quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Lula se reúne com Campos Neto, no primeiro encontro oficial entre os dois desde a posse


O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central, Campos Neto

O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (Crédito: Agência Brasil) 

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terão nesta quarta-feira, 27, o primeiro encontro desde a posse do petista, em 1º de janeiro. Nestes 269 dias, Campos Neto foi por algumas vezes alvo da retórica do presidente contra a manutenção dos juros em nível alto. O líder do Executivo chegou a chamar o chefe da autoridade monetária de “este cidadão”, “tinhoso” e “teimoso”.

Por muitas vezes, coube ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o papel de “bombeiro”.

Haddad, aliás, também estará na reunião no Palácio do Planalto, às 17h30, de Brasília.

O encontro vem em um momento em que uma parcela dos aliados de Lula reduziu o tom das críticas a Campos Neto e ao BC, justamente por causa do início do ciclo de redução da Selic.

Mas nomes influentes no entorno de Lula, como a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), seguem com falas duras. Na semana passada, após o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir unanimemente pela queda dos juros básicos em 0,50 ponto porcentual, a 12,75%, a parlamentar reclamou de um processo de baixa feito “a conta-gotas”.

De todo modo, como apurou a CNN Brasil, a reunião desta quarta-feira representará ao menos um gesto de aproximação entre os presidentes da República e do BC, que solicitou ao Executivo a audiência.

 

TSE exclui Forças Armadas do grupo de fiscalização das eleições


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nesta terça-feira (26), excluir as Forças Armadas do grupo de entidades fiscalizadoras das próximas eleições. Os militares também deixarão de participar da comissão de transparência do pleito. Em 2021, a participação dos militares foi inserida em uma resolução aprovada durante a gestão do então presidente do tribunal, Edson Fachin.

A proposta de alteração foi feita pelo atual presidente, Alexandre de Moraes. Segundo o ministro, a participação das Forças Armadas na fiscalização das eleições de 2022 se mostrou “incompatível” com as atribuições legais dos militares.

“Essa ampliação das Forças Armadas no rol de entidades fiscalizadoras não se mostrou compatível com suas funções constitucionais nem razoável e eficiente”, afirmou.

De acordo com Moraes, as Forças Armadas vão continuar auxiliando a Justiça Eleitoral no transporte de urnas eletrônicas e na segurança dos eleitores e locais de votação.

Na mesma decisão, o TSE também retirou o Supremo Tribunal Federal (STF) das entidades fiscalizadoras. Para o tribunal, três ministros do Supremo também fazem parte do TSE e, além disso, a Corte é alvo de recursos contra as decisões da Justiça Eleitoral.

Durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, que foi candidato à reeleição, as relações entre o TSE e as Forças Armadas foram marcadas por diversos atritos. Em um dos episódios, em um relatório encaminhado ao tribunal eleitoral, o Ministério da Defesa afirmou que os militares não excluíram a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas.


 https://istoe.com.br/tse-exclui-forcas-armadas-do-grupo-de-fiscalizacao-das-eleicoes/

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Ótica europeia Opticalia inaugura lojas no Brasil


Loja da Opticalia Brasil no Shopping Iguatemi Alphaville

Criada em 2008 em Madri, na Espanha, a Opticalia busca oferecer um novo conceito de experiência ao cliente (Crédito: Reprodução / Internet)

 

A Opticalia, uma marca espanhola de eyewear, anuncia a sua chegada ao Brasil com a inauguração de sua primeira loja, localizada no Shopping Iguatemi Alphaville, no bairro que leva o mesmo nome, na região metropolitana de São Paulo.

Criada em 2008 em Madri, na Espanha, a Opticalia busca oferecer um novo conceito de experiência ao cliente, em um local planejado para transformar o consumidor no cerne principal do processo de vendas.

A rede possui mais de 1.100 lojas espalhadas pelo mundo, com presença em países como Espanha, Portugal, Colômbia, México e Marrocos. Segundo anúncio da empresa, a aposta no mercado brasileiro se dá devido a pouca quantidade players no segmento. Além disso, a companhia vê o Brasil como um país reconhecido internacionalmente como benchmark de relacionamento com o cliente.

“Serviço é o core business do modelo de negócios de óculos e o Brasil tende à flexibilização, no que diz respeito a agregar serviços médicos ao atendimento”, afirma a empresa em nota. Ainda de acordo com a Opticalia, a categoria de Luxury Eyewear deve crescer quase 30% (29,2%) nos próximos quatro anos. A marca prevê a inauguração de 22 óticas para conquistar o mercado brasileiro.

