Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Rede de supermercados Real de Itaipu com logo do grupo Unno (Unno/Divulgação)
São Paulo –
Sete redes de supermercados regionais no Rio de Janeiro uniram suas
forças para buscar melhores condições de compra, ter um marketing mais
forte e trocar conhecimento.
A partir do grupo Unno, o objetivo é
ter mais força na negociação com fornecedores e, assim, oferecer preços
menores e mais promoções aos consumidores.
Juntas, as sete redes somam 113
supermercados, mais de 14 mil funcionários e 3,8 bilhões de reais em
vendas no ano passado. São elas: Bramil, Campeão, Costazul, Inter
Supermercados, Princesa, SuperPrix e Supermercados Real de Itaipu.
“Estamos vendo um ambiente com muitas
promoções por aqui. Para sobreviver no meio desses gigantes, tem que ser
mais arrojado”, diz Genival Beserra, presidente do grupo Unno.
Por isso, os supermercados
centralizaram suas compras e investimento em marketing em janeiro deste
ano e, a partir de junho, lançaram a iniciativa no mercado. O logo de
cada rede ganhou o sobrenome Unno, mas as redes deverão manter sua
própria marca e identidade, já que o público já as reconhece.
As redes têm públicos e perfis
semelhantes e, com exceção de um vinho mais sofisticado ou um queijo
importado, grande parte das mercadorias vendidas são as mesmas. Isso
facilita a negociação com os fornecedores: como as compras são maiores,
os descontos também são.
“Com apenas cinco unidades na Costazul
(rede da qual era presidente), eu tinha uma dificuldade enorme em
conseguir o mesmo preço competitivo que a concorrência. Juntos,
conseguimos oferecer mais promoções”, afirma Beserra.
Além da unificação dessas operações,
os presidentes das redes se reúnem uma vez por semana para trocar
ideias, dificuldades e melhores práticas. Entre as soluções que surgiram
dessas reuniões, está um novo contrato com as empresas de cartão com
taxas menores e mudanças nas políticas de recursos humanos.
“Quando cada um está com uma bandeira,
somos concorrentes. Mas sentar na mesma mesa para falar dos mesmos
problemas é muito rico”, diz o presidente do grupo.
A comercializadora de açúcar e etanol Copersucar investiu em logística e em parcerias para se destacar num setor em apuros
Por
Denyse Godoy
Armazém da Copersucar: aumento de 142% nas receitas de 2009 a 2017 (Germano Lüders/EXAME)
Na comercializadora de açúcar e etanol Copersucar,
é tempo de colher. Os investimentos de 2,2 bilhões de reais ao longo de
uma década para reforçar a estrutura logística e expandir as operações
para outros países estão frutificando. A decisão de aprimorar seu
sistema próprio de transporte veio da constatação de que a
infraestrutura nacional, muito deficitária, é um dos maiores obstáculos
para aumentar a rentabilidade do setor — como a greve dos caminhoneiros
em maio mais uma vez evidenciou.
Com um aumento de 142% na receita líquida anual de
2009 a 2017, para 2,6 bilhões de dólares, e com uma elevação de 256% na
geração de caixa no mesmo período, para 95 milhões de dólares, a
companhia controlada pelos sócios da cooperativa paulista de produtores
de cana-de-açúcar se destaca como a melhor empresa do agronegócio nesta
edição de MELHORES E MAIORES. “Estamos criando valor em torno do nosso
DNA, a comercialização, conectando o campo ao mundo”, diz Paulo Roberto
de Souza, presidente da Copersucar, companhia que em 2018 completa dez
anos.
Em 2017, o lucro líquido da Copersucar foi
multiplicado por 13 na comparação com 2016, superando os 76 milhões de
dólares, enquanto as 400 maiores empresas do agronegócio registraram uma
alta de 41,4% no lucro no mesmo período, para um total combinado de 5,4
bilhões de dólares. A Copersucar viu também sua rentabilidade sobre o
patrimônio líquido subir de 5,1% para 38,7% no ano passado em relação ao
anterior. O desempenho compensou uma queda de 2,6% na receita em 2017 e
é ainda mais notável considerando que o setor de açúcar e etanol sofreu
muito nos últimos anos.
