terça-feira, 20 de junho de 2017

Natura espera fechar compra da The Body Shop em 26 de junho


Acordo ainda segue condicionado a aprovações regulatórias, notadamente no Brasil e nos Estados Unidos


Rio de Janeiro – A Natura anunciou nesta terça-feira que a francesa L’Oréal aceitou sua oferta de 1 bilhão de euros pelo controle da britânica The Body Shop.

Em um comunicado enviado à Bolsa de Valores, a Natura assegurou “ter concluído de maneira favorável o processo de consulta ao conselho de funcionários (comitê central da empresa L’Oréal) com relação à aquisição, pela companhia ou por uma das suas subsidiárias, de 100% das ações de emissão da The Body Shop International Plc”.

A assinatura do contrato está prevista para 26 de junho em Londres, mas a operação ainda precisa da aprovação dos órgãos reguladores no Brasil e nos Estados Unidos.

A Natura anunciou no início deste mês uma negociação exclusiva com a L’Oréal, que qualificou como “um passo decisivo na internacionalização de seus negócios”.

“Natura e The Body Shop sempre caminharam juntas. A complementaridade da presença internacional, o uso da biodiversidade, a ética na gestão, a relação justa com as comunidades nativas e o uso intensivo da inovação são dimensões da nova etapa que queremos iniciar”, assegurou na época Guilherme Leal, co-presidente do conselho de administração da Natura.

Ambas as companhias se caracterizaram pelo uso de ingredientes naturais em seus produtos, pela defesa de causas ambientais e pela rejeição aos experimentos em animais.

A Natura foi fundada em 1969 por Luiz Seabra, seu maior acionista, e é a maior empresa de cosméticos do país.

A The Body Shop, que tem cerca de 3 mil pontos de venda nos 66 países em que opera, foi fundada em 1976 por Anita Roddick e vendida em 2006 para a L’Oréal. O seu faturamento no ano passado foi de 920,8 milhões de euros. A companhia britânica, no entanto, enfrentou dificuldades nos últimos anos pela queda das vendas, que foi de 4,8% em 2016.

“Com esta operação, a Natura passará a ter três marcas com forte identidade: a própria Natura, Aesop e The Body Shop. É um movimento que fortalece a consistência de nossa estratégia de internacionalização e de diversificação de marcas e canais”, afirmou João Paulo Ferreira, presidente da Natura.

A companhia brasileira calcula que sua integração com a The Body Shop dará nascimento a um grupo com um faturamento consolidado de R$ 11,5 bilhões, 17 mil funcionários, 3.200 lojas e uma catálogo com mais de 2 mil produtos.


BB trabalha com BNDES em nova linha de financiamento para PMEs

Segundo o presidente do banco, a ideia é que os recursos da linha possam ser utilizados também por outros bancos, que atuariam como agentes repassadores




Rio de Janeiro – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve lançar no segundo semestre uma linha de crédito voltada para micro, pequenas e médias empresas com juros provavelmente mais baixos, que terá o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal como repassadores, disse o presidente do BB nesta terça-feira.

O presidente do BB, Paulo Rogério Cafarelli, afirmou que a ideia é que os recursos da linha possam ser utilizados também por outros bancos que atuariam como agentes repassadores dos recursos do BNDES.

“Estamos trabalhando fortemente em conjunto Banco do Brasil, BNDES e outros bancos também para trabalharmos fortemente na retomada do crescimento, através de pequenas, médias e micro”, disse Caffarelli a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.

“Provavelmente será uma linha do BNDES que será aplicada aos bancos que tiverem interesse. Vamos adaptar a linha para que ela seja mais atrativa e pode ter juros menores”, adicionou ele.

Mais cedo, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, defendeu no mesmo evento a capilarização dos recursos do banco de fomento e destacou que o banco precisa ser mais íntimo dos empreendedores anônimos do Brasil.

Rabello de Castro anunciou ainda que na semana que vem vai lançar um novo canal de informações com apoio de BB e Caixa para disseminar informações do banco que possam ajudar na concessão de futuros financiamentos.

Segundo ele, o banco quer alcançar a capilarização de seus recursos e financiamentos. “Vamos disseminar a palavra desenvolvimento e encruar essa palavra na cabeça das pessoas…precisamos criar uma mentalidade do desenvolvimento do pais”, declarou ele em evento na sede do BNDES.


