terça-feira, 3 de outubro de 2017

Exportações no Brasil atingem melhor desempenho para setembro desde 1989

Superávit da balança comercial no acumulado do ano já supera ganhos alcançados ao longo de todo 2016

O Brasil registrou em setembro um superávit comercial de US$ 5,178 bilhões.

De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o desempenho é o melhor da série histórica iniciada em 1989 e está diretamente relacionado ao avanço das exportações no período.

O número de exportações aumentou 24% no último mês em relação a setembro de 2016, atingindo uma média diária de US$ 18,666 bilhões. As importações por sua vez, cresceram 18,1% sobre um ano antes, a 13,488 bilhões de dólares.

O superávit da balança comercial no acumulado de 2017 já soma US$ 53,283 bilhões, bem acima dos US$ 47,683 bilhões registrados ao longo de todo o ano passado.


 http://girobusiness.com.br/exportacoes-no-brasil-melhor-desempenho-setembro-desde-1989/

GLP adquire empresa europeia de logística

O negócio, avaliado em aproximadamente 2,8 bilhões de euros, marca o primeiro ingresso da GLP no mercado europeu

A Global Logistic Properties (GLP) anunciou hoje (segunda-feira, 2) a compra da plataforma de logística Gazeley.

O negócio, avaliado em aproximadamente 2,8 bilhões de euros, marca o primeiro ingresso da GLP no mercado europeu e reforça também a consolidação da marca asiática no setor de armazéns.

Os imóveis da Gazeley são detidos por fundos afiliados à Brookfield Asset Management e localizam-se em quatro países distintos, abrangendo 3 milhões de m² de área total locável bruta.


 http://girobusiness.com.br/glp-adquire-empresa-europeia-de-logistica/

Confira os 16 maiores obstáculos para fazer negócios no Brasil


 


As dificuldades trabalhistas subiram de 6ª para 3ª posição, enquanto a  regulação dos impostos caiu do 3º para o 7º

O resultado da pesquisa de opinião que saiu junto ao último relatório de competitividade do Fórum Econômico Mundial, aponta que os altos níveis de impostos ainda continuam como a maior dificuldade para fazer negócios no Brasil.

Em meio a tensões e baixa confiança na classe política (Brasil ficou em último lugar mundial  em confiança na classe política), a  corrupção pulou de 3º para segundo lugar na comparação com a pesquisa anterior.

As dificuldades trabalhistas subiram de 6ª para 3ª posição, enquanto a  regulação dos impostos caiu do 3º para o 7º degrau.

A pesquisa foi feita com 200 executivos, gestores e investidores locais, que combinado com outros dados estatísticos, forma um ranking geral que mede a competitividade de 132 países em 12 pilares.

Em 2012, o Brasil parou de perder colocação no ranking geral pela primeira vez, subindo de 81º para 80º. De lá para cá o país avançou 11 posições no pilar de Instituições, apesar de ainda estar entre os lugares mais baixos no mundo.

A pesquisa foi feita em 2016 e por isto ainda não captura a aprovação de reformas nem os sinais de retomada da atividade econômica, mas já trazem mudanças de percepção relacionadas ao pós-impeachment e às investigações contra a corrupção.

Confira os 16 piores fatores para fazer negócios no Brasil atualmente, de acordo com a nota de cada um:

  1. Nível de impostos (18,6)
  2. Regulações restritivas de trabalho (12,5)
  3. Corrupção (12,3)
  4. Burocracia ineficiente do governo (12)
  5. Oferta inadequada de infraestrutura (10,4)
  6. Instabilidade de políticas (7,4)
  7. Complexidade das regulações de impostos (5,4)
  8. Acesso a financiamento (5,2)
  9. Instabilidade de políticas/golpes (4,2)
  10. Força de trabalho com educação inadequada (4)
  11. Inflação (2,1)
  12. Crime e roubo (1,9)
  13. Capacidade insuficiente de inovar (1,8)
  14. Ética de trabalho fraca na força de trabalho (1,1)
  15. Saúde pública fraca (1,1)
  16. Regulações de moeda estrangeira (0,2)

 

 

http://girobusiness.com.br/confira-os-16-maiores-obstaculos-para-fazer-negocios-no-brasil/

 


Reforma trabalhista brasileira desanima investidores nos EUA



Marcos Santos/USP Imagens
Carteira de trabalho; terceirização
Relação com PJ só é legal caso não haja subordinação, regularidade e exclusividade     

O Brasil não é capitalista, ou pelo menos não na medida que americanos esperavam depois da reforma trabalhista costurada pelo Planalto no governo Michel Temer.

