segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Advent vai investir R$1,9 bi em operações do Walmart no Brasil


Empresa de investimentos Advent International comprou, neste ano, uma participação de 80 por cento nas operações brasileiras do Walmart

 




São Paulo – A empresa de investimentos Advent International, que comprou uma participação de 80 por cento nas operações brasileiras do Walmart, vai investir 1,9 bilhão de reais nas lojas atuais da companhia como parte de um acordo com a varejista norte-americana, segundo documento publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

Em junho, o Walmart anunciou a venda da fatia para a Advent, saindo parcialmente de uma operação com desempenho fraco e assumindo um impacto contábil de cerca de 4,5 bilhões de dólares.

A Advent vai investir os recursos em três etapas, segundo o documento publicado na semana passada. As primeiras duas parcelas vão somar 750 milhões de reais cada. A primeira já foi realizada e a segunda deve ser feita no próximo ano. O restante será investido até 2021, segundo o documento.

Patrice Etlin, um sócio da Advent International no Brasil, afirmou em junho que a empresa investirá bilhões de reais para converter hipermercados deficitários da rede em lojas de atacarejo. Novas aberturas de lojas não estão nos planos da Advent.

Mercados pequenos juntam forças contra Pão de Açúcar e Carrefour


Juntas, as sete redes somam 113 supermercados, mais de 14 mil funcionários e 3,8 bilhões de reais em vendas no ano passado

 




São Paulo – Sete redes de supermercados regionais no Rio de Janeiro uniram suas forças para buscar melhores condições de compra, ter um marketing mais forte e trocar conhecimento.

A partir do grupo Unno, o objetivo é ter mais força na negociação com fornecedores e, assim, oferecer preços menores e mais promoções aos consumidores.

Juntas, as sete redes somam 113 supermercados, mais de 14 mil funcionários e 3,8 bilhões de reais em vendas no ano passado. São elas: Bramil, Campeão, Costazul, Inter Supermercados, Princesa, SuperPrix e Supermercados Real de Itaipu.

“Estamos vendo um ambiente com muitas promoções por aqui. Para sobreviver no meio desses gigantes, tem que ser mais arrojado”, diz Genival Beserra, presidente do grupo Unno.

Por isso, os supermercados centralizaram suas compras e investimento em marketing em janeiro deste ano e, a partir de junho, lançaram a iniciativa no mercado. O logo de cada rede ganhou o sobrenome Unno, mas as redes deverão manter sua própria marca e identidade, já que o público já as reconhece. 

As redes têm públicos e perfis semelhantes e, com exceção de um vinho mais sofisticado ou um queijo importado, grande parte das mercadorias vendidas são as mesmas. Isso facilita a negociação com os fornecedores: como as compras são maiores, os descontos também são.

“Com apenas cinco unidades na Costazul (rede da qual era presidente), eu tinha uma dificuldade enorme em conseguir o mesmo preço competitivo que a concorrência. Juntos, conseguimos oferecer mais promoções”, afirma Beserra.

Além da unificação dessas operações, os presidentes das redes se reúnem uma vez por semana para trocar ideias, dificuldades e melhores práticas. Entre as soluções que surgiram dessas reuniões, está um novo contrato com as empresas de cartão com taxas menores e mudanças nas políticas de recursos humanos. 

“Quando cada um está com uma bandeira, somos concorrentes. Mas sentar na mesma mesa para falar dos mesmos problemas é muito rico”, diz o presidente do grupo.


Copersucar, a campeã do agronegócio, torna-se um gigante global


A comercializadora de açúcar e etanol Copersucar investiu em logística e em parcerias para se destacar num setor em apuros 

 

 







Na comercializadora de açúcar e etanol Copersucar, é tempo de colher. Os investimentos de 2,2 bilhões de reais ao longo de uma década para reforçar a estrutura logística e expandir as operações para outros países estão frutificando. A decisão de aprimorar seu sistema próprio de transporte veio da constatação de que a infraestrutura nacional, muito deficitária, é um dos maiores obstáculos para aumentar a rentabilidade do setor — como a greve dos caminhoneiros em maio mais uma vez evidenciou. 

