sexta-feira, 21 de julho de 2017

14 empresas que trocaram de comando em 2017 – até agora

Enquanto alguns deixaram o cargo em meio a escândalos, outros presidentes passaram o bastão por motivos pessoais

 


 
 
São Paulo – Escândalos e polêmicas levaram a trocas de presidentes de empresas no primeiro semestre deste ano. É o caso do cofundador do Uber, que deixou o cargo depois da divulgação de casos de assédio moral e sexual dentro da companhia, e Shigenori Shiga, que renunciou à presidência da japonesa Toshiba por perdas bilionárias em uma unidade de energia nos Estados Unidos.

Já outros presidentes passaram o bastão por motivos pessoais, aposentadoria ou pelo desejo de se dedicar mais à família, como Victor Mezei, da Pfizer, e Hélio Magalhães, que deixa o Citi Brasil depois de 33 anos no banco.

Há também casos de diretores que receberam uma promoção para liderar uma área maior, como Guilherme Ribenboim, então presidente do Twitter Brasil, que irá liderar a área global de desenvolvimento de soluções para clientes. No seu lugar, Fiamma Zarife se tornou a nova diretora-geral da rede social no país.

Confira na lista abaixo as danças das cadeiras na liderança de empresas.

Pfizer

 

Após 11 anos à frente da Pfizer no Brasil, o executivo Victor Mezei vai deixar o comando da companhia. O anúncio foi feito no início de julho e ainda não foi escolhido seu sucessor. Segundo a farmacêutica, a saída é por motivos pessoais. Sob a liderança de Mezei, a Pfizer comprou a Teuto, estreando em genéricos.

BNDES

 

O economista e advogado Paulo Rabello de Castro ocupa, a partir de junho, a liderança do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É o maior banco de fomento da América Latina, comandado até então por Maria Silvia Bastos, que deixou a posição por motivos pessoais, segundo ela.

Uber

 

Travis Kalanick, cofundador do Uber, se afastou e, mais tarde, renunciou ao cargo de presidente da companhia em junho. A Uber tenta reconstruir sua imagem depois que vieram à tona relatos de assédio sexual, machismo e uma cultura de trabalho tóxica e agressiva. A saída e renúncia do executivo foi pedida pelos investidores.

Citi Brasil

 

Depois de 33 anos no Citi Brasil, o presidente do banco, Hélio Magalhães, anunciou em junho sua intenção de se aposentar no fim do ano. O Citi informou que anunciará o novo presidente para o país nos próximos meses. Magalhães começou no Citi em 1984. Ele trabalhou ainda por 11 anos na American Express, onde foi presidente no Brasil e no México, antes de retornar ao Citi, em 2012, para comandar a operação brasileira.

Twitter Brasil

 

Outra empresa que ganhou uma nova liderança no Brasil é o Twitter. Fiamma Zarife é a nova diretora-geral da rede social no país.  Ela substitui Guilherme Ribenboim, que segue como vice-presidente da empresa para a América Latina e passa a liderar a área global de desenvolvimento de soluções para clientes. A executiva já estava no Twitter desde 2012.

Vale

 

Em fevereiro, a Vale anunciou a saída de Murilo Ferreira, que estava no comando da presidência da mineradora desde maio de 2011. No comunicado enviado ao mercado no início do ano, a companhia ressaltou que o executivo esteve à frente da mineradora “durante um período de muita turbulência na indústria da mineração mundial e enfrentou alguns dos momentos mais difíceis da história da empresa.”.

Murilo deixou a Vale com o registro de um lucro de 1,6 bilhão de reais nos últimos três meses de 2016 – no quarto trimestre de 2015, o prejuízo acumulado era de 33,2 bilhões de reais, pior resultado desde a privatização da empresa, em 1997.
 

Quem assumiu o lugar de Ferreira foi Fabio Schvartsman, que era presidente da Klabin desde 2011. Já o ex-presidente da Vale, assumiu, em junho, o cargo de diretor independente da Brookfield.