 

Alaska celebra a chegada de dois novos jatos Embraer coloridos


Divulgação – Alaska Airlines

A empresa fez a estreia de duas aeronaves recém-tematizadas, do modelo Embraer E175-E1, que destacam a Washington State University (WSU) e a University of Washington (UW).

Justo a tempo para o semestre de outono, com a temporada de futebol americano a todo o vapor, o E175 “Go Cougs” tomará os céus em voos comerciais pela 1ª vez no sábado, 23 de setembro, partindo de Seattle com destino a Pullman, antecipando o confronto da WSU contra os Oregon State Beavers.

Em 3 de outubro, será a vez da aeronave especial “Go Dawgs”, tematizada em homenagem à UW, ser apresentada aos fãs que partem de Seattle com destino a Portland.

Esta é a terceira pintura especial que a Alaska faz dedicadas às universidades. As aeronaves, com as matrículas americanas N661QX (Go Cougs) e N662QX (Go Dawgs), serão operadas pela Horizon Air, a companhia aérea regional irmã e filial da Alaska Airlines.

Essas aeronaves tematizadas com as cores das universidades são uma das muitas maneiras pelas quais os passageiros podem celebrar seu espírito universitário durante todo o ano.

Divulgação – Alaska Airlines

A Alaska destacou seu compromisso com a educação, acreditando em fortalecer e apoiar as comunidades que os seus funcionários, vizinhos e passageiros chamam de lar. Segundo a companhia, “cuidar das comunidades que atendemos vai muito além de tornar as viagens aéreas acessíveis. Trata-se de estabelecer conexões, promover oportunidades de emprego, fazer trabalho voluntário, doar milhas para organizações sem fins lucrativos e inspirar a próxima geração da aviação”.

As duas universidades já estamparam o exterior das aeronaves Bombardier Dash 8 Q400, mas a empresa fez a transição para uma frota totalmente composta por modernas aeronaves Embraer E175 a jato. A Horizon possui 41 jatos e, até o final de 2026, está programada para ter 50 deles.

Os jatos E175 oferecem uma série de benefícios para os passageiros da Alaska:

  • A aeronave a jato possui três classes de serviço, assim como os Boeing 737 da companhia;
  • Nossos membros elite podem desfrutar de upgrades para a Primeira Classe e a Classe Premium;
  • Todos os assentos são janela ou corredor, não há assentos do meio;
  • Ela proporciona um voo mais silencioso do que o turboélice Q400;
  • Há entretenimento a bordo e conectividade Wi-Fi;
  • Existem compartimentos de bagagem maiores para guardar bagagens de mão;
  • Ela voa mais rápido do que o Q400;
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Mdic: Brasil registra abertura de 2,7 mi de empresas no ano; saldo é de 1,2 milhão

logo do MDIC de www.gov.br

O Brasil registrou a abertura de 2,716 milhões de novas empresas de janeiro a agosto deste ano. Com esse dado, o saldo de criação de firmas é positivo em 1,23 milhão, em razão do fechamento de 1,47 milhão de empresas nos primeiros oito meses de 2023. Os dados são do Mapa de Empresas, elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Segundo a pasta, com o número de janeiro a agosto, são ao total 21,8 milhões de empresas ativas em todo o território nacional. Destas, 93,7% são de microempresas ou empresas de pequeno porte.

Em nota sobre os dados, o Mdic informou que o Maranhão foi o Estado que registrou o maior aumento proporcional no número de novas empresas, de 7,7% em relação ao primeiro quadrimestre, enquanto a Paraíba teve a maior queda proporcional.

O Estado de São Paulo registrou o maior número de empresas abertas (408.116) em números absolutos, seguido por Minas Gerais (147.147) e Rio de Janeiro (115.264). Em média, o tempo gasto para abertura de empresas, no segundo quadrimestre, foi de 1 dia e 5 horas.

De acordo com o Mdic, apenas no segundo quadrimestre do ano foram abertas 1,38 milhão de novas empresas e fechados 738,1 mil negócios – um saldo positivo de 644,5 mil empresas abertas nos últimos quatro meses.

