Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Em Davos, Petrobras destaca substituição da dívida
Estavam previstos vencimentos de US$ 15,2 bilhões neste ano, US$ 11,3 bilhões em 2019 e US$ 12,5 bilhões em 2020
Por
Estadão Conteúdo
Estavam previstos vencimentos de US$ 15,2 bilhões neste ano, US$ 11,3 bilhões em 2019 e US$ 12,5 bilhões em 2020. Os novos valores são US$ 5,9 bilhões, US$ 11,3 bilhões e US$ 10,4 bilhões – posições indicadas em 30 de setembro. O custo médio das dívidas foi reduzido de 6,2% para 5,9%.
No período recente de maiores dificuldades, a Petrobras teve acesso reduzido ao mercado financeiro internacional. O problema foi atenuado, por algum tempo, com empréstimos chineses. Vencida a pior fase da crise, a empresa retornou ao mercado. Crédito mais fácil e mais barato foi usado para substituir os empréstimos obtidos em piores condições. Com isso foi possível diminuir o custo e, ao mesmo tempo, alongar o perfil da dívida.
A presença da Petrobras em Davos, tradição mantida por muitos anos, foi abandonada no período de maiores dificuldades. O retorno de apenas um participante – no caso, o presidente – custou US$ 100 mil. A reunião do Fórum Econômico Mundial proporciona uma oportunidade especial de encontro, com discussões e troca de informações importantes, para executivos das maiores companhias do setor.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
https://exame.abril.com.br/negocios/em-davos-petrobras-destaca-substituicao-da-divida/
Monsanto defenderá patente da Intacta no Brasil, dizem advogados
O advogado que representa a Monsanto disse que a empresa apresentará argumentos até 22 de março
Por
Reuters
São Paulo – A Monsanto tem
dois meses para apresentar às autoridades brasileiras argumentos em
defesa de sua patente Intacta RR2 Pro, disseram advogados da empresa à
Reuters, após o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)
afirmar que a patente da companhia deve ser declarada nula.
O advogado que representa a Monsanto, Luiz Henrique do
Amaral, disse que a empresa apresentará argumentos até 22 de março em
resposta a um parecer técnico do INPI que sugeriu a anulação da patente
da semente Intacta.
A Advocacia Geral da União citou a reavaliação do INPI nos
autos de uma ação movida em novembro contra a Monsanto por produtores de
soja do Mato Grosso. O parecer revisado pode desencadear anos de
litígio entre a companhia e as autoridades no Brasil, maior exportador
global de soja.
“Qualquer decisão judicial que suspenda pagamentos de
royalties pode ser alvo de recurso pela Monsanto”, disse Amaral. Ele não
quis estimar quanto tempo pode ser necessário até uma decisão final
sobre o caso.
O advogado que representa a Associação de Produtores de Soja
e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja), Sidney Pereira de Souza
Junior, disse que o caso “está andando rápido” e que uma decisão pode
sair em dois anos.
Ele disse que, depois de a Monsanto apresentar sua defesa, o
tribunal pode conceder uma liminar ordenando a suspensão da cobrança de
royalties da Intacta enquanto o caso é deliberado.
Amaral disse que depois de um processo de aprovação de
patente que durou 10 anos, pareceu “surpreendente” o INPI reverter seu
parecer em algumas semanas, com base em opiniões de especialistas que
não participaram da avaliação original.
O INPI disse em nota que emitiu sua opinião técnica no caso
com base nos argumentos da Aprosoja e que a própria Monsanto ainda não
se posicionou nos autos do processo.
Os direitos de propriedade intelectual são cruciais para a
Monsanto, que também enfrenta obstáculos regulatórios para obter
aprovação de sua aquisição pela Bayer, um acordo de 63,5 bilhões de
dólares que pode criar a maior empresa de sementes e pesticidas do
mundo.
As ações da Monsanto estão sendo negociadas com um grande
desconto em relação ao preço ofertado pela Bayer, de 128 dólares,
refletindo incertezas ligadas à aprovação do negócio por autoridades
anti-truste ao redor do mundo, inclusive no Brasil, o segundo maior
mercado da Monsanto.
Cerca de 96,5 por cento da área plantada com soja no Brasil é ocupada por sementes geneticamente modificadas.
