sexta-feira, 13 de abril de 2018

Partido diz que vai pedir para desistir de liminar sobre execução antecipada




O PEN, partido autor de uma das ações que pede a declaração de constitucionalidade do artigo 283 do Código de Processo Penal e a proibição da execução antecipada da pena, não quer mais ver o debate tão cedo no Plenário do Supremo Tribunal Federal. O presidente da legenda, Adilson Barroso, informou nesta segunda-feira (9/4) que vai desistir do pedido de liminar na ação de que é autor, pronta para ser julgada desde dezembro de 2017.

Marco Aurélio disse que pretende levar liminar sobre execução antecipada ao Plenário, mas partido autor mudou de ideia sobre o pedido, que pode beneficiar Lula.
Carlos Moura/SCO/STF
“A interpretação popular, nas redes sociais, é que estamos defendendo Lula, estamos a favor do PT e nos aliando à esquerda. Somos um partido de direita, está no segundo parágrafo do estatuto, não estamos defendendo a esquerda. Diante dessa manifestação popular, estamos retirando o pedido”, afirmou Barroso à ConJur. O partido aguarda decisão do Tribunal Superior Eleitoral para mudar o nome de PEN para Patriotas.

A estratégia conta com assessoria do advogado Paulo Fernando, que atua na área eleitoral em Brasília. Ele conta que já recebeu procuração do partido para fazer o pedido de desistência e que o PEN já destituiu do caso o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay). O advogado que atuava no processo disse que vai se manifestar sobre o caso por meio de nota, não divulgada até a publicação desta notícia.

O relator da ação, ministro Marco Aurélio, pretende levar o caso ao Plenário nesta quarta-feira (11/4). A Procuradoria-Geral da República já se manifestou pela improcedência do pedido de liminar. Há dúvida sobre a possibilidade de desistência da petição, já que ações de controle abstrato de constitucionalidade são indisponíveis e não têm partes em litígio, apenas teses em conflito.


Terceira instância

 
Kakay é signatário da petição inicial da ação e foi quem levou ao Supremo a “tese média”, de que a execução da pena pode ser executada depois de decisão do Superior Tribunal de Justiça, embora antes do trânsito em julgado.

Entre a sexta-feira (6/4) e esta segunda (9/4), ele fez dois pedidos para o relator levar o caso ao Plenário para que os ministros discutam a concessão de uma liminar, suspendendo todas as prisões decretadas com base na tese que autorizou a execução antecipada da pena, confirmada na quarta-feira (4/4) por seis votos a cinco.

A tese foi reafirmada num pedido de Habeas Corpus em que o ex-presidente Lula tentava não ter a pena executada antes do trânsito em julgado. As ações que discutem o tema estão prontas para ser julgadas, mas a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, não quer pautá-las. Ela entende que não há motivos para discutir o assunto em ações de controle concentrado, como é o caso das ADCs.

“Entendemos que não é mais uma questão urgente”, disse Paulo Fernando, sobre a desistência da liminar. A ideia do presidente do PEN era desistir da ação como um todo, mas ações de controle abstrato de constitucionalidade são indisponíveis e não pertencem a partes em conflitos. Decidiu-se por desistir do pedido de liminar.

Será apresentado um pedido de desistência ao ministro Marco Aurélio nesta terça-feira (10/4). “Se ele insistir e levar para a pauta, vou à tribuna pedir para que seja reafirmada, então, a tese da prisão em segunda instância”, afirma o advogado do PEN. Seria uma situação insólita, ele reconhece, “mas se o ministro Gilmar Mendes mudou de opinião, por que eu não posso?”

O presidente do partido, Adilson Barroso, contou que deu todo apoio ao ajuizamento da ação, em maio de 2016. “Mas naquela época Lula não era nem réu”, lembra. “Não quero que fiquem dizendo por aí que estamos defendendo a esquerda. Sou de direita, o partido é de direita, está no estatuto. Nossa proposta é que todos os culpados sejam presos e os processos terminem em até três anos. Não tem por que demorar oito, dez anos, como é hoje”, afirma.


ADC 43

Ficha nº 700004553820 – Editorial O Estado de S.Paulo


Ficha nº 700004553820 – Editorial O Estado de S.Paulo
Valerá para o sr. Lula da Silva a regra que vale para todos os detentos: visita familiar semanal, franqueada somente a presença dos advogados a qualquer dia e hora.


Desde que foi recolhido à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, na noite do sábado passado, o sr. Luiz Inácio Lula da Silva passou a ser mais um entre as centenas de milhares de presos sob custódia do Estado brasileiro.

