A empresa, que começou seu plano de internacionalização em 2009, planeja definir aquisições fora do continente latino-americano até o fim do ano
São Paulo – A Eurofarma,
uma das maiores farmacêuticas de capital nacional, deverá definir até o
fim deste ano aquisições fora do continente latino-americano, onde já
tem presença consolidada. A empresa, que começou seu plano de
internacionalização em 2009, está avaliando ativos em países da África e
da Ásia.
Com presença em 20 países e unidades produtoras no Uruguai,
Argentina, Peru, Chile, Colômbia e Guatemala, a companhia, que registrou
faturamento bruto de R$ 2,7 bilhões no ano passado, foi uma das
pioneiras do setor a fazer aquisições fora do território nacional.
Em 2015, a Eurofarma deu um passo ao adquirir uma participação
minoritária – de 3% – na farmacêutica americana Melinta, produtora de
antibióticos. Embora seja uma fatia pequena, o grupo nacional participa
do conselho da companhia americana e discute ativamente de decisões
sobre inovação.
Em entrevista ao Estado, a executiva Maria Del Pilar Muñoz, conhecida
no mercado como Pilly, diretora de novos negócios do grupo, afirmou que
os acionistas da companhia começaram a traçar seus planos de
internacionalização para a próxima década.
Forte em vendas de produtos com prescrição médica, a companhia
começou a avaliar o mercado asiático e africano nos últimos meses.
“Estamos mapeando a fundo esses dois continentes para entender como
funcionam esses mercados”, disse.
Apesar de buscar oportunidades na Ásia
e na África, o grupo ainda não desistiu de entrar no mercado mexicano –
país que sempre foi alvo da EEurourofarma. Pilly disse que a presença
nesse mercado poderá ser por meio de licenciamentos. Horizontes do oriente:
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Longo prazo
Além de buscar novos mercados, a companhia também está de olho em
expansão em segmentos em que ainda tem uma atuação reduzida, caso dos
medicamentos para o segmento veterinário.
A executiva da Eurofarma não deu dá detalhes sobre o plano de
expansão da companhia para esse negócio, mas afirmou que é um mercado
que tem crescido e é atrativo para as empresas farmacêuticos, sobretudo
segmento pet (animais de pequeno porte, como gatos e cachorros).
Fontes do setor afirmam que o mercado veterinário de pequeno porte no
País tem sido cobiçado tanto por empresas nacionais quanto por
estrangeiras.
Com a desaceleração do crescimento do setor farmacêutico – um dos
poucos que ainda se mostravam resistentes à recessão -, as indústrias do
setor passaram a procurar outras alternativas de receita.
As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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