Brasil é “House of Cards” com drogas, diz diretor do BTG ao FT


Segundo diretor de investimentos, vazamento da gravação de uma conversa do presidente Michel Temer com empresário Joesley Batista deixou mercados instáveis

 




São Paulo – Steve Jacobs, diretor executivo do braço de investimentos do BTG Pactual, disse que o Brasil parece o seriado “House of Cards com ácido”, em entrevista ao Financial Times. O executivo comparou a política nacional ao programa por causa dos escândalos e reviravoltas na Operação Lava Jato, que afeta não só o país mas também negócios internacionais.

Segundo Jacobs, um dos eventos que mais sacudiu os mercados recentemente foi o vazamento da gravação de uma conversa do presidente Michel Temer com o empresário Joesley Batista. “Ninguém viu aquele evento Temer chegando”, disse ele ao jornal. “Esses mercados são difíceis de atuar. Você não quer mercados emocionais e que mudam rapidamente”.

Uma das consequências da operação da Polícia Federal foi a prisão de André Esteves, então presidente do BTG Pactual, em novembro de 2015. Ele cumpre prisão domiciliar.

Jacobs falou que seu antigo chefe está confiante que será inocentado. “Ele é meu amigo próximo, então estou muito, muito esperançoso que ele irá mostrar que é completamente inocente. Mas isso é um desvio para o BTG”, disse ele, ao jornal.

Atualmente, o banco se esforça para reconstruir sua imagem – e seu tamanho. Segundo o FT, ele administra 37 bilhões de dólares, em comparação aos 50 bilhões de dólares antes da prisão de Esteves. No entanto, Jacobs diz que a prisão não é mais assunto comentado na companhia, nem entre os investidores e clientes.
 

Embraer fecha acordos para venda de até 50 jatos no Paris Airshow


Entre os acordos, a empresa assinou com a Fuji Dream Airlines um acordo de valor estimado em 274 milhões de dólares






São Paulo – A Embraer firmou durante o Paris Airshow acordos com diferentes participantes do mercado de aviação para venda de até 50 jatos, informou a fabricante em comunicados nesta terça-feira.

Entre eles, a empresa assinou com a Fuji Dream Airlines um acordo de valor estimado em 274 milhões de dólares, que inclui pedido firme de três aeronaves E175 e direitos de compra para mais três jatos do mesmo modelo.

Separadamente, a Embraer anunciou pedido firme da KLM CityHopper, subsidiária regional da aérea holandesa, para dois jatos E190, com entrega prevista para 2018 e preço de lista de 101 milhões de dólares.

A fabricante brasileira ainda recebeu de “cliente não divulgado” pedido firme para 10 jatos E195-E2 e direitos de compra para 10 aeronaves E190-E2.

Em comunicado, a Embraer esclarece que a encomenda firme tem valor estimado em 666 milhões de dólares e será incluída na carteira de pedidos do segundo trimestre de 2017.

A Embraer também confirmou a assinatura de um acordo com a Japan Airlines para um pedido firme de um E190 adicional, ao mesmo tempo em que celebra um ano do início das operações do E190 no Japão.

Paralelamente, a empresa assinou um termo de compromisso com outro ‘cliente não divulgado’ para 20 jatos E190-E2, no valor de 1,182 bilhão de dólares, mas o contrato está sujeito à documentação final pelo cliente.

Mais cedo, a Embraer havia comunicado um pedido firme da companhia aérea bielorussa Belavia para dois jatos da geração atual de E-Jets (um E175 e outro E195), no valor de 99,1 milhões de dólares, com entrega em 2018.


BNDES diz que não foi informado sobre plano de ativos da JBS


Segundo o presidente da instituição, "o que a atual administração está falando tem ainda que ser amplamente debatido no conselho de administração"

 




Rio – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não foi informado sobre o plano de venda de ativos do frigorífico JBS, anunciado mais cedo nesta terça-feira, 20, informou o presidente da instituição de fomento, Paulo Rabello de Castro.

“O que a atual administração (da JBS) está falando tem ainda que ser amplamente debatido no conselho de administração. Não houve ainda essa reunião, haja vista que não estou nem informado”, disse Rabello de Castro, após participar de cerimônia em homenagem aos 65 anos do BNDES, no Rio. “O máximo que pode ser sido anunciado (pela JBS) é uma intenção, aliás, boa”, afirmou.

O presidente do BNDES destacou que o banco é um acionista “extremamente relevante” da JBS. A instituição possui cerca de 20% de participação no frigorífico.

