sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Vamos colocar a Venezuela no mapa de novo, diz presidente da Petrobras

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A Petrobras avalia seriamente voltar a investir na Venezuela depois que os Estados Unidos suspenderam sanções à compra do petróleo venezuelano, o que pode ter impacto inclusive no Plano Estratégico da companhia para o período 2024-2028, que está sendo elaborado, informou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates nesta quinta-feira, 19.

Ele explicou que apesar de temporária, a suspensão é muito importante para o país vizinho, porque veio acompanhada de um acordo para eleições. Ele sinalizou que é possível fazer projetos em parceria para desenvolver reservas de petróleo.

“Vamos colocar a Venezuela no mapa de novo”, afirmou Prates, ressaltando que uma eventual decisão de investimento no país vizinho nada tem a ver com política. “Eles estão muito necessitados de investimentos lá”, destacou.

De acordo com Prates, a Venezuela, assim como o Brasil, poderá ser um dos últimos produtores de petróleo do mundo. Para ele, a decisão do governo americano está olhando 30 anos à frente, apesar de hoje serem os Estados Unidos os maiores produtores de petróleo do mundo, por causa do xisto.

Reajuste de preço

O presidente da Petrobras disse que a estatal está “no limiar de fazer consideração importante no patamar de preço”, referindo-se aos derivados produzidos pela companhia que estão sendo impactados pelo preço do petróleo.

Ele ressaltou que o petróleo tem operado com grande volatilidade e a expectativa já era de alta quando estourou a guerra Israel e Hamas, o que pode pressionar ainda mais o preço da commodity.

“Desde agosto fizemos ajustes, agora estamos no limiar de fazer consideração importante no patamar de preço”, disse no Energy Talks da agência epbr.

Ele afirmou que nos seus 70 anos, a Petrobras enfrentou muitos desafios, e hoje tem o maior de todos, que é se transformar sendo a mesma empresa. Segundo ele, a estatal não vai perder o foco na produção de petróleo e derivados, mas terá que fazer uma verdadeira metamorfose para acompanhar a transição energética.

“Tivemos vários recordes, o que mostra que não perdemos o foco”, citando recordes de produção, refino e processamento de gás natural.

Na avaliação de Prates, o mercado financeiro está entendendo a transformação que está sendo feita na companhia, informando que na quarta-feira, 18, as ações da companhia também atingiram preço recorde.

 

Magazine Luiza irá aderir a programa que isenta imposto em compras de até US$ 50

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O Magazine Luiza anunciou na quarta-feira, 18, que irá aderir ao Remessa Conforme, programa do governo federal que isenta o imposto de importação para compras internacionais de até US$ 50. A varejista planeja entrar com o pedido de adesão ao programa ainda nesta semana.

Segundo o Magalu, o objetivo da adesão ao programa é ampliar o portfólio de itens importados em seu marketplace e trazer os produtos do exterior seguindo os “rígidos protocolos de verificação contra falsificação e padrão de qualidade de mercadorias” da empresa. A varejista afirma que hoje já atua por meio de uma operação cross border que envolve itens enviados dos Estados Unidos para o Brasil.

Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios do Magalu, afirmou, em nota, que a empresa irá aproveitar oportunidades de trazer produtos e marcas que não estão no Brasil. “Além disso, vemos muita oportunidade para nossas outras marcas do grupo como Netshoes, de artigos esportivos, Época Cosméticos, de itens de beleza, e KaBuM!, do setor de games”, afirma.

Remessa Conforme

O Remessa Conforme, que busca conter a sonegação tributária, zera o Imposto de Importação nas transações de até US$ 50 para as varejistas integrantes do programa que cobrarem os tributos no momento em que o produto é adquirido – antes, essa cobrança só ocorria quando a mercadoria chegava ao País.

Em contrapartida, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos Estados, passou a ter alíquota padrão de 17% para essas operações. Acima de US$ 50, há incidência do Imposto de Importação (60%) e do ICMS. Fora do programa, a alíquota de importação é de 60%.

Empresas como Shein, AliExpress, Sinerlog, Shopee e Mercado Livre já foram certificadas no programa pela Receita Federal. A Amazon também solicitou adesão.

No início deste mês, o secretário especial da Receita, Robinson Barreirinhas, disse que, em setembro, o nível de remessas internacionais que chegaram ao País e foram declaradas atingiu 46% – segundo ele, o nível de declaração vem crescendo desde a implementação do Remessa Conforme. Antes do programa, o número ficava perto de 3%.

