Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
A Syngenta anunciou nesta segunda-feira, 2, que concluiu a
aquisição do Cropio Group, plataforma de soluções tecnológicas para a
produção agrícola. O valor do negócio não foi divulgado.
O software da Cropio está presente em mais de 50 países e é
responsável pelo gerenciamento de 10 milhões de hectares plantados,
informou a Syngenta em comunicado.
“Esta aquisição marca um ponto de virada na estratégia digital da
Syngenta para a agricultura. A Cropio é uma empresa líder no mercado de
agricultura digital do Leste Europeu.
“Prevemos oportunidades significativas de colaboração nos outros
ativos digitais da Syngenta”, disse o diretor de Informação Digital da
Syngenta, Greg Meyers, no comunicado.
A Syngenta afirmou, ainda, que, com a aquisição, será a única empresa
do segmento a ter acessos às principais plataformas de gerenciamento
nos quatro principais mercados agrícolas: nos Estados Unidos com a
Land.db, no Brasil com a Strider, na China com a Plataforma Agrícola
Moderna e no Leste Europeu com a Cropio.
“Combinados, mais de 40 milhões de hectares em todo o mundo serão
gerenciados a partir de uma ferramenta digital da Syngenta, com um plano
para dobrar até o fim de 2020”, projeta a empresa.
A China e os Estados Unidos
travam uma batalha comercial há mais de um ano, que resultou na
imposição recíproca de tarifas alfandegárias sobre mais de US$ 360
bilhões em comércio anual - AFP
A China apresentou nesta segunda-feira uma demanda perante a
Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a entrada em vigor, neste
domingo, nos Estados Unidos, de novas tarifas sobre produtos chineses
sobre um montante em importações anuais de bilhões de dólares.
“Essas tarifas dos Estados Unidos violam seriamente o consenso
alcançado pelos chefes de estado de nossos dois países em Osaka” (Japão)
no final de junho, durante a cúpula do G20, segundo comunicado
publicado no site do Ministério do Comércio da China.
“A China está muito insatisfeita e se opõe resolutamente. De acordo
com as regras da OMC, protegerá firmemente seus legítimos direitos e
interesses”, acrescenta o texto.
A China e os Estados Unidos estão travando uma batalha comercial há
mais de um ano que resultou na imposição recíproca de tarifas
alfandegárias sobre mais de US$ 360 bilhões em comércio anual.
Na última cúpula do G20, os presidentes americano, Donald Trump, e
chinês, Xi Jinping, concordaram em reativar suas negociações comerciais.
Mas a trégua não durou muito.
Em 1º de agosto, Trump anunciou 10% de tarifas suplementares sobre
mercadorias que representam US$ 300 bilhões em importações chinesas, a
partir de 1º de setembro. Em 23 de agosto, Pequim respondeu com
represálias alfandegárias contra US$ 75 bilhões.
Em reação, no domingo, Washington decidiu aumentar as tarifas suplementares anunciadas em 1º de agosto para 15%.
Empresa
lança aplicativo gratuito voltado para o micro e pequeno empreendedor,
mas analistas seguem céticos em relação ao desempenho das ações com a
concorrência acirrada no setor
Paulo Caffarelli: Cielo Pay
estimula a inclusão de empreendedores que não dispõem de contas
bancárias, segmento que cresce 40% ao ano (Crédito: Claudio Gatti)
No mais recente capítulo da sangrenta guerra das maquininhas
de adquirência, a Cielo anunciou, na segunda-feira 26, o lançamento do
aplicativo Cielo Pay. O produto tem como alvo o cada vez mais disputado
micro e pequeno empreendedor, que poderá fazer as transações comerciais
via QR Code pelo smartphone, sem precisar da maquininha POS. A oferta
consiste também em um serviço similar a uma conta corrente, para que o
comerciante possa movimentar os valores recebidos pelo aplicativo. O
download estará disponível nas plataformas Android e IOS a partir do dia
14 de outubro, mas os testes já começaram a ser feitos pelos
colaboradores da companhia.
A novidade poderá ser baixada gratuitamente pelos clientes, e está
alinhada com a estratégia adotada pela Cielo desde que a concorrência
começou a aumentar no setor – dar foco em operações que possam garantir
um aumento na participação de mercado em detrimento aos produtos mais
rentáveis. “Como líder, a Cielo tem de se antecipar às necessidades do
cliente”, afirma Paulo Caffarelli, presidente da empresa. “O Cielo Pay
segue nessa direção”, diz o executivo.