O endividamento das usinas brasileiras cresceu em
meio à crise econômica, à estagnação das vendas e ao aumento da
competição com a gasolina. Enquanto as produtoras se recuperam
lentamente, aproveitando que o petróleo mais caro encoraja a opção pelo
etanol nos postos, os resultados da Copersucar têm sido estimulados
pelos investimentos recentes. A estratégia da comercializadora foi
estabelecida em 2008, quando os membros da cooperativa criaram uma
sociedade anônima para comprar e revender açúcar e etanol também de
outras usinas que não apenas as 35 controladas pelos 20 grupos
-econômicos sócios da Copersucar. Desde então, coexistem a Copersucar S.
A. e a cooperativa.
Buscando alternativas para driblar o predomínio, no Brasil, do
transporte por rodovia, a Copersucar se lançou em uma sequência de projetos logísticos.
Entre essas empreitadas, agora atingindo a maturidade, está um
etanolduto ligando a maior área produtora do combustível no país —
localizada no centro-sul — à região metropolitana da capital do estado
de São Paulo. A obra tem um custo total estimado de 7 bilhões de reais.
De Uberaba, em Minas, a Barueri, no entorno da cidade de São Paulo, o
duto de até 24 polegadas de diâmetro percorre 350 quilômetros e tem
capacidade para escoar até 6 bilhões de litros do combustível por ano.
O sistema, que entrou em operação em 2013, é gerenciado pela Logum
Logística, uma sociedade criada em 2011 pela Copersucar com a Petrobras,
o grupo -Odebrecht, a também produtora de açúcar e etanol Raízen, a
gerenciadora de dutos Uniduto e o conglomerado Camargo Corrêa. Desse
complexo faz parte, ainda, o Terminal Copersucar de Etanol, na cidade de
Paulínia, também em São Paulo, que entrou em operação em 2013 e passou a
ser administrado em sociedade com a companhia britânica de energia BP
neste ano. O terminal também é conectado à Replan, refinaria da
Petrobras na mesma cidade.
O próximo passo da estratégia é aumentar a extensão do etanolduto,
criando terminais em outras cidades que cercam a capital paulista e
chegando até Santos. “Os aeroportos que não ficaram sem combustível
durante a greve dos caminhoneiros, Viracopos e Guarulhos, contam com o
abastecimento por dutos. Daí a importância para o país de aumentar esse
tipo de estrutura”, afirma Souza. A Logum está negociando um empréstimo
com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para a
próxima etapa. O investimento deve ser da ordem de 1 bilhão de reais,
entre financiamento e capital próprio dos sócios, e, segundo a
Copersucar, em um ano e meio, no máximo, as obras devem começar.
No que diz respeito ao açúcar, o objetivo é ampliar o
uso de ferrovias. Em 2011 e 2012, a Copersucar inaugurou terminais
multimodais em São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, no interior
paulista, para receber os caminhões que levam o açúcar das usinas e
transferir o produto aos trens que o transportarão até os clientes — em
sua maioria, fabricantes de alimentos — no Brasil e no exterior. Esses
entrepostos chegam a movimentar 1,7 tonelada de açúcar por dia. Na outra
ponta está o Terminal Açucareiro Copersucar no porto de Santos, o qual
recebeu um aporte em 2015 para dobrar sua capacidade de exportação, para
10 milhões de toneladas por ano.
Além da reforma dos cinco armazéns e da construção
de um terminal rodoferroviário para recolher o açúcar, um novo
carregador de navios foi instalado para receber embarcações maiores e
acelerar o trabalho. Com esse modelo de negócios, ficando responsável
pelo transporte e pela comercialização do açúcar, enquanto as usinas se
encarregam apenas da produção, a Copersucar se coloca como fornecedor
confiáveltanto para os
clientes internos quanto os externos e barateia os custos de logística
ao mesmo tempo que consegue valores mais interessantes na venda do
produto.
De 2014 a 2016, a empresa deixou de distribuir dividendos às
controladoras para reduzir as dívidas e aplicar todos os recursos
disponíveis no incremento da malha logística. A dívida de longo prazo da
Copersucar caiu de 34,4% do ativo para 24,4% de 2014 para 2017.
