terça-feira, 26 de setembro de 2017

Brasil à venda - Por Fernando Pinho




Brasil à venda - Por Fernando Pinho


Pressionada por um déficit fiscal sem precedentes, onde já se gasta toda a Receita Líquida para quitar despesas obrigatórias, uma Dívida Pública explosivamente crescente (79,4% do PIB) e um descalabro moral que nos coloca como o país mais corrupto do mundo, a equipe econômica tenta sanear o que sobrou das Finanças Públicas, o pós-Dilma. Toda essa devastação, que continua causando um clima de desesperança em grande parte dos brasileiros, está também criando as bases para um novo tempo, com mais alento.

Já é perceptível, ainda que tênue, a melhora em alguns indicadores socioeconômicos, como o nível de emprego na construção civil e no setor automobilístico, dois vetores importantes para a alavancagem do consumo e da arrecadação tributária. Há um número grande de operações de compra, venda e fusões/aquisições entre empresas privadas, notadamente pelo capital chinês, que em 2016 esteve presente em 35% dos negócios efetuados. Atualmente o capital privado chinês negocia a compra de uma seguradora brasileira e uma importante corretora de valores. A Eldorado Celulose (do grupo JBS), está sendo vendida para uma gigante de capital indonésio.

Em recente viagem ao exterior, Temer aproveitou para divulgar um amplo projeto de concessões e privatizações, que não poderiam ser absorvidas pelo capital nacional, em função da fragilidade financeira dessas empresas. Existe um dado altamente propício ao Brasil, que poderia dinamizar a retomada da Economia Brasileira.

Segundo dados oficiais recentemente publicados, há no mundo, atualmente, algo como US$ 40 trilhões investidos em títulos públicos de diversos países, onde 25% (US$ 10 trilhões) está sendo remunerado a taxas de juros próximas de zero. Levando-se em consideração que há 159 estatais federais no Brasil, muitas delas com sérios problemas de gestão, já traria um grande alívio às Finanças Públicas, sem contar um número incalculável de estatais mal administradas no âmbito dos municípios. Esse processo seria também um forte alavancador do crédito, já que as taxas de juros estão declinando.

Há ativos estatais apetitosos em estágio de alienação: em junho passado, a Eletrosul e a Shangai Eletric Power assinaram acordo preliminar para a transferência de projetos de energia no Rio Grande do Sul (R$ 3,27 bilhões); em agosto passado, a CEMIG abriu o período de informação para os interessados na compra de participação da estatal mineira na LIGHT; está em curso pelo Governo de São Paulo o processo de venda de 40,6% no capital da CESP, onde abrirá mão do controle. Outros negócios estatais também são alvo de interesse pelo capital estrangeiro: Aeroporto de Congonhas e outros 13 terminais, Companhia Docas do Espírito Santo, Lotex, 49% de participação na INFRAERO (Guarulhos, Brasília, Galeão e Confins), 14 terminais portuários, Casa da Moeda, Usina Hidroelétrica de Jaguara, diversos blocos de exploração de petróleo e gás, Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais, CEASA Minas, BR Distribuidora, SABESP, Banco do Brasil, Banrisul, CEF, ELETROBRAS etc.

Pelo que se percebe, pelo menos em relação aos ativos do setor elétrico, a potencial compradora poderá ser a China Shenhua Group, classificada como a maior empresa de energia elétrica do mundo, avaliada em US$ 278 bilhões e possuidora de uma reserva de caixa monumental. Numa tentativa de aumentar a relevância do Yuan como moeda de reserva global (conversível) e devido a uma crescente demanda no Brasil por operações com a respectiva divisa, o governo chinês solicitou às autoridades brasileiras o início de estudos em parceria, objetivando criar uma Câmara de Compensação (Clearing House) para operar livremente a moeda chinesa no país, abrindo um amplo espaço para facilitar a compra de empresas brasileiras e ir diminuindo a dependência do uso do Dólar e Euro, nessas transações.

Crise para uns, oportunidade para outros. Um permanente e triste aprendizado, para uma Nação que insiste em não aprender com os próprios erros (Fernando Pinho é economista, palestrante e consultor financeiro da Prospering Consultoria)

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Conectar empresas com indústria é desafio para a inovação

Conectar empresas com indústria é desafio para a inovação
 Tema foi debatido em fórum promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.

Conectar empresas com indústria é desafio para a inovação, afirma ABDI.