 

Embraer vai apresentar o KC-390 para a poderosa Força Aérea dos Estados Unidos


A empresa brasileira Embraer está interessada em expandir o recente sucesso das vendas às defesas europeias para os Estados Unidos e vai apresentar aos americanos as capacidades do KC-390 Millennium, seu jato multifuncional projetado para servir tanto como transporte de carga quanto como avião-tanque de reabastecimento aéreo, sem quaisquer modificações pós-fábrica, e que pode ser a solução certa para vários tipos de missão.

Devido à versatilidade e aos baixos custos de manutenção, o KC-390 foi selecionado por Portugal, Hungria, virtualmente a Holanda (ainda pendente de assinar o contrato) e um projeto de compra anunciado pela Áustria em 20 de setembro.

Com isso, Federico Lemos, Diretor Comercial da Embraer Defesa e Segurança, acredita que as ofertas militares da Embraer atingem o alto desempenho a um bom valor, atendem os requisitos complexos das melhores forças aéreas, como as dos Estados Unidos, e têm os menores custos de ciclo de vida, informou uma matéria do site FlightGlobal.

Na prática, o jato supera o concorrente mais próximo, o C-130J-30 Super Hercules da Lockheed Martin, em vários indicadores importantes, incluindo carga útil, velocidade de cruzeiro mais rápida e teto de serviço mais alto. O jato oferece decolagem e pouso em pistas curtas e de condições ruins, um atributo que pode atrair a estratégia Ágil em Combate da Força Aérea dos EUA.

Hoje, a Embraer está comercializando o KC-390 para operações especiais, reabastecimento aéreo e missões de transporte de carga para todas as forças na América do Norte. Até o momento não houve discussão aberta sobre a aquisição do KC-390 pelo Pentágono, mas a Embraer está fornecendo informações a todos os potenciais clientes.

Num indicador importante, o KC-390 da Força Aérea Brasileira, atual operadora do modelo, registrou uma taxa de prontidão da aeronave de 80% e uma taxa de conclusão da missão de 99,7% durante o período após a capacidade operacional inicial.

A Embraer acredita que o investimento nos EUA dará resultados, pois a empresa foca na capacidade a preços acessíveis. Ao mesmo tempo, a pressão continua sobre os gigantes da aviação, Boeing e Lockheed, mas a luta é de titãs.

 https://aeroin.net/embraer-vai-apresentar-o-kc-390-para-a-poderosa-forcas-aerea-dos-estados-unidos/

 

Otimismo exagerado é principal barreira de ação contra mudanças climáticas, aponta pesquisa

Foto de cima de cidade em Alagoas com ruas alagadas e casas cobertas parcialmente de água.

O otimismo exagerado de que será possível evitar as piores consequências das mudanças climáticas é a principal barreira para uma ação decisiva contra elas, aponta a pesquisa “Social Intelligence for Climate Action” (Inteligência Social para a Ação Climática, em tradução livre) realizada pela consultoria Capgemini, em parceria com a empresa de tecnologia Dassault Systemes e a startup de análise de dados Bloom.

O levantamento, feito a partir de coletas de dados nas redes sociais, também apontou outras quatro barreiras relevantes: falta de informação, medo de consequências ruins das ações ambientais, delegação de autoridade e falta de esperança.

A pesquisa foi feita com dados da internet em língua inglesa, por meio de plataformas como Facebook, Instagram, TikTok, YouTube e X (antigo Twitter). A ideia foi chegar ao máximo de países e regiões do globo e captar os sentimentos e o vocabulário utilizados pelas pessoas para falar sobre o tema. Foram analisados mais de 480 milhões de ações e engajamentos, de 330 milhões de pessoas, em 14 milhões de documentos agregados sobre as mudanças climáticas.

Entre as principais descobertas, estão as de que as preocupações ambientais aparecem em diversos países – embora, pelas limitações da pesquisa, as nações de língua inglesa tenham aparecido mais. Também foi indicado que o grupo mais jovem a participar, entre 16 e 34 anos, é o mais engajado no tema, e que as pessoas estão prestando atenção na comunicação das empresas.

Atualmente, a grande maioria das pessoas confia nas companhias – apenas 3% acredita que elas comunicam demais sobre sustentabilidade sem causar um impacto realmente positivo. É necessário que haja honestidade, para evitar que essa parcela venha a aumentar. Por outro lado, cerca de 30% das interações sobre as mudanças climáticas são negativas, porcentual considerado alto e que demonstra que o tema também sofre com a polarização.