Enquanto isso, o patrimônio líquido da Copersucar cresceu 70% no ano
passado ante 2016, para 196 milhões de dólares. A comercialização de
açúcar aumentou 30% na última década, para 4,5 milhões de toneladas por
ano, e a de etanol avançou 34%, chegando a 4,3 bilhões de litros anuais.
A situação confortável, com expansão de faturamento e ativos, também
favorece o relacionamento das controladoras com os bancos,
permitindo-lhes obter crédito para as próprias atividades em melhores
condições.
No ano-safra encerrado em março de 2018, a Copersucar transportou 56%
do açúcar comercializado por ferrovias, mas continua esbarrando nas
ineficiências do setor público. Primeiro, aguarda a renovação da
concessão da Malha Paulista para sua operadora, a Rumo Logística, do
grupo Cosan, que prometeu investir 4,7 bilhões de reais em melhorias na
rede, beneficiando todos os seus usuários com um aumento da velocidade
nas vias e com a ampliação do tamanho de vagões.
A Copersucar também espera o avanço do projeto do anel ferroviário da
Grande São Paulo, chamado de Ferroanel Metropolitano. Embora tenha sido
planejado há mais de 50 anos, o projeto ainda se arrasta nos órgãos do
governo estadual. Falta contrapartida ao investimento privado também nos
portos. Em 1993, uma lei passou a permitir que empresas particulares
construíssem e mantivessem terminais nessas áreas, mas a largura e a
profundidade dos canais dos portos permaneceram quase inalteradas,
limitando o tamanho dos navios que conseguem ancorar. “É bastante clara a
mudança do setor para diminuir a dependência do transporte rodoviário.
Além do etanolduto e das ferrovias, outras opções podem ser estudadas,
como aumentar o uso das vias fluviais”, diz Antônio de Pádua Rodrigues,
diretor técnico da União da Agroindústria Canavieira do Estado de São
Paulo (Unica).
OLHANDO PARA FORA
Ao mesmo tempo que reforçava a operação no Brasil, a Copersucar
acelerava a expansão internacional para ganhar escala e se defender de
oscilações no mercado doméstico. O primeiro passo foi dado em 2012 com a
criação da Copersucar North America, que em 2017 passou a deter o
controle acionário da Eco-Energy Biofuels, uma comercializadora de
biocombustíveis que atua nos Estados Unidos. A empresa conta com nove
terminais de distribuição e faturou 4,4 bilhões de dólares no ano-safra
2017-2018. Atendendo os Estados Unidos e o Brasil, que equivalem a 80%
do mercado internacional de etanol, e exportando para Ásia e África, a
plataforma é a maior do mundo. Outro movimento para ampliar as
fronteiras da Copersucar foi a junção de sua unidade de exportação de
açúcar com o negócio similar do conglomerado agrícola americano Cargill,
dando origem à subsidiária Alvean, na qual cada uma das sócias tem uma
participação de 50%.
A Alvean comercializa anualmente 12 milhões de toneladas de açúcar,
equivalentes a 26% da demanda mundial, em 109 países. Desse volume,
aproximadamente 8 milhões de toneladas são produzidas no Brasil — sendo 3
milhões de toneladas das usinas sócias da Copersucar e 5 milhões de
outros fornecedores — e o restante na América Central, na Tailândia, na
Austrália e na Índia. Essa distribuição internacional da produção dá ao
grupo flexibilidade para atender à demanda quando as usinas brasileiras
privilegiam a produção de etanol em detrimento do açúcar nos momentos de
baixa dos preços do alimento, como aconteceu nos últimos meses.
“Viramos uma operação verdadeiramente global”, afirma Souza. O mercado
mundial para o açúcar continua crescendo a um ritmo de 1,8% ao ano. Nos
países mais desenvolvidos, as vendas do alimento recuaram dos picos
históricos alcançados recentemente devido à redução do consumo de
produtos calóricos, como os refrigerantes. Mas, em países da Ásia, da
África e do Oriente Médio, a demanda só aumenta.