A demanda global por sementes transgênicas, incluindo soja e
milho, deverá aumentar para 36,5 bilhões de dólares em 2021, ante os
21,5 bilhões de dólares de 2015, de acordo com a Zion Research.
A Intacta é geneticamente modificada para tolerar o
herbicida glifosato e para resistir a lagartas. A Monsanto obteve a
patente da Intacta em 2012 e vem cobrando royalties sobre a semente
desde 2013.
A proteção da patente se estende até 2022.
https://exame.abril.com.br/negocios/monsanto-defendera-patente-da-intacta-no-brasil-dizem-advogados/
Mercosul-UE: Única reforça pleitos do setor em reunião com Blairo Maggi
O setor sucroenergético mais uma vez
enfatizou a sua posição frente às negociações entre Mercosul e União
Europeia (UE) durante um encontro que reuniu representantes de
diferentes entidades do agronegócio brasileiro com o ministro da
Agricultura, Blairo Maggi, na última segunda-feira (22/01), em Bruxelas.
Na oportunidade, a assessora sênior da presidência da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) para Assuntos Internacionais, Geraldine Kutas, defendeu os interesses dos produtos sucroenergéticos brasileiros no Acordo que vem sendo discutido com os europeus, como a extinção da tarifa de 98 euros por tonelada de açúcar exportada, a adoção de uma quota de 600 mil toneladas para etanol combustível e o acesso livre do álcool industrial embarcado para a UE.
“Destacamos a importância da inclusão destes pontos como forma de fortalecer o comércio internacional e o desenvolvimento econômico”, afirma a executiva da UNICA.
Açúcar
Em relação à questão do açúcar, Géraldine Kutas esclarece que o Brasil espera uma contrapartida da UE. “Todas as cotas do produto oferecidas pelo bloco europeu aos seus parceiros comerciais com quem tem acordo de livre comércio são com tarifa zero. Nossa proposta é que isso se aplique ao Brasil também", explica. Apesar da oferta europeia para o açúcar brasileiro ser muito baixa (100 mil toneladas) em relação à atual (410 mil toneladas), os produtores europeus defendem a retirada do produto das negociações.
“Alegam que a abertura do comércio impactaria negativamente seus negócios e insistem em afirmar que o governo brasileiro subsidia a produção local. Mas dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nos últimos cinco anos, indicam que Europa apoiou o setor de açúcar 20 vezes mais. Não existem subsídios desta natureza em nosso país, nem por meio de normas regulatórias nem por financiamentos para artificialmente impulsionar competitividade”, ressalta a representante da indústria canavieira.
Na oportunidade, a assessora sênior da presidência da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) para Assuntos Internacionais, Geraldine Kutas, defendeu os interesses dos produtos sucroenergéticos brasileiros no Acordo que vem sendo discutido com os europeus, como a extinção da tarifa de 98 euros por tonelada de açúcar exportada, a adoção de uma quota de 600 mil toneladas para etanol combustível e o acesso livre do álcool industrial embarcado para a UE.
“Destacamos a importância da inclusão destes pontos como forma de fortalecer o comércio internacional e o desenvolvimento econômico”, afirma a executiva da UNICA.
Açúcar
Em relação à questão do açúcar, Géraldine Kutas esclarece que o Brasil espera uma contrapartida da UE. “Todas as cotas do produto oferecidas pelo bloco europeu aos seus parceiros comerciais com quem tem acordo de livre comércio são com tarifa zero. Nossa proposta é que isso se aplique ao Brasil também", explica. Apesar da oferta europeia para o açúcar brasileiro ser muito baixa (100 mil toneladas) em relação à atual (410 mil toneladas), os produtores europeus defendem a retirada do produto das negociações.
“Alegam que a abertura do comércio impactaria negativamente seus negócios e insistem em afirmar que o governo brasileiro subsidia a produção local. Mas dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nos últimos cinco anos, indicam que Europa apoiou o setor de açúcar 20 vezes mais. Não existem subsídios desta natureza em nosso país, nem por meio de normas regulatórias nem por financiamentos para artificialmente impulsionar competitividade”, ressalta a representante da indústria canavieira.
Etanol
Sobre o
etanol, Géraldine esclarece que a tarifa de importação atual, na
prática, impede que o consumidor europeu tenha acesso ao etanol de cana
brasileiro, considerado o mais sustentável do ponto de vista ambiental. A
UE propôs uma cota de 600 mil toneladas cobrando 6,4 centavos de euros
por litro de etanol não-desnaturado e 3,4 centavos de euros por litro do
produto desnaturado.