 

Shein chega a 336 fábricas parceiras


Shein chega a 336 fábricas parceiras

A meta envolve também, segundo a empresa, gerar 100 mil empregos diretos e indiretos no País e ter 85% das vendas feitas no Brasil relacionadas a produtos de fabricação local. (Crédito: Divulgação / Shein)

 

A plataforma de e-commerce Shein chegou a 336 fornecedores parceiros, seguindo sua estratégia de fechar acordo com 2 mil fabricantes locais até 2026 para atender o mercado brasileiro. Em maio, em resposta às críticas de concorrentes nacionais à importação de produtos sem pagamento do Imposto de Importação e ao plano depois abandonado pelo governo de taxar as remessas internacionais de produtos abaixo de US$ 50, a empresa fundada em 2012 pelo chinês Chris Xu assumiu o compromisso de comercializar artigos feitos no Brasil. A operação prevê investimento de R$ 750 milhões.

A meta envolve também, segundo a empresa, gerar 100 mil empregos diretos e indiretos no País e ter 85% das vendas feitas no Brasil relacionadas a produtos de fabricação local.

Com essa estratégia, a empresa está transformando o Brasil em um dos seus três grandes centros de produção global, ao lado de China e Turquia. “Temos um objetivo ousado, de tornar o Brasil um hub de exportações. O País tem um parque têxtil bom”, diz a diretora de produção local da Shein, Fabiana Magalhães. A Shein está em 150 países.

As 336 fábricas parceiras estão localizadas em 12 Estados: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte. Até o momento, 213 dessas fábricas já operam no modelo de negócios da Shein, conhecido por trazer inovações no lançamento e pelos testes de aceitação de cada peça baseados em inteligência artificial.

Tecnologia

“Somos uma empresa de tecnologia. A gente testa, comprova e alavanca a produção. Começamos com quantidades pequenas, de 50 a 200 peças, e nos baseamos em dados para produzir mais peças de cada modelo”, diz a executiva. “Muitos fornecedores querem aprender a atuar de forma inovadora, e fazer mais do mesmo não irá levá-los ao futuro.”

Segundo a estratégia da Shein, 100% dos fornecedores têm acesso a todos os dados da empresa, o que permite o acompanhamento das vendas de cada peça. “Se uma peça é lançada, vende duas unidades no primeiro dia e salta para 50 no terceiro, a fabricante pode planejar um aumento da produção e sugerir para nós uma variação sobre o mesmo tema.” Com base nesses dados, a empresa está lançando três novas coleções para o mercado local: plus size, fitness e underwear.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Americanas encerra setembro com caixa disponível final de R$ 1,195 bilhão

AMERICANAS | Ana Couto



A Americanas, em recuperação judicial, encerrou o mês de setembro com caixa disponível final R$ 1,195 bilhão, 23% menor que o registrado no mês anterior, de R$ 1,552 bilhão. As informações constam do relatório de atividades mensais da companhia divulgado pelos administradores judiciais.

Segundo o documento, a dívida da empresa em setembro era de R$ 20,657 bilhões. Na moeda norte-americana, a dívida era de US$ 1,068 bilhão. Os dados não incluem o endividamento bancário associado ao risco sacado.

O prazo médio dos produtos em estoque foi de 127 dias em setembro, o que representa um aumento ante os 123 dias registrado no mês anterior. O prazo de recebimento de clientes atingiu 37 dias em setembro, pouco abaixo, portanto, dos 38 dias registrado em agosto.

O total investido pelo Grupo Americanas em setembro de 2023 foi de R$ 24,948 milhões, bem acima dos R$ 9,618 milhões investidos em agosto. Em setembro, o canal digital não recebeu investimentos.

O documento informa ainda que a Americanas encerrou setembro com 1779 lojas, ante 1.794 lojas em funcionamento ao final de agosto.

O número de clientes ativos era de 42.382.159 ao final de setembro, 1,1% menor que o número de clientes mantidos ao final de agosto.


 

Juiz fuzilado em Jaboatão prezava liberdade de expressão; Barroso condena ‘covarde assassinato’


Juiz Paulo Torres Silva tinha 69 anos (Foto: Arquivo/TJPE)


Assassinado a tiros em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, o juiz Paulo Torres Pereira da Silva tinha 69 anos, era querido por diversos atores do Judiciário – advogados, servidores, promotores, partes e defensores – e músico. Ele tocava cavaquinho e prezava pela liberdade de expressão. Não havia registros de ameaças contra ele, segundo colegas e jornalistas pernambucanos.