Questionado se há estudos para vender parte dessa participação, Rabello de Castro respondeu: “Os momentos mais adequados para fazer uma alienação de ativos são quando a situação desse ativo está bem na curva de preços, e não subavaliado. Como (a empresa) está passando por momento muito delicado, e nós somos acionistas extremamente relevantes, é o momento de unir esforços para defender empregos e o faturamento dessa empresa.”
 

Dólar encosta em R$ 3,35 após rejeição da reforma trabalhista


Às 13:55, a moeda americana avançava 1,48 por cento, a 3,3336 reais na venda, depois de atingir a máxima de 3,3426 reais

 





São Paulo – O dólar ampliou a alta a cerca de 1,5 por cento, encostando em 3,35 reais, após a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitar o texto principal da reforma trabalhista nesta terça-feira, sinalizando que o governo do presidente Michel Temer está com menos força política dentro do Congresso Nacional.

Às 13:55, o dólar avançava 1,48 por cento, a 3,3336 reais na venda, depois de atingir a máxima de 3,3426 reais, maior patamar intradia desde 19 de maio (3,3471 reais). O dólar futuro tinha alta de cerca de 1,60 por cento.

“O sinal é muito ruim… de perda de força de Temer”, afirmou o economista da gestora Infinity, Jason Vieira, em comentário.

A CAS rejeitou o parecer da reforma trabalhista redigido pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), imprimindo ao governo uma importante e surpreendente derrota. Por 10 votos a 9, os senadores não aprovaram a proposta, que vinha sendo utilizada pelo governo para demonstrar que ainda tem força no Congresso.

A crise política que acertou em cheio o governo após delações de executivos do grupo J&F soou o alarme entre os investidores sobre o rumo das reformas, em especial da Previdência, no Congresso. 

Por isso, a cautela tem sido a tônica dos mercados financeiros nas últimas semanas.

Os investidores trabalhavam ainda atentos aos rumos das investigações envolvendo Temer no Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal concluiu que há indícios de prática de corrupção passiva de Temer e de seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, segundo uma fonte.

Ainda na agenda política, há o julgamento do pedido de prisão contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), formulado pela Procuradoria-Geral da República, também no STF.

“O apoio da bancada do PSDB é tido como frágil visto que o desembarque da sigla pode acontecer a qualquer momento”, comentou a Correparti Corretora em relatório.

Pela manhã, a alta do dólar também foi influenciada pelo avanço da moeda norte-americana no exterior, onde tinha elevação ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como o peso chileno e o rand sul-africano.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais –equivalente à venda futura de dólares– para rolagem dos contratos que vencem julho. Com isso, já rolou 4,100 bilhões de dólares do total de 6,939 bilhões de dólares que vence no mês que vem.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Amazon pode comprar startup Slack por US$ 9 bi


Lançado em 2013, o serviço de bate-papo corporativo tem 5 milhões de usuários ativos em grandes empresas, como Airbnb, Samsung e BuzzFeed

 






São Paulo – A compra da startup de mensagens corporativas Slack Technologies está sendo disputada por várias empresas de tecnologia, incluindo a gigante Amazon, segundo informações divulgadas hoje pela Bloomberg.

Lançado em 2013, o serviço de bate-papo corporativo permite que milhares de funcionários de uma mesma empresa se comuniquem de forma segura por meio um único software. Saiba mais: Descubra com a TOTVUS como aplicar a Transformação Digital no seu negócio Patrocinado

Além de proporcionar a comunicação direta entre duas pessoas, permite a criação de canais de conversa, que funcionam como grupos. Assim, usuários específicos podem conversar sobre um projeto ou algo particular.

Com ele também é possível fazer backup de arquivos importantes e integrar outros serviços de comunicação e armazenamento, como o Hangouts e o Dropbox.

O serviço já é usado por grandes negócios em todo o mundo, incluindo Airbnb, Harvard University, Samsung e BuzzFeed, com 5 milhões de usuários ativos diários e um faturamento anual de 150 milhões de dólares – fato que chamou a atenção de muita gente.

Enquanto a Microsoft trabalha, desde novembro, em um serviço em nuvem para competir com a Slack, outras companhias do setor colocaram na mesa suas propostas de compra. E parece que não será barato fechar o negócio. 

Baseada em São Francisco, a Slack já recebeu desde sua criação aportes de 540 milhões de dólares – 200 milhões de dólares levantados apenas na última rodada de investimentos, em abril de 2016. A valorização da companhia faz com que ela hoje seja avaliada em pouco mais de 9 bilhões de dólares, de acordo com a Bloomberg.