“O pleito do Brasil é uma quota de 600 mil
toneladas para o biocombustível e um acesso livre, com tarifa zero, para
etanol utilizado para outros fins. Com maior abertura comercial, os
europeus também poderiam se beneficiar com a redução dos preços do
biocombustível”, frisa.
O encontro com o ministro Blairo Maggi teve como pauta principal as exportações de carne para Europa. Também participaram das discussões executivos da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
O encontro com o ministro Blairo Maggi teve como pauta principal as exportações de carne para Europa. Também participaram das discussões executivos da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
(Apex-Brasil) (Única, 24/1/18)
http://www.brasilagro.com.br/conteudo/mercosul-ue-unica-reforca-pleitos-do-setor-em-reuniao-com-blairo-maggi.html
Fusão criaria líder absoluta em grãos no Brasil
Os US$ 30 bilhões que a ADM estaria
disposta a pagar para fundir suas operações com as da rival Bunge não
serviriam ‘apenas’ para criar uma máquina de agronegócios do porte da
Cargill, que desde o início do século passado lidera o segmento no
mundo. A tacada, se confirmada, daria às americanas uma posição mais do
que privilegiada no Brasil onde o potencial de expansão da produção de
culturas como soja e milho é inigualável e país no qual, de olho no
esperado aumento da demanda global por alimentos, todas as grandes
tradings multinacionais têm feito investimentos bilionários.
Juntas, ADM e Bunge seriam líderes
absolutas em originação e exportação de grãos a partir do Brasil.
Segundo fontes consultadas, também teriam capacidade de armazenagem duas
vezes maior que a da Cargill e quatro vezes superior à da Louis Dreyfus
Company (LDC). Dentro do quarteto conhecido como ‘ABCD’, portanto,
abriria no ‘celeiro do mundo’ uma dianteira difícil de ser perdida em
áreas-chave desse mercado, no qual a produção de biocombustíveis a
partir de culturas agrícolas também ganha peso.
Em soja, carro-chefe do agronegócio
brasileiro, Bunge e ADM foram responsáveis, no ano passado, pelo
embarque de 9,4 milhões e 7,6 milhões de toneladas, respectivamente. Mas
a Cargill ‘roubou’ a coroa da Bunge no país nessa frente ao menos
provisoriamente, com o embarque de 9,6 milhões de toneladas. Com ativos
totais de R$ 17,5 bilhões e receita líquida de R$ 32,3 bilhões em 2016,
conforme dados disponíveis no Valor PRO, a Bunge ainda encerrou 2016
como a maior empresa do setor agrícola do Brasil. A Cargill não divulga
seus resultados no país, mas os bilhões de reais que registra serão mais
do que suficientes para garantir margens melhores em um negócio no qual
escala é fundamental.
Em praticamente todos os portos
brasileiros, a empresa resultante de uma união de ADM e Bunge também
teria posição de destaque. Em Vila do Conde (PA), no Arco Norte, região
onde a Cargill anunciou investimentos de mais de R$ 400 milhões no fim
de 2017, ADM e Bunge movimentaram em 2016 cerca de 70% de toda soja e
milho, ou 3,3 milhões de toneladas. Em Santos, a chinesa Cofco perderia a
liderança (2,9 milhões de toneladas) para Bunge (2,8 milhões de
toneladas) e ADM (2,1 milhões). O mesmo cenário se repetiria em São
Francisco do Sul (SC), Tubarão (ES), Salvador (BA) e Itaqui (MA). Em Rio
Grande (RS) a liderança da Cofco não seria alcançada, mas ADM e Bunge
ganhariam distância mais confortável de Cargill e Marumbeni na segunda
posição.
Tomando-se como base a safra 2015/16, que
foi prejudicada por problemas climáticos, a fusão de ADM e Bunge
elevaria a originação de grãos da dupla a 24 milhões de toneladas, ante
10 milhões de toneladas da Cargill, 8,4 milhões da Cofco e 6,1 milhões
de toneladas da LDC. Esses volumes foram muito maiores em 2016/17,
quando o clima foi quase ideal e a colheita brasileira de soja e milho
alcançou o recorde de 212 milhões de toneladas.