Empresários, investidores, advogados, consultores e representantes do setor bancário saíram um tanto frustrados de um encontro na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, na semana passada, em Nova York, alguns deles com mais perguntas do que respostas na cabeça.

"Então quer dizer que ainda não vamos poder reduzir salários? Isso é a coisa mais anticapitalista que existe", reclamou Terry Boyland, da CPQI, empresa que presta serviços de tecnologia a bancos na América Latina. "E se perdermos dinheiro? Vamos também dividir os prejuízos?"

Isabel Bueno, sócia da Mattos Filho, firma de advocacia que organizou o encontro, concordou diante de uma sala lotada. "Não é capitalista."

Empresários, no caso, imaginavam poder terceirizar funcionários da forma como quisessem, reduzir salários e driblar processos trabalhistas, mas viram que não será o mar de rosas que vislumbravam com a "maior reforma do setor em 50 anos", como resumiu um convidado.

Um dos principais fatores de desilusão, aliás, é a dificuldade de terceirizar trabalhadores. Muitos, no caso, pretendiam demitir e recontratar os mesmos funcionários de prestadoras de serviços, mas não gostaram de saber que a lei impõe uma quarentena de um ano e meio.

Isso quer dizer que um empregado demitido só poderia voltar à mesma empresa como terceirizado depois de aguardar esse prazo, inviabilizando o que seria uma forma de pagar menos encargos sobre a folha de pagamento.

"Esse é um ponto crítico que falhou", diz Gustavo Salgado, do banco japonês Sumitomo Mitsui, que tem operações em São Paulo. "É uma questão muito sensível porque pode tornar nossas empresas mais competitivas."

No caso, é um ponto que distancia ainda a lei brasileira da americana, que possibilita arranjos mais flexíveis.

"Eles têm um sentimento de frustração. Querem pagar para ver", diz Glaucia Lauletta, outra sócia do Mattos Filho. "É uma mudança que leva tempo, e cultura não se muda de uma hora para outra. A gente está no limite, e no Brasil coisas só acontecem quando chegam ao limite."
 

ALENTO


Mesmo que não possam desidratar as folhas de pagamento, gestores veem um alento na possibilidade de negociar contratações e demissões direto com o trabalhador em acordos que prevalecem sobre a lei trabalhista, dependendo de seu nível de escolaridade e salário. "Estamos a um dedinho de ter um contrato mais flexível", diz Bueno.

Alguns pontos da reforma trabalhista são bem recebidos por empresários. Entre os mais animadores está a exigência, em casos de litígio, que o trabalhador que perder uma ação movida contra a empresa tenha de arcar com os custos jurídicos, que pode chegar a 20% do valor pretendido pelo processo.

Na opinião do advogado Dario Abrahão Rabay, a medida vai acabar com a "indústria de ações" e a "cultura de litígios" que domina as relações de trabalho no Brasil. "Esperamos ver uma queda no número de processos."

"O pior para nós são os pagamentos de danos morais", diz Alberto Camões, da Stratus, empresa que presta serviços de consultoria a outros grupos no Brasil. "Como não custa nada processar, prevalecia antes a ideia de mover uma ação só porque podem."

John Gontijo, da Farkouh, Furman & Faccio, empresa que presta serviços de consultoria tributária em Nova York, concorda. Ele afirma que o grande avanço da reforma trabalhista passa por diminuir o poder dos sindicatos e tornar flexível as relações de patrão e empregado.

"Esse é o principal ponto", diz Gontijo. "É o que mais aproxima as leis do Brasil das regras que já eram seguidas por empresas americanas."




