sexta-feira, 28 de julho de 2017

Na ponta dos dedos do cliente


Já consolidada para os usuários de smartphone, o mobile first segue um grande campo a ser explorado pelo marketing

Por Antenor Savoldi Jr

antenor@amanha.com.br
Já consolidada para os usuários de smartphone, o mobile first segue um grande campo a ser explorado pelo marketing

Há mais de duas décadas, marcas e consumidores abriram uma nova fronteira de relacionamento: conversam, convencem, reclamam, indicam e sugerem, tudo por interfaces digitais. O que, nos primórdios, limitava-se a uma simples página de web com informações sobre produtos, números de telefone e e-mail para atendimento, evoluiu para diferentes opções de formulários, campanhas e e-commerces que, inicialmente, enfrentaram a resistência dos compradores receosos em dividir suas informações sigilosas em um ambiente totalmente novo.

Mas a tecnologia da informação avançou em um ritmo frenético e, entre encontros e desencontros, muitos setores e modelos de negócio ainda buscam o melhor caminho nessa “fase de transição” para o digital, que, na prática, já se estende por muitos anos. As certezas que as áreas de marketing tinham no começo desse período mudaram muito, e seguem em transformação. O passo seguinte veio com força total: a universalização do uso dos smartphones fez com que a relação entre marcas e consumidores crescesse em frequência e importância, obrigando as áreas de marketing a, novamente, repensar suas estratégias. Afinal, os limites, agora são outros.

“Celular é uma forma evoluída, e não equivalente, de estar conectado. Pensar mobile first é pensar nessa forma evoluída, usando todas as novas possibilidades” explica Fabiano Goldoni, sócio da Alright Media, especializada em tecnologias de mídia digital. Ele se apóia na estatística de que, hoje, 35% dos usuários acessam a internet somente pelo mobile. “Um celular com acesso à internet custa R$ 400, o que já é muito mais acessível que um desktop. E também traz muito mais funções, como GPS, acelerômetro e bússola”, lembra Goldoni. Apesar desse cenário, as áreas de marketing das empresas ainda não parecem convencidas a direcionar seus esforços para o setor móvel. Nos Estados Unidos, um mercado de referência pela maturidade da tecnologia, apenas 12% das verbas de marketing têm as campanhas em mobile como destino. 

A questão foi abordada durante o Alright Summit 2017, evento em Porto Alegre que debateu o futuro das relações entre consumidores, marcas e veículos. Roger Armellini, diretor de marketing da Toyota Brasil, apontou o aumento e a discrepância dos números de consumo digital, que já são a soma de todos os outros meios off-line. “Se o processo de decisão agora é feito no meio digital, aumenta a importância de se pensar a experiência on-line/off-line do consumidor. Assim como a mídia migrou off para o on, migrar a verba para ações de experiência é uma tendência”, explica o gestor. “A experiência não pode ser considerada somente o momento que o consumidor está fisicamente interagindo com o produto. O grande desafio é como integrar a mídia e o conteúdo neste contato”, destaca Armelini. 

Segundo dados divulgados pela montadora, 95% das pessoas que compraram um automóvel utilizaram o meio digital no processo de compra. Desse total, 40% declararam que o dispositivo móvel foi o principal meio de utilização. Apesar do bom desempenho da Toyota, o posicionamento das marcas no mobile parece um caminho ainda a ser descoberto por agências e anunciantes. 

Confirmando a impressão, Armellini ainda não vê os estrategistas pensando a utilização do dispositivo móvel como principal ferramenta a ser avaliada. Segundo ele, o smartphone raramente aparece como prioridade nos planos de marketing. No setor automotivo, cada vez mais o on-line tem sido relevante na compra de veículos, embora a indústria ainda não consiga integrar a experiência on-line do cliente com a off-line. “Há menos de dez anos, a média de visitas de um cliente era de quatro a cinco vezes em concessionárias. Hoje, essa média diminuiu para menos de duas vezes. O cliente só vai para a concessionária fechar o negócio e assinar o contrato. Isso significa que todo o processo de decisão da compra é feita no ambiente digital. É lá que temos de convencê-lo”, argumenta. 

André Ferraz, CEO da InLoco Media, também alerta para a nova complexidade do comportamento do consumidor. “Agora temos acesso a um equipamento que está conosco quase o tempo todo. E como no smartphone a integração do on-line com o off-line é muito maior, o digital acaba tornando-se quase o mesmo processo”, destaca Ferraz. 

