quinta-feira, 23 de maio de 2019

O que sobra da Embraer depois da venda para a Boeing


A Força Aérea levanta dúvidas sobre o futuro da Embraer que sobrará após a venda da área comercial aos americanos da Boeing

 


Enquanto avança o processo de formação da sociedade entre as fabricantes de aviões Boeing e Embraer na aviação comercial, novos detalhes sobre a negociação têm emergido. Em um parecer sigiloso apresentado em dezembro, ao qual EXAME teve acesso, o comando da Aeronáutica diz que a primeira proposta feita pela empresa americana, no final de 2017, previa a aquisição de toda a operação da Embraer. Na ocasião, segundo o documento, o governo avisou que vetaria a compra para preservar seu interesse estratégico na divisão militar, responsável por 8% das receitas da Embraer.

No formato final da transação, aprovada em fevereiro pelos acionistas, a seção de defesa e a de jatos executivos continuam sob controle nacional. Mas a Força Aérea levanta dúvidas sobre o futuro da Embraer que sobrará após a venda da área comercial aos americanos. O relatório aponta que a área de desenvolvimento de produtos é atualmente compartilhada entre as unidades e deve ser transferida para a divisão comercial. Isso ameaçaria a competitividade das restantes.

O comando militar ainda indica que, pela competência da equipe de engenharia, a empresa brasileira teria papel fundamental em ajudar a Boeing a substituir seu modelo 737 Max, envolvido em duas grandes tragédias nos últimos meses. A parceria também resolveria “do dia para a noite” as dificuldades da Embraer em levantar capital para crescer. Para a efetivação do negócio, só falta a apreciação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

 https://exame.abril.com.br/blog/primeiro-lugar/o-que-sobra-da-embraer-depois-da-venda-para-a-boeing/

Duratex adquire catarinense Cecrisa por quase R$ 1 bilhão


Com a transação, a companhia espera capturar gradualmente sinergias operacionais acima de R$ 250 milhões

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Showroom da cerâmica Portinari, marca da Cecrisa


A Duratex anunciou que adquiriu a totalidade da catarinense Cecrisa, de Criciúma. A produtora de revestimentos cerâmicos e dona da marca Portinari (foto) foi negociada por R$ 539 milhões, além de uma dívida de R$ 442 milhões, totalizando R$ 981 milhões. A operação será realizada sem alterações relevantes na atual estrutura de capital e no endividamento da Duratex. “O novo negócio permitirá a ampliação do portfólio da companhia, que reúne atualmente as marcas Durafloor (pisos laminados e LVT), Deca (louças e metais sanitários), Hydra (produtos para aquecimento de água e válvulas), Duratex (painéis de madeira e revestimentos de paredes e forros) e Ceusa (revestimentos cerâmicos). Com a transação, a companhia espera capturar gradualmente sinergias operacionais e administrativas acima de R$ 250 milhões”, revela a Duratex, em nota. 

“Essa aquisição somada à expansão da Ceusa, anunciada anteriormente, traz escala e sinergias importantes para o nosso negócio, deixando a Duratex ainda mais competitiva”, prevê Antonio Joaquim de Oliveira, presidente da Duratex. Com capacidade de produção de 20 milhões de metros quadrados por mês, a Cecrisa possui três unidades fabris no Brasil, sendo duas em Criciúma e uma em Santa Luzia (MG). A empresa tem cerca de 1.700 funcionários. 

A Cecrisa é a 223ª empresa da região, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado por AMANHÃ, em parceria técnica com a PwC. No ranking, baseado no exercício de 2017, apresentava receita líquida de R$ 558, 7 milhões, patrimônio líquido de R$ 87,9 milhões, além de um lucro de R$ 4 milhões. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/7561

Com Avon, Natura se torna ainda mais forte fora do Brasil


Com a aquisição, a empresa dependerá muito menos de seu país natal e cerca de 68,3% das vendas virão de fora

 


A Natura, conhecida por sua inspiração brasileira e por ingredientes vindos da Amazônia, é cada vez maior fora de seu país de origem. Com a compra da Avon, a companhia dá um salto em sua presença pelo mundo.

Não apenas as duas gigantes de cosméticos terão faturamento conjunto de mais de 10,9 bilhões de dólares, como estarão presentes em 100 países com mais de 6,3 milhões de consultoras ou representantes. Será o quarto maior grupo de beleza do mundo, atrás da L’Oréal, Estée Lauder e Shiseido.