Segundo analistas e representantes de
tradings, ainda que em números operacionais a possível união entre ADM e
Bunge seja significativa no país, não se trata de um caso de
concentração, dada a pulverização do segmento. Mesmo que se juntem, as
duas ficariam com ‘apenas’ 23% do mercado brasileiro de originação de
grãos, por exemplo, o que pode ser considerado pouco para que o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decida impor restrições.
‘Estamos longe da concentração que vemos no mercado de proteína animal,
por exemplo’, diz Luis Oliveira, sócio para agricultura da Bain &
Company, referindo-se ao domínio da JBS, Marfrig e Minerva no mercado
brasileiro de carnes.
Mas Oliveira ressalva que o impacto de uma
compra ou fusão entre as duas poderá ter implicações localizadas. Em
Mato Grosso, por exemplo, ADM e Bunge ficariam com 47% da capacidade e
processamento de grãos, de 12 milhões de toneladas – a fatia da Bunge
chega a 30% e a da ADM é de 17%. ‘Mas se o produtor do Mato Grosso se
sentir ameaçado, pode andar mais um pouco e esmagar sua soja em Mato
Grosso do Sul’.
O interesse da ADM pela Bunge – que ainda
está ns mira da Glencore – pegou o mercado de surpresa, mas é
considerado natural e pertinente. Estrategicamente, a ADM, que passou a
investir mais em produtos de maior valor agregado nos últimos anos,
ganharia escala em seu ‘core business’ na América do Sul, na Europa e na
Ásia e reduziria custos. ‘Na América do Sul seriam negócios
complementares’, diz uma fonte. Outra fonte afirma que é possível que a
sobreposição de ativos como plantas de processamento e armazenagem exija
a venda ou fechamento de alguns deles. Foi o que fez a ADM décadas
atrás, em um processo de consolidação de seus terminais portuários na
região do Golfo dos EUA. O cenário de baixa rentabilidade do segmento,
na época, era semelhante ao observado de hoje
(Assessoria de
Comunicação, 24/1/18)
http://www.brasilagro.com.br/conteudo/fusao-criaria-lider-absoluta-em-graos-no-brasil-.html
Louis Dreyfus adere ao blockchain
A Louis Dreyfus Company (LDC), uma das principais tradings agrícolas
do mundo, e um grupo de bancos concluíram o primeiro negócio com
commodity agrícola usando a base de dados compartilhados blockchain, em
mais um sinal de como a tecnologia digital encaminha-se para transformar
a maneira como as matérias-primas são compradas e vendidas.
O blockchain, originalmente idealizado para processar negócios com
bitcoins, é uma espécie de livro contábil eletrônico que armazena o
registro das operações em blocos digitais. Os negociantes de commodities
esperam que a tecnologia leve a formas mais seguras, rápidas e baratas
de compensar as transações. Comercializadoras de petróleo e petrolíferas
vêm testando ativamente plataformas baseadas no blockchain.
A LDC e a Shandong Bohi Industry, uma processadora agrícola chinesa,
junto com os grupos financeiros ING, Société Générale e ABN Amro
testaram uma plataforma digital baseada no blockchain para vender 60 mil
toneladas de soja dos Estados Unidos à China em dezembro.
As tradings esperam que a tecnologia simplifique o trabalhoso
processo de troca de contratos, letras de crédito, inspeções e outras
burocracias por e-mail ou fax que existem atualmente. "Nossas
expectativas eram grandes, mas os resultados foram ainda melhores",
disse Robert Serpollet, chefe de operações comerciais da LDC, destacando
que o processamento dos documentos levou cerca de 20% do tempo que
levaria para fazer o mesmo em papel.
Outros benefícios são a possibilidade de monitorar o progresso da
operação em tempo real, a verificação dos dados e a redução do risco de
fraude. "Os benefícios de custo são significativos", disse o chefe
mundial de financiamento de negócios de commodities do ING, Anthony van
Vliet, acrescentando que um teste com uma trading de petróleo permitiu
economias de 25% a 30%.
Para que o uso de blockchain realmente decole é crucial que seja
adotada de forma generalizada por tradings, bancos financiadores e
outros participantes da cadeia de fornecimento, segundo o LDC e o ING.