A maneira como os novos dados podem ser utilizados em busca de resultados também é um processo em evolução. Na visão de Paulo Planet, sócio-fundador da Tail no Brasil, a tecnologia tem de ser um meio para ligar a experiência e possibilitar à marca entender o comportamento do seu consumidor, atingindo resultados mais assertivos. “A tecnologia precisa conectar todas essas informações on-line e off-line, fazendo com que a empresa atinja seu plano estratégico. Afinal, o que importa é o número de veículos vendidos no final do mês”, considerou Planet, usando o exemplo da Toyota.


Diferentes caminhos
 

Se as verbas e os objetivos diferem, empresas de todos os portes e setores têm desafios em comum nesse terreno dos dispositivos móveis. “Não existe uma regra baseada em tamanho do investimento. O que interessa é o objetivo do negócio com aquele investimento. O mínimo que um pequeno negócio precisa é ter sua página adaptada ao mobile. Uma pizzaria, por exemplo, deve ter o contato, o menu, a localização”, explica Goldoni. Sabendo adaptar sua mensagem aos novos meios, não é imprescindível que cada empresa tenha seu próprio aplicativo. “Ter um aplicativo próprio dá a possibilidade de trabalhar de forma mais individualizada, com todos os dados, além da localização, mas não é fundamental. O marketing pode interagir com os outros aplicativos”, comenta. 

Mesmo uma ferramenta que poderia ser considerada ultrapassada ganhou novo fôlego: os “torpedos” em SMS, nas estratégias de inbound marketing, têm sido uma ferramenta importante.  Goldoni revela que a portabilidade dos números de telefone fez com que eles se tornassem uma forma fiel de comunicação com o consumidor – como um número de CPF.

Especialista vêem no mobile marketing um grande campo a ser explorado, tanto pelas áreas de marketing quanto pelo próprio consumidor. Uma tendência é o aumento significativo do uso do chat. As conversas e trocas de mensagens entre consumidores e marcas, através do chat de Instagram, Whatsapp ou Messenger do Facebook –, uma das principais formas de relacionamento com o cliente –, tendem a evoluir, deixando o uso de e-mails cada vez mais para questões formais do ambiente corporativo. Porém, quando quem responde a mensagem ao consumidor é um robô – os chatbots, um script automatizado – ainda estamos na idade da pedra, segundo o especialista. 

Chatbots são basicamente scripts de respostas para perguntas previstas, que podem se transformar em um loop ineficiente, caso uma das pontas da conversa não esteja preparada para lidar com a outra. “Isso precisa evoluir, e cada vez mais as pessoas vão entender que estão conversando com um robô. No caso de um relacionamento mais comercial, o robô vai entender se há interesse de compra, para passar o atendimento a um humano. Serve como um primeiro atendimento, antes do convencimento”, projeta Goldoni, que percebe um aumento significativo no investimento em programação de chatbots por empresas, sobretudo no setor de varejo e bancário.

O mercado da mídia digital focada em dispositivos móveis já possui uma articulação complexa, que vai além dos tradicionais anúncios de Google e Facebook. Redes de publicidade com mais de 500 diferentes aplicativos, das mais variadas funções, que todo mundo possui –de previsão do tempo ao placar da rodada –, ocupam os espaços de publicidade de maneira cada vez mais inteligente e personalizada. Por isso é tão importante que o consumidor leia bem os termos que aceita quando instala um novo aplicativo em seu aparelho. Suas informações e, especialmente, sua localização serão utilizadas por essas redes de publicidade direcionada.

Cases de marketing baseados na geolocalização já mostram sua eficácia. No dia 19 de setembro de 2015, véspera do tradicional feriado Farroupilha, a Ambev queria informar ao público que sua marca local, a Polar, estaria subsidiando a carne para o churrasco do dia seguinte, em um determinado açougue de Porto Alegre. A campanha se valeu da geolocalização de consumidores que se encontravam dentro de supermercados escolhidos e que receberam a informação por meio da rede de aplicativos.

Nesse campo aberto de novidades, o uso das novas métricas, bem como a perspectiva de resultados, vai evoluir. “Um chatbot pode ter uma métrica de número de clientes que clicaram no produto, outra plataforma pode rastrear o deslocamento após a publicidade ter sido recebida”, esclarece Goldoni. 