No ofício de abertura de seu processo de execução provisória da pena de 12 anos e 1 mês de prisão a que foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro – encaminhado pelo juiz Sérgio Moro à juíza Caroline Moura Lebbos, da 12.ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela área de execuções penais daquele foro –, o apenado foi devidamente qualificado e recebeu o número de identificação que titula este editorial.

A despeito do que possa parecer a uma parte do distinto público – e das piruetas narrativas de seu séquito de adoradores –, uma vez encarcerado após ter sido condenado em um processo no qual, diga-se, lhe foram asseguradas todas as garantias ao exercício da ampla defesa, o sr. Lula da Silva não é um reeducando diferente dos demais por sua condição de ex-presidente. A partir de agora, Lula é mais um número no Cadastro Nacional de Presos (CNP).

Tal fato inescapável não se presta a desumanizá-lo entre as paredes da sala improvisada na qual está preso; a propósito, em condições muito mais dignas do que as da esmagadora maioria da população carcerária. Ao sr. Lula da Silva, como a qualquer outro que esteja sob a guarda do Estado, devem ser dadas as condições básicas para o tranquilo cumprimento de sua pena, visando à harmônica integração social do interno, exatamente como determina a Lei n.º 7.210/1984. Nem mais, nem menos. No cumprimento da pena, há que se observar com desvelo o princípio da dignidade humana.

A realidade objetiva imposta pela atual condição de reeducando do sr. Lula da Silva deve pautar não só o comportamento dos agentes do Estado a cargo de sua custódia, mas também deve – ou pelo menos deveria – orientar as ações dos grupos simpáticos ao ex-presidente, dentro do espírito que inspira um regime republicano como o nosso. Mas talvez este seja um pedido muito além da capacidade de entendimento de seus destinatários, pois o que se viu até agora foi exatamente o contrário.

Insuflados pela irresponsável cúpula petista, um grupo de militantes se entrincheirou no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em uma espécie de círculo de “proteção” ao réu condenado, enquanto outro grupo, este composto por membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizava o já habitual bloqueio de alguns trechos de rodovias.

Fora os graves ataques perpetrados por grupelhos nada afeitos à democracia contra jornalistas em pleno exercício da profissão, tudo ocorreu dentro do script esperado das ações dos baderneiros, gente que compreende “democracia” tão somente como mais uma palavra de uma embolorada retórica de enfrentamento político carente de sentido.

Mais disparatadas foram a anunciada “caravana” de 11 governadores até Curitiba – incluindo os de todos os Estados do Nordeste – para visitar o sr. Lula da Silva na cadeia; e a intenção manifestada pela presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, de “transferir” para a capital paranaense a sede do partido.

O pedido de visita especial dos governadores, feito pelo senador Roberto Requião (MDB-PR), foi negado pela juíza Caroline Lebbos, responsável pela execução penal. Ela afirmou inexistir “fundamento para a flexibilização do regime geral de visitas próprio à carceragem da Polícia Federal”. Portanto, valerá para o sr. Lula da Silva a mesma regra que vale para todos os detentos: visita familiar semanal, franqueada somente a presença dos advogados a qualquer dia e hora.

A ocupação de Curitiba por um grupo de militantes do PT deve receber a devida atenção dos órgãos de segurança pública do Paraná. O prefeito Rafael Greca (PMN) relatou uma série de reclamações de moradores contra o mau comportamento dos invasores. Para o bem da população e para a própria tranquilidade da execução da pena do sr. Lula da Silva, é bom que as autoridades locais estejam atentas aos excessos.


 (O Estado de S.Paulo, 11/4/18)

A esquerda esquecida.


Por João-francisco Rogowski.*



Ainda muito, muito jovem, o destino me colocou como procurador no Caso DAS MÃOS AMARRADAS.** como ficou conhecido o episódio do sequestro, tortura e assassinato do Sargento Manoel Raimundo Soares por agentes do DOPS em Porto Alegre - RS na década de 60.