Com um aumento de 142% na receita líquida anual de 2009 a 2017, para 2,6 bilhões de dólares, e com uma elevação de 256% na geração de caixa no mesmo período, para 95 milhões de dólares, a companhia controlada pelos sócios da cooperativa paulista de produtores de cana-de-açúcar se destaca como a melhor empresa do agronegócio nesta edição de MELHORES E MAIORES. “Estamos criando valor em torno do nosso DNA, a comercialização, conectando o campo ao mundo”, diz Paulo Roberto de Souza, presidente da Copersucar, companhia que em 2018 completa dez anos.

Em 2017, o lucro líquido da Copersucar foi multiplicado por 13 na comparação com 2016, superando os 76 milhões de dólares, enquanto as 400 maiores empresas do agronegócio registraram uma alta de 41,4% no lucro no mesmo período, para um total combinado de 5,4 bilhões de dólares. A Copersucar viu também sua rentabilidade sobre o patrimônio líquido subir de 5,1% para 38,7% no ano passado em relação ao anterior. O desempenho compensou uma queda de 2,6% na receita em 2017 e é ainda mais notável considerando que o setor de açúcar e etanol sofreu muito nos últimos anos. 

O endividamento das usinas brasileiras cresceu em meio à crise econômica, à estagnação das vendas e ao aumento da competição com a gasolina. Enquanto as produtoras se recuperam lentamente, aproveitando que o petróleo mais caro encoraja a opção pelo etanol nos postos, os resultados da Copersucar têm sido estimulados pelos investimentos recentes. A estratégia da comercializadora foi estabelecida em 2008, quando os membros da cooperativa criaram uma sociedade anônima para comprar e revender açúcar e etanol também de outras usinas que não apenas as 35 controladas pelos 20 grupos -econômicos sócios da Copersucar. Desde então, coexistem a Copersucar S. A. e a cooperativa.
Paulo Roberto de Souza, presidente da Copersucar: “Estamos conectando o campo ao mundo” | Germano Lüders
Buscando alternativas para driblar o predomínio, no Brasil, do transporte por rodovia, a Copersucar se lançou em uma sequência de projetos logísticos. Entre essas empreitadas, agora atingindo a maturidade, está um etanolduto ligando a maior área produtora do combustível no país — localizada no centro-sul — à região metropolitana da capital do estado de São Paulo. A obra tem um custo total estimado de 7 bilhões de reais. De Uberaba, em Minas, a Barueri, no entorno da cidade de São Paulo, o duto de até 24 polegadas de diâmetro percorre 350 quilômetros e tem capacidade para escoar até 6 bilhões de litros do combustível por ano.

O sistema, que entrou em operação em 2013, é gerenciado pela Logum Logística, uma sociedade criada em 2011 pela Copersucar com a Petrobras, o grupo -Odebrecht, a também produtora de açúcar e etanol Raízen, a gerenciadora de dutos Uniduto e o conglomerado Camargo Corrêa. Desse complexo faz parte, ainda, o Terminal Copersucar de Etanol, na cidade de Paulínia, também em São Paulo, que entrou em operação em 2013 e passou a ser administrado em sociedade com a companhia britânica de energia BP neste ano. O terminal também é conectado à Replan, refinaria da Petrobras na mesma cidade.

O próximo passo da estratégia é aumentar a extensão do etanolduto, criando terminais em outras cidades que cercam a capital paulista e chegando até Santos. “Os aeroportos que não ficaram sem combustível durante a greve dos caminhoneiros, Viracopos e Guarulhos, contam com o abastecimento por dutos. Daí a importância para o país de aumentar esse tipo de estrutura”, afirma Souza. A Logum está negociando um empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para a próxima etapa. O investimento deve ser da ordem de 1 bilhão de reais, entre financiamento e capital próprio dos sócios, e, segundo a Copersucar, em um ano e meio, no máximo, as obras devem começar.

