Estudo do economista Carlos Rocca, do Centro de Estudo de Mercado de Capitais, para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que 45% das empresas não estão gerando receita suficiente para cobrir as despesas.
A pesquisa foi realizada por uma amostra de empresas de capital
aberto e fechado. A crise financeira das empresas, segundo o
levantamento, foi causada pela queda nas vendas durante o longo período
de recessão, alta dos juros, encarecendo do crédito e, finalmente, a
falta mesmo de crédito a partir do momento em que os bancos, temendo
inadimplência, passaram a ser mais rigorosos na hora de aprovar
empréstimo.
Para completar, o endividamento aumentou. Segundo Carlos Rocca, nessa
situação, as empresas sequer conseguem atender à demanda, dificultando a
retomada do crescimento. Sem capital de giro, não têm como comprar
matéria-prima.
"As empresas estão em estado anêmico", afirma o economista Flávio Castelo Branco, da CNI.
Com base nesse diagnóstico, a CNI solicitou ao BNDES um programa
emergencial para financiamento de capital de giro, com recursos de
linhas de crédito que não têm subsídio do Tesouro Nacional.
A ideia, segundo Carlos Rocca, seria financiar total da dívida que
vence em doze meses, com 24 meses de carência e 60 meses para pagar. As
empresas dariam como garantia os recebíveis (créditos a receber dos
clientes).
Com esse critério, seria possível recuperar 27% das empresas que
estão em dificuldades financeiras. Isso exigirá financiamento de cerca
de R$10 bilhões.
Caso as empresas possam incluir garantias imobiliárias, o universo
das empresas atendidas poderia chegar a 50% do total, com volume de
empréstimo de até R$34 bilhões
(João Borges, G1, 27/7/17)
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