sexta-feira, 25 de agosto de 2017

BNDES busca derrubar Wesley Batista do comando da JBS


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Reuters


Por Guillermo Parra-Bernal


SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES) ajudou a impulsionar a carreira do presidente-executivo da JBS, Wesley Batista, de dono de açougue até chegar a ser o magnata da carne mais poderoso do mundo. Agora o banco está fazendo de tudo retirá-lo da companhia. 

O acordo de delação premiada em maio, que expôs a propensão da bilionária família Batista a subornar políticos, levou a BNDESPar, braço de investimento do banco estatal, a buscar retirá-lo da JBS. O banco culpou sua conduta pela queda de 28 por cento do valor das ações da empresa neste ano. 

Ambos os lados estão aumentando seus esforços para influenciar os acionistas da JBS antes da assembleia geral em 1º de setembro, que decidirá o destino de Wesley, que está no comando da empresa desde janeiro de 2011 --quando substituiu o seu irmão mais novo Joesley.

O confronto é uma lembrança das relações próximas entre agentes públicos, a JBS e a família Batista, e o apoio que Wesley ainda possui entre alguns dos acionistas da companhia. Além da saída de Wesley da presidência-executiva, os acionistas também votarão resoluções para processá-lo juntamente com outros executivos. 

Embora o resultado seja difícil de prever, quase uma dúzia de banqueiros, insiders e investidores da empresa, que pediram para permanecer anônimos, não compraram completamente o argumento de Wesley, feito em reuniões com investidores em Nova York este mês, de que somente ele é capaz de finalizar duas vendas de ativos e listar em bolsa a subsidiaria dos Estados Unidos no próximo ano.

Nessas reuniões, Wesley enfatizou seu sucesso recente em fechar um acordo de refinanciamento de dívida de 6,5 bilhões de dólares e garantir o fornecimento de gado com fazendeiros apesar das preocupações de que seu acordo de delação reduziria o caixa da JBS, disseram os investidores.

Ao mesmo tempo, Wesley sugeriu que está aberto a demitir-se uma vez que conclua uma lista de negócios em sua agenda, disseram três fontes. Ele também disse que os resultados do terceiro trimestre poderiam estar entre "os mais fortes" na história da JBS por causa da recuperação da Seara e sólidas operações nos EUA.

Em uma declaração à Reuters, a JBS disse que "tem trabalhado intensamente para adotar várias medidas que visam proteger os melhores interesses da empresa e dos acionistas". A empresa não quis fazer comentários adicionais. 

Enquanto alguns investidores elogiaram as habilidades de liderança do executivo de 47 anos, um deles ressaltou que um racha com o BNDES poderia ser prejudicial se Wesley permanecer. Os acionistas minoritários da JBS incluem fundos de previdência e fundo mútuos como Fidelity Investments e Vanguard Group.

Os representantes do BNDES têm tentado agressivamente convencer os investidores de que Wesley não é adequado para administrar a JBS, disseram quatro pessoas familiarizadas com a estratégia do banco. Se necessário, o BNDES, que tem uma participação de 21 por cento na JBS, poderia solicitar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que proíba os Bastistas de votarem na assembleia de 1º de setembro, disse um deles.

Wesley e Joesley Batista controlam 42 por cento da JBS.


PARTIDA GRADUAL


Ainda assim, a saída do CEO poderia ocorrer de forma gradual e ordenada, disse o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, a repórteres em 8 de agosto. A Caixa Econômica Federal, que possui 5 por cento da JBS, provavelmente votará em linha com BNDES, disse.

Outra pessoa próxima à estratégia do banco disse que o BNDES não se opõe a que Wesley se junte ao comitê executivo recentemente criado pela empresa, que supervisiona a estratégia, mas não está envolvido com as operações do dia-a-dia.

Esta semana, a empresa de voto por procuração Institutional Shareholder Services Inc recomendou aos acionistas da JBS votar para processar Wesley Batista e contra os planos para aumentar o salário. 

O BNDES e a Caixa se recusaram a comentar.