No que diz respeito ao açúcar, o objetivo é ampliar o uso de ferrovias. Em 2011 e 2012, a Copersucar inaugurou terminais multimodais em São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, no interior paulista, para receber os caminhões que levam o açúcar das usinas e transferir o produto aos trens que o transportarão até os clientes — em sua maioria, fabricantes de alimentos — no Brasil e no exterior. Esses entrepostos chegam a movimentar 1,7 tonelada de açúcar por dia. Na outra ponta está o Terminal Açucareiro Copersucar no porto de Santos, o qual recebeu um aporte em 2015 para dobrar sua capacidade de exportação, para 10 milhões de toneladas por ano. 

Além da reforma dos cinco armazéns e da construção de um terminal rodoferroviário para recolher o açúcar, um novo carregador de navios foi instalado para receber embarcações maiores e acelerar o trabalho. Com esse modelo de negócios, ficando responsável pelo transporte e pela comercialização do açúcar, enquanto as usinas se encarregam apenas da produção, a Copersucar se coloca como fornecedor confiável  tanto para os clientes internos quanto os externos e barateia os custos de logística ao mesmo tempo que consegue valores mais interessantes na venda do produto.

De 2014 a 2016, a empresa deixou de distribuir dividendos às controladoras para reduzir as dívidas e aplicar todos os recursos disponíveis no incremento da malha logística. A dívida de longo prazo da Copersucar caiu de 34,4% do ativo para 24,4% de 2014 para 2017. Enquanto isso, o patrimônio líquido da Copersucar cresceu 70% no ano passado ante 2016, para 196 milhões de dólares. A comercialização de açúcar aumentou 30% na última década, para 4,5 milhões de toneladas por ano, e a de etanol avançou 34%, chegando a 4,3 bilhões de litros anuais. A situação confortável, com expansão de faturamento e ativos, também favorece o relacionamento das controladoras com os bancos, permitindo-lhes obter crédito para as próprias atividades em melhores condições.
No ano-safra encerrado em março de 2018, a Copersucar transportou 56% do açúcar comercializado por ferrovias, mas continua esbarrando nas ineficiências do setor público. Primeiro, aguarda a renovação da concessão da Malha Paulista para sua operadora, a Rumo Logística, do grupo Cosan, que prometeu investir 4,7 bilhões de reais em melhorias na rede, beneficiando todos os seus usuários com um aumento da velocidade nas vias e com a ampliação do tamanho de vagões.

A Copersucar também espera o avanço do projeto do anel ferroviário da Grande São Paulo, chamado de Ferroanel Metropolitano. Embora tenha sido planejado há mais de 50 anos, o projeto ainda se arrasta nos órgãos do governo estadual. Falta contrapartida ao investimento privado também nos portos. Em 1993, uma lei passou a permitir que empresas particulares construíssem e mantivessem terminais nessas áreas, mas a largura e a profundidade dos canais dos portos permaneceram quase inalteradas, limitando o tamanho dos navios que conseguem ancorar. “É bastante clara a mudança do setor para diminuir a dependência do transporte rodoviário. Além do etanolduto e das ferrovias, outras opções podem ser estudadas, como aumentar o uso das vias fluviais”, diz Antônio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo (Unica).

Terminal da Copersucar no porto de Santos: 2,2 bilhões de reais em infraestrutura | Leandro Fonseca
 
OLHANDO PARA FORA


Ao mesmo tempo que reforçava a operação no Brasil, a Copersucar acelerava a expansão internacional para ganhar escala e se defender de oscilações no mercado doméstico. O primeiro passo foi dado em 2012 com a criação da Copersucar North America, que em 2017 passou a deter o controle acionário da Eco-Energy Biofuels, uma comercializadora de biocombustíveis que atua nos Estados Unidos. A empresa conta com nove terminais de distribuição e faturou 4,4 bilhões de dólares no ano-safra 2017-2018. Atendendo os Estados Unidos e o Brasil, que equivalem a 80% do mercado internacional de etanol, e exportando para Ásia e África, a plataforma é a maior do mundo. Outro movimento para ampliar as fronteiras da Copersucar foi a junção de sua unidade de exportação de açúcar com o negócio similar do conglomerado agrícola americano Cargill, dando origem à subsidiária Alvean, na qual cada uma das sócias tem uma participação de 50%.