Junto com essa transformação, a evolução também chegará às áreas de marketing e, especialmente, ao comportamento do consumidor – que precisará entender o novo terreno de consumo no qual transita.

 http://www.amanha.com.br/posts/view/4308

Brasil e Argentina assinam protocolo que altera o acordo para evitar a dupla tributação entre os países



Tributação

A assinatura reflete os esforços do País para modernizar a sua rede de acordos tributários diante de um contexto de crescente mobilidade das atividades comerciais e de internacionalização das empresas.
 
No dia 21 de julho de 2017, a República Federativa do Brasil e a República Argentina firmaram Protocolo que altera a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre a Renda, celebrada pelos países em 17 de maio de 1980. A cerimônia de assinatura ocorreu em Mendoza, Argentina, à margem da Cúpula do Mercosul.

A assinatura reflete os esforços do País para modernizar a sua rede de acordos tributários diante de um contexto de crescente mobilidade das atividades comerciais e de internacionalização das empresas.

O Protocolo traz importantes melhorias ao texto do acordo ao estabelecer limites, antes inexistentes, ao nível de tributação na fonte em categorias específicas de rendimentos, modificar o método para evitar a dupla tributação do lado argentino e incluir artigo específico para tratar de impostos sobre o capital.

Em linha com os compromissos assumidos pelo País no âmbito do G20, o novo texto incorpora os padrões mínimos do Projeto sobre a Erosão da Base Tributária e Transferência de Lucros (Projeto BEPS) da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), bem como outras recomendações relevantes do Projeto. Incluiu-se também artigo específico de combate à elisão fiscal e ao uso abusivo do acordo.

Busca-se, assim, estimular os fluxos de investimentos produtivos recíprocos entre os países e fortalecer as relações comerciais bilaterais, ao tempo em que se combate o planejamento tributário e as possibilidades de uso abusivo do tratado.

O Protocolo foi assinado conjuntamente pelo Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pelo Ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. Do lado argentino, participaram da assinatura o Ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, e o Ministro de Relações Exteriores e Culto, Jorge Marceleo Faurie.

http://idg.receita.fazenda.gov.br/noticias/ascom/2017/julho/brasil-e-argentina-assinam-protocolo-que-altera-o-acordo-para-evitar-a-dupla-tributacao-entre-os-paises

Receita Federal decide tributar investimentos de investidor-anjo em startups





Para entidade que representa setor, medida é um retrocesso e desestímulo ao empreendedorismo no Brasil



A Receita Federal publicou na última sexta-feira, 21, normas para a tributação dos rendimentos decorrentes dos contratos de participação efetuados pelos chamados investidores-anjo em micro e pequenas empresas.

A partir de agora, os rendimentos que resultarem de aportes estarão sujeitos à incidência do Imposto de Renda retido na fonte. Este será calculado mediante quatro alíquotas, definidas conforme o prazo do contrato de participação: 22,5%, 20%, 17,5% e 15%. Os rendimentos serão tributados após o investidor-anjo exercer o direito de resgate do aporte em um prazo de, no mínimo, dois anos.

“Ao final de cada período o investidor-anjo fará jus à remuneração correspondente aos resultados distribuídos, conforme definido no contrato de participação, não superior a 50% dos lucros da sociedade que receber o aporte de capital”, define a Instrução Normativa 1719 publicada no Diário Oficial da União. 

A lei de 2016 também visa dar segurança jurídica a investidores, garantindo, por exemplo, que eles não sejam responsabilizados com seus patrimônios caso a empresa investida não dê certo.

Entretanto, as regras para tributação dos rendimentos trouxeram frustração ao setor, que esperava isenções como uma forma de estímulo à atividade.

"É um desestímulo para as pessoas investirem nessas empresas", argumenta Cassio Spina, presidente da Anjos do Brasil, em entrevista ao IDG Now! "Lamentamos, porque foi feita uma consulta pública prévia pela Receita Federal. E não somente nós, mas outras entidades ligadas ao empreendedorismo haviam se manifestado contra essa tributação", critica.

Na visão da entidade, a Receita adotou uma postura antiprodutiva, que deve dificultar ainda mais o acesso ao capital por parte das startups. Um dos grandes desafios dessas jovens empresas é captar recursos para os primeiros anos de operação. E o investimento anjo é uma alternativa onde a pessoa física aporta capital próprio. Em contrapartida, recebe uma participação minoritária no negócio.

