quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Venda da Embraer para a Boeing opõe Bolsonaro a Haddad

Resultado de imagem para fotos da Embraer


Os líderes na disputa eleitoral têm visões opostas sobre o futuro da Embraer. A equipe de Jair Bolsonaro (PSL) indica nos bastidores que, em caso de vitória, avaliará as condições do acordo com a norte-americana Boeing, mas já trabalha com estudo técnico que defende que a união das duas é “imprescindível” para a sobrevivência da fabricante brasileira. Se eleito, Fernando Haddad (PT), por sua vez, promete questionar o acordo e “tomar todas as medidas jurídicas” para preservar o interesse da Embraer.

A expectativa é de que o Palácio do Planalto dê a palavra final sobre o negócio entre Embraer e Boeing nos dias seguintes ao segundo turno. Detentor de uma ação especial na empresa brasileira – a chamada golden share -, o governo precisa dar aval para que as duas companhias prossigam nas negociações para criar uma terceira empresa controlada pelos norte-americanos dedicada à aviação comercial e também para uma parceira dedicada à comercialização do novo cargueiro brasileiro KC-390.

Em caso de vitória, Bolsonaro indica que dará sinal verde para que o governo Michel Temer dê aval ao negócio, segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo e pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado). Apesar de o tema encontrar resistência em alguns setores militares, a equipe do candidato do PSL defende essa decisão com base em um estudo técnico preparado por especialistas, entre eles o ex-presidente da Embraer Ozires Silva, um dos grandes entusiastas do negócio.

Ozires classifica o acordo como “imprescindível” para o futuro da Embraer diante da concorrência após a união da maior concorrente da Boeing, a europeia Airbus, com a grande competidora da Embraer, a canadense Bombardier. Com esse fortalecimento dos concorrentes e a entrada da China no mercado de aviação regional, o estudo entregue a Bolsonaro defende que é “inevitável” que a brasileira se associe a uma empresa maior para ganhar musculatura.

Sobre a preocupação de setores das Forças Armadas com o negócio, prevalece a percepção de que este seria um negócio “de mercado” e que questões estratégicas seriam preservadas com a separação do negócio de defesa da Embraer, que continuaria com os brasileiros e com poder de veto do governo.

Haddad


Eventual governo Haddad, ao contrário, tentaria barrar ou até reverter o negócio. A campanha do ex-prefeito informou que “irá tomar todas as medidas jurídicas para preservar os interesses nacionais” na Embraer. A equipe de Haddad avalia como “ilegítima” eventual decisão do governo Temer com o negócio – decisão classificada como uma “entrega da Embraer para a Boeing”.

O tom contra o negócio é um pouco mais duro que o observado no fim de setembro, quando o candidato petista visitou o berço da Embraer, no interior paulista. “O chamado ato jurídico perfeito vamos respeitar, como sempre respeitamos. Se houver possibilidade jurídica de reversão, com certeza faremos”, disse em entrevista coletiva à imprensa em São José dos Campos (SP), em 20 de setembro, ao ser questionado sobre como encararia a união das duas companhias. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Norsk Hydro anuncia fechamento de toda produção de alumina no Brasil


Devido a uma disputa ambiental refinaria de alumina Alunorte, no Pará, operava com metade da capacidade desde março; ações caíram mais de 12%

 




Oslo – A Norsk Hydro suspenderá a produção de sua refinaria de alumina Alunorte, no Pará, que opera com metade da capacidade desde março devido a uma disputa ambiental, informou a empresa nesta quarta-feira, levando a uma queda de mais de 12 por cento em suas ações.

A decisão também desencadeou a paralisação de sua mina de bauxita de Paragominas, que abastece a Alunorte, e pode ter consequências para a produção de alumínio na fábrica próxima deAlbras e em outras instalações da Hydro, disse a empresa.
 
 
“Embora seja cedo demais para determinar o impacto total, a decisão de fechar a Alunorte e Paragominas terá consequências financeiras e operacionais significativas, potencialmente também para o portfólio de alumínio primário da Hydro, incluindo a Albras”, disse em um comunicado.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Oracle renova operação do Sul com mudança para o Tecnopuc


A intenção é aproximar a multinacional de outras empresas do setor

 

Da Redação

 

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Rodrigo Galvão, presidente da Oracle do Brasil

Na manhã desta segunda-feira (1), a Oracle do Brasil anunciou o escritório local da empresa passa a operar em uma nova estrutura localizada dentro do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) no Rio Grande do Sul. A empresa está no segundo andar do Condomínio de Empresas Inovapucrs, espaço sem paredes e próximo a estudantes e pesquisadores ligados à tecnologia e inovação. A intenção é aproximar a multinacional norte-americana de outras empresas do setor, principalmente startups, estimulando o intercâmbio constante de conhecimento e interação no maior polo de criação tecnológica do Sul do país. 

