segunda-feira, 14 de maio de 2018

BC lança laboratório de inovação para desenvolver soluções financeiras tecnológicas





O Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift) é um ambiente colaborativo virtual que promove a inovação no sistema financeiro. Inscrição de projetos a serem avaliados vai até 24 de junho.



​O Banco Central (BC) lançou nessa quarta-feira (9) o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift), um ambiente virtual colaborativo com a academia, o mercado, as empresas de tecnologia e as fintechs, destinado ao desenvolvimento de novidades tecnológicas, à troca de conhecimentos e à avaliação dos resultados dos experimentos. A iniciativa, realizada em parceria com a Federação Nacional das Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac) e com o apoio de empresas de tecnologia, como Amazon Web Services, Microsoft ou IBM, faz parte do esforço do BC para fomentar a inovação tecnológica no Sistema Financeiro Nacional (SFN).

Clique para assistir ao vídeo e conhecer a plataforma.


O presidente do BC, Ilan Goldfajn, durante o lançamento do laboratório: "O Lift surge como oportunidade para a proposição de soluções que se traduzam em ampliação da inclusão financeira no país".

O Lift foi criado para possibilitar o desenvolvimento de soluções financeiras tecnológicas. As ideias selecionadas pelo laboratório terão o suporte de grandes empresas de tecnologia. No portal de acesso, pessoas e empresas interessadas vão submeter seus projetos, os quais devem estar alinhados aos temas definidos pelo comitê formado pelo BC, pelas empresas de TI e pela Fenasbac. O prazo para inscrição é até 24 de junho. A lista com os selecionados sai em 16 de julho. Nessa primeira rodada, os temas deverão estar alinhados com a Agenda BC+: mais cidadania financeira, legislação mais moderna, sistema financeiro mais eficiente e crédito mais barato.

Os projetos aprovados serão incubados, recebendo suporte para o desenvolvimento de um protótipo. Os resultados serão avaliados e apresentados de acordo com o parecer técnico do comitê.

Durante o lançamento da plataforma, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, ressaltou a relevância do laboratório de inovação. “As inovações tecnológicas têm enorme potencial de geração de valor para o setor financeiro e para toda a sociedade brasileira. Nesse contexto, o Lift surge como oportunidade para a proposição de soluções que se traduzam em ampliação da inclusão financeira e, consequentemente, para o desenvolvimento financeiro e econômico do país.”

“O Lift é uma arena que possibilitará um encontro privilegiado. Banco Central, universidades, pesquisadores independentes, startups, mercado financeiro, grandes empresas de tecnologia vão interagir em um espaço ímpar de criação e inovação”, pontuou a diretora de Administração do BC, Carolina Barros. De acordo com Carolina, há no exterior casos parecidos de sucesso com laboratórios virtuais, mas a diferença é que, no Brasil, o Lift é aberto a toda a sociedade. Qualquer pessoa pode postular sua ideia. O suporte aos projetos selecionados será oferecido pela Amazon Web Services, pela Microsoft ou pela IBM, com especialistas e espaço em nuvem durante 90 dias.

Paulo Stein, presidente da Fenasbac, parabenizou as equipes do Banco Central e agradeceu a oportunidade de trabalhar no projeto. “A nossa principal agenda é ser um agente viabilizador de ações desta instituição, especialmente aquelas capazes de propiciar o fortalecimento da identificação da sociedade com a marca Banco Central do Brasil. O resultado maior do Lift é proporcionar novas facilidades, agilidade e maior segurança no acesso da população aos produtos financeiros”, avalia.

“Em nome das empresas de tecnologia, a Microsoft está super honrada de apoiar esse projeto. Temos expectativa de que os frutos do Lift vão promover desenvolvimento e inovação para o setor financeiro, que é tão importante para o nosso país”, destacou o diretor de Tecnologia da Microsoft, Ronan Damasco.

Segundo Marcelo Yared, chefe do Departamento de Tecnologia da Informação do BC, a automatização e a computação estão entrando de forma muito mais intensa nos processos finalísticos das instituições financeiras. “Os aplicativos se tornaram a principal porta de entrada dos negócios dos bancos. Percebemos a tendência do uso de inteligência artificial e novos processos de trocas de informações como ferramentas fundamentais para o funcionamento do sistema financeiro. É de extrema relevância que o BC converse com os principais atores desse processo, como o mercado de tecnologia e o mercado financeiro. A ideia é que o BC observe, avalie e, eventualmente, proponha caminhos para que essas inovações não representem riscos, dificuldades ou problemas para a estabilidade do sistema financeiro”, avalia.