Vale ressaltar que a modalidade apresentava, até então, crescimento em termos do volume de investimento. Segundo pesquisa realizada pela própria Anjos do Brasil, o volume total de investimentos em 2016 foi de R$ 851 milhões, um crescimento de 9% em relação ao período anterior (R$ 784 milhões).

Para Spina, esse crescimento agora pode ficar comprometido diante das novas regras da Receita Federal. O presidente da Anjos do Brasil cita um estudo levantado pela Grant Thornton que diz que a cada R$ 1 investido em startups gera-se no mínimo R$ 2,50 em tributos, além de empregos qualificados e renda para a sociedade. "É uma visão, no mínimo, arcaica simplesmente querer tributar sem avaliar o resultado e impacto que isso vai trazer. A não tributação não implicaria em nenhuma renúncia fiscal, porque uma vez que eu aplico nessas empresas, acaba crescendo o volume de tributos que a Receita vai arrecadar”, avalia Spina. 



Tendo em vista que uma em cada quatro startups fecha em menos de um ano de funcionamento e outras 50% param de funcionar depois de quatro anos, o investimento nelas é arriscado. “O investimento anjo tem um risco elevado e, por outro lado, há algo muito importante quando a gente compara com outros tipos de investimento que tem incentivo. Se você investir, hoje, em um fundo imobiliário, você tem isenção de impostos nos rendimentos e é um investimento de risco muito menor.”

A entidade diz que continuará trabalhando para reverter esta determinação, demonstrando que o estímulo aos investimentos em startups deve ser encarado como um forte aliado para superar a crise econômica no país.

 http://computerworld.com.br/receita-federal-decide-tributar-investimentos-de-investidor-anjo-em-startups

Aviação comercial responde por 61,4% da receita da Embraer


Já o segmento de Aviação Executiva perdeu representatividade, respondendo por 19,3% da receita líquida total 

 




São Paulo – O segmento de aviação comercial da Embraer, tradicionalmente o de maior peso na composição das receitas da companhia, respondeu por 61,4% da receita líquida da fabricante de aeronaves no segundo trimestre deste ano, respondendo por R$ 3,496 bilhões dos R$ 5,696 bilhões da receita líquida total contabilizada pela empresa no período.

Esse desempenho corresponde a uma ligeira redução em relação à representatividade da divisão sobre trimestres anteriores. No segundo trimestre do ano passado, a Aviação Comercial era responsável por 62,8% das receitas; já no primeiro trimestre respondeu por 62% do total.

Em termos absolutos, entretanto, a receita da divisão Comercial cresceu 16,7% no segundo trimestre deste ano, frente igual etapa do ano passado, quando o segmento foi responsável por R$ 2,996 bilhões de receita. O significativo aumento está relacionado ao maior volume de entregas realizadas. Entre abril e junho, a Embraer entregou 35 aeronaves comerciais, um crescimento de 35% comparado a igual etapa de 2016.

Outro destaque do trimestre foi o segmento de Defesa & Segurança. Entre abril e junho o segmento contabilizou entradas líquidas de R$ 1,564 bilhão, alta de 47% em relação aos R$ 733,2 milhões reportados um ano antes. Com isso, a participação na receita subiu 3,5 pontos porcentuais no período, alcançando 18,9%.

Já o segmento de Aviação Executiva perdeu representatividade, respondendo por 19,3% da receita líquida total da Embraer no segundo trimestre, abaixo dos 21,3% anotados um ano antes e dos 22% do primeiro trimestre. A queda foi registrada apesar do aumento de 8% na receita da divisão entre abril e junho, na comparação com igual etapa do ano passado, para R$ 1,801 bilhão.

Em relatório de resultados, a companhia destaca que o aumento da receita no período se deu em função do melhor mix de entregas, com um número maior de jatos grandes (que representaram 33% no segundo trimestre deste ano, ante 12% no mesmo período de 2016), e do crescimento de dois dígitos nas receitas de serviços do segmento. Entre abril e junho a divisão entregou um total de 24 aeronaves, sendo 16 jatos leves e oito jatos grandes, há um ano, foram 26 aeronaves, das quais 23 jatos leves.