Além de ser uma conta digital sem custos, a plataforma permite o
recebimento das vendas em até uma hora. “A gente sabe a importância que
isso tem para os empreendedores”, afirma Caffarelli. Segundo ele, a
Cielo Pay estimula a inclusão de empreendedores que não dispõem de
contas bancárias, segmento que cresce 40% ao ano. No futuro, será
possível fazer a contratação de empréstimos pelo aplicativo.
A novidade não despertou grande entusiasmo entre os analistas de
mercado, o que deve manter as ações da companhia em desprestigio. “A
notícia é positiva, mas ainda vemos um cenário muito complicado para a
Cielo”, diz Felipe Silveira, analista da Coinvalores. “Por isso,
seguimos não recomendando a exposição ao papel”, afirma o especialista.
Em 2019, até 28 de agosto, as ações da empresa acumulam uma
desvalorização de 14,3%, frente à alta de 11,7% do Ibovespa.
CETICISMO
Em linha similar vai Gustavo Pereira,
estrategista-chefe da Guide Investimentos. “Não vemos, por ora, nenhuma
reversão para as ações da empresa”, afirma. Ele cita como razão para a
falta de ânimo com o papel a economia fraca, a concorrência acirrada,
além de incertezas quanto às novidades regulatórias no segmento, que
pode colocar ainda mais pressão sobre a empresa.
Apesar do quadro desafiador, o presidente da Cielo tem promovido um
importante trabalho de reestruturação, diz Pereira, que espera outras
novidades da companhia em pouco tempo. “Após o lançamento da Cielo Pay,
não descartamos a criação de um banco próprio, com serviços focados para
pessoa jurídica e física, ampliando o nível de serviços aos clientes”,
afirma o estrategista-chefe da Guide.
André Martins, da XP Investimentos, engrossa a lista dos analistas de
mercado sem apetite pelas ações da adquirente. “Nossa visão se mantém
cautelosa quanto à companhia, apesar do resultado do segundo trimestre
ter mostrado sinais de recuperação em termos de volumes transacionados e
expansão da base de clientes, com 42% da fatia do mercado”, diz
Martins. No entanto, nem tudo foram flores no balancete da Cielo — as
despesas cresceram 27,2% no período e houve uma expressiva redução da
margem de ganho, conhecida pelo nome técnico de yield de receita, de
1,07% para 0,8% em doze meses.
Além disso, devido à rápida evolução do setor, com diversas inovações
e a possibilidade de novas medidas disruptivas, o analista da XP optou
por manter a recomendação neutra para as ações da Cielo. O preço-alvo
está em R$ 7. No pregão de quarta-feira 28, as ações fecharam cotadas a
R$ 7,26.
Uma petição de 65.000 pessoas foi entregue às
autoridades federais de Berna exigindo o cancelamento, ou revisão
significativa, do acordo comercial entre a EFTA - da qual a Suíça faz
parte - e o bloco comercial do Mercosul.
A petição intitulada "Não há acordo de livre comércio entre a
Suíça e o destruidor da Amazônia Bolsonaro" exige que Berna adie a
assinatura do acordo recentemente anunciado entre a EFTA e o Mercosul, a menos que ele contenha disposições para sancionar violações de direitos humanos ou ambientais.
A petição foi organizada pela CampaxLink externo, uma ONG que luta por "uma sociedade solidária, uma economia sustentável e um meio ambiente intacto", de acordo com seu site.
A Campax disse que as 65 mil assinaturas foram recolhidas em menos de uma semana.
Fazendo
eco das preocupações dos agricultores suíços manifestadas há alguns
dias, a Campax escreve que o acordo "aumentará as exportações
brasileiras de carne bovina e soja e, assim, promoverá o desmatamento".
"Não
é apenas ecologicamente e eticamente irresponsável concluir um acordo
de livre comércio com o [presidente brasileiro] Bolsonaro - também não
faz sentido econômico", diz o grupo.
A Campax argumenta que a
assinatura do acordo incentivaria os hábitos destrutivos do governo
Bolsonaro na Floresta Amazônica e levaria a um maior aquecimento global,
cujas consequências são muito maiores para a Suíça do que os benefícios
comerciais de curto prazo.
Oposição política
O acordo
proposto entre os países da EFTA (Suíça, Noruega, Islândia e
Liechtenstein) e o bloco Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e
Paraguai) foi confirmado pelo ministro suíço da Economia, Guy Parmelin,
no último sábado.