Inscreva seu projeto:
https://www.liftlab.com.br/

Prazo de inscrição:
até 24 de junho

Divulgação dos selecionados:
16 de julho



 http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/c/noticias/257

Por que o Walmart busca um sócio para a sua operação brasileira



 Por que o Walmart busca um sócio para a sua operação brasileira



 Ralphe Manzoni Jr.


Desde que decidiu unificar as operações online e offline, a varejista americana Walmart convive com os rumores de que vai deixar o Brasil, conforme antecipou a coluna MOEDA FORTE, da DINHEIRO.

Ao que tudo indica, ela está em busca de um sócio para o mercado brasileiro, segundo publicou a coluna Radar, do jornal O Globo, neste fim de semana.

O principal candidato, segundo a coluna, é o fundo de private equity Advent. O jornal Valor cita também os fundos Catterton, Carlyle e General Atlantic como interessados no ativo. Ninguém comenta o assunto.

Por que o Walmart busca um sócio no mercado brasileiro? A resposta é simples. Desde que começou a operar localmente, nos anos 1990, o Walmart nunca conseguir ser bem-sucedido.

“A situação do Walmart está complicada há muitos anos”, diz um ex-executivo, que trabalhou na operação brasileira e tinha acesso aos detalhes do negócio local.

Por complicada, entenda-se que a operação está no prejuízo há anos e que a matriz de Bentonville, no Arkansas, perdeu a paciência com todos esses anos de resultados negativos.

A visão desse ex-executivo é de que o Walmart cometeu muitos erros de estratégia. Um deles é que os dirigentes locais precisam seguir as regras da matriz americana. “A cabeça do americano tem um viés muito equivocado sobre o varejo brasileiro”, diz essa fonte.

Um exemplo é a aposta do Walmart em hipermercados, em um momento que os formatos de atacarejo e de supermercado de vizinhança são os modelos mais bem-sucedidos da varejo local. “Eles estão apostando em um formato que é o contrário do que todos os rivais estão fazendo no Brasil.”

Outro exemplo que, na visão desse executivo, ilustra a falta de estratégia é a unificação da marca no Brasil. Uma delas é a Bompreço, forte na região Nordeste, que está sumindo do mapa. “O Walmart patina, patina, patina e não sai do lugar”, diz.

É cedo para saber se o Walmart conseguirá um sócio no Brasil, modelo que só tem na China, onde conta com um parceiro minoritário. Com pouco menos de 500 lojas e faturamento de R$ 29,5 bilhões, a varejista americana nunca foi páreo para o Pão de Açúcar e o Carrefour. Para quem é o maior do mundo, não se trata de um desempenho a ser comemorado.


 https://www.istoedinheiro.com.br/por-que-o-walmart-busca-um-socio-para-sua-operacao-brasileira/




Dotz cria empresa independente de incentivos

A Dotz Incentivos nasce com 30 clientes e mais de 150 mil participantes. Em três anos, a meta é faturar R$ 100 milhões

 

 Dotz cria empresa independente de incentivos

 Ralphe Manzoni Jr.

O programa de fidelidade Dotz decidiu separar sua unidade de incentivos, tornando-a uma empresa independente. A nova companhia passa a se chamar Dotz Incentivos e já nasce com 30 clientes e mais de 150 mil participantes. Os investimentos previstos, nessa primeira fase, são estimados em R$ 10 milhões.

“Queremos intensificar o foco nessa área com a criação de uma empresa independente”, afirmou Fábio Santoro, presidente da Dotz Incentivos. “Com isso, passaremos a ter mais autonomia e agilidade.”

Fábio Santoro, presidente da Dotz Incentivos
A meta é faturar R$ 30 milhões em 2018. Daqui a dois anos, o objetivo é atingir uma receita de R$ 100 milhões, representando aproximadamente de 15% do tamanho da Dotz, cujo faturamento foi de R$ 450 milhões no ano passado.

Entre os atuais clientes da Dotz Incentivos estão as construtoras Gafisa, MRV e Queiróz Galvão Desenvolvimento Imobiliários, a rede de hotéis Atlântica e a Bosh.