http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/10/1923788-reforma-trabalhista-brasileira-desanima-investidores-nos-eua.shtml
11 exchanges japonesas de Bitcoin ganharam licenças regulatórias Alan Oliveira 2 de outubro de 2017 0 Onze exchanges de Bitcoin japonesas receberam aprovação para operar sob as novas leis de serviços financeiros do país. Embora seja o lar de um dos eventos mais vergonhosos na história do bitcoin – o colapso da exchange Mt. Gox – O Japão tem alimentado e criando meios para o crescimento do bitcoin. Para isso, a Reuters informou que a Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) anunciou que aprovou 11 exchanges domésticas de Bitcoins para operar no país. O registro com a FSA tornou-se necessário como parte da conta de abril que reconheceu o Bitcoin como moeda legal e eliminou o imposto de consumo nas compras nas exchanges de Bitcoin. Nos meses que se seguiram a essa legalização, a adoção do Bitcoin surgiu no Japão e o país tornou-se um centro para a criptoeconomia da Ásia na sequência de proibições na China. Leia também ZeroLink: O Bitcoin anônimo de verdade Agora que o Bitcoin é reconhecido como um método de pagamento legal, as exchanges de criptomoedas estão sujeitas a maiores diretrizes de segurança, incluindo segregação de fundos em contas de clientes, verificação de identidades de clientes para combater a lavagem de dinheiro, sistemas e políticas adequadas para prevenir ataques cibernéticos. A FSA também afirmou que colocará as exchanges sob “vigilância total”, que pode incluir inspeções no local. Notavelmente, o bitFlyer – cujo par de negociação BTC / JPY classifica regularmente como um dos três maiores volumes de negociação do Bitcoin – foi uma das bolsas licenciadas durante esta primeira rodada de aprovação. A Quoine, foi outra exchange da criptomoeda a receber o licenciamento, emitiu uma declaração dizendo que continuarão a trabalhar com os reguladores para promover o “desenvolvimento saudável do setor de criptomoedas no Japão”. “O CEO da Quoine, Mike Kayamori, acrescentou que o licenciamento da FSA “é um sinal de mercado positivo que estamos aqui para construir uma exchange confiável, com medidas de conformidade adequadas para evitar violações de segurança e fornecer mais proteção de ativos para nossos clientes”. Ainda há 17 exchanges de Bitcoins japonesas esperando que a FSA reveja seus pedidos de licenciamento.

Read more at: https://guiadobitcoin.com.br/11-exchanges-japonesas-de-bitcoin-ganharam-licencas-regulatorias/
Ao copiar, insira os créditos originais do blog.
11 exchanges japonesas de Bitcoin ganharam licenças regulatórias Alan Oliveira 2 de outubro de 2017 0 Onze exchanges de Bitcoin japonesas receberam aprovação para operar sob as novas leis de serviços financeiros do país. Embora seja o lar de um dos eventos mais vergonhosos na história do bitcoin – o colapso da exchange Mt. Gox – O Japão tem alimentado e criando meios para o crescimento do bitcoin. Para isso, a Reuters informou que a Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) anunciou que aprovou 11 exchanges domésticas de Bitcoins para operar no país. O registro com a FSA tornou-se necessário como parte da conta de abril que reconheceu o Bitcoin como moeda legal e eliminou o imposto de consumo nas compras nas exchanges de Bitcoin. Nos meses que se seguiram a essa legalização, a adoção do Bitcoin surgiu no Japão e o país tornou-se um centro para a criptoeconomia da Ásia na sequência de proibições na China. Leia também ZeroLink: O Bitcoin anônimo de verdade Agora que o Bitcoin é reconhecido como um método de pagamento legal, as exchanges de criptomoedas estão sujeitas a maiores diretrizes de segurança, incluindo segregação de fundos em contas de clientes, verificação de identidades de clientes para combater a lavagem de dinheiro, sistemas e políticas adequadas para prevenir ataques cibernéticos. A FSA também afirmou que colocará as exchanges sob “vigilância total”, que pode incluir inspeções no local. Notavelmente, o bitFlyer – cujo par de negociação BTC / JPY classifica regularmente como um dos três maiores volumes de negociação do Bitcoin – foi uma das bolsas licenciadas durante esta primeira rodada de aprovação. A Quoine, foi outra exchange da criptomoeda a receber o licenciamento, emitiu uma declaração dizendo que continuarão a trabalhar com os reguladores para promover o “desenvolvimento saudável do setor de criptomoedas no Japão”. “O CEO da Quoine, Mike Kayamori, acrescentou que o licenciamento da FSA “é um sinal de mercado positivo que estamos aqui para construir uma exchange confiável, com medidas de conformidade adequadas para evitar violações de segurança e fornecer mais proteção de ativos para nossos clientes”. Ainda há 17 exchanges de Bitcoins japonesas esperando que a FSA reveja seus pedidos de licenciamento. Leia também Coinbase arrecada $100 milhões para "ajudar a acelerar a adoção de moedas digitais" Fonte: Cryptocoinsnews.com Tradução: Guia do Bitcoin