Cinco barreiras

Nos posts, a principal conclusão foi a identificação das cinco barreiras, com destaque para o otimismo exagerado. “É um otimismo até por falta de informação, impensado, quando você está cego e não vê a realidade”, avalia Emanuel Queiroz, diretor de sustentabilidade da Capgemini no Brasil.

O relatório cita o perigo do “greenwashing”, quando as empresas vendem como sustentável uma ação ou produto que não tem efeito ou é prejudicial; o tecno-otimismo, uma aposta de que novas tecnologias irão solucionar o problema, e a utilização de ideias antigas em vez de buscar novas soluções.

Na sequência, a própria falta de informações aparece como uma barreira relevante, que leva à falta de confiança e causa a sensação de falta de poder entre as pessoas.

“A situação é agravada pelos principais afetados pela crise climática muitas vezes não terem como fazer sua voz chegar ao mundo todo”, afirma Queiroz. Segundo ele, como os mais afetados são principalmente os mais pobres e moradores de países considerados periféricos, muitas vezes eles não falam línguas como o inglês e suas histórias são mais difíceis de serem compartilhadas.

O medo de consequências ruins das ações ambientais é outro obstáculo para a ação. Mais regulações podem complicar o mercado para pequenas e médias empresas, e trabalhadores de setores como os de produção de combustíveis fósseis podem perder os empregos – assim, se torna necessário um plano que garanta recolocação profissional e que as necessidades básicas desses indivíduos e suas famílias sejam atendidas.

A delegação de autoridade é uma atitude na qual os cidadãos deixam apenas a cargo das empresas e governos tomarem atitudes para conter a crise climática. Contudo, a participação das pessoas comuns também é possível e necessária para evitar as piores consequências. “O poder individual menor é potencializado pelo poder coletivo”, cita Queiroz, destacando os boicotes como uma forma de ação. Outras, como protestos e ações judiciais, também são possíveis.

or fim, a falta de esperança leva a pensamentos como “para que agir, se será impossível evitar?”. Assim como seu “oposto”, o otimismo exagerado, a solução é fornecer informações corretas para demonstrar que ainda há possibilidade de evitar o pior. “Uma via é abrir fóruns de discussão, desde que baseado em dados reais, em informações concretas”, diz Queiroz. Ele menciona ainda que, apesar do otimismo aparecer mais na crise climática, a falta de esperança predomina ao se tratar da erradicação da pobreza.

Empresas

Outro estudo da Capgemini, o Climate Tech, lançado em abril, aponta que a maioria das empresas ainda não vê a pauta ambiental como uma chance de investimento, e sim como um gasto. Apenas 21% dos executivos concordam com a afirmação de que “os argumentos econômicos a favor da sustentabilidade são claros”, e para 53%, as iniciativas de sustentabilidade são um encargo financeiro que tem de ser suportado para fazer negócios, ao comentar sobre o hidrogênio verde.

Apenas 11% das organizações foram classificadas como sustentáveis, mas dentre estas, a margem de lucro líquido foi 9% maior em comparação com a média, e 83% tiveram receitas mais elevadas por empregado em comparação com a média. “Temos que apresentar business cases que fogem dos tradicionais”, comenta Queiroz. Ele alerta que o custo de uma empresa não se preocupar com a sustentabilidade, no futuro, é ir à falência.

“Hoje, as empresas não aplicam a sustentabilidade na estratégia de crescimento como um todo, tem apenas iniciativas no marketing, na comunicação com a sociedade. Enquanto não levar como um pilar da estratégia de crescimento, não vai trazer retorno”, projeta o especialista da Capgemini.

A melhor estratégia para conseguir isso é entranhar a sustentabilidade na cultura da empresa, desde os mais altos cargos, que devem ter suas remunerações e bônus atrelados ao resultado alcançado no tema, até o operacional. Contratar funcionários com habilidades relacionadas a temas ambientais é um passo, assim como treinar os que já estão na empresa. Criar um portal colaborativo ajuda.

A pesquisa “Social Intelligence for Climate Action” aponta ainda outras ações possíveis: transmitir as mensagens corporativas de forma eficiente e sem greenwashing, lidar também com as ações sociais, e assumir responsabilidades. “Não adianta um setor empurrar a responsabilidade para outro”, adverte Queiroz. Mesmo para as empresas brasileiras, há oportunidades – o Brasil pode ser um grande solucionador de questões ambientais e climáticas, devido aos seus recursos naturais e expertise no assunto.