A indústria convencional brasileira começa a adquirir soluções de inovação criadas por empresas startups (emergentes), de acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), ligada ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O tema foi debatido nesta sexta-feira (22) durante o 1o Fórum de Inovação Startup Indústria, em São Paulo. Sondagem realizada pela ABDI com 408 empresas da indústria de transformação revela que 21% delas já realizam negócios com startups, 45% ainda não sabem como proceder, mas estão se preparando para futura conexão com empresas novas, e 21% ainda não têm interesse.

Luiz Augusto de Souza Pereira, presidente da ABDI, destaca que a indústria que se conecta com essas empresas quer ideias para redução de custos na sua produção e aumento da produtividade. A sondagem revelou que essas empresas também têm interesse em novas tecnologias, produtos e mercados. “A ABDI busca entregar tecnologias ou soluções, e colocar a indústria nacional em patamar de competitividade para a exportação. Não somos só um país de commodities, mas de indústria de transformação. O Brasil também tem que seguir neste caminho”, declarou. 

De acordo com Pereira, o grande diferencial das novas empresas é a facilidade de trabalhar com o risco total e as incertezas do negócio. “Já a indústria lida com risco zero. Temos de trazer esse recurso de forma inteligente e deixar a conexão entre elas acontecer pelo mercado”, afirmou. Para Elisa Carlos, gerente de inovação da ABDI, outro grande diferencial das empresas emergentes é a agilidade. “A indústria e o governo precisam ser mais ágeis. Quem sabe lidar com a incerteza e a agilidade são as emergentes. Elas aprendem rápido, se jogam, experimentam”, elogiou Elisa. 

O Programa Nacional Conexão Startup Indústria investe R$ 50 milhões, divididos em três anos. A seleção começou com 311 empresas cadastradas, cruzadas com o interesse e necessidade das indústrias. Ao final, 27 foram escolhidas para se conectar com dez grandes empresas. “É uma felicidade termos esse nível de indústria experimentando com a gente esse tipo de fazer política”, sublinhou Elisa.

 (Agência Brasil, 25/9/17)

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Super-ricos pagam menos tributos que os 10% mais pobres, diz estudo

Super-ricos pagam menos tributos que os 10% mais pobres, diz estudo
 Legenda: Renda mais baixa paga a maior parcela de impostos indiretos no Brasil, mostra relatório da Oxfam

Relatório da Oxfam divulgado nesta segunda-feira (25) mostra que o topo da pirâmide destina 21% de sua renda com impostos, enquanto os menos favorecidos pagam 32%.

A população 10% mais rica do Brasil paga uma parcela menor de sua renda com tributos que os 10% mais pobres, mostra um estudo sobre desigualdade divulgado nesta segunda-feira (25) pela organização não-governamental britânica Oxfam.
 
A parcela mais pobre da população gasta 32% de tudo o que recebe em tributos, enquanto quem está no topo da pirâmide destina apenas 21% de sua renda para pagar impostos, segundo o relatório “A Distância que nos Une – Um Retrato das Desigualdades Brasileiras".
 
No Brasil, a renda mais baixa também é a que paga mais impostos indiretos (cobrados sobre produtos e serviços): 28% de tudo o que ganham os mais pobres é consumido para este fim, enquanto que os mais ricos pagam somente 10% do rendimento neste tipo de imposto.
 
Os negros e as mulheres são os mais penalizados por essa diferença, mostra o estudo da Oxfam, já que eles somam três de cada quatro brasileiros na faixa menos favorecida. Na outra ponta, os homens brancos são dois em cada três dos 10% mais ricos do Brasil.

 
Imposto de renda e patrimônio


Quando se trata de impostos sobre a renda e patrimônio, o abismo entre ricos e pobres também é grande. Quem ganha 320 salários mínimos por mês paga a mesma alíquota efetiva de Imposto de Renda (após descontos, deduções e isenções) de quem recebe cinco salários mínimos, aponta a Oxfam.

Isso acontece porque a alíquota do IR para de crescer para quem ganha acima de 40 salários mínimos. Os mais ricos – boa parte empresários e acionistas – são também os mais beneficiados com as isenções sobre lucros de empresas e dividendos de ações. Na prática, apesar de ser uma renda, eles não precisam pagar imposto sobre estes ganhos, destaca o estudo.

 
Isenções beneficiam os mais ricos


O estudo aponta, ainda, citando dados da Receita Federal de 2016, que quem tem renda acima de 80 salários mínimos mensais (R$ 63.040) é beneficiado com isenção média de 66%. Para os que ganham 320 salários (R$ 252.160), o benefício vai a 70%.