A criação do espaço, além de modernizar o ambiente de trabalho dos funcionários e aprimorar o atendimento aos clientes da empresa, incentiva a inovação com a aproximação da Oracle com estudantes, pesquisadores e especialistas por meio da troca experiências e conhecimento. Participaram da inauguração do escritório Rodrigo Galvão, presidente da empresa; o reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira; vice-reitor, Jaderson Costa da Costa; o superintendente de inovação e desenvolvimento da universidade, Jorge Audy; o diretor do Tecnopuc, Rafael Prikladnicki, e autoridades locais. “Temos como missão habilitar a transformação do mundo por meio da nossa tecnologia e dos nossos clientes. Hoje isso é possível com o investimento e a participação ativa da empresa nos ecossistemas de educação, empreendedorismo e inovação. O Tecnopuc representa tudo isso em um só lugar e, por esse motivo, estamos aqui. Essa é a cara da Oracle”, destaca Rodrigo Galvão (foto), presidente da Oracle do Brasil.

Para Jorge Audy, a presença da Oracle no Tecnopuc qualifica ainda mais o ecossistema de inovação do Parque, ampliando as possibilidades de sinergia com os demais parceiros instalados no local e os parceiros no âmbito da Aliança da Inovação de Porto Alegre. Rafael Prikladnicki acrescenta que a Oracle representa o trabalho contínuo de desenvolvimento do ambiente, com empresas de todos os tamanhos. “É uma multinacional que chega para valorizar ainda mais nossos 15 anos de atuação em prol do empreendedorismo e da inovação, e que vai gerar inúmeras oportunidades para nossos alunos e para todo o nosso ecossistema de forma ampla”, projeta o diretor do Parque.

O Tecnopuc estimula a pesquisa e a inovação por meio de uma ação simultânea entre academia, instituições privadas e governo. Empresas de diferentes portes, entidades e centros de pesquisa da própria Instituição estão sediados nos dois sites: em Porto Alegre e em Viamão, ambos no Estado do Rio Grande do Sul – Brasil. Atualmente, o Tecnopuc abriga mais de 150 organizações, somando mais de 6,5 mil postos de trabalho.


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Holandesa Vitol adquire 50% da Rodoil


A associação prevê ampliação da rede de postos

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Holandesa Vitol adquire 50% da Rodoil

A Rodoil (foto) ingressou no radar dos principais players do setor de energia do mundo, a Vitol, companhia de origem holandesa e com sedes regionais em Londres (Inglaterra), Genebra (Suiça), Houston (Estados Unidos) e Singapura (Ásia). Após um relevante período de negociações, a multinacional ingressará no capital da Rodoil, passando a deter 50% da mesma. A operação depende de aprovação dos órgãos reguladores. A estruturação da operação foi efetuada pela gaúcha Bateleur e pelo ItauBBA, com o assessoramento jurídico das bancas BMA Advogados e SBSP Associados. O valor do negócio não foi divulgado pelas empresas. A gestão executiva permanecerá com Roberto Tonietto, que será o CEO da companhia.

Com a entrada da Vitol, a Rodoil expande seu mercado de atuação para o Centro-Oeste e para o Sudeste do país, além de reforçar ainda mais sua presença no Sul. A associação estratégica prevê investimentos na ampliação da rede de postos, em logística e em infraestrutura.  “Identificamos na Vitol um parceiro estratégico, com a experiência internacional e o porte para nos apoiar no plano que já detínhamos de nos tornarmos uma das principais empresas de distribuição de combustíveis do Brasil, e líder em nosso mercado de atuação”, destaca Tonietto. “O Brasil é o sexto maior mercado de consumo de combustíveis do mundo e possui significativo potencial de crescimento adicional. A trajetória de sucesso da Rodoil e a qualidade da sua liderança nos dão confiança de que trabalhando em conjunto poderemos associar a nossa experiência internacional com o conhecimento de mercado local da Rodoil para proporcionar mais benefícios aos consumidores e revendedores brasileiros”, afirmou Jorge Santos Silva, em nome da Vitol.

A Vitol atua nos segmentos de refino, armazenagem, trading internacional e distribuição de combustíveis, com uma rede de mais de 5.300 postos de combustível em mais de 20 países, sendo um dos principais líderes de mercado de varejo na Austrália, na Turquia e no Continente Africano. A empresa que detém companhias de distribuição listadas nas bolsas de valores de Londres e Austrália já vinha planejando seu ingresso no Brasil. Na Rodoil encontrou um planejamento estratégico e de crescimento muito bem fundamentado e delineado que alinha plenamente ambições regionais da Vitol. A Rodoil, que foi fundada em 2006, vai faturar aproximadamente R$ 5 bilhões em 2018, possui mais de 300 postos com sua marca e fornece para outros 1.400 postos nos estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.