Até então, cerca de 45,4% das receitas líquidas da Natura & Co vinham do Brasil. Com a aquisição, a empresa dependerá muito menos de seu país natal: cerca de 68,3% das vendas virão de fora. A empresa passa a ser uma das empresas brasileiras mais internacionalizadas.

Considerando apenas as receitas, Natura se torna a 7ª brasileira mais internacionalizada. A análise é feita com base na pesquisa anual da Fundação Dom Cabral, que acompanha as trajetórias internacionais das companhias brasileiras.

Segundo a pesquisa, entre as empresas com maior porcentagem de receita fora do Brasil, Odebrecht, CZM e Fitesa ocupam as três primeiras posições do ranking, com 84,2%, 82,3% e 77,5% das receitas vindas de fora. 

O ranking analisa quantos ativos e funcionários as companhias têm no exterior em comparação ao total e qual a participação das operações internacionais em suas receitas. A edição de 2018 contou com 69 companhias brasileiras, incluindo aquelas que operam por meio de franquias.

A fabricante de não-tecidos Fitesa, Odebrecht e a InterCement, do grupo Camargo Corrêa, são as empresas com o maior índice de internacionalização, segundo a pesquisa, considerando também o número de ativos e funcionários estrangeiros.

  
Histórico


Apesar do salto gigantesco que a Natura dá com a compra da Avon, sua internacionalização começou nos anos 1990, com a expansão para a América Latina. Em 2013, se tornou uma empresa multimarca, com a compra da australiana Aesop, de produtos mais premium, que hoje tem mais de 300 lojas pelo mundo.

Há dois anos, a brasileira enfrentou seu maior desafio até então, com a compra da inglesa The Body Shop, com 3 mil lojas pelo mundo. “Agora, com a Avon, damos mais um passo na internacionalização, em uma escala muito maior”, afirmou o presidente executivo do conselho de administração da Natura, Roberto de Oliveira Marques, em teleconferência sobre o negócio.

De acordo com o banco BTG Pactual, as duas terão 47% do mercado de vendas diretas no Brasil. A maior parte da operação se concentra na América Latina, responsável por 25,6% dos negócios excluindo o Brasil. Também é a região que mais deverá ser beneficiada pelas sinergias da companhia.

“Dada a expertise significativa da Natura em grande parte das operações da Avon na América Latina, se a Natura focar nessa operação e em suas sinergias, a transação se torna mais atraente”, afirmou o Itaú BBA em um relatório de março, quando surgiram os primeiros boatos sobre conversas entre as duas companhias. 

Para o banco, as sinergias entre as duas companhias podem ser ainda maiores, ao considerar a capacidade logística da Natura, que pode ser usada para distribuir também os produtos Avon.

Afinal, é comum que revendedoras atuem com mais de uma empresa, seja Natura, Boticário, Avon, Tupperware ou outras marcas de venda direta. De todas as 4,15 milhões de revendedoras da nova companhia que atuam na América Latina, cerca de 482 milhões já atua, com as duas marcas e esse número só tende a aumentar.

Para Marcos Gouvêa, fundador e diretor geral do Grupo GS&Gouvêa de Souza, as duas companhias têm grandes chances de crescimento em países emergentes, regiões já atendidas por elas. “Vendas diretas, o core das duas empresas, são muito mais relevantes nesses mercados, em comparação com países mais desenvolvidos”, afirma.

Com a aquisição, a Natura leva seus produtos ingredientes brasileiros para cada vez mais longe.


https://exame.abril.com.br/negocios/com-avon-natura-se-torna-ainda-mais-forte-fora-do-brasil/

Senado aprova MP que autoriza atuação de aéreas estrangeiras no Brasil





O Plenário do Senado aprovou o Projeto de Lei de Conversão 12/2019, oriundo da MP 863/2018, que autoriza a participação de até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas brasileiras. O texto foi aprovado nesta quarta-feira (22/5), o último dia antes que a MP perdesse a força de lei. Como foi modificada no Congresso, a medida agora vai para sanção presidencial.


A MP revoga trechos do Código Brasileiro de Aeronáutica para concessão de serviços aéreos públicos. Entre eles, destacam-se a exigência que 80% do capital com direito a voto seja pertencente a brasileiros. Agora, a participação de estrangeiros no controle da empresa pode ser de até 100%.

