quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Cade firma acordo e Bradesco, Cielo e BB pagarão R$ 33,8 milhões

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) firmou acordo com a Cielo e suas controladoras Bradesco e Banco do Brasil e encerrará processo que investiga condutas anticompetitivas adotadas pelas empresas. Pelo acordo, elas pagarão um total de R$ 33,8 milhões e se comprometeram a cessar as práticas irregulares. 

As instituições são investigadas por discriminar lojistas que usam “maquininhas” concorrentes da Cielo. Entre as práticas denunciadas está a não antecipação de crédito com base nos recebíveis para clientes de outras credenciadoras – o que, para muitos lojistas, é essencial para manutenção de suas atividades -, a cobrança de taxas maiores desses clientes e a venda casada de contratos da credenciadora e de serviços dos bancos, como a abertura de contas. 

A maior multa será paga pela Cielo, de R$ 29,7 milhões. O Bradesco pagará R$ 2,23 milhões e o BB, R$ 1,94 milhão. Trata-se do maior montante já pago por empresas em investigação de conduta unilateral, que ocorre quando uma empresa impõe barreiras a concorrentes no mercado. “O acordo permitirá um ambiente de maior liberdade de negociações entre clientes, credenciadoras e bancos”, afirmou o presidente do Cade, Alexandre Barreto. 

O conselheiro João Paulo Resende votou contra a homologação do acordo e fez duras críticas ao Cade por firmar acordos na casa de milhões com bancos que faturam bilhões e que “reiteradamente adotam condutas anticompetitivas”. “Estamos diante de um altíssimo nível de reincidência por parte de bancos e credenciadoras. Estamos falando dos agentes de maior poder econômico do Brasil, empresas com altíssimo faturamento. Os valores estão muito aquém da capacidade dissuasória”, afirmou.

Outros conselheiros também criticaram o valor e mostraram preocupação com as reiteradas irregularidades apresentadas no setor, apesar de terem votado a favor dos acordos. O inquérito contra bancos e credenciadoras foi instaurado em 2016. Em julho, o Itaú e sua controlada Credicard também firmaram acordo no mesmo processo com o Cade e pagaram R$ 21 milhões.
Cielo, Elo, Itaú e Redecard já haviam firmado acordo com o Cade em outro processo que investiga acordos de exclusividade entre bandeiras e credenciadoras de cartão de crédito.


 https://www.istoedinheiro.com.br/cade-firma-acordo-e-bradesco-cielo-e-bb-pagarao-r-338-milhoes/

Informação Negada Natura Não Confirma Rumores de Compra da Avon


Informação Negada

 A partir de rumores de mercado que informavam que a Natura, especializada em cosméticos, estava em negociação para a aquisição da fabricante Avon, o Jornal Giro News entrou em contato com a empresa, que negou a informação. Confira o posicionamento na íntegra: 

"A Natura Cosméticos S.A. informa que não existem negociações em curso sobre possível aquisição da Avon. A Natura ressalta ainda que não comenta rumores, de acordo com sua política de relacionamento com o mercado". 



 http://www.gironews.com/farma-cosmeticos/informacao-negada-49973/



Paulo Guedes projeta imposto de renda único e ‘nova’ CPMF, diz jornal


Segundo a Folha de S.Paulo, economista de Jair Bolsonaro quer unir alíquota do IR em 20% e criar novo tributo para suprir as despesas do INSS

 

Paulo Guedes projeta imposto de renda único e ‘nova’ CPMF, diz jornal
Paulo Guedes, economista (foto: Claudio Belli/Valor/Folhapress)
 

O economista e principal postulante ao Ministério da Fazenda caso Jair Bolsonaro (PSL) vença as eleições, Paulo Guedes, afirmou que quer unificar a alíquota do imposto de renda e criar um novo tributo nos moldes da antiga CPMF. As declarações foram dadas nesta segunda-feira 18 a um pequeno grupo de empresários e investidores e divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

A reforma tributária de Guedes criaria um imposto semelhante à extinta CPMF, que entre 1997 e 2007 incidia sobre a movimentação financeira no País. O novo tributo seria batizado de Contribuição Previdenciária (CP) e destinado para as despesas do INSS. O novo modelo seria empregado em paralelo ao sistema vigente.

A reformulação no imposto de renda também foi tratada durante a reunião. Segundo a Folha de S.Paulo, o economista propõe a unificação da alíquota em 20% para pessoas físicas e jurídicas. A mudança também prevê a aplicação da mesma taxa na tributação da distribuição de lucros e dividendos.