Apelidado de “Paulão”, o magistrado era titular da 21ª Vara Cível do Recife, tinha mais de 34 anos de magistratura, atuou como desembargador substituto diferentes vezes e estava perto de chegar ao segundo grau pelo critério de antiguidade.

Por volta das 20h desta quinta-feira, 19, Silva foi alvejado quando trafegava na rua Maria Digna Ganero, no bairro Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes. Segundo informações preliminares, do boletim de ocorrência, os tiros teriam partido de um Ônix vermelho.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) decretou luto oficial de três dias pela perda do juiz. Seu velório será a partir das 14h desta sexta no Memorial Guararapes. A Corte diz que prestará o apoio necessário para o “rápido esclarecimento do crime e a responsabilização dos culpados”.

As investigações também serão acompanhadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conforme anunciou seu presidente Luis Roberto Barroso, no final da noite desta quinta. O ministro do STF classificou o assassinato como “covarde” e diz que o órgão máximo da magistratura vai acompanhar o caso “para garantir que a Justiça seja feita”.

 

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Embraer informa que American Airlines comprou 4 jatos E175 para operação da Envoy Air

Entregas da Embraer sobem 9% em 2019 e somam 198 jatos - ISTOÉ DINHEIRO

 

A Embraer informou nesta quinta-feira, 19, que a American Airlines assinou um pedido firme para a compra de quatro novas aeronaves E175, que serão operadas pela subsidiária da empresa, a Envoy Air. As entregas estão previstas para ocorrer no quarto trimestre de 2024. O contrato é avaliado em US$ 230,6 milhões, conforme preço de lista, e será adicionado na carteira de pedidos da Embraer do quarto trimestre de 2023.

Em nota, a fabricante brasileira destaca que esse pedido seguem a encomenda anunciada em junho em meio a recuperação dos mercados domésticos nos Estados Unidos.

Segundo a Embraer, a frota de E-Jets da companhia aérea americana crescerá para mais de 150 jatos até o fim do próximo ano.

“Mais uma vez, essa nova encomenda demonstra a importância do E175 para a conectividade pelos Estados Unidos, e é um outro sinal de que os desafios que o mercado estava enfrentando estão melhorando”, destaca na nota Martyn Holmes, CCO da Embraer Aviação Comercial. “O E175 é a espinha dorsal da rede regional dos Estados Unidos, com mais de 620 aeronaves vendidas, e tendo 86% de participação de mercado desde 2013”, afirma.

A Envoy Air Inc., subsidiária integral do American Airlines Group, opera mais de 130 aeronaves Embraer em 700 voos diários para mais de 160 destinos nos Estados Unidos, Canadá, México, Bahamas e Caribe.

Com 19 mil funcionários, a empresa fornece voos regionais para a American Airlines, sob a marca American Eagle, e serviços de assistência em solo para diversos voos do Grupo American Airlines.

 

Campos Neto diz que apoia reajuste de combustíveis e que política da Petrobras está correta


Campos Neto diz que apoia reajuste de combustíveis

Campos Neto participou do 7º Encontro Regional da Fenabrave-MT, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. (Crédito: Lula Marques/Agência Brasil)

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira, 19, que apoia reajuste nos preços dos combustíveis realizado pela Petrobras, mesmo que ele não seja bom para a inflação. “Tem que ter uma política de preço da forma como a Petrobras tem feito”, pontuou.

O banqueiro central defendeu que é importante que a inflação seja medida naturalmente. “Não adianta exercer uma política de preços que não seja compatível, porque, no final das contas, acaba tendo desabastecimento e outros efeitos. Esse é um ativo que tem um preço internacional”, disse.

Campos Neto participou do 7º Encontro Regional da Fenabrave-MT, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá.

Ele também reiterou a importância de manter e perseguir a meta de inflação, e frisou que após o anúncio da manutenção do alvo em 3,0% houve queda nas expectativas.

Ainda sobre o tema, o banqueiro central afirmou que o recente avanço registrado na confiança do consumidor está relacionado à melhora da inflação.

“Uma forma de fazer as pessoas consumirem mais e de forma mais estável é ter inflação baixa”, pontuou Campos Neto.