A Alvean comercializa anualmente 12 milhões de toneladas de açúcar, equivalentes a 26% da demanda mundial, em 109 países. Desse volume, aproximadamente 8 milhões de toneladas são produzidas no Brasil — sendo 3 milhões de toneladas das usinas sócias da Copersucar e 5 milhões de outros fornecedores — e o restante na América Central, na Tailândia, na Austrália e na Índia. Essa distribuição internacional da produção dá ao grupo flexibilidade para atender à demanda quando as usinas brasileiras privilegiam a produção de etanol em detrimento do açúcar nos momentos de baixa dos preços do alimento, como aconteceu nos últimos meses. “Viramos uma operação verdadeiramente global”, afirma Souza. O mercado mundial para o açúcar continua crescendo a um ritmo de 1,8% ao ano. Nos países mais desenvolvidos, as vendas do alimento recuaram dos picos históricos alcançados recentemente devido à redução do consumo de produtos calóricos, como os refrigerantes. Mas, em países da Ásia, da África e do Oriente Médio, a demanda só aumenta.
Toque para ampliar.
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Novas oportunidades podem surgir da crescente preocupação com a sustentabilidade. Nos Estados Unidos, praça da Eco-Energy, o governo estuda aumentar dos atuais 10% para 15% a proporção de mistura de etanol à gasolina. Na China, algumas províncias já começaram a misturar o etanol à gasolina, e a ampliação dessa medida poderá gerar uma forte expansão do setor nos próximos anos. O governo brasileiro, por sua vez, comprometeu-se a cortar as emissões de gases de efeito estufa em 43% entre o ano de referência, 2005, e 2030, o que significaria diminuir o volume para 1,15 bilhão de toneladas por ano. Peça-chave para atingir essa meta é o RenovaBio, política de estímulo à produção e ao uso de biocombustíveis no Brasil. O decreto que regulamenta a lei foi publicado no Diário Oficial da União em março deste ano e permite, entre outras medidas, a criação de créditos de descarbonização com base na produção de biocombustíveis. Segundo o Ministério de Minas e Energia, as metas do -RenovaBio demandam que a oferta de etanol aumente 67% até 2030, para cerca de 50 bilhões de litros por ano.
Posto de gasolina: o petróleo mais caro encoraja o etanol | Alexandre Battibugli
 
O cenário parece favorável do lado da regulação, mas a flutuação de preços tanto do açúcar quanto do etanol, que faz com que as usinas mudem a proporção de produtos extraídos da cana a cada safra, impõe um grande desafio para a Copersucar, que precisa ser ágil no ajuste de sua infraestrutura. Na temporada 2017-2018, com a forte queda dos preços do açúcar, os produtores inundaram o mercado com etanol, invertendo a tendência dos valores. 

A forte seca que afetou os canaviais no centro-sul do Brasil de abril a junho deve fazer as usinas anteciparem o encerramento do período de colheita, diminuindo a disponibilidade de volumes para a comercializadora até o ano que vem. “O que é diferente nesta crise é que, por causa da previsão de aumento mundial da produção de cana-de-açúcar, puxado por Tailândia, Índia e Paquistão, devemos ter uma baixa de preços acompanhando a quebra da safra brasileira. É o pior dos mundos para quem produz commodities”, diz Alexandre Figliolino, sócio da consultoria MB Agro. A grande prova de fogo para a Copersucar, então, ainda está por vir. 

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Cade deve impor restrições à fusão de Suzano e Fibria


Restrições que podem ser impostas vão desde impedir o acesso de concorrentes a produtos e clientes até a venda de plantas e outros ativos

 


Brasília – A área técnica do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vê necessidade de impor restrições à fusão entre a Suzano e a Fibria. Segundo fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast, a avaliação, ainda inicial, é que a operação não é das mais complexas, diferentemente de outras transações reprovadas pelo conselho no ano passado, como Alesat/Ipiranga e Ultragaz/Liquigás.

A expectativa dos técnicos é que a fusão Suzano/Fibria poderá ser aprovada, mas com imposição de “remédios”. Entre os segmentos que estão sendo acompanhados pelo órgão antitruste estão atividade florestal, comercialização de madeira e geração e de energia elétrica. As restrições que podem ser impostas vão desde impedir o acesso de concorrentes a produtos e clientes até a venda de plantas e outros ativos.