Em contrapartida, Guedes pretende eliminar a contribuição patronal para a Previdência. Atualmente, a cobrança, que incide na folha salarial, tem a mesma alíquota de 20%.



 https://www.istoedinheiro.com.br/paulo-guedes-projeta-imposto-de-renda-unico-e-nova-cpmf-diz-jornal/

Fiergs lança estudo com propostas para o Brasil


Entidade defende um país industrial e não de importados

 

Por Dirceu Chirivino

 

dirceu@amanha.com.br
Fiergs lança estudo com propostas para o Brasil

Dividida em cinco eixos de atuação, a Plataforma de Compromissos para um Brasil Industrial, apresentada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), nesta terça-feira (18), será levada aos candidatos ao governo do Estado e encaminhada para a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Trata-se da reunião de propostas para que o país seja uma Nação industrial e não um “armazém de artigos e quinquilharias importadas”. O presidente da Fiergs, Gilberto Petry, explicou que este é o momento adequado para apresentar o trabalho, elaborado pelo Grupo de Política Industrial da Federação e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul, em função da proximidade das eleições e pelo fato de a Constituição Federal completar 30 anos este mês. “Será que nessas três décadas da Constituição de 1988, evoluímos? Será que a velocidade das mudanças no mundo estaria a indicar uma Constituinte Exclusiva para uma nova Carta Magna?”, questionou.

Segundo Petry, são reflexões muito importantes a serem feitas no aniversário da Constituição e se vinculam a duas conclusões do Grupo de Política Industrial: a primeira é a centralidade do setor industrial em relação ao crescimento econômico. São os produtos da indústria que impulsionam a produtividade agrícola e o comércio eletrônico, por exemplo. A outra conclusão é em relação às questões estruturais brasileiras. “Os alicerces da economia nacional estão corroídos. Há um enorme custo de insegurança jurídica, extrema burocracia, anacronismo estrutural, privilégios descabidos a corporações de funcionários públicos, crônica escassez de investimentos, partidos interferindo em órgãos técnicos, serviços precários à sociedade. Enfim, nada pode ser construído sobre essas bases movediças”, ressaltou. Sobre a estagnação dos investimentos da indústria no Brasil, Petry manifestou que “para investir na produção, os industriais precisam ter um mínimo de certeza de que os seus produtos serão consumidos” e que “esse cenário só será definido após as eleições”.

As ações de curto prazo sugeridas fazem parte do posicionamento do Sistema Fiergs e defendem iniciativas que englobem todos os setores produtivos (acesse a íntegra do estudo aqui). A plataforma da entidade foi dividida nos seguintes eixos: Segurança jurídica, desburocratização, simplificação e eficiência administrativa/tributária do setor público; Infraestrutura e logística; Adequação do tamanho e peso do setor público, estabilidade macroeconômica e financiamento; Inserção externa e novas tecnologias e, também, Empreendedorismo, indústria e sociedade. “Exemplos anteriores de receitas prontas foram um desastre. Não há uma fórmula pronta. Mas nós, como empresários responsáveis, temos de resolver problemas e apontar soluções”, observou Carlos Alexandre Geyer, coordenador do grupo. Nas reuniões da equipe, composta por 16 membros, os principais problemas apontados pelos industriais foram carga tributária, burocracia, dificuldades de logística e insegurança jurídica.

A entidade entende que, caso implantada, a Plataforma de Compromissos para um Brasil Industrial trará como resultado a elevação geral do nível de competitividade da economia do país. “Sem uma reestruturação voltada para o aumento do profissionalismo, da eficiência e do equilíbrio do Estado, dificilmente o resultado esperado será atingido”, enfatiza o estudo, que foi apresentado por André Nunes de Nunes, economista-chefe da Fiergs.

Aneel dá prazo para Eletrosul e Shangai fecharem contrato


O negócio gira em torno de R$ 4,1 bilhões, em valores atualizados 

 

Por Agência Brasil 

 

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Aneel dá prazo para que Eletrosul e Shangai fechem contrato

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou nesta terça-feira (18) o prazo de três dias para que a Eletrosul, subsidiária da Eletrobras, e a empresa chinesa Shanghai Electric, finalizem aditivo a um contrato envolvendo parceria em projetos de transmissão de energia elétrica. O negócio gira em torno de R$ 4,1 bilhões, em valores atualizados. O aditivo prevê a transferência para a Shangai de projetos que a Eletrosul não levou adiante por falta de recursos, envolvendo empreendimentos do Lote A do leilão de transmissão de 2014. Os contratos tratam de 17 linhas de transmissão e oito subestações para atender a região metropolitana de Porto Alegre.

