Negociadores de China e Estados Unidos retomaram nesta
sexta-feira as conversações em Pequim para superar a áspera disputa
comercial entre as duas maiores economias do planeta.
Ao deixar o hotel para mais um dia de negociações, o secretário
americano do Tesouro, Steven Mnuchin, declarou que as discussões da
véspera foram “muito produtivas”.
“É um prazer vê-lo novamente”, disse Mnuchin ao seu interlocutor
chinês, o vice-primeiro-ministro Liu He, antes da reunião desta
sexta-feira.
A delegação dos EUA inclui ainda o Representante Americano para o Comércio, Robert Lighthtizer.
Os dois países buscam superar suas divergências. A principal queixa
americana é que a China utiliza práticas desleais de comércio, como os
enormes subsídios a suas empresas e a transferência de tecnologia
estrangeira.
Liu liderará a delegação chinesa na próxima rodada de negociações, prevista para a próxima semana, em Washington.
Embora o presidente americano, Donald Trump, tenha expressado
recentemente a esperança de conseguir assinar em breve um acordo com o
colega chinês, Xi Jinping, as negociações se arrastam, sem chegar aos
temas substanciais do desentendimento.
Os dois gigantes econômicos adotaram em 2018 reciprocamente tarifas
de importação totalizando 360 bilhões de dólares, um duelo que afetou a
indústria e a agricultura dos dois países, com efeitos colaterais para
diversas outras economias.
Trump deu a entender que as tarifas adotadas por Washington poderiam
ser mantidas mesmo no caso de um acordo, para verificar se a China
cumpre com sua parte.
Pequim, no entanto, aprovou medidas para atender as reclamações americanas.
No início de março, o Parlamento chinês aprovou uma lei que protege
as empresas estrangeiras da necessidade de transferir tecnologia, uma
das principais queixas do governo dos Estados Unidos.
O primeiro-ministro chinês Li Keqiang reiterou na quinta-feira o
compromisso de aumentar as sanções aos que violam a propriedade
intelectual, um tema central na disputa com Washington.
https://www.istoedinheiro.com.br/china-e-eua-retomam-produtiva-rodada-de-negociacoes-comerciais/