Acordo


Em um negócio de gigantes, a Suzano anunciou em março a aquisição de sua maior rival, a Fibria, líder global em celulose, criando uma empresa com capacidade de produção de 11 milhões de toneladas. A operação prevê troca de ações e o pagamento de R$ 29 bilhões da Suzano aos acionistas da Fibria. Com isso, a Suzano assume o controle acionário da nova companhia, com 46,4%.

A compra da Fibria foi informada pela Suzano ao Cade no início de julho. Na notificação, a empresa pede que o negócio seja aprovado sem restrições. A reportagem apurou que a companhia sustenta que, apesar de se tratar de um negócio de gigantes, ainda há concorrentes de peso no Brasil que vão manter a competição no mercado de celulose. O Cade tem até fevereiro do ano que vem, prazo prorrogável por mais 90 dias, para analisar a fusão.

Procurada, a Suzano afirmou que não comenta processos em andamento. A Fibria não quis se pronunciar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Maioria do STF se mostra a favor da terceirização

O julgamento deve ser retomado na próxima semana

 

Por Agência Brasil 

 

redacao@amanha.com.br
Maioria do STF se mostra a favor da terceirização


O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu adiar novamente a conclusão do julgamento sobre a constitucionalidade da terceirização da contração de trabalhadores para a atividade-fim. O julgamento começou na semana passada, mas os ministros  ainda  não  conseguiram  concluir  a  votação.    Até o momento, o placar de votação está em 4 votos a 3 a favor da
 terceirização. O julgamento deve ser retomado na próxima quarta-feira (29), com o voto de quatro ministros.

A Corte julga duas ações que chegaram ao tribunal antes da sanção da Lei da Terceirização, em março de 2017, que liberou a terceirização para todas as atividades das empresas. Apesar da sanção, a Súmula 331, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), editada em 2011, que proíbe a terceirização das atividades-fim das empresas, continua em validade e tem sido aplicada pela Justiça trabalhista nos contratos que foram assinados e encerrados antes da lei. A terceirização ocorre quando uma empresa decide contratar outra para prestar determinado serviço, com objetivo de cortar custos de produção. Dessa forma, não há contratação direta dos empregados pela tomadora do serviço.

A sessão desta quinta-feira (23) começou com o voto do ministro Alexandre de Moraes, que também acompanhou os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, relatores das ações, que votaram na quarta-feira (22) a favor da terceirização.

Segundo Moraes, o Estado não pode determinar o modo de produção das empresas. O ministro também ressaltou que a terceirização das atividades-fim não fere os direitos básicos do trabalhador. "A Constituição não veda, nem expressa, ou implicitamente não restringe, não delimita, a possibilidade de terceirização, enquanto possibilidade de modelo organizacional de uma empresa". O entendimento a favor da terceirização também já foi acompanhado pelos ministros Dias Toffoli.

O ministro Edson Fachin abriu a divergência para votar contra a terceirização, de acordo com a norma editada pelo TST, que vigorava antes da Lei da Terceirização. Segundo o ministro, o tribunal procurou proteger as relações de trabalho, protegida pela Constituição, conforme a CLT. Segundo Fachin, a Justiça trabalhista cumpriu seu papel de interpretar suas decisões diante da falta de regulamentação na época. Em seguida, a ministra Rosa Weber, ex-integrante do TST, votou contra terceirização da atividade-fim e citou dados que mostram que a terceirização prejudica o trabalhador, piora suas condições de saúde e aumenta aos acidentes de trabalho. Segundo a ministra, o modo de contratação leva à precariedade da relação de trabalho entre o empegado e a empresa. "As pesquisas nos últimos 25 anos no Brasil revelam que a terceirização sintetiza as seis dimensões da precarização social do trabalho no país, pois ela coincide com as disposições mais precárias de inserção no mercado de trabalho, apresentam as piores condições salarias, os mais altos índices de acidente de trabalho”, afirmou. Em um voto breve, Ricardo Lewandowski também divergiu e votou contra a terceirização.


 http://www.amanha.com.br/posts/view/6121

Dólar opera em queda depois de sete altas seguidas


No ano, valorização da moeda norte-americana já é de 24%

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Dólar opera em queda depois de sete altas seguidas

O dólar abriu em queda nesta sexta-feira (24), depois de ter fechado em alta por sete pregões consecutivos. Por volta de 13h45, a moeda norte-americana caía 0,4%, vendida a R$ 4,1079. O dólar turismo, sem a cobrança de IOF, era negociado a R$ 4,26. Na véspera, a divisa dos Estados Unidos fechou em alta de 1,7%, a R$ 4,12, no maior patamar em quase três anos. 

