Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
Santander Brasil faz acordo com BTG em central registradora
Logo do Santander (Crédito: REUTERS/Edgard Garrido)
SÃO PAULO (Reuters) – O Santander Brasil firmou acordo com o
BTG Pactual para investimento minoritário na Central de Serviços de
Registro e Depósito aos Mercados Financeiro e de Capitais (CSD BR),
disseram os dois bancos nesta segunda-feira.
A CSD BR opera como uma registradora de ativos financeiros,
derivativos, valores mobiliários e apólices de seguro, autorizada pelo
Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pela
Superintendência de Seguros Privados, afirmou o Santander.
O valor do investimento não foi informado.
Queda da bolsa no Brasil cria alvos de aquisição
Queda da bolsa no Brasil cria alvos de aquisição
Por Carolina Mandl e Tatiana Bautzer
SAO PAULO (Reuters) – A grande atividade em torno de fusões e
aquisições nas duas primeiras semanas do ano no Brasil surpreendeu os
executivos de bancos de investimento.
Com a economia em recessão, inflação a duplos dígitos e a expectativa
de uma eleição presidencial polarizada, muitas empresas perderam valor
na bolsa e tornaram-se alvos fáceis de aquisição.
“Há muito tempo não via um início de ano com um volume tão alto de
fusões e aquisições”, disse Roderick Greenlees, chefe global de
investment banking do Itaú BBA.
O índice Ibovespa caiu 17% nos últimos seis meses, e o real perdeu 5%
em relação ao dólar, com as preocupações relativas aos riscos
macroeconômicos, piora da disciplina fiscal e incertezas eleitorais.
As empresas mais frágeis são aquelas listadas recentemente na bolsa e
que perderam valor de mercado significativo desde suas ofertas públicas
iniciais de ações (IPOs), segundo os executivos.
As varejistas de móveis Mobly e Westwing, a empresa de programa de
fidelidade Dotz, a companhia de terceirização de serviços Getninjas e a
Oceanpact , de engenharia marítima, perderam mais de 70% do valor desde
seus IPOs, no ano passado.
“Há muitas empresas listadas de pequeno a médio porte que teriam
dificuldades para acessar os mercados de capitais e levantar mais
dinheiro, então as fusões e aquisições são uma alternativa mais
confiável ou a única alternativa”, disse Gustavo Miranda, chefe de
investment banking do Banco Santander Brasil.
O Banco Modal, por exemplo, perdeu quase 60% do valor desde seu IPO em abril, e recebeu uma oferta de aquisição da XP este mês.
A discussão entre as empresas de shopping Aliansce Sonae e BR Malls
para uma fusão também ocorrem após queda de mais de 20% das ações de
ambas companhias frente a um ano antes. O negócio parece ser motivado
pela necessidade de mostrar crescimento e boas notícias aos
investidores, mesmo com as dificuldades da recuperação do setor de
shoppings.
A BR Malls rejeitou a oferta inicial da Aliansce Sonae, mas as
negociações devem continuar. As varejistas Americanas e Marisa Lojas não
chegaram a um acordo sobre uma potencial transação no ano passado.
Ricardo Lacerda, presidente-executivo e fundador do banco de
investimentos BR Partners, disse que a turbulência recente na bolsa
interrompeu planos de empresas recentemente listadas e elas podem ser
forçadas a entrar em transações. “Algumas estavam contando com ofertas
subsequentes para financiar sua expansão mas não conseguiram captar
devido à volatilidade de mercado”, afirmou.
Captar dívida também ficou mais caro para as empresas, com a alta das
taxas de juros básicas no ano passado de 2% em março para 9,25% em
dezembro.
“Dada a volatilidade que está afetando as ofertas de ações, os
volumes de fusões e aquisições em 2022 devem superar os do ano passado,”
afirma Hans Lin, co-head de investment banking do Bank of America no
Brasil. No ano passado, fusões e aquisições envolvendo empresas
brasileiras atingiram 101,6 bilhões de dólares, 152% acima de 2020.
NOVAS OFERTAS
Os executivos de bancos preferem não estimar o volume de ofertas de
ações este ano, mas vários esperam que os montantes caiam em relação ao
ano passado.
As ofertas de ações levantaram 26,2 bilhões de dólares no ano
passado, ligeiramente abaixo dos volumes de 2020 em dólares, mas o
número de negócios aumentou 17%, para 78 ofertas.
“Tivemos no ano passado recorde em ofertas de ações, mas 2022 não
será tão forte para as emissões como resultado da volatilidade
macroeconômica e política”, disse Greenlees, do Itaú.