Um fator que joga contra o plano de expulsão do CEO é a falta de potenciais substitutos, disseram alguns executivos de bancos e investidores. Ainda assim, o BNDES poderia endossar o presidente do conselho de administração Tarek Farahat como um sucessor potencial, disse uma pessoa familiarizada com a estratégia do banco.

Alguns investidores sugeriram que o BNDES, como banco estatal administrado por uma pessoa nomeada pelo presidente Michel Temer pode ter um conflito de interesses. Temer foi implicado no acordo de delação premiada dos Bastistas e tem negado qualquer irregularidade.

"Wesley ainda pode atrair o apoio dos investidores, porque não está claro qual é o plano alternativo do BNDES e ninguém quer o risco de uma mudança descontrolada", disse outro investidor.

O duplo papel do BNDES como representante do governo envolvido nas denúncias de corrupção e credor e acionista da JBS é "suspeito", disse um investidor. A maioria dos credores que participaram do acordo de refinanciamento da JBS está inclinada para o lado do BNDES, já que os compromissos para estender a dívida da JBS estão sacramentados contratualmente, disse um executivo de banco.

A JBS, que se tornou uma gigante doméstica através de uma série de aquisições locais autofinanciadas, começou a se apoiar fortemente no BNDES em 2005, quando Joesley Batista convenceu os executivos do banco de fomento de tornar a JBS em um ator global dominante, disse ele a procuradores em maio.

A empresa usou mais de 3 bilhões de dólares em empréstimos do BNDES para fazer aquisições nos Estados Unidos e em outros lugares. Quando as negócios pesaram sobre a dívida da JBS, o BNDES voltou a ajudar a empresa. 

"Foi nesse contexto que a ideia de criar uma grande empresa multinacional brasileira nasceu", disse Joesley Batista aos promotores em um depoimento gravado em 3 de maio. Sem o BNDES, "não teria acontecido tão rápido", acrescentou.

(Reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier no Rio de Janeiro e Tatiana Bautzer em São Paulo) 


https://extra.globo.com/noticias/economia/exclusivo-bndes-busca-derrubar-wesley-batista-do-comando-da-jbs-21746426.html

BNDES busca derrubar Wesley Batista do comando da JBS 28 Reuters Guillermo Parra-Bernal 25/08/201708h34 Ouvir texto 0:00 Imprimir Comunicar erro SÃO PAULO, 25 Ago (Reuters) - O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2017/08/25/bndes-busca-derrubar-wesley-batista-do-comando-da-jbs.htm?cmpid=copiaecola
BNDES busca derrubar Wesley Batista do comando da JBS 28 Reuters Guillermo Parra-Bernal 25/08/201708h34 Ouvir texto 0:00 Imprimir Comunicar erro SÃO PAULO, 25 Ago (Reuters) - O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2017/08/25/bndes-busca-derrubar-wesley-batista-do-comando-da-jbs.htm?cmpid=copiaecola

Finep apoiará pesquisas de empresas em universidades


Ao todo, serão disponibilizados R$ 500 milhões para o projeto

 

Por Agência Brasil 

 

redacao@amanha.com.br
Finep apoiará pesquisas de empresas em universidades


A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública de fomento à ciência, tecnologia e inovação, anunciou nesta semana o programa Finep Conecta, que garantirá recursos para empresas que dediquem, no mínimo, 15% dos valores dos seus projetos para a contratação de pesquisas com as universidades e os institutos de ciência e tecnologia (ICTs).“É um projeto que vai aumentar a aproximação entre empresas e o mundo científico”, destacou o presidente da Finep, Marcos Cintra, no Encontro Finep para Inovação – Centro-Oeste, em Brasília.

O financiamento ocorrerá por meio da disponibilização de uma nova linha de crédito, que prevê mecanismos como taxas de juros menores e prazos e carências mais longos, podendo chegar ao empréstimo de 100% dos recursos necessário ao desenvolvimento do projeto, a depender do grau de inovação inerente à proposta. Ao todo, serão disponibilizados R$ 500 milhões para o Finep Conecta em 2017. As contratações poderão ser iniciadas até o fim do mês, após a formalização do projeto. 