A previsão inicial para entrada em operação das instalações era 6 de março de 2018. Mas ao constatar, em dezembro de 2016, as dificuldades financeiras enfrentadas pela Eletrosul e o risco iminente de não cumprimento das obrigações contratuais, a Aneel emitiu relatório para recomendar a caducidade daquela concessão. A Aneel afirmou ainda que caso a transferência não ocorra, será declarada a caducidade da concessão e esses ativos serão incluídos no próximo leilão de transmissão, previsto para ocorrer em 20 de dezembro e que deverá licitar cerca de 7 mil quilômetros de linhas em 18 lotes e investimentos da ordem de R$ 14 bilhões.

Além da transferência contratual, a diretoria da Aneel aprovou, ainda, a ampliação do prazo de construção de 36 meses para 48 meses. Com isso, o contrato fica com 31 anos, dos quais quatro são destinados para a construção do empreendimento e 27 anos para o recebimento da RAP, remuneração que as transmissoras recebem pela prestação o serviço público de transmissão.

Uma comitiva de representantes da Eletrosul está na China desde a semana passada, a fim de concluir a negociação do projeto, arrematado em um leilão no fim de 2014, para a chinesa. A negociação, porém, não vai bem, segundo relata notícia veiculada nesta quarta-feira (19) pelo jornal Valor Econômico. “Os envolvidos apostam em um acordo com os chineses até o fim da semana, mas a Shanghai tem se manifestado no sentido de não avançar na negociação. Segundo uma fonte, a chinesa está com dificuldades de fechar a estruturação financeira do negócio, diante das baixas taxas de retorno do projeto”, relata a reportagem assinada pelos jornalistas Rafael Bitencourt e Camila Maia. 

 http://www.amanha.com.br/posts/view/6264
 

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Care adquire o controle do hospital Baía Sul

 

Centro de saúde catarinense receberá aporte de R$ 30 milhões

 

Da Redação

 

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Care adquire o controle do hospital Baía Sul

A Hospital Care  – rede dos fundos Bozano e Abaporu, que pertence ao economista Paulo Guedes e dao empresário Elie Horn – adquiriu o controle do Hospital Baía Sul (foto) e da Clínica Imagem, em Florianópolis. O valor não foi divulgado. A Care já controla os hospitais Vera Cruz, em Campinas (SP), e São Lucas, em Ribeirão Preto (SP). É o terceiro ativo comprado pelo grupo criado em 2017.  

O Hospital Baía Sul e a Clínica Imagem receberão investimento de R$ 30 milhões. O aporte será  usado para dobrar o tamanho do pronto atendimento, elevar em 20% o número de leitos da UTI e expandir a clínica de medicina diagnóstica que, atualmente, realiza 240 mil exames de imagem por ano. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/6248

Quebra do Lehman Brothers completa 10 anos


Crise surgiu no sistema de hipoteca imobiliária dos EUA

 

Por Agência Brasil

 

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Quebra do Lehman Brothers completa 10 anos

O marco da crise financeira internacional deste século, a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, completou 10 anos no sábado (15). Conhecida também como crise do subprime, em referência aos créditos de alto risco vinculados a imóveis, que foram concedidos em larga escala e de forma irracional por décadas, esse processo resultou na formação de uma bolha financeira que explodiu no quarto maior banco de investimentos norte-americano, que tinha 158 anos.

O colapso dos mercados mundiais naquele dia e pelas semanas seguintes foi tão grave que obrigou o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, e o Banco Central Europeu (BCE), a injetar centenas de bilhões de dólares e euros no sistema financeiro. A crise alastrou-se mundo afora e causou impactos sem precedentes em países como Grécia, Espanha, Irlanda, Islândia e Portugal. Em todo o planeta, mais de 400 milhões de pessoas ficaram desempregadas na pior crise econômica desde a Segunda Guerra Mundial, só comparável à quebra da Bolsa de Nova York, em 1929. Os sinais dos problemas iniciaram-se em 2007, mas a crise dos subprime teve como início oficial a falência do Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, quando a insolvência dos créditos imobiliários não pôde mais ser disfarçada e o Fed não ajudou a instituição financeira. Na época, as agências de classificação avaliavam com nota máxima (baixo risco) grande parte dos títulos de contratos de hipoteca dos tomadores subprime, desconsiderando a renda e a estabilidade dos mutuários.

