A diretoria executiva da Petrobras, um colegiado capitaneado por
Pedro Parente, autorizou que sejam tomadas providências para jogar
abaixo os muros que separam as salas da empresa.
A encomenda foi feita a um grupo interno, principalmente pelos diretores que vieram do mercado financeiro, a exemplo de Nelson Silva (Estratégia), João Elek (Compliance) e Ivan Monteiro (Finanças).
Os motivos que mais contam
pontos são os ganhos de produtividade previstos com os diretores bufando
no cangote dos gerentes; e o fortalecimento das políticas de compliance
e de integridade, uma verdadeira obsessão em uma companhia que se
tornou benchmark mundial em corrupção.
Nelson Silva, o mais avançado
da turma, encomendou a esse grupo de trabalho que analise as práticas de
‘open space’ (layout sem paredes) em outras grandes empresas. A
iniciativa parece correta.
Com a medida, além de ampliar o contato
entre os empregados e os gestores que ficarão sem sala particular, a
estatal poderá reduzir a quantidade de andares que aluga no Centro do
Rio, cujo metro quadrado está entre os mais caros do Brasil.
Recomenda-se,
contudo, cuidado com os modelos de ‘disclosure’, notadamente no encaixe
do capital humano. No Bradesco, pioneiro do grande salão sem parede,
não se consegue pensar mais o banco de outra maneira.
Já no BNDES,
Maria Silvia Bastos Marques teve uma experiência tétrica quando jogou
por terra os muros que a separavam da corporação que nunca a tolerou .
(Relatório Reservado, 4/7/17)
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