Cintra argumentou que essa é uma forma de contornar as restrições orçamentárias que têm atingido o setor, que hoje trabalha com cerca de 20% do orçamento que tinha há cerca de seis anos. Segundo o economista, trata-se de uma forma de transferir recursos do setor produtivo para universidades e ICTs. “Nós não temos recursos para apoiar, a fundo perdido, laboratórios públicos e universidades, mas nós temos bastante dinheiro disponível para apoiar empresas que queiram levantar recursos para fazer investimentos. Então, o objetivo do Finep Conecta é o de transferir parte desses recursos sobrantes para irrigar o sistema de pesquisa universitário, que hoje está sofrendo muito com a falta de recursos”, explicou.

O segundo objetivo do projeto, segundo o presidente da Finep, é o de “estimular, estreitar e aprofundar o relacionamento coparticipativo entre empresas e agências de pesquisa”, o que ele avalia ser uma deficiência do modelo brasileiro, baseado no grande dispêndio de recursos por parte do setor público, com pouco investimento do setor privado no desenvolvimento de inovações. Questionado sobre os riscos da definição dos projetos a partir de demandas do setor privado levar à redução da autonomia universitária, ele defendeu que cada vez mais, essa diferenciação entre empresa e universidade está se diluindo.

“Vai haver, realmente, um incremento da parcela das atividades das universidades que atendem a demandas empresariais, mas esse é um resultado, digamos, indesejado, da política pública que o governo está praticando hoje, que é de forte contingenciamento de gastos. Nós estamos tentando amenizar esse impacto”, destacou Cintra, que avalia que, apesar desse aumento, as instituições de ensino e pesquisa seguirão tendo condições de fazer pesquisa, “na medida dos seus próprios interesses”. Por outro lado, o conhecimento produzido nessas instituições poderá ser incorporado pelas empresas.

O Encontro Finep para Inovação – Centro-Oeste marcou a inauguração do escritório da Finep na região. A iniciativa, que seguirá neste terça-feira (22) com a realização de workshops sobre inovação, faz parte do plano de descentralização e de regionalização das atividades da financiadora, que já levou à abertura, em julho, de uma sede em Fortaleza, cujas atividades serão direcionadas ao Nordeste. A presença física de técnicos distribuídos por todos as regionais é considerada pela Finep como um elemento fundamental para o conhecimento dessas realidades e de suas especificidades, elementos fundamentais para o desenvolvimento de uma política eficaz de dinamização da economia.

 http://www.amanha.com.br/posts/view/4418

A Daiso que se Cuide - Miniso Projeta Abrir Mais de 50 Lojas em SP


 A Daiso que se Cuide














A rede japonesa Miniso, com mais de 2.000 lojas ao redor do mundo, inaugura neste sábado (26) sua primeira loja em São Paulo. Localizada no Shopping Ibirapuera, a unidade contará com diversos produtos de oito diferentes categorias: dia a dia, bem-estar, esporte e fitness, papelaria, acessórios, vestuário, produtos sazonais e bolsas. Todos os produtos comercializados são de marca própria e os preços variam de R$ 3 até R$ 200. O Brasil é o primeiro país da América do Sul a receber operações da Miniso e a previsão é abrir mais de 50 lojas até o final deste ano em São Paulo, sendo 20 na capital e outras 30 unidades no estado paulistano. O investimento inicial em São Paulo é de aproximadamente R$ 4,8 milhões.