As condições de geração da crise partiram de uma questão localizada, no sistema de hipoteca imobiliária dos Estados Unidos, segundo o economista Reinaldo Gonçalves, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No entanto, a globalização financeira elevou as consequências para uma escala planetária. “Esses títulos ‘podres’ do subprime foram umas coisas mais inusitadas em 200 anos de história do sistema econômico moderno. Como a economia americana é o epicentro do sistema monetário e financeiro do planeta, os impactos foram extremos”, explica. Professor de macroeconomia e economia internacional da Universidade Federal Fluminense (UFF), André Nassif afirma que a crise do subprime é inerente ao próprio capitalismo. Segundo ele, em épocas de crescimento, como nos anos 1990 e 2000, o mercado exagerou no otimismo e ignorou riscos. “Dois anos antes do estouro da bolha, em 2006, o economista Nouriel Roubini [especialista em prever crises financeiras] havia detectado o excessivo endividamento das famílias norte-americanas e alertado para o estouro da bolha imobiliária, mas foi ignorado justamente porque a economia mundial vinha de um ciclo de 14 anos de expansão”, recorda.

Gonçalves lembra que, em 2009, por causa da intervenção estatal do governo norte-americano para salvar o sistema financeiro, o déficit público da maior economia do mundo subiu a 12% do Produto Interno Público (PIB). A dívida pública dos Estados Unidos saltou de 55% para 100% do PIB em pouco tempo. Os gastos públicos diretos, em programas de infraestrutura, de geração de empregos e de salvamento de grandes empresas, como a montadora General Motors, somaram cerca de US$ 750 bilhões. Apesar do elevado volume em valores absolutos, Nassif, da UFF, classifica de tímido o aumento de gastos públicos. “Para o tamanho do PIB dos Estados Unidos, esse volume [em torno de US$ 750 bilhões] não representou muito”, analisa. Ele relembra que a principal contribuição para debelar a crise, no entanto, foram os quantitative easings, injeções de dinheiro pelo Banco Central dos Estados Unidos, que superaram US$ 10 trilhões. A medida foi repetida pelos bancos centrais Europeu, do Reino Unido e do Japão.

Segundo Nassif, embora os livros tradicionais de economia não recomendem o afrouxamento monetário em momentos de baixo crescimento e baixa inflação, a experiência dos Estados Unidos só deu certo porque o dólar, como a principal moeda internacional, melhorou a competitividade da economia norte-americana. “Por causa da importância do dólar, as injeções de dólares vazaram para o sistema financeiro global, desvalorizando a moeda em todo o mundo e aumentando as exportações norte-americanas”, explica. Paralelamente, o governo norte-americano reintroduziu a regulação do sistema financeiro, que tinha sido derrubada a partir dos anos 1980. Em 2010, o governo Barack Obama conseguiu a aprovação da Lei Dodd-Frank, que impôs obrigações às grandes instituições financeiras, como alocação de reservas para grandes crises e testes financeiros de resistência. 

O atual presidente, Donald Trump, tenta flexibilizar pontos da legislação sob o argumento de destravar o mercado de crédito no país, que ficou mais restrito desde então. Segundo Nassif, a manutenção de travas que obriguem as instituições financeiras a adotarem medidas de prudência é essencial para que a especulação financeira não volte a produzir bolhas como a do subprime. “Crises de estouro de bolhas especulativas ocorreram diversas vezes ao longo da história. Somente a regulação financeira é capaz de impedir a valorização de ativos descolada da realidade”, ressalta. Com 4,2% de crescimento em ritmo anualizado em julho (quando o resultado de um mês é projetado para os 12 meses anteriores) e com desemprego atual em 3,9%, a economia dos Estados Unidos está plenamente recuperada da pior crise desde a Grande Depressão de 1929. 

Nassif diz que a redução de impostos para empresas que entrou em vigor no ano passado turbinou a economia norte-americana. Ele, no entanto, acredita que o efeito durará pouco. “Esse tipo de política, de desonerar grandes empresas para estimular a economia, é semelhante à praticada no Brasil no início desta década. Gera resultados no curto prazo, mas resulta em inflação e baixo crescimento no médio e no longo prazo porque estimula a demanda, enquanto os empresários entesouram [não gastam na produção] o que deixam de pagar de impostos”, explica o professor da UFF.

http://www.amanha.com.br/posts/view/6253