No caso da Gafisa, o objetivo da construtora paulista é se relacionar com seus corretores, fornecendo treinamento e premiando aqueles com melhores desempenhos, que ganham dotz, a moeda virtual da empresa, para trocar por prêmios, que podem ser desde a compra em supermercados até eletrodomésticos e passagens aéreas.

“São campanhas de incentivos para funcionários das empresas, principalmente para o canal de vendas”, explica Santoro.

O tamanho do mercado de marketing promocional é estimado em R$ 8,5 bilhões, segundo dados da Ampro, associação que representa as empresas do setor. Com a nova lei trabalhista, que entrou em vigor em novembro do ano passado, esse tem potencial de crescimento acelerado.

A Dotz é um programa de fidelidade focado no varejo que conta com 24 milhões de pessoas. Está presente em 14 regiões metropolitanas e estreou na cidade de São Paulo, em março deste ano, conforme publicou com exclusividade o blog BASTIDORES DAS EMPRESAS.


 https://www.istoedinheiro.com.br/dotz-cria-empresa-independente-de-incentivos/

Lush fechará lojas no Brasil pela segunda vez e vende itens com desconto


Até o fechamento, produtos estarão à venda pela metade do preço nas lojas da marca de cosméticos

 




São Paulo – A Lush, empresa britânica de cosméticos e conhecida pelos seus sabonetes, acabou de anunciar que fechará sua operação no país até o dia 20 de junho. Até lá, os produtos serão vendidos pela metade do preço nas lojas da marca, exceto a linha Charity Pot e acessórios.

“Adoramos atendê-los e gostaríamos de agradecer toda a paixão e entusiasmo de vocês sobre nossa marca ao longo desses anos”, afirmou a marca em sua página no Facebook.

Não é a primeira vez que a companhia anuncia sua saída do país. Depois de chegar ao Brasil em 1999, ela fechou, em 2007, suas mais de 25 franquias. Retornou em 2014, com planos para abrir mais de 30 unidades. Não foi dessa vez.

A companhia tinha cinco lojas, todas no estado de São Paulo: nos shoppings Pátio Higienópolis, Center Norte, Morumbi, Iguatemi Campinas e uma loja de rua, no bairro Jardins. Esta também funcionava como um SPA, a primeira da América Latina a contar com o serviço.

Fundada em 1995, seus produtos não são testados em animais, vegetarianos e feitos de forma artesanal. Entre os itens mais vendidos no país, estava o hidratante Dream Cream, a máscara facial Mas of Magnaminty e o sabonete facial Coal Face.

China Three Gorges faz proposta de US$10,8 bi pela elétrica EDP


Proposta exclui os 23% de participação da companhia estatal chinesa na elétrica portuguesa

 






Lisboa – A companhia estatal chinesa China Three Gorges divulgou nesta sexta-feira uma oferta para assumir o controle da maior empresa portuguesa, a Energias de Portugal (EDP), oferecendo um prêmio de quase 5 por cento sobre o preço de fechamento das ações da elétrica.

O valor total da proposta é de 9,07 bilhões de euros (10,83 bilhões de dólares), excluindo uma participação de 23 por cento já detida pela CTG na companhia, disse em comunicado nesta sexta-feira em Lisboa a empresa chinesa, que é a maior acionista da EDP.

Reportagens que indicavam a EDP como um possível alvo de aquisição por grandes companhias estrangeiras da Europa têm circulado há mais de um ano, período durante o qual a CTG continuou a aumentar sua participação na empresa, o que culminou na oferta de 3,26 euros (3,89 dólares) por ação da empresa.

A CTG disse em seu anúncio preliminar sobre a oferta que quer chegar a pelo menos 50 por cento das ações com direito a voto mais uma ação ordinária na companhia. Ela também ofereceu 7,33 euros por ação da unidade de energia eólica da companhia, EDP Renováveis, um valor abaixo do preço de fechamento, de 7,84 euros.

O valor de mercado da EDP é de quase 11,4 bilhões de euros, pelo fechamento desta sexta-feira. A empresa atende cerca de 10 milhões de clientes do mercado de eletricidade e 1,6 milhão de clientes de gás natural e possui mais de 330.000 km de linhas de transmissão de energia.

O governo português não tem objeções à proposta, disse o primeiro-ministro Antonio Costa a jornalistas mais cedo nesta sexta-feira.