 
Novas Unidades Programadas

Após a primeira inauguração da rede, a marca abrirá lojas nos shoppings Anália Franco, Mais Shopping, Vila Olímpia, Light, Shopping Center 3, Morumbi Town, Jundiaí Shopping, ParkShoppingSãoCaetano, Golden Square Shopping e no Shopping ABC. De acordo com a rede, além de operações em shopping centers, também haverá investimentos em lojas de rua. Após três meses de presença no território nacional, outras quatro categorias de produtos serão inseridas em todas as lojas da rede: eletrônicos, produtos de beleza, brinquedos e alimentos, totalizando 12 diferentes segmentos. Com um portfólio de mais de 30 mil produtos, a companhia lança todo mês mais de 70 produtos de diferentes segmentos. 


http://www.gironews.com/redes-shopping/a-daiso-que-se-cuide-44364/

Embraer inaugura Centro de Tecnologia em Florianópolis

Instalação contribui para que Santa Catarina concentre iniciativas de inovação no segmento aeronáutico

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Embraer inaugura Centro de Tecnologia em Florianópolis


O governador Raimundo Colombo, representantes da Embraer, da Fapesc e da Fundação Certi inauguraram nesta sexta-feira (25) o Centro de Engenharia e Tecnologia da Embraer (Cete-SC). Segundo Colombo, a instalação do centro da Embraer contribui para que Santa Catarina concentre iniciativas de inovação no segmento aeronáutico. “É um passo gigantesco para entrarmos num setor muito competitivo, que é o aeronáutico. O primeiro passo de uma longa caminhada, em que já temos previsão de trazer para o Estado setores importantes desta área”, destacou. 

Com sete engenheiros da Embraer, o centro vai centralizar a gestão dos projetos desenvolvidos pela empresa em Santa Catarina, que incluem parcerias com empresas privadas e com a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi). Resultado de um convênio de R$ 13 milhões repassados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) em 2015, a Certi trabalha em projetos para o desenvolvimento da tecnologia aeronáutica. A Embraer é a primeira das empresas contempladas pela parceria, que pode se estender a outras instituições. 

"A Embraer busca se inserir em ecossistemas que fomentem a inovação e o desenvolvimento de tecnologias de ponta, onde quer que estejam presentes. Esse é um dos principais fatores que levaram a empresa a escolher Florianópolis como sede de seu novo Centro de Tecnologia", avalia Humberto Pereira, vice-presidente de engenharia e tecnologia da empresa.

“O governo catarinense, através da Fapesc, tem procurado apoiar, reforçar e financiar o surgimento de um centro de excelência para o setor aeronáutico no Estado. A Embraer já tem centros pelo país, e a instalação de um em Florianópolis vai criar competência tecnológica e empresarial, empregos e economia para a região”, detalha Sérgio Luiz Gargioni, presidente da Fapesc. 

O superintendente de negócios da Certi, Laercio Aniceto Silva, ressalta que a parceria com a Embraer é fundamental para que empresas catarinenses possam se tornar futuras fornecedoras da indústria aeronáutica. “O objetivo é investir em empresas que já tem uma base tecnológica, para que elas se mantenham atualizadas e tragam cada vez mais desenvolvimento para Santa Catarina, e que outras empresas também possam participar de projetos globais”, afirma.


Embraer em AMANHÃ


José Luiz Fragnan, vice-presidente de manufatura da Embraer, é o entrevistado desta edição de AMANHÃ. O executivo compartilhou os resultados um tanto surpreendentes de uma sondagem que ele realizou em 77 empresas brasileiras de vários tamanhos, setores e estruturas de capital, com o objetivo de “mapear o DNA de uma empresa inovadora” para seu trabalho de conclusão de um MBA. Foi sobre essas conclusões, além de outros temas, que versou a entrevista de Fragnan a AMANHÃ.


 http://www.amanha.com.br/posts/view/4421

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Amazon completará aquisição do Whole Foods na segunda-feira


A Amazon disse que o Whole Foods Market funcionará como uma subsidiária e John Mackey permanecerá como presidente-executivo

 




A Amazon.com Inc disse nesta quinta-feira que pretende completar sua aquisição da Whole Foods Market por 13,7 bilhões de dólares na segunda-feira, depois de obter a aprovação antitruste dos reguladores dos EUA na quarta-feira.