A última vez que o dólar havia fechado acima de R$ 4,12 foi em 23 de setembro de 2015 (R$ 4,14). Nas casas de câmbio, a moeda chegou a ser negociada acima de R$ 4,50. Desde janeiro, o dólar acumula valorização de mais de 24% contra o real. A tendência de alta, que havia perdido fôlego a partir de junho, voltou em agosto em meio às incertezas eleitorais e ao cenário externo menos favorável, fazendo o dólar saltar do patamar de cerca de R$ 3,70 aos atuais R$ 4.

Investidores estão adquirindo dólares por causa dos resultados recentes das pesquisas eleitorais. O cenário revela fraqueza de candidatos que defendem reformas alinhadas com o mercado. Analistas avaliam que o Banco Central (BC) seguirá não interferindo no mercado cambial, visto que o movimento do real, apesar de pautado principalmente pelas eleições, não está muito diferente do comportamento de outras moedas de países emergentes. O que reforça a posição do BC é que não há falta de liquidez no mercado, nem fuga de capital. O movimento, segundo economistas, é pela busca de proteção, o que pressiona a moeda. Ou seja, turistas, exportadores e companhias com dívidas em dólar compram e fazem com que o preço se eleve. Dados do BC revelam que houve retirada de US$ 2,4 bilhões do país até 17 de agosto. No acumulado no ano, o saldo ainda é positivo, com uma entrada líquida de US$ 25,9 bilhões.

 http://www.amanha.com.br/posts/view/6125

O negócio que fez de George Clooney o ator mais bem pago do mundo

Ator está no topo do ranking anual da Forbes, mas o motivo não é o cinema, e sim uma marca de tequila.

 


São Paulo – George Clooney é o ator mais bem pago do mundo, de acordo com o ranking anual da revista Forbes. Mas o motivo não são os filme do astro, que está um tanto fora de circuito.

O que rendeu uma pequena fortuna a Clooney foi sua marca de tequila Casamigos, comprada pela inglesa Diageo por 1 bilhão de dólares em junho de 2017. Com a venda, Clooney embolsou algo em torno de 233 milhões de dólares.

Na conta da Forbes, Clooney recebeu um total de 239 milhões de dólares entre junho de 2017 e junho de 2018, contando o negócio com a Diageo e ganhos com filmes antigos.

Com a venda, Clooney chegou a afirmar que não precisa mais atuar. “Atuar era a minha forma de pagar o meu aluguel, mas eu vendi a minha empresa de tequila por um bilhão de dólares, então não preciso mais de dinheiro”, disse em tom de brincadeira numa entrevista ao The Sunday Times. Agora, o astro de 56 anos se dedica a projetos do seu interesse. O último filme de Clooney é de 2016.

A Casamigos foi criada por Clooney com Rande Gerber (marido de Cindy Crawford) e Mike Meldman. Na época, eles disseram à imprensa que fizeram a bebida “caseira” para as festas em suas casas em Cabo San Lucas, no México.



Com o tempo, e a fama da tequila estendida para além das festas particulares dos amigos, eles decidiram investir juntos em uma destilaria para vender a bebida, com uma marca própria. A ideia de uma tequila “artesanal”, feita por famosos ajudou bastante.

Nos últimos anos, as vendas da Casamigos subiram 54% nos Estados Unidos, mesmo com os pretenciosos preços, de 45 a 55 dólares por garrafa.

A Diageo é dona das marcas Smirnoff, Guinness e Johnnie Walker. A gigante inglesa viu na marca caseira de Clooney uma oportunidade de se aproximar de um público em busca de bebidas premium. O desafio da empresa é fazer valer o alto preço que pagou pela destilaria do ator.

Mas esse não é um problema de Clooney.


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