Na outra ponta, a isenção para a classe média – quem recebe entre R$ 2.364 e R$ 15.760 é de 17%, e cai para 9% para quem ganha entre 1 e 3 salários mínimos mensais (R$ 788,00 a R$ 2.364,00), segundo o estudo.

 
Desigualdade salarial


O estudo também mostrou que a desigualdade salarial entre homens e mulheres só vai chegar ao fim daqui a 30 anos. Para chegar ao cálculo, a entidade usou a velocidade com que essa distância diminuiu em 20 anos, levando em conta os dados da Pnad Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ou seja, a projeção considera que esse ritmo seria mantido.

Se antes as mulheres recebiam 40% do rendimento dos homens, duas décadas depois elas passaram a ganhar 62% do que eles recebem, sobretudo com a entrada delas no mercado de trabalho, aponta a Oxfam. A renda média do sexo masculino, em 2015, era de R$ 1.508,00, contra R$ 938 das mulheres .

(G1, 25/9/17)

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Cresce o número de falências entre usinas de açúcar e etanol

Usina Galo Bravo, em Ribeirão Preto (SP)
 
Após quase uma década de crise, cresce o número de usinas no país que não consegue cumprir compromissos com credores e que, por consequência, deve engrossar as listas das que buscam proteção judicial ou das que estão tendo a falência decretada. A deterioração financeira dessas usinas se dá em meio à queda dos preços de açúcar e etanol no primeiro trimestre da safra 2017/18.

Segundo levantamento da RPA Consultoria, há 52 unidades em recuperação judicial e 27 em falência, dentro de um universo de 444 plantas no Brasil. Em 2016, a lista de usinas em recuperação tinha 16 unidades a mais, porém 13 delas tiveram a falência decretada pela Justiça e três foram vendidas. O estudo avalia a situação de cada unidade industrial e não das empresas. A última a ampliar a lista de recuperandas foi a Usina Vista Alegre, da família Tavares de Almeida, de Itapetininga (SP).

Entre as que tiveram a falência decretada este ano estão as quatro da Infinity Bio-Energy, a Usina São Fernando, de José Carlos Bumlai, implicado na Lava-Jato, e duas do grupo Camaq. Nesses casos, as usinas já estavam paradas e os processos se estendiam há mais tempo. A falência da Infinity foi recentemente suspensa em liminar de segunda instância e ainda aguarda julgamento.

A situação do setor, porém, deve piorar. Para Ricardo Pinto Arruda, sócio da consultoria, ao menos 25 unidades estão prestes a pedir recuperação judicial e uma já nessa situação deve ter a falência decretada.

A deterioração financeira para parte das usinas ainda reflete a crise do setor, iniciada em 2008, mas também erros de gestão. A queda recente dos preços do açúcar e do etanol foi o golpe de misericórdia.

No primeiro trimestre da safra (de abril a junho), os contratos futuros de açúcar de segunda posição na bolsa de Nova York caíram 18%, enquanto o indicador Cepea/Esalq para o etanol hidratado em São Paulo recuou 10%. "Com a piora dos preços, a situação de quem já estava em pré-recuperação judicial ficou quase insustentável", afirma Arruda.

Além disso, problemas climáticos nos últimos anos também ajudaram a minar a geração de caixa das que já tinham dificuldades.

Nos últimos dois meses, o mercado teve uma recuperação diante do aumento do PIS/Cofins sobre combustíveis, que melhorou a competitividade do etanol, e da taxação das importações do biocombustível. Mas empresas que já estavam com aperto de liquidez não têm conseguido aproveitar o momento.

Ivo Waisberg, sócio do escritório de advocacia TWK, que atende mais de 20 empresas do setor, também acredita que haverá mais pedidos de recuperação judicial, assim como decretação de falência.

Isso não significa, porém, que as usinas em geral estão deixando de processar cana. Pelo contrário, do ano passado para cá, a RPA identificou que ao menos quatro unidades voltaram à atividade após um período paralisadas, e mais 12 devem voltar a operar nos próximos três anos.

Entre as religadas neste ano a consultoria incluiu a Usina Bom Retiro, da Raízen Energia, que deve entrar em atividade ainda este semestre. Já voltaram a moer cana as usinas São José, do Grupo Farias, a Santa Rita, do grupo Diné, e a Bravia Bioenergia.