Algumas empresas já anunciaram planos para ofertas subsequentes, como
a processadora de alimentos BRF e a petroquímica Braskem. Também é
esperada para junho a privatização da Eletrobras.
Os executivos acreditam que as operações de follow-on serão mais
comuns do que IPOs este ano, com os investidores preferindo ativos
conhecidos durante períodos voláteis.
“Dependendo da recepção às ofertas subsequentes, o sentimento dos
investidores pode melhorar e potencialmente permitir alguns IPOs,” disse
Eduardo Miras, chefe da área de banco de investimento do Citi.
SÃO PAULO (Reuters) – O principal índice de ações da bolsa
brasileira caía nesta segunda-feira, diante de aversão ao risco no
mercados internacionais dada a escalada de tensões na Ucrânia.
Investidores também mantinham o foco na expectativa pela decisão de
política monetária nos Estados Unidos, enquanto na cena doméstica
mercado avaliava a sanção do Orçamento de 2022 pelo presidente Jair
Bolsonaro.
Às 11:45, o Ibovespa caía 1,32%, a 107.504,10 pontos. Empresas com
atividade ligadas às commodities metálicas pressionavam o índice,
enquanto alguns papéis de bancos e frigoríficos ajudavam a conter as
perdas. O volume financeiro era de 7,4 bilhões de reais.
Os ativos de risco globais recuavam nesta segunda-feira, com
investidores preocupados após a Rússia acumular tropas nas fronteiras
com a Ucrânia. Algumas nações incluindo Estados Unidos e Reino Unido
ameaçaram impor sanções caso os russos invadam o país vizinho, embora
Moscou negue que tenha planos para uma ofensiva.
A aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)
disse que estava colocando forças em prontidão e reforçando o leste
europeu com mais navios e jatos de guerra.
Rússia e EUA estão em negociações, com Moscou exigindo que a Otan
retire a promessa de que a Ucrânia poderá se juntar à aliança um dia, e
que a organização retire tropas e armas de ex-países comunistas no leste
europeu que entraram no grupo após a Guerra Fria.
Os índices de ações nos EUA caíam mais de 1%, estendendo queda das
últimas sessões, e o índice de volatilidade CBOE subiu mais cedo em Wall
Street para o maior patamar desde o início de dezembro. O índice
pan-europeu STOXX 600 também recuava firme.
A semana é importante para os mercados globais, que aguardam pela
decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira.
Embora as expectativas sejam de manutenção da taxa de juros, as atenções
estão voltadas para o tom a ser adotado pelo banco central
norte-americano e as potenciais pistas a serem divulgadas sobre se o
início do ciclo de alta nos juros começará já em março.
Na cena doméstica, a pauta fiscal segue no radar após a sanção do
Orçamento de 2022 pelo presidente Jair Bolsonaro, que incluiu previsão
de 1,7 bilhão de reais para reajustes de servidores públicos.
A peça ainda projeta 4,9 bilhões de reais para alimentar o fundo
eleitoral, enquanto Bolsonaro vetou 3,2 bilhões de reais com o objetivo
de recompor verbas de pessoal, menos do que o estimado anteriormente.
DESTAQUES
– VALE ON cedia 1,8% e CSN ON caía 1,9%. Trata-se da terceira queda
seguida de ambos os papéis. Os preços do minério de ferro recuaram na
Ásia, com traders cautelosos antes do feriado do Festival da Primavera e
dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.
– LOCAWEB ON caía 8,2%, enquanto BANCO PAN PN cedia 6,4%, MÉLIUZ ON tinha queda de 5,7% e INTER UNIT recuava 5%.
– BRADESCO PN subia 1,5% e ON tinha alta de 0,7%, e BANCO DO BRASIL
ON avançava 0,6%. Já ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,3% e SANTANDER BRASIL UNIT
recuava 0,5%.
– PETROBRAS PN caía 0,7% e ON cedia 1,1%, diante de queda nos preços
do petróleo devido à alta do dólar — por conta das tensões na Ucrânia — e
da perspectiva de aumento de juros nos EUA nos próximos meses.
– IRB BRASIL ON caía 4,2%, estendendo queda da última sessão. A
empresa divulgou nesta segunda-feira prejuízo líquido de 113,8 milhões
de reais em novembro, enquanto prêmios emitidos caíram 0,5% ante o mesmo
período de 2020, enquanto o sinistro aumentou 13,5%.