Novas oportunidades podem surgir da crescente preocupação com a
sustentabilidade. Nos Estados Unidos, praça da Eco-Energy, o governo
estuda aumentar dos atuais 10% para 15% a proporção de mistura de etanol
à gasolina. Na China, algumas províncias já começaram a misturar o
etanol à gasolina, e a ampliação dessa medida poderá gerar uma forte
expansão do setor nos próximos anos. O governo brasileiro, por sua vez,
comprometeu-se a cortar as emissões de gases de efeito estufa em 43%
entre o ano de referência, 2005, e 2030, o que significaria diminuir o
volume para 1,15 bilhão de toneladas por ano. Peça-chave para atingir
essa meta é o RenovaBio, política de estímulo à produção e ao uso de
biocombustíveis no Brasil. O decreto que regulamenta a lei foi publicado
no Diário Oficial da União em março deste ano e permite, entre
outras medidas, a criação de créditos de descarbonização com base na
produção de biocombustíveis. Segundo o Ministério de Minas e Energia, as
metas do -RenovaBio demandam que a oferta de etanol aumente 67% até
2030, para cerca de 50 bilhões de litros por ano.
O cenário parece favorável do lado da regulação, mas
a flutuação de preços tanto do açúcar quanto do etanol, que faz com que
as usinas mudem a proporção de produtos extraídos da cana a cada safra,
impõe um grande desafio para a Copersucar, que precisa ser ágil no
ajuste de sua infraestrutura. Na temporada 2017-2018, com a forte queda
dos preços do açúcar, os produtores inundaram o mercado com etanol,
invertendo a tendência dos valores.
A forte seca que afetou os canaviais no centro-sul
do Brasil de abril a junho deve fazer as usinas anteciparem o
encerramento do período de colheita, diminuindo a disponibilidade de
volumes para a comercializadora até o ano que vem. “O que é diferente
nesta crise é que, por causa da previsão de aumento mundial da produção
de cana-de-açúcar, puxado por Tailândia, Índia e Paquistão, devemos ter
uma baixa de preços acompanhando a quebra da safra brasileira. É o pior
dos mundos para quem produz commodities”, diz Alexandre Figliolino,
sócio da consultoria MB Agro. A grande prova de fogo para a Copersucar,
então, ainda está por vir.
Restrições que
podem ser impostas vão desde impedir o acesso de concorrentes a produtos
e clientes até a venda de plantas e outros ativos
Por
Estadão Conteúdo
Cade estuda a possibilidade de impor restrições à fusão da Suzano e Fribria (Germano Lüders/EXAME)
Brasília – A área técnica do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
vê necessidade de impor restrições à fusão entre a Suzano e a Fibria.
Segundo fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast, a avaliação, ainda
inicial, é que a operação não é das mais complexas, diferentemente de
outras transações reprovadas pelo conselho no ano passado, como
Alesat/Ipiranga e Ultragaz/Liquigás.
A expectativa dos técnicos é que a fusão Suzano/Fibria poderá ser
aprovada, mas com imposição de “remédios”. Entre os segmentos que estão
sendo acompanhados pelo órgão antitruste estão atividade florestal,
comercialização de madeira e geração e de energia elétrica. As
restrições que podem ser impostas vão desde impedir o acesso de
concorrentes a produtos e clientes até a venda de plantas e outros
ativos.
Acordo
Em um negócio de gigantes, a Suzano anunciou em março a aquisição de
sua maior rival, a Fibria, líder global em celulose, criando uma empresa
com capacidade de produção de 11 milhões de toneladas. A operação prevê
troca de ações e o pagamento de R$ 29 bilhões da Suzano aos acionistas
da Fibria. Com isso, a Suzano assume o controle acionário da nova
companhia, com 46,4%.
A compra da Fibria foi informada pela Suzano ao Cade no início de
julho. Na notificação, a empresa pede que o negócio seja aprovado sem
restrições. A reportagem apurou que a companhia sustenta que, apesar de
se tratar de um negócio de gigantes, ainda há concorrentes de peso no
Brasil que vão manter a competição no mercado de celulose. O Cade tem
até fevereiro do ano que vem, prazo prorrogável por mais 90 dias, para
analisar a fusão.
Procurada, a Suzano afirmou que não comenta processos em andamento. A
Fibria não quis se pronunciar. As informações são do jornal O Estado de
S. Paulo.
O Supremo Tribunal Federal
(STF) decidiu adiar novamente a conclusão do julgamento sobre a
constitucionalidade da terceirização da contração de trabalhadores para a
atividade-fim. O julgamento começou na semana passada, mas os ministros
ainda não conseguiram concluir a votação. Até o momento, o placar de
votação está em 4 votos a 3 a favor da
terceirização. O julgamento deve
ser retomado na próxima quarta-feira (29), com o voto de quatro
ministros.