Das milhares de páginas do processo que li ao longo de décadas e das conversas que mantive com militares das Forças Armadas que passaram para a clandestinidade após 1964, ficou claro às enormes e irreconciliáveis diferenças que há entre as miríades de correntes do pensamente de esquerda no Brasil.
O Sgtº Soares e o grupo de militares do qual participava integravam  uma corrente política de esquerda – não marxista – nacionalista, anti-imperialista, ligada  ao trabalhismo e ao  Partido Trabalhista Brasileiro da época anterior a 1964.
Aqueles militares, repito, nacionalistas, nunca hesitaram em expor  suas vidas ao risco e ao sacrifício pela pátria,  jamais pretenderam substituir uma ditadura por outra, queriam o restabelecimento da democracia com a volta do presidente  deposto, João Goulart, ao poder.
Uma esquerda que defendia valores tradicionais como a família, a instituição do casamento heterossexual, educação sem infiltração de doutrinas alienígenas, educação de boa qualidade como o legado deixado por Leonel Brizola quando governou o Estado do Rio Grande do Sul.
Eram militares legalistas e queriam o restabelecimento da ordem constitucional rompida, queriam uma sociedade democrática, justa, pautada nos valores do trabalhismo pelo qual  nenhum ganho é justo se não corresponder a uma atividade socialmente útil. Que nem sempre  um ganho legal se constitui num ganho eticamente justo, assim como, todo ganho deve estar sempre em função do valor social do trabalho de cada um.
Essa é a esquerda esquecida, a esquerda humanista, cuja dignidade o eloquente texto de Emanuel Medeiros Vieira tão bem resgata quando do alto de sua autoridade moral e intelectual afirmou:

"É PRECISO FICAR BEM CLARO QUE A ÊNFASE NO COMBATE Á IMPUNIDADE NÃO REFLETE UMA PERSEGUIÇÃO AOS QUE LUTAM CONTRA A DESIGUALDADE.
O combate à corrupção, não é assunto “pequeno-burguês” ou “udenismo tardio”, como muitos acham.
E nos combatem, porque leem pouco ou nada, e acreditam que “MUDAMOS DE LADO”.
SE ELES MUDARAM DE LADO, NÃO PODEM NOS OBRIGAR A FAZER O MESMO.
Não fomos nós que nos aliamos ao rebotalho da classe política brasileira - Jucá, Lobão, Sarney, Collor, Renan e tantos outros.
O sonho desta geração de que faço parte era a vitória de uma justiça plena, fim da desigualdade e não a pirataria, o saque aos cofres do Estado, enquanto tantos morriam à míngua.
Nunca defendemos a impunidade...".
VIEIRA, Emanuel Medeiros. LULOPETISMO É RESPONSÁVEL PELA TRAGÉDIA E O COLAPSO DA ESQUERDA HUMANISTA BRASILEIRA. In "Grupo Advocacia & Justiça". Abril de 2018. Disponível em.***

Vemos hoje no mundo e especialmente na América do Sul o fantasma do imperialismo soviético ainda assombrando e sufocando as nações, especialmente as mais vulneráveis como a Bolívia por exemplo.
Como é difícil para um povo se libertar da dominação externa, ao que parece, uma vez dominado, sempre dominado!
Emblemática foi a entrevista à Piedad Córdoba.**** de Roberto Ivan Aguilar Gómez, Ministro da Educação da Bolívia, que falou sobre a Lei Avelino Siñani-Elizardo Pérez, promulgada pelo Estado Plurinacional da Bolívia,  inspirada nos preceitos da Escola Indígena de Warisata, baseada nos primados da educação sócio-comunitária produtiva.
Desabafou o Ministro afirmando que,  quando aqui chegaram os espanhóis disseram que os bolivianos não tinham alma, agora chegaram os trotskistas dizendo que os bolivianos não tem inteligência”, por isso, fazem oposição à atual política educacional na Bolívia, o seja, querem tutelar a educação naquele país como querem aqui no Brasil e em outros lugares. (Entrevista exibida no programa Causa Justa: Suma Qamanã, da Telesur,  em 11 de março de 2014 | 21:00 horas).
Conclusão.
Numa sociedade saudável composta por pessoas fraternas, as diferentes concorrentes de pensamento coexistem de forma equilibrada, sem radicalismos, sem fanatismo, sobretudo, com o elevado respeito à dignidade da pessoa humana.
Mas no Brasil o lulopetismo e o marxismo cultural  conseguiram que “esquerda” se tornasse palavrão, sinônimo de tudo que é ruim, que não presta.
O lulopetismo não deixou o legado de nenhuma reforma social significativa, não fez a reforma do sistema financeiro, ao contrário, foi nos governos de Lula/Dilma que os banqueiros tiveram os lucros mais astronômicos nunca antes obtidos neste país a custa do extremo sacrifício do povo trabalhador.
O único legado robusto e consistente do lulopetismo foi o de ter sido o start para o florescimento de uma extrema-direita popular no Brasil até então inexistente.
Nunca antes se ouviu falar em pobre de extrema-direita no Brasil como agora. 
É crescente o número de donas de casa, mães de família, estudantes, clérigos, trabalhadores, policiais de escalões inferiores, enfim, pessoas simples, humildes, hipossuficientes, que vêm se assumindo como de direita, e, sobretudo, ultra direita xenófoba que, mais adiante, tende a trazer graves consequências para a paz social, como o recrudescimento de um Estado policialesco cuja silhueta já está  desenhada no horizonte, com a volta da censura, controle ideológico e repressão política. 
É hora de chamar todos do descanso ao trabalho de pacificar a nação!