Além disso, não é mais necessário que a direção da empresa seja confiada exclusivamente a brasileiros, nem que as ações com direito a voto sejam nominativas na hipótese em que a empresa for constituída sob a forma de sociedade anônima.

O texto também inclui emenda garantindo ao passageiro o direito de despachar uma mala de até 23 kg em viagens aéreas. Na prática, a decisão revoga a resolução nº 400, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que autorizava a cobrança pela bagagem despachada.




Alterações


O Senado manteve as alterações feitas pela Câmara no relatório apresentado pelo senador Roberto Rocha (PSDB-MA), autor do parecer da comissão mista que analisou a MP, editada no final do governo Michel Temer. Os deputados retiraram duas emendas apresentadas pelo relator.

No caso do controle das aéreas pelo capital internacional, ficou de fora da MP a proposta de condicionar esse controle à operação, por um mínimo de dois anos, de 5% dos voos em rotas regionais. Os deputados também rejeitaram emenda que previa a operação de voos internacionais por tripulantes brasileiros, ressalvada a possibilidade de no máximo 1/3 de comissários estrangeiros.

O teor das emendas rejeitadas deverá ser incorporado ao Projeto de Lei (PL) 2.724/2015, aprovado no mês passado na Câmara, que permite ao capital estrangeiro controlar empresas aéreas com sede no País e reformula regulamentos do setor de turismo. A proposta aguarda votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, onde tramita como PL 1.829/2019, sob a relatoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).  Com informações da Agência Senado.




Revista Consultor Jurídico


  https://www.conjur.com.br/2019-mai-22/senado-aprova-mp-autoriza-aereas-estrangeiras-brasil

segunda-feira, 20 de maio de 2019

PqTec renova contrato de gestão de projeto setorial da Apex-Brasil



PqTec renova contrato de gestão de projeto setorial da Apex-Brasil Representantes de empresas e do Cluster Aeroespacial participam da Farnborough Internacional Air Show, em 2018, em missão subsidiada pelo projeto setorial


O Parque Tecnológico São José dos Campos assinou no dia 3 de maio o contrato de gestão do projeto setorial “Aerospace Brazil”, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O contrato tem vigência de dois anos, de 2019 a 2021.

Os Projetos Setoriais fazem parte das ações da Apex-Brasil que visam a promoção da indústria brasileira no mercado internacional. Pela quinta vez consecutiva, o PqTec, por meio de seu Cluster Aeroespacial Brasileiro, assume a execução deste projeto.

O Parque está em uma localização estratégica para o mercado aeroespacial brasileiro: o setor é formado por cerca de 400 empresas, com uma concentração expressiva da cadeia na região do Vale do Paraíba paulista, atraídas pela sede da Embraer, em São José dos Campos.

“Como o Parque é gestor do Cluster Aeroespacial Brasileiro e tem relação direta com a cadeia desse mercado, faz todo sentido ser o ponto de articulação para atrair recursos, capacitar empresas e contribuir para torná-las competitivas internacionalmente”, explica Rodrigo Mendes, coordenador de internacionalização do PqTec.

A proposta do projeto “Aerospace Brazil” é a de receber empresas do setor em todo país para fomentar a internacionalização e exportação de produtos e serviços. Entre os objetivos, estão: aumentar o número de empresas exportadoras do setor aeroespacial, por meio de ações de promoção de vendas e inteligência comercial; aumentar a exposição e reforçar a imagem das empresas, ao promover missões empresariais, participação em feiras internacionais e rodadas de negócios com empresas estrangeiras; desenvolver estratégias para o acesso a mercados externos, com a promoção da internacionalização de empresas brasileiras, e a formação de redes colaborativas entre empresas participantes, para que possam oferecer os pacotes de serviços estruturados e integrados e posicionar-se em um nível superior na cadeia de fornecimento.

“O setor aeroespacial é estratégico para o Brasil, é um gerador de tecnologias de alto valor agregado e de receitas importantes para o PIB nacional. A parceria com a Apex-Brasil é importante para fomentar o setor em um momento ímpar do mercado, a partir da joint venture entre Boeing e Embraer”, diz Marcelo Nunes, coordenador do Cluster Aeroespacial Brasileiro.