– MARFRIG ON subia 4,7%, enquanto JBS ON avançava 0,8%. O preço-alvo
da ação da Marfrig foi elevado de 25 para 27 reais por Jefferies.
– HAPVIDA ON avançava 1,5% e INTERMÉDICA ON subia 1,1%, sétima alta
consecutiva de ambos os papéis. As empresas planejam finalizar a
combinação de seus negócios em fevereiro.
– EMBRAER ON caía 1,1%, após subir quase 5% na abertura. A
fabricante de aeronaves recebeu pedidos da companhia de leasing
norte-americana Azorra em transação de 3,9 bilhões de dólares.
– AMERICANAS ON caía 1,4%, menos que os pares MAGAZINE LUIZA ON e VIA
ON, que cediam 4,5% e 5,5%, respectivamente. As ações de Lojas
Americanas deixaram de ser negociados na B3 a partir desta
segunda-feira, após combinação de bases acionárias com a Americanas.
"Ameaça". Após EUA, Reino Unido também retira alguns diplomatas de Kiev
Em
causa está a "ameaça crescente" da Rússia. Medida surge após os EUA
ordenarem a saída de familiares de funcionários da embaixada da Ucrânia.
Já o chefe da diplomacia europeia afirmou que a UE não está a pensar
ordenar a retirada do seu pessoal diplomático e sublinha que não se deve
"dramatizar".
O Reino Unido começou a
retirar "alguns funcionários" da embaixada em Kiev, na Ucrânia. Em causa
está a "ameaça crescente" da Rússia.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Commonwealth sublinhou que a embaixada britânica "permanece aberta e continuará a realizar os serviços essenciais".
Segundo o jornal The Telegraph, a medida não foi tomada como resultado de um possível ataque direto aos diplomatas britânicos, mas sim como "uma resposta à crescente ameaça russa e ao potencial risco para os funcionários do Reino Unido".
Também os Estados Unidos da América (EUA) autorizaram, no domingo, a saída voluntária de diplomatas norte-americanos de Kiev e ordenaram a saída de “familiares elegíveis” da embaixada. Em causa está a “contínua ameaça de ação militar russa”.
“Em 23 de janeiro de 2022, o Departamento de Estado autorizou a saída
voluntária de funcionários contratados diretos dos EUA e ordenou a
saída de familiares elegíveis da embaixada de Kiev devido à contínua ameaça de ação militar russa”, lê-se num comunicado, citado pela CNN.
Os funcionários podem abandonar a embaixada, se assim o desejarem, e os cidadãos norte-americanos a residir na Ucrânia “devem agora considerar” deixar o país em voos comerciais ou outros meios de transporte, acrescentou o comunicado.
O Aviso Global de Saúde Nível 4, que anteriormente se referia à pandemia de Covid-19, passou a desaconselhar as viagens para a Ucrânia “devido ao aumento das ameaças de ação militar e da Covid-19". Há ainda um alerta para as viagens para a Rússia e a “tensão contínua ao longo da fronteira com a Ucrânia”.
"Não viaje para a Rússia devido à tensão
contínua ao longo da fronteira com a Ucrânia, o potencial assédio a
cidadãos dos Estados Unidos, a capacidade limitada da embaixada de
ajudar os cidadãos dos Estados Unidos na Rússia, a covid-19 e restrições
de entrada relacionadas, terrorismo, assédio por funcionários de
segurança do governo russo e aplicação arbitrária da lei local”, lê-se aviso.
O governo norte-americano recusou-se a dar uma estimativa do número
de cidadãos a trabalhar na embaixada de Kiev e a residir no país.
Já esta segunda-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou que a União Europeia não está a pensar ordenar a retirada do seu pessoal diplomático da Ucrânia, a menos que o secretário de Estado norte-americano partilhe hoje "mais informação" que justifique tal medida.
Em
declarações à chegada de uma reunião de ministros dos Negócios
Estrangeiros da UE, em Bruxelas, que volta a ter como assunto em
destaque na agenda a tensão na fronteira da Ucrânia com a Rússia, o Alto
Representante da União para a Política Externa e de Segurança,
questionado sobre a decisão de Washington de ordenar a retirada das
famílias dos diplomatas dos Estados Unidos colocados em Kiev, comentou
que não se deve "dramatizar".
Apesar de o Brasil ser visto internacionalmente como um país que tem perdido a batalha contra o desmatamento da Amazônia, outros aspectos ambientais, sociais e de governança, os critérios ESG, oferecem uma perspectiva positiva.