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11 exchanges japonesas de Bitcoin ganharam licenças regulatórias Alan Oliveira 2 de outubro de 2017 0 Onze exchanges de Bitcoin japonesas receberam aprovação para operar sob as novas leis de serviços financeiros do país. Embora seja o lar de um dos eventos mais vergonhosos na história do bitcoin – o colapso da exchange Mt. Gox – O Japão tem alimentado e criando meios para o crescimento do bitcoin. Para isso, a Reuters informou que a Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) anunciou que aprovou 11 exchanges domésticas de Bitcoins para operar no país. O registro com a FSA tornou-se necessário como parte da conta de abril que reconheceu o Bitcoin como moeda legal e eliminou o imposto de consumo nas compras nas exchanges de Bitcoin. Nos meses que se seguiram a essa legalização, a adoção do Bitcoin surgiu no Japão e o país tornou-se um centro para a criptoeconomia da Ásia na sequência de proibições na China. Leia também ZeroLink: O Bitcoin anônimo de verdade Agora que o Bitcoin é reconhecido como um método de pagamento legal, as exchanges de criptomoedas estão sujeitas a maiores diretrizes de segurança, incluindo segregação de fundos em contas de clientes, verificação de identidades de clientes para combater a lavagem de dinheiro, sistemas e políticas adequadas para prevenir ataques cibernéticos. A FSA também afirmou que colocará as exchanges sob “vigilância total”, que pode incluir inspeções no local. Notavelmente, o bitFlyer – cujo par de negociação BTC / JPY classifica regularmente como um dos três maiores volumes de negociação do Bitcoin – foi uma das bolsas licenciadas durante esta primeira rodada de aprovação. A Quoine, foi outra exchange da criptomoeda a receber o licenciamento, emitiu uma declaração dizendo que continuarão a trabalhar com os reguladores para promover o “desenvolvimento saudável do setor de criptomoedas no Japão”. “O CEO da Quoine, Mike Kayamori, acrescentou que o licenciamento da FSA “é um sinal de mercado positivo que estamos aqui para construir uma exchange confiável, com medidas de conformidade adequadas para evitar violações de segurança e fornecer mais proteção de ativos para nossos clientes”. Ainda há 17 exchanges de Bitcoins japonesas esperando que a FSA reveja seus pedidos de licenciamento. Leia também Coinbase arrecada $100 milhões para "ajudar a acelerar a adoção de moedas digitais" Fonte: Cryptocoinsnews.com Tradução: Guia do Bitcoin

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Guararapes fecha parceria com Wilson Sons para distribuição no Norte e Nordeste

Guararapes e Wilson Sons acordam distribuição no Norte e Nordeste



A Guararapes fechou parceria com a Wilson Sons Logística para utilizar o centro de distribuição da companhia no Porto de Suape (PE). Com isso, a fabricante e exportadora de painéis de madeira MDF irá ampliar e otimizar sua distribuição nas regiões Norte e Nordeste.

Segundo a Guararapes, a parceria diminuirá em até 80% o tempo de entrega ao cliente final. A carga percorrerá, por cabotagem, o trajeto do Porto de Itajaí (SC) ao Porto de Suape (PE). A Wilson Sons Logística ficará responsável por receber a carga no centro de distribuição e fazer a gestão da armazenagem, inventário, indicadores, além de prestar serviços acessórios (etiquetagem, cintagem e paletização).

A expectativa é de que, inicialmente, a movimentação mensal gire em torno de 80 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), em média. No médio prazo, a intenção é dobrar esse volume.

Em nota, o gerente comercial regional da Guararapes, Milton Santos, afirmou que a parceria é fundamental para o início do projeto de expansão nas regiões Norte e Nordeste.

 https://www.istoedinheiro.com.br/guararapes-fecha-parceria-com-wilson-sons-para-distribuicao-no-norte-e-nordeste/

Minoritários da JBS iniciam arbitragem contra irmãos Batista

Resultado de imagem para fotos dos irmãos Batistas

BRASÍLIA (Reuters) - Um grupo de acionistas minoritários da JBS abriu um processo de arbitragem contra os controladores da empresa, confirmou nesta terça-feira o advogado Marcio Lobo, durante a Comissão Parlamentar de Inquérido (CPI) da JBS. 

Segundo o advogado que representa o grupo, a medida busca o ressarcimento aos acionistas pelas perdas de 600 milhões de reais referentes a desvios confessados pelos controladores. O grupo pretende ainda levar a queixa à Justiça, embora uma ação neste âmbito ainda não tenha sido iniciada.

A informação de que a Associação dos Investidores Minoritários e o acionista Aurélio Valporto são os autores do processo encaminhado à Câmara de Arbitragem do Mercado da B3 em 16 de agosto foi divulgada mais cedo pelo jornal O Estado de S.Paulo.