A Corte julga
duas ações que chegaram ao tribunal antes da sanção da Lei da
Terceirização, em março de 2017, que liberou a terceirização para todas
as atividades das empresas. Apesar da sanção, a Súmula 331, do Tribunal
Superior do Trabalho (TST), editada em 2011, que proíbe a terceirização
das atividades-fim das empresas, continua em validade e tem sido
aplicada pela Justiça trabalhista nos contratos que foram assinados e
encerrados antes da lei. A terceirização ocorre quando uma empresa
decide contratar outra para prestar determinado serviço, com objetivo de
cortar custos de produção. Dessa forma, não há contratação direta dos
empregados pela tomadora do serviço.
A
sessão desta quinta-feira (23) começou com o voto do ministro Alexandre
de Moraes, que também acompanhou os ministros Luís Roberto Barroso e
Luiz Fux, relatores das ações, que votaram na quarta-feira (22) a favor
da terceirização.
Segundo Moraes, o Estado não pode determinar o modo de
produção das empresas. O ministro também ressaltou que a terceirização
das atividades-fim não fere os direitos básicos do trabalhador. "A
Constituição não veda, nem expressa, ou implicitamente não restringe,
não delimita, a possibilidade de terceirização, enquanto possibilidade
de modelo organizacional de uma empresa". O entendimento a favor da
terceirização também já foi acompanhado pelos ministros Dias Toffoli.
O
ministro Edson Fachin abriu a divergência para votar contra a
terceirização, de acordo com a norma editada pelo TST, que vigorava
antes da Lei da Terceirização. Segundo o ministro, o tribunal procurou
proteger as relações de trabalho, protegida pela Constituição, conforme a
CLT. Segundo Fachin, a Justiça trabalhista cumpriu seu papel de
interpretar suas decisões diante da falta de regulamentação na época. Em
seguida, a ministra Rosa Weber, ex-integrante do TST, votou contra
terceirização da atividade-fim e citou dados que mostram que a
terceirização prejudica o trabalhador, piora suas condições de saúde e
aumenta aos acidentes de trabalho. Segundo a ministra, o modo de
contratação leva à precariedade da relação de trabalho entre o empegado e
a empresa. "As pesquisas nos últimos 25 anos no Brasil revelam que a
terceirização sintetiza as seis dimensões da precarização social do
trabalho no país, pois ela coincide com as disposições mais precárias de
inserção no mercado de trabalho, apresentam as piores condições
salarias, os mais altos índices de acidente de trabalho”, afirmou. Em um
voto breve, Ricardo Lewandowski também divergiu e votou contra a
terceirização.
No ano, valorização da moeda norte-americana já é de 24%
Da Redação
redacao@amanha.com.br
O dólar abriu em queda nesta
sexta-feira (24), depois de ter fechado em alta por sete pregões
consecutivos. Por volta de 13h45, a moeda norte-americana caía 0,4%,
vendida a R$ 4,1079. O dólar turismo, sem a cobrança de IOF, era
negociado a R$ 4,26. Na véspera, a divisa dos Estados Unidos fechou em
alta de 1,7%, a R$ 4,12, no maior patamar em quase três anos.
A última
vez que o dólar havia fechado acima de R$ 4,12 foi em 23 de setembro de
2015 (R$ 4,14). Nas casas de câmbio, a moeda chegou a ser negociada
acima de R$ 4,50. Desde janeiro, o dólar acumula valorização de mais de
24% contra o real. A tendência de alta, que havia perdido fôlego a
partir de junho, voltou em agosto em meio às incertezas eleitorais e ao
cenário externo menos favorável, fazendo o dólar saltar do patamar de
cerca de R$ 3,70 aos atuais R$ 4.