Ações inéditas

 

Este projeto conta com iniciativas que não ocorreram em contratos anteriores. Uma delas são ações para atração de investimento estrangeiro direto (IED), a fim de desenvolver um trabalho de promoção do setor brasileiro em mercados maduros para atração de empresas estrangeiras. Outro destaque são as ações de capacitação para qualificação e certificação das empresas vinculadas, com consultoria subsidiada pelo projeto – o acesso a informações precisas reduz o custo das empresas para se adequar aos requisitos dos selos exigidos pelas grandes fabricantes ao escolher seus fornecedores.

O programa ainda prevê estudos de inteligência de mercados estratégicos, como o norte-americano e o europeu. Esses dados vão alimentar análises técnicas e softwares de market forecast (análise de tendências e demandas de mercado), aos quais os participantes terão acesso.

Paris Air Show

A primeira ação deste projeto é a participação de 15 empresas na Paris Air Show 2019, a maior feira do setor aeroespacial do mundo que ocorre de 17 a 23 de junho em Le Bourget, na França.

As empresas participantes terão benefícios como um estande compartilhado de 132 m2, divulgação da marca e apoio do Cluster e da Apex-Brasil para agendamento de reuniões. As empresas já confirmadas na missão do projeto são: AGS Holding, Akaer, Ambra Solutions, Avionics, Comutensili, Cruzeiro do Sul Aviação, Delphos, Itakar, Latecoere, MacJee, Recominte, Thyssenkrupp e Vectra Technology.

Entre as ações comerciais, o projeto também prevê subsídios para a participação em outros grandes eventos, como a Convenção e Feira da NBAA (associação de aviação executiva dos EUA), em 2019, e o Farnborough Internacional Air Show, em 2020. Também apoiará e subsidiará missões comerciais para França e Holanda e para o Aerospace and Defense Supplier Summit 2020, em Seattle (EUA), onde fica a sede industrial da Boeing.

Sobre o Cluster

  

Gerido pelo Parque Tecnológico São José dos Campos, o Cluster Aeroespacial Brasileiro é um programa centrado no fortalecimento da cadeia aeroespacial nacional, que congrega 101 empresas associadas e tem por objetivo gerar diferencial competitivo para as empresas do setor. Isso ocorre por meio de ações que visam aperfeiçoamento de processos, desenvolvimento de produtos, soluções e serviços diversos, boa logística e canais eficazes de distribuição. O Cluster é o executor do projeto setorial “Aerospace Brazil” em parceria com a Apex-Brasil

Nestlé inicia processo de venda de sua divisão dermatológica


Segundo comunicado da Nestlé, as tratativas já se iniciaram, e deve se concretizar na segunda metade de 2019

 

Nestlé inicia processo de venda de sua divisão dermatológica

Continuando suas ações para diminuir seu portfólio de empresas e focar na venda de alimentos, a Nestlé iniciou processo para vender sua divisão de produtos dermatológicos, a Nestlé Skin Health, antes chamada de Galderma. A divisão terá como compradores a empresa de capital de risco sueco EQT, e o fundo soberano de Abu Dhabi ADIA  por um valor em torno de 9 bilhões de euros.

O plano do consórcio formado pelos fundos EQT VIII  e Luxinva, filial da ADIA é de resgatar o nome Galderma e de manter a operação atual de 5 mil empregados em 40 países do negócio que faturou de 2,5 bilhões de euros em 2018. Segundo comunicado da Nestlé, as tratativas já se iniciaram, e deve se concretizar na segunda metade deste ano após aval das autoridades e dos empregados.

Desde que a Nestlé começou a diminuir seu portfólio de empresas focando naquelas de maior rentabilidade, havia a especulação de que a L’Oreal iria comprar a divisão de dermatologia da empresa suíça, que tem participação na companhia francesa.

Superintendência Geral do Cade aprova aquisição da Onofre sem restrições, diz RD


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A RD (Raia Drogasil) informa que a Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição do capital da Drogaria Onofre. O processo está sujeito a eventual recurso ou avocação pelo Tribunal do órgão no prazo de 15 dias.

A conclusão da operação está prevista para 1º de julho, passado esse prazo, com o trânsito em julgado da decisão e cumpridas demais condições, de modo que os resultados da Onofre passarão a ser consolidados pela Raia Drogasil nessa data.





https://www.istoedinheiro.com.br/superintendencia-geral-do-cade-aprova-aquisicao-da-onofre-sem-restricoes-diz-rd/