O advogado destacou que o grupo de minoritários não conseguiu reunir 5 por cento dos votos da JBS para convocar uma assembleia geral.


Por Anthony Boadle,


 https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKCN1C8218-OBRBS

Empresas antecipam pagamento de dívida para evitar incertezas de ano eleitoral

Empresas antecipam dívidas para evitar incertezas de ano eleitoral

Diante da reação da economia e já de olho nas eleições de 2018, empresas têm ido ao mercado para antecipar pagamentos e alongar dívidas para evitar potencial volatilidade de preços em meio à corrida pelo Palácio do Planalto. De janeiro a agosto, companhias captaram R$ 69,9 bilhões com a emissão de dívida – valor 32% maior que no mesmo período de 2016.

O fenômeno também chega ao mercado externo. De janeiro à última semana de setembro, firmas captaram US$ 21 bilhões com a emissão de dívida externa, 10% mais que o registrado em igual período do ano passado. Executivos de bancos citam a expectativa de emissão de até US$ 30 bilhões neste ano, o que seria o maior valor desde 2014.

Como consequência, o estoque de compromissos a serem pagos em 2017 e 2018 caiu 65% desde janeiro. Ou seja, as empresas estão fazendo uma dívida de longo prazo e quitando os compromissos que vencem nos próximos meses.

A queda do juro, a volta do apetite por risco dos investidores e as incertezas sobre a eleição presidencial abriram uma janela de oportunidade e têm servido de pano de fundo para a retomada de uma boa e velha estratégia: a troca da dívida cara por outra mais barata. O plano tem sido compartilhado por companhias de vários portes e setores.

A Petrobrás, por exemplo, anunciou ontem a antecipação de pagamentos e a contratação de novos financiamentos no total de US$ 6,3 bilhões. Originalmente, as operações venceriam entre 2018 e 2019. Os novos financiamentos foram estendidos para até 2023.

Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que o fenômeno é mais forte desde o início do segundo semestre. Apenas entre junho e agosto, a captação de recursos por meio de emissão de dívida – usando instrumentos como debêntures e notas promissórias – somou R$ 35,9 bilhões e já é superior ao total do primeiro semestre.

“A demanda de muitas operações chega a ser até quatro vezes superior ao total oferecido. Há um apetite por risco que não era visto pelo menos nos últimos três anos”, diz o gerente-executivo de mercado de capitais e infraestrutura do Banco do Brasil, Aguinaldo Barbieri. Essa demanda vem especialmente de fundos de investimento que têm buscado opções mais lucrativas diante da menor rentabilidade dos títulos públicos que seguem a taxa Selic.

Tanta procura tem permitido às empresas captar com custo menor que o visto há pouco tempo. A rede Magazine Luiza, por exemplo, emitiu, no fim de julho, títulos para 2020 que pagarão ao investidor 113,5% do CDI (taxa de juros cobrada entre os bancos, que acompanha a variação da Selic). O custo é bem menor que os 125,20% do CDI dos papéis emitidos pela varejista no ano passado e que vencerão em junho de 2018.

Para o economista-chefe do banco Safra, Carlos Kawall, o momento é propício, com juros mais baixos fora e dentro do País. Segundo ele, muitas empresas têm procurado antecipar até vencimentos mais longos. Kawall diz que dívidas com o BNDES também estão sendo antecipadas. “Começamos a ter outras fontes mais competitivas no mercado de capitais. Esse fator se soma ao ano eleitoral.”


Eleição


Executivo de um grande banco privado nota que, dentro das empresas, há grande preocupação com a eleição e isso tem motivado muitas operações. “Ninguém sabe quem serão os candidatos com chance de vitória. Do ponto de vista da gestão financeira, não vale a pena correr o risco especialmente porque as condições estão favoráveis atualmente”, diz.

Uma empresa que vai ao mercado e quita a dívida que venceria nos próximos meses não ficará exposta à eventual volatilidade futura. O temor dos gestores financeiros é que a eleição gere aversão ao risco, o que dificultaria e encareceria qualquer tentativa de tomar dinheiro emprestado. “É difícil projetar os desdobramentos das eleições. Por isso, todas as possibilidades de redução de custo devem ocorrer agora”, diz o economista-chefe do Iedi, Rafael Cagnin.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



https://www.istoedinheiro.com.br/empresas-antecipam-pagamento-de-divida-para-evitar-incertezas-de-ano-eleitoral/