“O Brasil mostrou-se disposto e capaz de se tornar uma nação
sustentável por meio de ações de base, engenhosidade e políticas
públicas. Eu diria que o futuro é promissor”, explica Dan Raghoonundon, chefe de pesquisa ESG da Janus Henderson, gestora com cerca de US$ 420 bilhões sob gestão.
Em entrevista ao Money Times, Raghoonundon dá a sua
visão sobre como os investidores internacionais têm visto o Brasil, além
de uma visão única sobre quem trabalha com ESG no dia a dia e toma
decisões de investimentos com base nelas. Confira:
As empresas no Brasil têm alguma vantagem ou desvantagem em
relação ao ESG? O fato de termos uma matriz energética limpa nos
favorece, ou reduz o espaço para melhorias e, portanto, estamos em
desvantagem?
O Brasil deu passos significativos na transição para um planeta mais sustentável, mas ainda há muito a ser feito.
Como você aponta, o Brasil tem uma matriz energética que depende da
hidroeletricidade. É importante ressaltar que o país também tem uma
política bem estabelecida em energia nuclear, que poderia servir como um
apoio juntamente com a hidreletricidade, caso haja necessidade.
Aproveitando a abundante disponibilidade de água, o Brasil também se
tornou um ator fundamental na sustentabilidade alimentar global e é um
dos principais produtores de vários produtos agrícolas, incluindo
mandioca, café, açúcar, trigo, açúcar e proteínas, como carne bovina e
aves.
Na frente social, o Bolsa Família
foi um projeto social de referência que, desde então, foi replicado em
muitos países ao redor do globo. O país fez muito pela igualdade de
gênero, principalmente tendo uma mulher como chefe de Estado.
As investigações da Lava Jato lançaram luz sobre o nexo entre o
Estado e as empresas no Brasil, e a governança corporativa melhorou
consideravelmente desde então. Atualmente, a maioria das grandes
empresas adere aos padrões globais de governança corporativa.
Dito isso, o país poderia se sair melhor em áreas como descarte de
água e tratamento de esgoto. O desmatamento continua a um ritmo
insustentável. A desigualdade é gritante no Brasil e a oferta de
serviços básicos, como educação e saúde, está aquém das expectativas da
população.
Em suma, o Brasil mostrou-se disposto e capaz de se tornar uma nação
sustentável por meio de ações de base, engenhosidade e políticas
públicas. Eu diria que o futuro é promissor.
O que conta mais: nossas credenciais ambientais ou a imagem que é mostrada internacionalmente?
O desastre da Barragem de Mariana e os derramamentos de óleo
certamente atraíram a imprensa negativa, mas, para seu valor, as
autoridades brasileiras responsabilizaram os responsáveis e medidas
corretivas foram adotadas após o ocorrido para evitar a repetição dos
acidentes. Os protocolos de segurança do Brasil estão alinhados com os
padrões globais e o registro é bom em sua maioria.
São muitos os pontos positivos, inclusive o pioneirismo do país em biocombustíveis. O Brasil produz 30% do etanol
do mundo e é o segundo maior produtor global. A Agência Internacional
de Energia vê a liquidez global do mercado de biocombustíveis triplicar
até 2030 em seu cenário net zero, e o Brasil vem aproveitando o momento
por meio do programa RenovaBio e do desenvolvimento do etanol de segunda geração.
O Brasil desenvolveu seu primeiro mercado de carbono regulamentado em
2017 sob o programa RenovaBio, que busca obrigar os distribuidores de
combustíveis a comprar créditos de carbono chamados CBios de produtores
renováveis. O Brasil lançou os carros flex fuel em 2003 e hoje quase
100% dos carros vendidos são flex fuel. Nesse caso, o Brasil demonstrou
notável previsão.
Em quais ações ou setores a Janus está investindo em ESG no Brasil? Os investidores têm pedido esse critério?
Todas as mesas de investimento da Janus Henderson Investors
incorporam ESG em seu processo de investimento. Acreditamos firmemente
que as considerações ESG melhoram as decisões de investimento tanto do
ponto de vista da mitigação de risco quanto da geração de retornos
superiores. Pesquisas abundantes mostraram que empresas com altas
classificações ESG tendem a apresentar desempenho financeiro robusto, e
nossa própria experiência sugere o mesmo.
Os investidores estão muito interessados em ouvir sobre nossa
avaliação de ESG e a incorporação do fator ESG em nossos processos de
alocação e seleção há quase uma década. A Janus Henderson Investors
acredita que o setor de gestão de ativos, incluindo nós mesmos, tem um
papel fundamental para facilitar a transição contínua, canalizando
capital para entidades que valorizam a sustentabilidade.