A retomada, contudo, tem limite. Arruda acredita que 45 usinas nunca mais voltarão a operar. São unidades que já foram "desmontadas" ou cujo aporte para reativar seria tão alto que valeria mais a pena construir uma nova.

A maior parte das usinas que estão protegidas judicialmente dos credores segue operando, embora muitas com uso reduzido da capacidade e pouco fôlego financeiro para compromissos de longo prazo. Das 51 unidades em recuperação, 35 estão na ativa. Dentre as 27 falidas, apenas três operam.

A dificuldade das que estão estranguladas financeiramente mas ainda não pediram proteção judicial é encontrar uma saída de mercado para sua situação. Enquanto os bancos seguem pouco flexíveis para renegociações de dívidas, eventuais players que poderiam injetar capital preferem negociar ativos já em recuperação judicial, sem passivos.

Mesmo essa saída "de mercado" dentro de processos de recuperação demorou para avançar, segundo Joel Thomaz Bastos, também sócio do TWK. "Mas a maior parte dos casos que deu certo foi resolvida com soluções de mercado", afirma.


 (Assessoria de Comunicação, 25/9/17)

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Intercity Hotels anuncia acordo com Intercity da Alemanha

Redes hoteleiras brasileira e alemã unem forças a partir de 2018

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br

Intercity Hotels anuncia acordo com Intercity da Alemanha

A brasileira Intercity Hotels, uma marca da ICH administração de hotéis, assinou neste mês, em Frankfurt, na Alemanha, um acordo de cooperação de marketing, vendas e distribuição com a homônima rede alemã Intercity. Apesar do nome similar, as empresas não têm nenhum vínculo societário. A coincidência vem da inspiração do fundador e diretor geral da Intercity Brasil, Alexandre Gehlen, nos eficientes trens alemães chamados de Intercity.  Ambas empresas seguiram seus caminhos de crescimento, uma na América do Sul e a outra na Europa. Sabendo da existência uma da outra, iniciaram o contato em 2007, não só pela sinergia do nome como também de produtos. As duas atuam com hotéis urbanos focados no segmento intermediário. 

Ao longo dessa década, entre idas e vindas, desenhou-se um plano que visa unir os portfólios das empresas para fins comerciais através de ações que incluem: conectar os respectivos sites, bem como as centrais de reservas; participar em conjunto de feiras e eventos da área hoteleira e capacitar as forças de vendas para explorar todas as oportunidades comerciais em ambos continentes. Ações complementares como troca de know-how operacional, compras e intercâmbio de funcionários também foram contemplados. As operações terão início a partir de janeiro de 2018.

“Estamos muito felizes em anunciar este acordo de cooperação, que com certeza tornará nossas empresas mais fortes no mercado internacional, fundamentalmente oferecendo um portfólio mais amplo à nossa base de clientes”, celebra Alexandre Gehlen (na foto, o terceiro da esquerda para a direita). “Agora nossos clientes no Brasil terão acesso a mais de 40 hotéis na Europa e Ásia através dos nossos canais de vendas, com a garantia de serviços operacionais e ajuda em português. E o inverso também acontecerá para os europeus”, complementa Marcelo Marinho, diretor de marketing, vendas e distribuição.

O Intercity Hotel da Alemanha está comemorando seus 30 anos. “Durante os últimos anos expandimos a nossa marca para outros países europeus e asiáticos, e agora também podemos oferecer uma variedade de hotéis brasileiros aos nossos clientes. Esta cooperação com a rede brasileira é um salto gigante para o nosso desenvolvimento e destaque real no nosso ano de jubileu”, comenta Joachim Marusczyk (na foto, ao centro), diretor executivo dos Hotéis Intercity da Alemanha. Na solenidade também esteve presente Thomas Willms, COO da Deutsche Hospitallity (na foto, o primeiro da esquerda para a direita). 

http://www.amanha.com.br/posts/view/4550

Galló: "O futuro será bastante divertido"

Confira trecho inédito do livro “O poder do encantamento”, que o presidente da Lojas Renner lança em Porto Alegre

 

Por Eugênio Esber*

eugenioesber@amanha.com.br
Galló:

Os pesquisadores do fenômeno Lojas Renner ganham, a partir desta terça-feira (26), uma fonte de informação de quase 260 páginas organizada sob a ótica do seu próprio protagonista, o caxiense (na verdade, nascido no distrito de Galópolis) José Galló (na foto, diante da loja recém-inaugurada em Montevidéu, no Uruguai). Ele assina o livro “O poder do encantamento”, que tem como subtítulo “As lições do executivo que, partindo de oito lojas, transformou a Renner em uma empresa de bilhões de dólares”. 