A EDP não comentou de imediato.

A EDP é a maior companhia de Portugal em ativos e possui negócios também no Brasil, na Espanha e nos Estados Unidos.

As ações da EDP Brasil, controlada pela companhia, fecharam em alta de 15,56 por cento nesta sexta-feira devido às notícias sobre a oferta chinesa.

Uma eventual fusão dos negócios da CTG no Brasil com a unidade local da EDP criaria a maior empresa de geração privada do país em capacidade instalada, ultrapassando a francesa Engie.

GP Investments investe US$ 60 mi em empresa de marcas de consumo


Aporte na companhia The Craftory será realizado pela subsidiária Spice Private Equity

 




São Paulo  – O grupo de private equity GP Investments anunciou nesta sexta-feira que sua subsidiária Spice Private Equity assinou um contrato para investir até 60 milhões de dólares na empresa de bens de consumo The Craftory.

Junto com outros investidores, a Spice garantirá cerca de 300 milhões de dólares à The Craftory que a GP qualificou como empresa de investimentos dedicada ao apoio de novas marcas disruptivas no setor de bens de consumo.

“A The Craftory oferece tal amplificação através do foco em três habilidades: criação e narrativa das marcas, uso das plataformas de ativação digital e ganho de escala de forma eficiente”, diz trecho do documento do GP Investments.

Segundo o documento, a The Craftory terá sede em Londres e se concentrará na compra e expansão de marcas de consumo de alto crescimento, com receitas de mais de 10 milhões de dólares nas áreas de saúde e beleza, cuidados pessoais, higiene pessoal, comida saudável, cerveja, vinho e drinks, chá, café e refrigerantes, chocolate, artigos para casa, perfumes e pet care.
 

Grupo asiático ganha exclusividade para comprar brasileira Lwarcel



Grupo da família Trecenti tenta há anos atrair investidores para levar a cabo seu plano de expansão


Grupo familiar do interior paulista, antes considerado um ativo de pequeno porte, ganhou relevância após opções de aquisição ficarem mais restritas no País; gigante April agora é a favorita para levar a Lwarcel, que já negociou com várias outras empresas.

O grupo asiático Asia Pacific Resources International Holdings (April) está em negociações avançadas para comprar a companhia paulista de celulose Lwarcel, do grupo Lwart, segundo apurou o ‘Estado’. O ativo, avaliado em aproximadamente R$ 2 bilhões, é hoje um dos poucos disponíveis para processos de aquisição no Brasil, na esteira da megafusão entre Fibria e Suzano, anunciada em março, e da compra da Eldorado pela Paper Excellence, no ano passado.

A Lwarcel, que era considerada pouco relevante no setor, mudou de patamar após a fusão entre Fibria e Eldorado, que ainda depende de aprovação, e a compra da Eldorado, que pertence ao grupo J&F, pela Paper Excellence, a ser finalizada no segundo semestre.

Nos últimos meses, os donos da companhia de celulose chegaram a conversar com diversos grupos, incluindo a Suzano – antes da fusão com a Fibria – e as portuguesas Altri e Navigator. Após a redução das opções disponíveis em celulose no País, a Lwarcel virou alvo de grupos asiáticos, que querem garantir produto para abastecer o continente, em especial a China.

Fundado em 1975, o grupo Lwart, do qual a Lwarcel faz parte, é também proprietário de um negócio de rerrefino de óleo combustível, que aproveita lubrificantes usados de automóveis e maquinários.


Mercado.  


O momento é favorável para o setor de celulose, segundo Carlos Farinha, vice-presidente da consultoria Pöyry. “É um momento positivo para exportar a partir do Brasil, tanto pelo preço do produto quanto pelo comportamento do câmbio”, diz. O cenário de preço deve seguir positivo, diz o executivo, porque não há previsão de inaugurações de fábricas de tamanho relevante no horizonte.

O interesse em aquisições, explica Farinha, é alto porque os grandes grupos não querem ter de reunir ativos florestais – o que, além de custar dinheiro, leva tempo. O executivo diz que comprar uma unidade acaba sendo mais barato do que construir uma fábrica do zero.

Procurada, a RGE informou que a companhia está sempre monitorando oportunidades de negócio e que não falaria sobre especulações de mercado. A Lwarcel disse que não comenta processos em andamento .

(O Estado de S.Paulo, 12/5/18)