Alelo

 

Raul Francisco Moreira deixou em janeiro a vice-presidência de negócios de varejo do Banco do Brasil, que passa a ser ocupada Marcelo Labuto, até então presidente da BB Seguridade. Em seguida, ele assumiu a presidência da Alelo, empresa de benefícios corporativos controlada pelo BB, juntamente com o Bradesco. Funcionário de carreira, Moreira trabalhava há mais de 29 anos no banco.

Toshiba

 

Uma perda multimilionária levou o presidente da Toshiba, Shigenori Shiga, a renunciar em fevereiro. A empresa japonesa deixará a construção de usinas nucleares por causa de uma deterioração de ativos que poderá custar 6 bilhões de dólares. A causa para a perda foi a compra e mal gerenciamento de uma unidade de energia nuclear da Toshiba nos Estados Unidos.

Bloomin Brands Brasil

 

O grupo Bloomin’ Brands perdeu o presidente da operação brasileira em janeiro deste ano. O empresário Salim Maroun faleceu depois de ocupar o cargo de CEO por dois anos. Foi ele, com mais dois sócios, que trouxe a Outback Steakhouse para o Brasil. No cargo de CEO do grupo, também inaugurou, no país, as marcas Abbraccio Cucina Italiana, Fleming’s Prime Steakhouse & Wine Bar e Mexcla. Em seu lugar, foi nomeado Pierre Berenstein em maio deste ano. Pierre comanda mais de 100 restaurantes em 37 cidades, 14 estados brasileiros e Distrito Federal, além de mais de 11 mil colaboradores.

Decolar

 

Em fevereiro deste ano, Robert Souvirón deixou a presidência da Decolar, empresa que ajudou a fundar há 17 anos. Ele estava na liderança da agência digital de viagens desde 1999 e deixou o cargo para se dedicar mais à sua família. A busca pelo novo presidente demorou dois anos, afirmou a companhia. Ele foi substituído por Damián Scokin, executivo que trabalhou por 11 anos na consultoria McKinsey.

Nextel

 

Roberto Rittes assumiu em abril o comando da Nextel Brasil. Francisco Valim, que ocupava o cargo há 18 meses, deixa a função. Rittes tem passagens como diretor da Brasil Telecom e da Oi, e mais recentemente era diretor do fundo de private equity HIG Capital. Ele precisará resolver a questão da dívida da companhia, que inviabiliza a capitalização para novos investimentos.

Tok&Stok

 

Em abril, a então presidente da Tok&Stok, Ghislaine Dubrule, deixou o cargo. Da família fundadora da loja de móveis, ela foi para o conselho de administração da companhia. No seu lugar, entrou Luiz Fazzio, ex-presidente do Carrefour. Ele assumiu em maio, com o compromisso de recuperar as vendas da loja.

Claro

 

Paulo Cesar Pereira Teixeira retornou ao mercado de telefonia. Ele havia sido CEO da Telefônica Vivo até 2015 e, após sua saída, assinou um compromisso de não concorrência: por dois anos não trabalharia em outra companhia do setor. Em 2017, esse período venceu e, em abril, ele se tornou presidente da Claro. O cargo era ocupado interinamente por José Félix, presidente do Grupo América Móvil Brasil (controladora da Claro, Net e Embratel).Teixeira buscará a liderança do mercado.

Ultrapar

 

A dona de negócios como os postos Ipiranga, a Ultragaz e a Extrafarma trocou seu presidente. Quem ocupará o cargo na Ultrapar é Frederico Curado, ex-presidente da Embraer, a partir de outubro deste ano. Em junho, o então presidente, Thilo Mannhardt, informou que não tinha intenção de renovar seu contrato com a companhia. Como consequência, a Embraer também trocou o comando, que passou para Paulo Cesar de Souza e Silva.



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