Com 15 capítulos, a obra percorre o início da formação profissional de Galló no campo da administração de empresas, passa por suas primeira experiências como empreendedor, na ModaCasa e Eletroshop, até desembocar no momento-chave de sua trajetória: quando ele ingressa na Lojas Renner e dá início à jornada que transforma uma pequena cadeia de lojas de origem familiar e circunscrita ao Rio Grande do Sul no mais importante varejo de moda do Brasil e, se seus planos tiverem êxito, no âmbito das Américas.

Confira a seguir um trecho do livro em que Galló se desprende do campo das memórias e fala sobre o futuro. É o capítulo “E a jornada continua.”


E A JORNADA CONTINUA


Cada vez mais, o futuro dos negócios é imprevisível. Palavras novas rapidamente se tornam corriqueiras, e mais do que o grafismo em si, o seu significado nos mostra que temos que tomar uma posição. Disrupção em qualquer setor ou negócio, fazer as coisas de uma forma diferente, mais rápida, mais barata, com menos investimentos. As barreiras desaparecem. Uma boa ideia encontra financiadores, jovens que aceitam aderir a um propósito muito mais pelo seu significado do que pela recompensa financeira.

A desmaterialização se faz presente: para que grandes investimentos em equipamentos? A nuvem resolve. Grandes equipes? Integrantes de pequenos grupos atuam separados fisicamente, transformando ideias em sistemas e processos rapidamente. Fazer a coisa totalmente certa? Não: incentive o erro e sua rápida correção, crie uma superagilidade, em oposição ao modelo do erro zero e seu longo tempo de maturação.

Grandes plataformas ameaçam o varejo, fintechs desafiam o sistema financeiro, blockchains põem em risco certificações e burocracias cartoriais. Existirão Bolsas de Valores no futuro, tais como hoje conhecemos? Os carros autônomos estão mais próximos do que imaginamos. E o car sharing? Como serão nossas cidades, se precisarmos de apenas 20% da atual frota de carros? E o que fazer com as atuais áreas de estacionamento? O que será dos postos de gasolina quando os carros elétricos dominarem o mercado? E as revendas? Carros elétricos hoje são vendidos em shopping centers... 

Oficinas de manutenção funcionarão em que base, considerando que um carro elétrico tem apenas 20 partes móveis contra as 2 mil de um carro convencional?  A proposito de shopping centers: que tipo de varejo abrigarão? Estamos preparados para a inteligência artificial? Como lidar com os analitics, a robótica, a impressão 3D, a realidade virtual, a internet, as redes e os sensores, a nanotecnologia, a bioinformática, a biotecnologia?

Em um primeiro momento, o novo é sempre assustador. Mas ele nunca se concretiza de uma só vez. 

Sempre houve e sempre haverá etapas, dando tempo para absorção e adaptações.  Estão aí os smartphones, os tablets etc., para comprovar. O mais importante será a atitude de cada um diante disso tudo. Ou somos avestruzes que enterram a cabeça para não conhecer a realidade ou vemos nesses cenários uma grande oportunidade de crescimento. 

Escolhi o segundo caminho. Vejo nessas novas ideias e tendências a oportunidade de renovação: elas fazem com que me sinta extremamente motivado para tudo isso que aí já está e, também, para o futuro.

Há outro olhar, tão essencial quanto o das novas tecnologias, porque também diz respeito à forma como vamos encará-las. Diz respeito à sustentabilidade, Pensar em sustentabilidade, hoje, é pensar em futuro mais pleno para as novas gerações – é pensar na perenidade do nosso negócio, sim, mas também, e fundamentalmente, no quanto ele agrega valor para a sociedade. 

Estamos diante de um novo ciclo, no qual as empresas precisam se adaptar para atender à demanda de um consumidor cada vez mais consciente. E, para continuarmos encantando, temos que ter coragem de trazer a sustentabilidade para o coração dos negócios, de forma a que ela esteja sempre presente nos produtos que entregamos, com propósito.

Importante dizer que as empresas que buscam sustentabilidade não abrem mão do lucro, mas geram cada vez mais valor no negócio, com eficiência nos três pilares: social, ambiental e econômico. Não esqueçamos que estamos inseridos em um mercado criativo, que pode influenciar consumidores e toda uma economia que busca soluções mais inteligentes que impactem positivamente a sociedade.