.* Jurista, Teólogo e Escritor | Twitter.com/dr_rogowski




Norueguesa Wideroe pode ampliar encomenda de jatos da Embraer, diz presidente


Por Tim Hepher


ABERDEEN, Escócia (Reuters) - A Wideroe, maior empresa aérea regional da Escandinávia, disse nesta quinta-feira que pretende aumentar suas encomendas de jatos E2 depois de receber a primeira de três aeronaves de nova geração da Embraer para se tornar a operadora inaugural do modelo 190. 

A compra da Wideroe do modelo modernizado da Embraer, o E190-E2, marca sua primeira incursão em jatos após décadas ligando comunidades próximas ao Círculo Polar Ártico com turboélices. A empresa tem opções para comprar outros 12 jatos. 

“Vamos trabalhar arduamente para garantir que possamos receber os 12 restantes”, disse o presidente-executivo da companhia aérea, Stein Nilsen, durante uma escala em Aberdeen, quando o jato estava sendo entregue à Noruega. 

Segundo o executivo, a Wideroe também pode ter interesse no modelo menor, E175-E2, que deve entrar em serviço em 2021 e atualmente está impedido por cláusulas de escopo de sindicato de pilotos a operar nos Estados Unidos. 

O presidente-executivo de aviação comercial da Embraer, John Slattery, disse ver oportunidades “reais e avançadas” para vendas da nova família de aviões. 

O E190-E2 é o primeiro de três aviões da nova geração da linha de jatos comerciais da Embraer, com novas asas e motores Pratt & Whitney destinados a melhorar a eficiência no consumo de combustível. 

A Embraer também está expandindo o tamanho e o alcance de seu maior jato comercial, o E195, cuja versão E2 atualizada entra em serviço em 2019, representando um desafio para o CSeries, da canadense Bombardier. 

A Embraer espera um mercado para 6.400 jatos no segmento de 70 a 130 assentos nos próximos 20 anos.


 https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN1HJ35Z-OBRBS

Santander Brasil lança transferência internacional pelo blockchain


Governo quer representante da Embraer em conselho de joint venture com Boeing

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O governo brasileiro insistirá na proposta de que a Embraer participe das decisões estratégicas da joint venture que está sendo negociada com a Boeing, a maior fabricante de aeronaves do mundo. 

Para isso, propõe que a brasileira tenha ao menos um representante no conselho de administração da nova companhia e que sua participação seja em torno de 20% e não os 10% da proposta colocada na mesa pela americana. Detentor de uma Golden share (ação que dá direito a veto em importantes decisões) na Embraer desde a privatização, em 1994, o governo federal tenta buscar um consenso antes de a proposta ser encaminhada pelas empresas ao presidente Michel Temer.

No início da semana que vem, uma nova reunião de trabalho com equipes dos ministérios da Defesa e da Fazenda será realizada para discutir a oferta apresentada pela Boeing. O grupo é composto também por representantes do Comando da Aeronáutica e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco detém, por meio de sua empresa de participações, a BNDESPar, 5,4% do capital da Embraer.

Nesta quinta-feira, 12, em resposta a um questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre notícias divulgadas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, a Embraer respondeu, remetendo a um fato relevante publicado em dezembro do ano passado, que “a Embraer e a Boeing Co. têm mantido entendimentos, inclusive por meio do grupo de trabalho do qual o Governo Brasileiro participa, com vistas a avaliar possibilidades para potencial combinação de negócios”.
Informa, ainda, que esses negócios “poderão eventualmente incluir a criação de outras sociedades com participação conjunta na área de aviação comercial, deixando por outro lado separadas as demais atividades notadamente aquelas vinculadas à área de defesa e, possivelmente, também a área de aviação executiva, que permaneceriam exclusivamente com a Embraer”.

O interesse da Boeing é reforçar, com a aquisição, sua atuação na aviação comercial de médio porte, segmento no qual a Embraer figura entre as três maiores fabricantes mundiais. O acordo, que envolve, por exemplo, a fabricação de aviões de 150 lugares, está em negociação desde o ano passado, quando a Airbus surpreendeu o mercado global ao anunciar a compra de 50,1% do programa de jatos comerciais da Bombardier.