As empresas disseram em uma declaração conjunta que a Whole Foods oferecerá preços mais baixos a partir de segunda-feira “em uma seleção dos produtos básicos mais vendidos em suas lojas”. A Amazon também disse que começará a vender produtos da marca Whole Foods em seu site.

A Amazon disse que o Whole Foods Market funcionará como uma subsidiária e John Mackey permanecerá como presidente-executivo. A sede da empresa continuará em Austin, no Texas.

A Amazon disse que começará a reduzir os preços no Whole Trade de produtos orgânicos como abacates, ovos, salmões e tilápias, couves e baby alfaces, além de bananas, algumas maçãs, manteiga e outros.

A Amazon disse que os membros de seu serviço Prime acabarão fazendo parte do programa de recompensas para clientes do Whole Foods Market.



Brain drain: o Brasil está exportando o melhor de seu capital humano




Participei de um almoço informal hoje na Brickell com empreendedores e investidores brasileiros, todos morando em Miami. Umas dez pessoas de excelente nível, quase todos com uma condição financeira invejável, que os possibilitaria passar o resto da vida jogando golfe ou rodando o mundo de primeira-classe.

Mas não é esse o perfil deles. São empreendedores, investidores, e querem construir mais negócios, dar mais rentabilidade para seu patrimônio e o de clientes, pois ainda são jovens, na casa dos 40. E o papo não teve como fugir muito da decepção profunda com o Brasil, e das gritantes diferenças que encontraram empreendendo nos Estados Unidos.

Um deles, por exemplo, participou de uma feira de negócios em Orlando e contratou um espaço por pouco menos de dez mil dólares. O contrato foi direto com a empresa organizadora do evento, e ela escolheria uma entre três empresas para construir seu espaço.

Pois bem: passam uns dias e chega na casa dele um cheque, de quase dois mil dólares. É que a empresa vencedora, que sequer fechou diretamente com ele, alegou que venceu a concorrência estimando trabalhar oito horas no total, mas conseguiu finalizar tudo em apenas seis horas. O valor era da diferença, que a empresa devolveu ao contratante final.

Alguém consegue imaginar algo assim no Brasil? Exatamente. Só que aqui cada um tinha uma história semelhante para contar. Sociedade de confiança, facilidade de empreender, de abrir e fechar negócios, de contratar e demitir, de acessar capital, inclusive de venture capital e anjos. Já no Brasil…

Um dos presentes tem justamente uma incubadora anjo no Brasil, para fomentar novos negócios, especialmente no setor de tecnologia. Os relatos são desanimadores. A burocracia é asfixiante, o governo cria barreiras legais para vender facilidades ilegais depois, os impostos matam os negócios antes de nascerem etc.

Sim, a maioria foi embora por questão de segurança, para ter uma qualidade de vida melhor, por não achar razoável viver dentro de carros blindados e condomínios repletos de seguranças. Muitos são do Rio, que é lindo, sem dúvida, mas cuja beleza quase não se pode mais apreciar, ao menos não sem o risco constante de um assalto e a sensação eterna de medo.

Difícil imaginar solução no curto ou mesmo no médio prazo. A cultura precisa mudar, e muito. O Brasil ainda considera o sucesso individual um pecado, e não tem boas referências de valores morais. 

Todo empresário é retratado como canalha nas novelas, boa parte da população inveja os ricos, e só pensa em redistribuição contra as “desigualdades”.

Ou seja, é a mentalidade do usurpador, não de quem quer melhores oportunidades para construir riqueza. As instituições obviamente não ajudam nada, e o mecanismo de incentivos é totalmente perverso. Os privilegiados do setor público gozam de benefícios impensáveis na iniciativa privada, que é quem paga a conta. A classe política está em descrédito e pouca gente séria quer ir por esse caminho, ainda que isso possa estar começando a mudar um pouco.

A conversa desanima bastante pelo potencial que temos, mas não exploramos, pelo que o país poderia ser, mas não é. E como tinha um mais velho no grupo, já com seus 70 anos, a noção de que somos como uma roda gigante, às vezes em cima, às vezes embaixo, mas sempre rodando em círculos sem sair do lugar, ficou forte entre os presentes. Debatemos as mesmas coisas dos nossos pais e avós!