A plataforma baseada em blockchain da transação de soja já havia sido
usada anteriormente para vender um carregamento de petróleo, um negócio
envolvendo a trading Mercuria e os bancos ING e Société Générale.
Posteriormente, petrolíferas como a BP e a Shell, comercializadoras como
a Gunvor e a Mercuria, e os bancos financiadores formaram um consórcio
para desenvolver ainda mais a plataforma baseada em blockchain.
Paralelamente, a BP vem testando uma plataforma de blockchain com a
petrolífera italiana Eni e a Wien Energie, da Áustria; e a Cargill opera
uma tecnologia piloto de blockchain para acompanhar a procedência de
perus, o que permite informar o consumidor sobre onde as aves foram
criadas.
No negócio de venda de soja americana, participaram ainda duas
empresas de navegação, que emitiram os certificados necessários, e o
Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que mostrou como incluir
certificados fitossanitários
(Assessoria de Comunicação, 24/1/18)
http://www.brasilagro.com.br/conteudo/louis-dreyfus-adere-ao-blockchain-.html
Ao lançar pré-candidatura, Lula diz que não respeitará a Justiça
Em discurso durante reunião da Executiva Nacional do PT, o ex-presidente disse ainda que está em curso uma tentativa de criminalização do PT
Por
Vera Rosa, Thaís Barcellos e André Ítalo Rocha, do Estadão Conteúdo
São Paulo – Um dia depois de ser condenado pelo
Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês de
prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não respeitará a decisão da Justiça.
Em ato político que aprovou sua pré-candidatura ao Palácio
do Planalto, nesta quinta-feira, 25, Lula conclamou os militantes a
defendê-lo nas ruas e pregou o enfrentamento político.
“Esse ser humano simpático que está falando com vocês não
tem nenhuma razão para respeitar a decisão de ontem”, afirmou o
ex-presidente, em reunião da Executiva Nacional do PT, em São Paulo.
“Quando as pessoas se comportam como juízes, sempre
respeitei, mas quando se comportam como dirigentes de partido político,
contando inverdades, realmente não posso respeitar. Se não perderei o
respeito da minha neta de 6 meses, dos meus filhos e perderei o respeito
de vocês.”
Lula chegou a se comparar a Jesus Cristo, ao afirmar que ele
foi condenado à morte. “E olhe que não tinha empreiteira naquele
tempo”, disse.
Logo em seguida, porém, o ex-presidente se corrigiu. “Eu sei
que a imprensa vai dizer ‘Lula se compara a Jesus Cristo’. Longe
disso”.
Com a voz que ficou embargada algumas vezes, o ex-presidente
disse que manterá as caravanas pelo Brasil, mas conclamou o PT e os
movimentos sociais a ajudá-lo no embate nas ruas.
“Espero que a candidatura não dependa do Lula. Que vocês
sejam capazes de fazê-la, mesmo se acontecer alguma coisa indesejável, e
colocar o povo brasileiro em movimento”, insistiu o ex-presidente.
Vai recorrer
O ex-presidente afirmou que sua defesa vai recorrer “naquilo
que for possível” sobre a decisão do TRF-4. “Eles tomaram uma decisão
política com o objetivo que eu não volte à Presidência”, disse.
Segundo ele, a decisão unânime dos desembargadores foi para
valorizar a categoria dos juízes. “Não consigo outra explicação, porque
se encontrassem um crime que cometi, não estaria aqui pedindo desculpas
para vocês. O julgamento de ontem foi mais valorizar a categoria dos
juízes, o corporativismo do que crime que estava em julgamento, porque
não havia crime.”
Segundo Lula, os desembargadores construíram um cartel para
decisão unânime por 3 a 0 no TRF-4. “Só ontem descobri que era um
cartel, tinham que chamar o Cade (Conselho Administrativo de Defesa
Econômica)”, disse.
O ex-presidente disse também que está com a consciência tranquila, diferente dos juízes, segundo ele.
“Eles sabem que condenaram um inocente. Mas não sofri tanto,
porque sempre acreditei que iria ser do jeito que foi. Obviamente que
não estou feliz, mas duvido que alguns deles que me julgaram estão com
consciência tranquila como estou hoje com vocês.”
https://exame.abril.com.br/brasil/lula-acusa-trf-4-de-cartel-e-diz-que-vai-batalhar-ate-o-fim/
Assinar:
Postagens (Atom)