Especificamente na Lojas Renner, precisamos pensar no futuro do nosso negócio. Além do cuidado que temos com questões relacionadas a direitos humanos e trabalhistas, precisamos mobilizar, também, os nossos fornecedores a produzirem de forma ecoeficiente, reduzindo o uso de recursos naturais e melhorando processos no desenvolvimento de produtos. Temos todas as condições de criar coleções com matérias primas menos impactantes, sensibilizando a nossa cadeia de fornecedores a se tornar comprometida com essa causa.

E tudo porque consumo consciente não é mais uma tendência e, sim, uma realidade. A sustentabilidade passou a fazer parte da nossa missão, da nossa estratégia, por isso criamos um plano com objetivos sociais e ambientais, o qual precisamos seguir colocando em prática, de forma a gerar valor, cada dia mais, a todos os nossos públicos. 

Em paralelo, algumas vezes me preocupo ao constatar que líderes, tanto do setor público quanto privado, não estão percebendo a velocidade das mudanças. Uma das justificativas está no fato de sermos um país extremamente fechado e protegido. Se nos protege, ao mesmo tempo nos atrasa em relação ao que acontece no mundo. Mas as leis de mercado, cedo ou tarde, ultrapassam barreiras e proteções: ou nós fazemos a mudança ou alguém virá e fará por nós. Ou as mentes se abrem, ou, quando quiserem fazê-lo, talvez seja tarde demais. Mesmo raciocínio para empresas e operações. 

De minha parte, vejo muitas ideias e tecnologia que podem melhorar nossas empresas. Vejo uma oportunidade de me renovar e aumentar a minha energia e a vontade de fazer novas coisas. 

Em meio a todas estas rupturas e novos desafios, uma coisa é imutável: o encantamento do consumidor, a importância do cliente, do mercado. No passado se dizia: “O consumidor está no centro de tudo, ele é a razão da existência da empresa”. Na era digital, é preciso “conhecer e maximizar a experiência do consumidor. Conheça esta experiência e digitalize os processos, eliminando pontos de atrito”. Não é a mesma ideia? Bem-vindas, novas palavras, novas ideias, novas tecnologias! O futuro será bastante divertido.


*Colaborou Dirceu Chirivino.

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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

O Próximo Presidente Não Será Nem Um Homem Nem Uma Mulher



O povo brasileiro está cheio desses políticos carismáticos e mentirosos.

O eleitor está cansado de líderes de fala mansa que prometem, mas não fazem.

O eleitor irá eleger em 2018 não um homem nem uma mulher, mas sim aquele que apresentar uma equipe fabulosa.

Esses atuais candidatos que se apresentam como salvadores da pátria irão quebrar a cara.

O Brasil precisa é de uma equipe coesa e competente, única forma de resolver tantos problemas que FHC, Lula e Dilma deixaram acumular nas mãos do Temer.

Só uma equipe testada e preparada nos tirará desse desastre administrativo que nos legaram.

Um único gestor não resolve. Precisamos de um Ministério em Prontidão, já testado, e não o Ministério da Decepção que é apresentado somente depois da eleição.

50% da população ainda pensa, talvez até você leitor, num “salvador da pátria”, num Lula ou num Bolsonaro.

Mas com o que está sendo planejado já por três candidatos diferentes, que ainda não mostraram a cara, estes “salvadores da pátria” não irão para lugar nenhum.

Nunca estive tão animado e confiante com 2018.

Ao apresentarem suas equipes, ficará claro que a equipe do Bolsonaro é composta por seus dois filhos e só.

Que a equipe da Marina é o Eduardo e a Neca, os mesmos de sempre.

Que Ciro Gomes nunca terá uma equipe porque ele briga com todo mundo.

Que Lula nunca mais conseguirá a equipe que já teve, e hoje só tem o Lindinho e a Gleisi.

Que nestes 12 anos Alckmin não se preocupou em formar uma equipe de peso nacional.

Muitos de vocês não vão gostar de imediato desses candidatos que são líderes de equipe, “acho eles meio sem sal, mas cada equipe é de fato sensacional”.

Finalmente teremos escolhas verdadeiras a fazer, e não mais escolheremos dos três o menos pior.

Não apostem nesses candidatos que saíram até agora na frente das pesquisas.

Temos boas surpresas pela frente.

A Administração Responsável das Nações depende de equipes coordenadas e não de marqueteiros especializados.

Vamos nessa.


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