes.

Até agora nenhum preço ou prazo para ofertas foi definido, e não é certo que um acordo será alcançado, disseram as fontes. A assessoria de imprensa da Danone não quis comentar.

J&F, Lala, Lactalis, Emmi e os bancos não comentaram o assunto de imediato. As fontes pediram anonimato para falar livremente sobre o processo.

O plano vem duas semanas após a J&F, o holding que controla a Vigor, aceitar pagar uma multa de 10,3 bilhões de reais de reais dentro de um acordo de leniência.

A J&F também precisa de dinheiro para pagar cerca de 14 bilhões de reais em empréstimos que vencem nos próximos 12 meses, a Reuters informou no início de junho.

Membros da família Batista, da J&F, fecharam acordos após terem admitido subornar políticos para ganhar vantagens para os suas empresas, incluindo a JBS.
  

Carta aberta ao presidente Temer – Por Israel Klabin


Permita-me Vossa Excelência juntar minha voz à de milhões de brasileiros que estão alarmados com os perigos que ameaçam a nossa espécie, oriundos da degradação ambiental e do aquecimento global.
 
Há 25 anos, o tema ganhou forma de políticas mundiais, quando o Brasil hospedou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco 92.
 
Desde então, o senso de urgência aumentou, bem como as propostas de soluções. O Brasil tem tido papel central nesse processo, inclusive no recente Acordo de Paris.
 
O protagonismo brasileiro não é casual. O país possui um ativo ambiental único no planeta: seus ecossistemas e sua biodiversidade. Além disso, é um dos maiores produtores de alimento e detentor de avançadas tecnologias agropastoris e florestais.
 
Nossa cobertura vegetal é um escudo não apenas quanto aos efeitos de mudanças climáticas, mas também como resguardo de água, fauna e tradições culturais.
 
Neste momento, o ceticismo daqueles que negam as evidências científicas vem acompanhado de um aumento na irracionalidade e cegueira das decisões políticas.
 
Vozes destoantes organizam um ataque sistemático à natureza que o país ostenta, com propostas que favorecem o desmatamento, em particular da Amazônia. A importância desse bioma com relação à biodiversidade, ao ciclo de carbono e ao ciclo de água dá ao nosso povo uma imensa responsabilidade sobre esse ativo -vital à região, ao país e ao mundo.
 
Senhor presidente, não deixe essa riqueza ser destruída por ações que procuram tirar vantagens de curto prazo em detrimento das futuras gerações.
 
Assim, solicito a Vossa Excelência que use a prerrogativa constitucional de veto em relação às modificações ilegítimas introduzidas pelo Congresso Nacional nas seguintes medidas provisórias: 1) a MP 756 de 2016, que reduz dramaticamente áreas de vários parques nacionais; e 2) a MP 758 de 2016, que reduz áreas de fundamental importância na Bacia Amazônica, tais como a de Proteção Ambiental do Tapajós.
 
Outras agressões, como a MP 759 de 2016, que facilita a grilagem e a ocupação de terras públicas, significam o fim de conceitos que a sociedade brasileira tão dificilmente conseguiu transformar em bem público.
 
Somadas, essas medidas subtraem 1,1 milhão de hectares de proteção no território nacional. O impacto negativo dessa ação em nossos compromissos globais firmados seria dramático.
 
Finalmente, estamos consternados pela volta da violência no campo, um retrocesso ambiental acompanhado de sérias consequências sociais. Senhor presidente, impedir essa ruína está ao seu alcance.
 
Não estou sozinho nesse pleito. Em abril último, o Observatório do Clima lançou carta apontando esses problemas. A coalizão Brasil Clima, Agricultura e Florestas também já enviou à Vossa Excelência uma carta aberta solicitando a não ratificação das MPs 756 e 758.
 
A demonstração de que o desenvolvimento humano é consequência direta e imediata da proteção do nosso acervo florestal e ambiental vem do fato de os avanços na conservação no Brasil terem se dado em paralelo a um forte crescimento econômico nacional, a safras recorde na agricultura e geração de emprego.
 
Senhor presidente, o mundo está nos observando. O Brasil não é mais o país do futuro: é o país do presente. Nossa nação tem demonstrado seu empenho em conciliar conservação da natureza com desenvolvimento socioeconômico, e com isso se tornado um exemplo para o mundo. Não há espaço para retrocesso.

Na certeza que Vossa Excelência é sensível aos nossos argumentos, subscrevo-me (Israel Klabin, empresário e ambientalista, é presidente da FBDS.

 (Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável); Folha de S.Paulo, 12/6/17)