O acordo significaria que cerca de 95% das
exportações suíças para a área do Mercosul estariam livres de tarifas.
As barreiras técnicas ao comércio seriam abolidas e os prestadores de
serviços suíços teriam acesso mais fácil aos mercados.
Embora as
petições na Suíça não contenham nenhum peso legal, a iniciativa da
Campax reforça outros grupos que estão insatisfeitos com o acordo.
Uma
coalizão de organizações agrícolas suíças, consumidores e ONGs,
conhecida como Coalizão Mercosul, disse que colocaria o acordo à prova
no parlamento e que verificaria se os critérios para o bem-estar
ambiental e animal, bem como para a proteção dos direitos humanos e do
consumidor, foram cumpridos.
O Partido Verde disse que se oporá ao
acordo no parlamento e, se não funcionar, começará a reunir as 50 mil
assinaturas necessárias para forçar um referendo nacional.
Por sua
vez, o Partido Socialista, o segundo maior partido no parlamento, disse
na quarta-feira (28) que apoiaria o referendo do Partido Verde "a menos
que sejam dadas garantias quanto à proteção efetiva da floresta
tropical e dos trabalhadores no local".
O Ministério da Economia espera convencer o parlamento a ratificar o acordo até 2021.
A Suíça e seus parceiros da EFTA firmaram um acordo comercial com os
países sul-americanos do Mercosul. O objetivo: garantir o mesmo acesso
...
Por Andrea Tognina
O ministro das Relações Exteriores da Suíça,
Ignazio Cassis, quer fortalecer a autoconfiança da Suíça no mundo. Nesta
entrevista, o conselheiro federal explica por que razão a Suíça deve,
no futuro, agir com base em interesses claramente definidos.
swissinfo.ch:
O sr. conhece bem a psicologia do nosso país. Como pretende fortalecer a
autoconfiança da Suíça no mundo no futuro?
Ignazio
Cassis: Não é o "como", mas "o quê" é a questão agora. Que chances e
oportunidades a Suíça quer aproveitar dentro de dez anos no mundo? Para
onde nos levará essa viagem? Isso inclui valores, uma atitude e uma
visão. Queremos conhecer os motores dos desenvolvimentos. Estamos a
falar de digitalização, alterações climáticas e fluxos migratórios.
Temos agora de nos concentrar nos desafios e, acima de tudo, nas
oportunidades que estes representam para a Suíça. O "como" vem depois.
O governo suíço elaborou uma nova estratégia para as relações
exteriores até 2028. No projeto apresentado pelo ministro Ignazio
Cassis, estão os ..
Por Anna Miller
swissinfo.ch: A Suíça não é uma grande potência, não faz
parte da Europa (UE), tem pouco significado em termos de poder político.
Quando os grandes Estados chamam, a Suíça presta um bom serviço. Não
deve a Suíça libertar-se deste papel de oportunista?
I.C.:
A Suíça tem sido bastante reativa ao longo da sua história. Mas falei
de uma Suíça movida por oportunidades. Oportunista significa algo com
conotações negativas. E a Suíça não fez tão mal até agora, vivemos num
país muito bonito.
Mas isso não é suficiente. Não podes
simplesmente agir de forma reativa. Temos agora de nos interrogar
ativamente sobre o futuro que o Conselho Federal e os cantões devem
tornar possível. Para responder a esta pergunta, coloca-se agora a
questão fundamental de saber qual é a nossa posição do mundo dentro de
dez anos. Fizemos estas considerações.
"Há
cada vez mais pólos que querem exercer o poder. A Suíça, com a sua
Genebra internacional, está bem equipada para oferecer um bom ambiente
[de mediação política]." Aqui termina a citação
swissinfo.ch: Com quais pontos fortes a Suíça poderá se afirmar no futuro na competição global de opiniões e debates?
I.C.:
Nossas marcas globais são estabilidade, confiabilidade, segurança
jurídica, previsibilidade e neutralidade. Estes são os cinco pontos mais
importantes que nos tornam confiáveis em todo o mundo. É por isso que a
Suíça é muitas vezes solicitada a realizar trabalhos de mediação entre
Estados.
swissinfo.ch: Que desafios o sr. vê a Suíça enfrentar daqui a dez anos?
I.C.
