A ação coletiva foi movida por a MasterCard supostamente ter cobrado a mais 45 milhões de pessoas durante 16 anos
Londres – A ação coletiva de 14 bilhões de libras (18 bilhões de dólares) movida contra a MasterCard por
supostamente ter cobrado a mais de 45 milhões de pessoas durante um
período de 16 anos foi bloqueada por um tribunal britânico nesta
sexta-feira.
O Tribunal de Apelação de Concorrência (CAT), um tribunal
recém habilitado que supervisiona o incipiente regime de ações coletivas
do Reino Unido, decidiu que não conceder mandados de procedimentos
coletivos necessários para que o caso fosse a julgamento.
Se tivesse sido permitido prosseguir, o caso seria o maior e
mais complexo da história jurídica do Reino Unido e teria testado os
limites do novo Ato de Direitos do Consumidor, que introduziu as ações
coletivas, como nos EUA, para casos de violação das leis de competição
britânica e europeia em 2015.
A MasterCard recebeu bem a decisão, dizendo que a alegação
era “completamente inadequada” para ser julgada sob o regime de ação
coletiva.
O escritório de advocacia Quinn Emanuel Urquhart &
Sullivan moveu a ação em nome dos adultos do Reino Unido após a
MasterCard ter perdido uma arrastada apelação contra uma decisão da
Comissão Europeia que decidiu que suas tarifas eram anticompetitivas.
O caso era centrado nas chamadas taxas de intercâmbio, que
são as tarifas cobradas por empresas de cartões de crédito e débito como
a MasterCard, as quais as empresas de cartões dizem que cobrem os
custos de serviços da operação dos cartões, segurança e inovação.
O escritório de advocacia alegava que essas taxas
representavam um custo significativo para os varejistas e foram
repassadas através do aumento dos preços de bens e serviços para todos
os consumidores do Reino Unido, incluindo aqueles que pagaram em
dinheiro e não apenas os titulares de MasterCard.
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