Depois de concretizado o negócio com a Boeing, a marca Embraer usada nos jatos comerciais deixaria de existir, permanecendo apenas nas aeronaves produzidas pela Embraer Defesa, como o KC 390 e o Tucano. A proposta de associação prevê que Embraer Defesa detenha participação minoritária na receita da nova empresa, criada a partir da junção da Embraer com Boeing.
O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna evita falar sobre as negociações. Ao jornal “O Estado de S. Paulo” limitou-se a dizer “estamos trabalhando nisso”. Apesar de também não ter estipulado uma data para a conclusão do negócio (“a tendência é que saia um acordo, mas não há prazo”), as informações no governo é de que as discussões “estão avançadas”. As preocupações das Forças Armadas, segundo fontes do Planalto, estão sendo levadas em conta pela Boeing e as empresas estão chegando a um consenso.

O governo entende a pressa da Boeing e sabe que este é um “negócio de oportunidade”. Há ainda a perspectiva de que o acordo facilite a entrada dos aviões militares, como o cargueiro KC 390 e o Tucano, no mercado europeu, onde a Boeing tem uma estratégia de marketing muito mais agressiva e maior penetração. Além disso, os aviões terão o custo barateado porque as compras de peças pela empresa norte-americana são feitas em escala maior. O governo sabe, também, que a Boeing está de olho na transferência de tecnologia e no conhecimento dos engenheiros especializados da Embraer.

Na nota enviada à CVM, a Embraer reitera que “não há garantia de que a referida combinação de negócios venha a se concretizar ou quando poderá ocorrer”. “Quando e se definida a estrutura para combinação de negócios, sua eventual implementação estará sujeita à aprovação não somente do Governo Brasileiro, mas também dos órgãos reguladores nacionais e internacionais e dos órgãos societários das duas companhias.”


 https://www.istoedinheiro.com.br/governo-quer-representante-da-embraer-em-conselho-de-joint-venture-com-boeing/


Mercado de fintechs é extremamente vivo, não queremos regular em demasia, diz Ilan




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SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira que a autoridade monetária não quer regular fintechs em excesso, ressaltando que regras para as fintechs de crédito sairão este mês após o BC ter ouvido os participantes do mercado e suas demandas.

“Nós temos incentivado as fintechs. A quantidade de fintechs que tem entrado no sistema brasileiro não é pequena, é um mercado extremamente vivo, e nós não pretendemos regular em demasia, apenas regular em momentos que o sistema nos pede para fazer isso, como é com fintechs de crédito”, disse em evento em São Paulo.

“Isso foi para audiência pública e esse mês nós vamos regular da forma mais eficiente depois de escutar todo o sistema, o que exatamente o sistema gostaria de ver em termos da regulamentação das fintechs de crédito”, completou.

Ilan apontou que, para o BC, é preciso “deixar entrar, deixar competir e regular apenas quando necessário”, abrindo espaço para maior competição no sistema financeiro, com redução de custos em várias áreas.

Falando em evento em São Paulo, Ilan reforçou que o país precisa continuar no caminho de ajustes e reformas, em especial as medidas de ajuste fiscal e reforma da Previdência, para consolidar a inflação baixa, a queda da taxa de juros estrutural e a recuperação sustentável da economia.

Em seu discurso, ele não fez nenhuma menção à política monetária conduzida pelo BC.


FGC 

 

Convidado a participar de seminário sobre o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), Ilan defendeu o papel da entidade privada, responsável por administrar um mecanismo de proteção a correntistas e investidores, garantindo a recuperação de recursos mantidos nos bancos, até determinado valor, em caso de intervenção, de liquidação ou de falência das instituições.

No fim do ano passado, o governo aprovou um teto de 1 milhão de reais a cada período de quatro anos para garantias pagas pelo FGC para cada CPF ou CNPJ. Ao mesmo tempo, o limite da garantia do FGC​, de 250 mil reais por CPF/CNPJ e conglomerado financeiro, foi mantido.

Segundo Ilan, o limite de 1 milhão de reais a cada quatro anos serviu para incentivar uma avaliação mais cautelosa pelos investidores da relação entre risco e retorno de suas aplicações após a constatação que um número limitado de pessoas vinha utilizando o limite do FGC para fazer investimentos sem avaliar adequadamente o perfil de risco das instituições captadoras.

“Existe um limiar muito sutil: a cobertura do fundo garantidor deve ser suficiente para proteger o depositante hipossuficiente, mas não pode ser alta o suficiente para incentivar o risco moral, que é a tomada de risco excessiva pelos grandes depositantes”, afirmou Ilan.

“O teto de 1 milhão veio exatamente para calibrar a garantia do FGC de forma a mantê-la dentro de um parâmetro que leve a esse equilíbrio”, argumentou.


Por Taís Haupt