: Devemos reforçar o sistema multilateral no mundo. Um mundo que agora
tem várias potências, incluindo a China, mas também a Turquia, o Brasil,
a África do Sul e outros. Há cada vez mais pólos que querem exercer o
poder. A questão é saber como podemos desempenhar um papel nesta
situação para que não haja uma escalada violenta. A Suíça, com a
internacional Genebra, está idealmente equipada para fazer um bom
trabalho nesse sentido.
swissinfo.ch: A visão de política
externa da Suíça para 2028, o chamado Avis 28, fala sobretudo dos
benefícios para a Suíça. Seria isso uma espécie de "Switzerland First"
(Suíça acima de tudo)?
I.C.: Nunca ouvirás "A Suíça acima
de tudo" da minha parte. Isso é da campanha eleitoral dos EUA. "A
América em primeiro lugar" significa mais do que a sua tradução pura.
Mas claro que represento os interesses da Suíça. Esse é o dever de cada
conselheiro federal. O artigo 2º da Constituição estabelece claramente
que é nossa missão garantir a segurança do nosso país e promover a
prosperidade - também na política externa. Isto é conseguido através de
boas relações com outros países e da estabilidade no mundo. Neste
sentido, a política externa é sempre uma política de interesses,
especialmente numa democracia direta. A Suíça é e continua sendo um país
aberto ao mundo e comprometido com a solidariedade. Valores e
interesses não são opostos - eles são mutuamente dependentes e se apoiam
mutuamente.
Você pode assistir a entrevista inteira aqui (em alemão):
A brasileira Isa Felder vive na Suíça há mais de
vinte anos. Especialista em linguística, em 2017 inaugurou em Zurique
uma escola de idiomas em parceria com outro imigrante. Embora se
concentrem no ensino de alemão para estrangeiros, o sonho é ensinar
português para suíços.
Logo que chegou à Suíça, no começo dos anos 2000, a brasileira
Isa Felder ainda não dominava o alemão. Apesar da mudança do calor do
Rio de Janeiro para o frio de Zurique, o desafio era encarado com
alegria e a jornalista estava otimista de que conseguiria se sentir em
casa rapidamente.
O processo de integração, entretanto, foi
mais complicado do que o esperado. A barreira do idioma surpreendeu pela
dificuldade, e ela teve de conquistar o aprendizado "na marra", o que a
inspira hoje a ajudar outros imigrantes.
Falar corretamente o
alemão sempre esteve na lista de prioridades de Isa, mas foi só depois
de sofrer um constrangimento que a jornalista teve a ideia de fazer uma
formação em linguística.
"Eu estava em uma loja e tomei a
liberdade de perguntar à vendedora se ela falava inglês. Ela olhou para
mim sem nenhuma simpatia e disse: por que você quer saber? Não estamos
em Londres! Fiquei tão sem graça. Aí ela simplesmente me abandonou, me
deixou ali sozinha", recorda.
Aprender na marra
Passados
quase 20 anos desde o incômodo, hoje Isa não apenas fala, como também
ensina alemão. Ela investiu muito no estudo e se graduou em linguística
pela Escola de Linguística Aplicada (SALLink externo, na sigla em alemão).
"O
curso leva quatro anos e eu concluí em cinco, porque estava trabalhando
paralelamente. É do nível de exigência de um bacharelado e foi bem
difícil. Como na época eu não tinha muito dinheiro para fazer outros
cursos por fora, eu aprendi o idioma praticamente na marra", conta.
Nos
corredores da escola ela conheceu o angolano Nelson Adão, que estudava
para se formar tradutor. Morando na Suíça desde a infância, Nelson é
fluente em francês e se tornou seu melhor amigo.
Naquela época
ainda não estava claro para a dupla que eles viriam a ser sócios, mas a
camaradagem os ajudou a concluir a maratona de estudos com sucesso e
forjou um forte elo de confiança e cumplicidade.
Após a
graduação, a carioca começou a dar aulas para amigos e diplomatas do
corpo consular brasileiro. Engajada, ela desenvolveu em conjunto com uma
colega o programa didático que foi aplicado nas aulas do Centro Brasil
Cultural (CEBRACLink externo) em Zurique, principal núcleo da cultura brasileira na Suíça.
Encorajada
pelos elogios dos alunos e baseada na sua própria experiência de
integração, Isa tomou coragem para inaugurar uma escola de idiomas, a
World Language School (WLSLink externo), em setembro de 2017.
Empreender
é "desafiar estereótipos" conta. Por ser imigrante, às vezes as pessoas
perguntam como ela pode ensinar o alemão mesmo sem ser nativa no
idioma, mas é justamente esse o diferencial da escola: oferecer cursos
falados em português. Essa didática tem por objetivo encorajar os alunos
a superar "o medo de aprender".