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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

O lance de consórcio somou 63,79 por cento de excedente em óleo à União, versus percentual mínimo de 24,82 por cento








Rio de Janeiro – O consórcio formado pelas companhias BP Energy, Ecopetrol e CNOOC arrematou o bloco de Pau Brasil no pré-sal da Bacia de Santos, informou nesta sexta-feira a reguladora ANP, que realiza no Rio de Janeiro a 5ª Rodada de licitação de áreas de petróleo e gás.

O lance de consórcio somou 63,79 por cento de excedente em óleo à União, versus percentual mínimo de 24,82 por cento.

A BP Energy é a operadora do consórcio vencedor, com 50 por cento de participação –Ecopetrol tem 20 por cento e CNOOC, 30 por cento.
 
 
 

Bradesco rescinde joint venture com Fidelity Processadora


A Fidelity é uma prestadora de serviços de processamento de cartões de crédito, da qual o banco detém indiretamente 49% do capital social

 




São Paulo – O Bradesco rescindiu em 28 de setembro a joint venture com a Fidelity Processadora, prestadora de serviços de processamento de cartões de crédito, da qual o banco detém indiretamente 49% do capital social. A transação não envolve valores financeiros, segundo comunicado ao mercado.

“A conclusão da rescisão está sujeita a determinadas condições precedentes, dentre elas a aprovação dos órgãos reguladores competentes e cumprimento das formalidades legais aplicáveis”, afirmou o Bradesco.

Segundo o banco, finalizada a operação, o Bradesco permanecerá como único acionista da processadora, cujo patrimônio líquido será constituído exclusivamente pelos ativos e passivos relacionados à prestação de serviços para a Organização Bradesco.

Os remanescentes, relativo à prestação de serviços para terceiros, serão transferidos para uma nova sociedade, “100% controlada pelo Grupo Fidelity”, informou o Bradesco.

De acordo com o comunicado, Bradesco e Grupo Fidelity manterão sua associação na Fidelity Serviços, sociedade prestadora de serviços de call center, cobrança, prevenção de fraudes, suporte e demais serviços relacionados.

“A operação tem por objetivo a redução de custos de processamento, aumentando a eficiência do negócio de cartões de crédito e não causará qualquer impacto para as atividades e clientes do Bradesco”, afirma o comunicado.

O Bradesco contou com a assessoria financeira do Banco Bradesco BBI e assessoria jurídica do Pinheiro Neto Advogados.

Trump critica relação comercial com o Brasil


"Eles cobram de nós o que querem", disse presidente americano sobre o Brasil

 







São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta segunda-feira (1º) a relação comercial do Brasil com os americanos:

“O Brasil é outro caso. É uma beleza. Eles cobram de nós o que querem. Se você perguntar a algumas empresas, eles dizem que o Brasil está entre os mais duros do mundo, talvez o mais duro. E nós não os chamamos e dizemos ‘ei, vocês estão tratando nossas empresas injustamente, tratando nosso país injustamente”, disse o presidente americano.

A declaração foi feita durante coletiva de imprensa sobre o novo Nafta, acordo comercial entre EUA, Canadá e México que foi anunciado hoje.


Relação

 

O questionamento das relações comerciais americanas com o resto do mundo tem sido uma das principais marcas da gestão Trump.

Mas o Brasil tinha saído ileso até agora, e por um motivo simples: os brasileiros tem uma relação praticamente equilibrada com os americanos.

Em 2017, o Brasil importou US$ 24,8 bilhões para os Estados Unidos e exportou US$ 26,8 bilhões – saldo de US$ 2 bilhões. Foi o primeiro superávit para os brasileiros desde 2008.

Entre 2009 e 2016, os americanos tiveram superávit comercial com o Brasil. O saldo positivo para eles chegou aos US$ 11,37 bilhões em 2013.

A título de comparação, a China, principal alvo de Trump até agora, registrou um superávit comercial na relação com os Estados Unidos de US$ 275,8 bilhões em 2017.

“No agregado dos últimos 25 anos, Brasil é um dos pouquíssimos países do mundo que na média conseguiu a façanha de conseguir déficits comerciais com os EUA”, diz Marcos Troyjo, economista e diretor do BRICLab da Universidade Columbia, nos Estados Unidos.

A economia americana tem duas particularidades que geram uma tendência ao déficit: taxa de poupança pequena em relação a de consumo e uma grande quantidade de empresas transnacionais, que produzem em lugares mais baratos para abastecer o mercado americano.

Mas a reclamação de Trump também tem um ponto, na medida que o Brasil é pouco integrado ao comércio internacional e dá pouca margem para os EUA nos vender seus bens de capital, por exemplo.

“Quem quer que venha a reclamar de acesso ao mercado brasileiro tem razão. O Brasil, seja em termos de tarifas ou de cotas, segue como um dos países mais fechados do mundo”, diz Troyjo. Ele também não acredita que o timing da declaração seja acidental:

“O estilo do Trump é do morder para assoprar. Ele tem se voltado para discussões bilaterais, o Brasil é a segunda maior economia das Américas, e ele sabe que teremos um novo presidente em 2019”.