Por fim, a linha “outros” teve receita de R$ 22,6 milhões no segundo trimestre de 2017, representando 0,4% da receita total da Embraer no período – no mesmo intervalo de 2016, a linha era responsável por 0,5% da receita, com R$ 24,4 milhões.

http://exame.abril.com.br/negocios/aviacao-comercial-responde-por-614-da-receita-da-embraer/


Estácio analisa aquisições, mas foca em eficiência operacional


Segundo o presidente do grupo, mais de 100 iniciativas já foram mapeadas para melhorar o desempenho dos negócios até 2018

 





São Paulo – A Estácio Participações está analisando oportunidades de aquisições de ativos, mas seguirá concentrada em crescer organicamente e em ganhar eficiência operacional, afirmou nesta sexta-feira o presidente do segundo maior grupo de educação superior do país, Pedro Thompson.

Antes focada na fusão com a Kroton Educacional, rejeitada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 28 de junho, a Estácio agora empenha esforços para elevar a lucratividade por meio de melhorias operacionais, em especial no segmento de ensino à distância (EAD), informou Thompson.

“Temos diferenças estruturais de rentabilidade se comparado com outros participantes do setor e temos que melhorar muito a nossa capacidade de execução. Vamos continuar perseguindo a redução dessas diferenças e nosso foco primordial vai continuar sendo execução”, destacou o executivo em teleconferência com analistas sobre os resultados do segundo trimestre.

Ele acrescentou que as medidas implementadas desde o ano passado geraram uma eficiência operacional de 217,7 milhões de reais no segundo trimestre e que a empresa já mapeou outras 100 iniciativas para melhorar o desempenho dos negócios até 2018.

A Estácio tem previsão de abrir até o fim deste ano 161 polos EAD, com base no novo marco regulatório, e já tem 10 novos campi aprovados pelo Ministério de Educação (MEC).

Às 12:36, as ações da companhia subiam mais de 5 por cento na bolsa paulista, a 18,14 reais, liderando os ganhos do Ibovespa, que exibia estabilidade. Na máxima do dia, os papéis da Estácio chegaram a subir 8,4 por cento.

“Devemos trazer novidades sobre nosso planejamento estratégico de longo prazo em meados de novembro”, disse o presidente da Estácio. Ele ressaltou, contudo, que o cenário econômico segue desafiafor para os negócios, com restrição de crédito e dificuldades para controle da inadimplência e captação de novos estudantes.

A base de alunos da Estácio atingiu 539,9 mil ao fim de junho, alta de 0,9 por cento ante igual mês de 2016, conforme o crescimento de 10,3 por cento no segmento EAD compensou a queda de 3 por cento no presencial.

Enquanto isso, a taxa de retenção subiu para 87,9 por cento no ensino à distância para 93,6 por cento no presencial, de 80,7 por cento e 86,7 por cento, respectivamente, entre abril e junho do ano passado. Entre os esforços para reter estudantes, o executivo citou o programa próprio de financiamento da empresa, o PAR, lançado em janeiro deste ano.

Questionado por analistas sobre o Novo Fies, Thompson afirmou que ainda é prematuro discutir o impacto das novas regras do financiamento federal ao ensino superior privado neste momento. “Não quero falar ainda de Fies porque em julho ainda surgirão diversas portarias acessórias”, afirmou.

No início de julho, o governo federal apresentou um novo formato para o Fies, criando três modalidades de financiamento estudantil e garantindo a oferta de pelo menos 300 mil novos contratos por ano, sendo 100 mil a juro zero, com possibilidade de desconto em folha de pagamento.

A Estácio teve lucro líquido de 166,3 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo de quase 20 milhões de reais em igual intervalo de 2016, com alta de 9,3 por cento na receita operacional líquida.



Pesquisa aponta estado anêmico das empresas


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Estudo do economista Carlos Rocca, do Centro de Estudo de Mercado de Capitais, para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que 45% das empresas não estão gerando receita suficiente para cobrir as despesas.

A pesquisa foi realizada por uma amostra de empresas de capital aberto e fechado. A crise financeira das empresas, segundo o levantamento, foi causada pela queda nas vendas durante o longo período de recessão, alta dos juros, encarecendo do crédito e, finalmente, a falta mesmo de crédito a partir do momento em que os bancos, temendo inadimplência, passaram a ser mais rigorosos na hora de aprovar empréstimo.