O ESG é um critério fundamental, ou seja, pode impedir a decisão de investimento de um fundo?
As considerações ESG certamente nos levam a evitar certas empresas e
setores. Algumas das principais estratégias ESG que usamos são triagem
negativa (ou seja, excluindo empresas ou setores específicos), triagem
positiva (ou seja, concentrando-se em setores específicos), investimento
de primeira linha (ou seja, selecionando o melhor em relação a ESG),
ativismo (ou seja, apresentar petições e votar em assembleias gerais
anuais de acionistas) e engajamento (ou seja, reunir-se com o conselho e
a administração e tentar convencê-los a ter um melhor desempenho em
ESG).
A Janus Henderson Investors tomou medidas para fornecer aos analistas
de pesquisa e gerentes de portfólio as ferramentas e informações para
identificar riscos e oportunidades dentro dos portfólios e tomar
decisões de investimento que levem em consideração informações ESG
financeiramente relevantes.
Isso inclui a criação de uma equipe de Pesquisa ESG liderada por mim
para facilitar a identificação e incorporação de fatores ESG no processo
de tomada de decisão de investimento.
Como a Janus avalia o ESG das empresas? São utilizados critérios próprios ou de terceiros?
A Janus Henderson Investors usa um complemento de dados proprietários
e de terceiros. A empresa realiza milhares de compromissos relacionados
a ESG anualmente, o que apóia nossa avaliação das questões ESG. Nosso
envolvimento é personalizado, pois ESG não é uma questão neutra para
empresa, setor ou país e precisa ser adaptada às circunstâncias.
Como as métricas objetivas para medir o desempenho ESG estão evoluindo e quando devemos esperar que elas amadureçam?
Subscrevo a opinião expressa pelo falecido economista americano Allan
Meltzer de evitar colocar um número numa data. Dito isto, os dados ESG
são de qualidade muito melhor agora. Podemos esperar com segurança uma
melhora rápida nos próximos anos, à medida que os reguladores domésticos
exigem divulgações padronizadas, aumentos de garantia ESG, empresas
estabelecem equipes ESG e várias entidades são responsabilizadas em
relação ao seu impacto nas pessoas e no planeta.
Michele Salles, fundadora da Carreira
Preta, é a nova diretora de saúde mental, inclusão e diversidade da
Ambev (Ambev/Divulgação)
A cervejaria Ambev anunciou nesta sexta-feira, 21, a contratação de Michele Salles como sua nova head de diversidade, inclusão e saúde mental. A executiva é a segunda a ocupar o cargo criado em 2020, assumindo a diretoria após a saída de Mariana Holanda.
A criação de uma diretoria focada em saúde mental marcou o processo de transformação da cultura organizacional da Ambev, que é conhecida pelo foco em metas e meritocracia.
A empresa se antecipou ao debate dentro da empresa de problemas que
têm crescente relevância dentro do mundo corporativo: o estresse crônico
e o esgotamento profissional. No início de 2022, entrou em vigor a nova
classificação da OMS que coloca a Síndrome de Burnout como um fenômeno ligado ao trabalho.
O objetivo da empresa é construir um ambiente inclusivo e com
segurança psicológica. Assim, os temas de diversidade e inclusão ficam
nas mãos da mesma diretoria para criar um olhar para o ser humano em sua
totalidade.
“Inclusão e saúde mental estão totalmente conectadas, se
retroalimentam. Se temos um ambiente de respeito à individualidade e à
singularidade, naturalmente a pessoa tende a se sentir incluída e única.
Através disso, entregamos uma cultura diversa e de segurança
psicológica, conectadas à saúde mental”, diz a nova gerente.
Michele Salles Villa Franca é formada como psicóloga e tem mais de 12
anos de experiência na área de recursos humanos e diversidade. Ela
fundou e lidera a Carreira Preta, consultoria de soluções corporativas e
educacionais de inclusão.
Renner acaba de nomear Daniel Martins — um veterano com 25 anos de
Unilever que começou na multinacional como trainee — como seu novo CFO.
Daniel começará na companhia na segunda-feira.
Na Unilever, Daniel ocupou posições em marketing, vendas e supply chain no Brasil, Espanha e Suíça.
Foi vice-presidente financeiro na Unilever Americas SupplyChain
Company na Suíça, CFO da Unilever Espanha, diretor financeiro de
desenvolvimento ao cliente (vendas) e de alimentos na Unilever Brasil,
além de ter ocupado outros cargos na área financeira da multinacional.