Investidores
estão adquirindo dólares por causa dos resultados recentes das
pesquisas eleitorais. O cenário revela fraqueza de candidatos que
defendem reformas alinhadas com o mercado. Analistas avaliam que o Banco
Central (BC) seguirá não interferindo no mercado cambial, visto que o
movimento do real, apesar de pautado principalmente pelas eleições, não
está muito diferente do comportamento de outras moedas de países
emergentes. O que reforça a posição do BC é que não há falta de liquidez
no mercado, nem fuga de capital. O movimento, segundo economistas, é
pela busca de proteção, o que pressiona a moeda. Ou seja, turistas,
exportadores e companhias com dívidas em dólar compram e fazem com que o
preço se eleve. Dados do BC revelam que houve retirada de US$ 2,4
bilhões do país até 17 de agosto. No acumulado no ano, o saldo ainda é
positivo, com uma entrada líquida de US$ 25,9 bilhões.
São Paulo – George Clooney é o ator mais bem pago do mundo, de acordo com o ranking anual da revista Forbes. Mas o motivo não são os filme do astro, que está um tanto fora de circuito.
O que rendeu uma pequena fortuna a Clooney foi sua marca de tequila Casamigos, comprada pela inglesa Diageo por 1 bilhão de dólares em junho de 2017. Com a venda, Clooney embolsou algo em torno de 233 milhões de dólares.
Na conta da Forbes, Clooney recebeu um total de 239 milhões de
dólares entre junho de 2017 e junho de 2018, contando o negócio com a
Diageo e ganhos com filmes antigos.
Com a venda, Clooney chegou a afirmar que não precisa mais atuar.
“Atuar era a minha forma de pagar o meu aluguel, mas eu vendi a minha
empresa de tequila por um bilhão de dólares, então não preciso mais de
dinheiro”, disse em tom de brincadeira numa entrevista ao The Sunday Times. Agora, o astro de 56 anos se dedica a projetos do seu interesse. O último filme de Clooney é de 2016.
A Casamigos foi criada por Clooney com Rande Gerber (marido de Cindy
Crawford) e Mike Meldman. Na época, eles disseram à imprensa que fizeram
a bebida “caseira” para as festas em suas casas em Cabo San Lucas, no México.
Com
o tempo, e a fama da tequila estendida para além das festas
particulares dos amigos, eles decidiram investir juntos em uma
destilaria para vender a bebida, com uma marca própria. A ideia de uma
tequila “artesanal”, feita por famosos ajudou bastante.
Nos últimos anos, as vendas da Casamigos subiram 54% nos Estados
Unidos, mesmo com os pretenciosos preços, de 45 a 55 dólares por
garrafa.
A Diageo é dona das marcas Smirnoff, Guinness e Johnnie Walker. A
gigante inglesa viu na marca caseira de Clooney uma oportunidade de se
aproximar de um público em busca de bebidas premium. O desafio da
empresa é fazer valer o alto preço que pagou pela destilaria do ator.
Empresa frisou que respeitado o aviso prévio, o contrato vigorará até o dia 21 de setembro de 2018
Por
Reuters
Biosev: Os papéis da empresa fecharam nesta quarta-feira em baixa de quase 2,5 por cento (Kiko Ferrite/EXAME)
São Paulo – A Biosev,
braço sucroenergético da Louis Dreyfus Company (LDC), informou nesta
quarta-feira que decidiu terminar o contrato de prestação de serviços de
formador de mercado firmado com a Brasil Plural, segundo fato relevante divulgado ao mercado.
Por meio desse contrato, o formador de mercado exerce atividades com o
objetivo de fomentar a liquidez das ações da companhia, no âmbito da
bolsa paulista B3.
“Respeitado o aviso prévio, o contrato vigorará até o dia 21 de setembro de 2018”, afirmou a Biosev.
A empresa frisou ainda que seus acionistascontroladores
não celebraram com o formador de mercado “qualquer contrato ou
instrumento regulando exercício de direito de voto e/ou compra e venda
de valores mobiliários de sua emissão”.
“A companhia informa, ainda, que até a presente data, não celebrou
qualquer contrato e não tem planos para contratar outra instituição para
atuar como seu formador de mercado.”
Os papéis da Biosev fecharam nesta quarta-feira em baixa de quase 2,5 por cento.
Segunda maior processadora de cana do mundo, a Biosev, registrou
prejuízo líquido de 506 milhões de reais no primeiro trimestre da safra
2018/19 (abril a junho) em meio a um impacto negativo da variação
cambial.