Para completar, o endividamento aumentou. Segundo Carlos Rocca, nessa situação, as empresas sequer conseguem atender à demanda, dificultando a retomada do crescimento. Sem capital de giro, não têm como comprar matéria-prima.

"As empresas estão em estado anêmico", afirma o economista Flávio Castelo Branco, da CNI.

Com base nesse diagnóstico, a CNI solicitou ao BNDES um programa emergencial para financiamento de capital de giro, com recursos de linhas de crédito que não têm subsídio do Tesouro Nacional.

A ideia, segundo Carlos Rocca, seria financiar total da dívida que vence em doze meses, com 24 meses de carência e 60 meses para pagar. As empresas dariam como garantia os recebíveis (créditos a receber dos clientes).

Com esse critério, seria possível recuperar 27% das empresas que estão em dificuldades financeiras. Isso exigirá financiamento de cerca de R$10 bilhões.

Caso as empresas possam incluir garantias imobiliárias, o universo das empresas atendidas poderia chegar a 50% do total, com volume de empréstimo de até R$34 bilhões 

(João Borges, G1, 27/7/17)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/pesquisa-aponta-estado-anemico-das-empresas.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/

CEO da Shell afirma que seu próximo carro será elétrico




 


O comandante da maior petroleira de capital aberto da Europa afirma que seu próximo carro será elétrico, e isso diz muito a respeito do futuro dos combustíveis fósseis.

A Royal Dutch Shell reagiu à pior queda do preço do petróleo em uma geração com a aquisição da BG Group por US$ 54 bilhões, apostando que a demanda por gás natural aumentará à medida que o mundo passar a optar por combustíveis menos poluentes. Agora, o CEO Ben Van Beurden afirma que sua próxima compra será um carro que não depende de petróleo nem de gás para se locomover.

Van Beurden trocará um carro a diesel por um Mercedes-Benz S500e plug-in em setembro, segundo um porta-voz da empresa. A diretora financeira da petroleira, Jessica Uhl, já dirige um carro elétrico BMW i3.

“O movimento geral de eletrificação da economia, de eletrificação da mobilidade em lugares como o noroeste da Europa, os EUA e até a China, é positivo”, disse Van Beurden, em entrevista à Bloomberg TV, na terça-feira. “Precisamos de um grau muito maior de penetração dos veículos elétricos — ou dos veículos a hidrogênio ou dos veículos a gás — se quisermos nos manter dentro da meta dos 2 graus Celsius.”

O Reino Unido informou na segunda-feira que proibirá as vendas de carros movidos a diesel e a gasolina a partir de 2040, duas semanas depois de a França anunciar um plano semelhante para reduzir a poluição do ar e cumprir as metas para manter o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius. A fabricante de veículos Volvo afirmou neste mês que produzirá apenas veículos elétricos ou híbridos a partir de 2019.

 
Pico de demanda
 

A Shell divulgou na terça-feira resultados que superaram as expectativas após cortes de custos para se adaptar a um mundo com o barril de petróleo a US$ 50. A empresa adotou “o que chamamos de mentalidade do petróleo eternamente barato”, disse Van Beurden, em teleconferência de resultados.

As mudanças na tecnologia automotiva, a batalha contra as mudanças climáticas e a desaceleração do crescimento econômico na China estão reduzindo o apetite mundial por petróleo, antes ilimitado. A especulação no setor de energia mudou do chamado pico do petróleo — a ideia de que o consumo continuará crescendo até a oferta de combustíveis fósseis secar — para o pico da demanda, que é quando as reservas atualmente consideradas ativos valiosos acabam deixando de ser exploradas.
 
“Se as políticas e a inovação realmente funcionarem bem, posso prever que os líquidos atingirão um pico de demanda no início da década de 2030. Talvez o petróleo alcance o pico um pouco antes se houver também muitos biocombustíveis entrando na mistura”, disse Van Beurden.
 
Os carros elétricos ultrapassarão os veículos movidos a combustíveis fósseis em vendas dentro de duas décadas, quando os preços das baterias caírem, segundo a Bloomberg New Energy Finance. Os carros plug-in responderão por um terço da frota global de automóveis em 2040 e eliminarão cerca de 8 milhões de barris por dia de produção de petróleo — mais que os 7 milhões de barris exportados atualmente pela Arábia Saudita, informou a empresa de pesquisas com sede em Londres 

(Bloomberg, 27/7/17)

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