Papel social
A
escola de idiomas que Isa inaugurou com o sócio amigo Nelson Adão foca
justamente em ajudar estrangeiros vulneráveis a superarem seus medos e
contornarem suas limitações. Além de facilitar a comunicação nos níveis
iniciais, a escola também oferece preços bem mais acessíveis do que
cursos tradicionais como a Migros Schule.
Além disso, para que
os estudantes consigam acomodar os cursos entre o deslocamento do
trabalho à casa, a escola está situada próxima à estação central de
Zurique. "Sempre temos bons preços, mas é a localização que também ajuda
muito. Buscamos oferecer a conveniência que outros não têm", explica
Nelson.
A dupla de empresários ainda está se descobrindo nos
negócios e pretende inicialmente cumprir o papel social de facilitar a
integração dos estrangeiros - em especial dos lusófonos - à Suíça.
"Ainda
estamos registrados apenas como associação e sem fins lucrativos",
explica Felder. A empresária estima que dentro do próximo ano os sócios
vão conseguir juntar os 20 mil francos necessários para fundar uma
companhia limitada e com isso dar uma guinada mais comercial ao
empreendimento.
A maioria dos estudantes são imigrantes jovens
em empregos de base. Para eles, além de propiciar a integração, o curso
é uma maneira de evitar que acabem caindo na situação de "nem-nem": nem
estuda, nem trabalha.
De acordo com dados da Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, em 2017 cerca de 8,4% dos
habitantes da suíça na faixa-etária dos 15 aos 29 anos estavam desocupadoLink externos.
Não é uma percentagem elevada em comparação à média de 13,24% observada
nos países da OCDE, mas relevante, considerando a prosperidade da
população de Suíça.
A educação bilíngue está se tornando mais popular nas escolas
suíças, com o alemão e o francês sendo usados de forma intercambiável em
algumas ...
Demanda por cursos de alemão
Joana Costa de 26 anos é
uma das alunas. A portuguesa chegou a Zurique em janeiro de 2018 e foi
uma das primeiras a participar dos cursos. Ela já está no nível
básico-intermediário (A2) e trabalha como cuidadora de crianças na casa
de uma família de alemã.
"Gosto muito da disponibilidade dos
professores. As turmas são com poucas pessoas, o que ajuda bastante.
Também me agrada que falam o português e por isso conseguimos tirar
dúvidas específicas", conta.
"Além disso, eu tive que resolver
burocracias no governo, com vários formulários, e os professores me
ajudaram a preencher e resolver", elogia Costa.
"Aqui
apoiamos o aluno com tudo. Damos até sessão terapêutica", brinca Isa se
referindo ao suporte "técnico" e emocional que oferece aos estudantes. A
escola também oferece esporadicamente treinamentos em meditação e
palestras sobre cidadania.
Alemão para iniciantes é o curso
com maior procura, com a principal demanda pelos níveis A1 e A2, mas a
WLS oferece ainda aulas de inglês, espanhol, francês, italiano e
português.
A estratégia de Isa e Nelson para o futuro é
justamente ir além da comunidade imigrante e focar nos cidadãos suíços
que têm afinidade com o Brasil e Portugal. "Eu ainda vou ensinar
português pra eles", já sonha com determinação a carioca.
A Total inaugurou, no último dia 22, em Betim (MG), o
primeiro posto de combustíveis do Brasil com sua marca após a aquisição,
no final de 2018, dos 280 pontos da rede Zema. As unidades compradas
estão localizadas sobretudo nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Distrito
Federal, Mato Grosso e São Paulo.
O posto, chamado de Beija Flor, atende em média 30 mil clientes e
vende mais de 1 milhão de litros por mês, segundo apontou a empresa, em
nota.
“Estamos presentes no Brasil desde 1975 e este País é particularmente
importante para nós”, afirmou Momar Nguer, diretor-Geral da Total
Marketing & Serviços e membro do Comitê Executivo do Grupo, que veio
de Paris para a ocasião.
O executivo apontou também que a entrada do grupo no setor de
distribuição do País marca “um primeiro passo em nossas ambições de
crescimento no mercado de combustíveis e lubrificantes deste grande
país, com o objetivo de dobrar nossas vendas nos próximos cinco anos”.
De acordo com Antoine Tournand, CEO da Total Brasil Distribuidora,
nos próximos dois anos, o grupo vai passar todos os 280 postos para as
cores da Total.