E para muito pouco avanço. Na verdade, para claros retrocessos, como na última década, sob o PT. Eis o quadro de hoje: economia devastada, criminalidade fora de controle, e o melhor de nosso capital humano buscando oportunidades fora do país. São milhões e milhões de dólares de capacidade de investimentos só nesse minúsculo grupo, e todos olhando para oportunidades nos Estados Unidos, cansados de só apanhar no Brasil, de ser refém de um estado corrupto e perdulário.

Enquanto o Brasil tratar como rainha a elite dos funcionários públicos e como escravos os empreendedores que criam riqueza, continuaremos experimentando no máximo voos de galinha, quando o cenário externo permitir, ou quando a grana acabar e o governo for forçado a aprovar algumas reformas, reduzindo temporariamente a asfixia do setor privado (situação atual).

Mas jamais vamos decolar desse jeito. O brasileiro médio ainda não parece entender que deve louvar os empreendedores, não o estado, os sindicatos e os políticos populistas. São Paulo tem um núcleo diferente, uma pequena amostra de como poderia ser o Brasil todo com mais apreço pelo trabalho, pela produtividade, pelo empreendimento. Mas mesmo São Paulo está inserido na triste realidade nacional, e também não consegue carregar tantos parasitas nas costas o tempo todo.

Se esse quadro não mudar – e 2018 tem que ser um começo – então o país todo ficará cada vez mais parecido com o Rio ou a Bahia, não com São Paulo. E o Rio pode ser lindo, charmoso, descolado, mas é também um antro de marginais, um fiasco para empresas, a capital nacional da esquerda caviar. 

A mesma turminha que tem preconceito contra Miami, mas vem aqui fazer compras e passar férias, já que para Venezuela ninguém quer ir.

Rodrigo Constantino

 http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/brain-drain-o-brasil-esta-exportando-o-melhor-de-seu-capital-humano/?utm_medium=feed&utm_source=feedpress.me&utm_campaign=Feed%3A+rconstantino

Western Digital oferecerá US$ 17,4 bi por unidade da Toshiba


Western Digital deve oferecer 150 bilhões de ienes por meio de bônus conversíveis e não buscará direitos de voto no negócio

 


Tóquio – Um consórcio que inclui a Western Digital está oferecendo 1,9 trilhão de ienes (17,4 bilhões de dólares) pelo negócio de chips de memória da Toshiba, que o conglomerado japonês está tentando vender para cobrir prejuízos de sua unidade nuclear dos EUA, disseram fontes nesta quinta-feira.

A Western Digital deve oferecer 150 bilhões de ienes por meio de bônus conversíveis e não buscará direitos de voto no negócio, disseram as fontes familiarizadas com o negócio.

O consórcio também inclui a empresa de capital privado norte-americana KKR & Co, bem como Innovation Network Corp do Japão e o Banco de Desenvolvimento do Japão, respaldados pelo Estado, que oferecerão 300 bilhões de ienes cada para o negócio de chips, disseram as fontes.

Sob a proposta, os credores da Toshiba, incluindo Sumitomo Mitsui Banking Corp e Mizuho Bank, estenderiam cerca de 700 bilhões de ienes em empréstimos, disseram.

Outras empresas japonesas também investirão cerca de 50 bilhões de ienes para garantir que as empresas nacionais tenham uma participação combinada de 60 por cento, disseram as fontes, acrescentando que a própria Toshiba manteria uma participação de 100 bilhões de ienes no negócio.

 http://exame.abril.com.br/negocios/western-digital-oferecera-us-174-bi-por-unidade-da-toshiba/
A Toshiba disse que não poderia comentar discussões com possíveis interessados no negócio de chips. A Western Digital disse que não podia comentar imediatamente, enquanto a KKR se recusou a comentar. As fontes solicitaram anonimato porque as negociações são confidenciais.