segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Lula diz que governo quer incentivar empresários a produzirem halal de maior valor agregado

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira, 23, que seu governo pretende incentivar o setor empresarial brasileiro a explorar outros segmentos, que não só o de alimentos in natura, do mercado halal e que tenham maior valor agregado, como cosméticos, medicamentos, itens de vestuário e alimentos processados. Em mensagem enviada à Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, lida na abertura do Global Halal Brazil Business Forum, em São Paulo, Lula ressaltou também o desempenho recorde de exportações do Brasil para a Liga Árabe em 2022, dizendo ser “um sinal de confiança do consumidor muçulmano no produto brasileiro”.

Esse avanço das exportações, sobretudo de produtos halal (produzidos conforme os preceitos islâmicos), reflete, ainda, a “capacidade do Brasil de atender às demandas deste mercado”.

O montante exportado para a Liga Árabe resultou em faturamento de US$ 17,74 bilhões, majoritariamente em alimentos e minérios, no melhor desempenho da série histórica iniciada em 1989.

Ainda para Lula, na mensagem, os países árabes “estão inseridos num mercado ampliado de quase 2 bilhões de consumidores, que compreendem o total da população muçulmana do planeta, presente em mais de 60 países”.

Lembrou também que o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, “particularmente de carnes de padronização muçulmana”, tendo ainda “vocação e capacidade de fornecer ao mercado global produtos halal.

 

Brasil chega a nove ataques a escolas no ano, patamar recorde; relembre casos

Ataque a escola pública deixa uma aluna morta e três feridas em São Paulo

O ataque à Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, nesta segunda-feira, 23, foi o nono caso de violência em escolas no Brasil neste ano, período em que nove mortes foram registradas. Esse tipo de crime se tornou mais recorrente nos últimos anos e vive em 2023 seu maior patamar na história recente.

Um estudo do Instituto Sou da Paz reuniu casos dessa natureza cometidos desde 2002. Ao todo, foram sete ataques em escolas nos primeiros seis meses deste ano e mais dois neste mês de outubro – em Poços de Caldas (MG), no dia 10, e agora em Sapopemba. Em geral, os crimes são cometidos por homens, adolescentes ou adultos.

Os autores normalmente são alunos ou ex-alunos das escolas. Desde 2002, 49 pessoas morreram nesse tipo de ataque e muitas ficaram feridas. Dos 22 anos analisados, em 12 não houve nenhum ataque em escolas. A partir de 2019, a incidência aumenta e chega a patamares mais elevados em 2022 e 2023.

Quantidade de ataques a escolas no Brasil, ano a ano:

– 2002: um caso;

– 2003: um caso;

– 2011: dois casos;

– 2012: um caso;

– 2017: um caso;

– 2018: um caso;

– 2019: três casos;

– 2021: dois casos;

– 2022: seis casos;

– 2023: nove casos até outubro.

Relembre casos de ataques em escolas em 2023:

23 de outubro: Escola Estadual Sapopemba em São Paulo (SP)

Nesta segunda-feira, 23 de outubro, uma pessoa cometeu um ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, deixando uma aluna morta – baleada, ela foi socorrida e levada à um hospital, mas não resistiu – e outros três estudantes feridos. O agressor foi detido e encaminhado ao 70ºDP (Sapopemba). Ainda não há informações se era ou não aluno da escola. As investigações seguem em andamento.

10 de outubro: Escola particular Dom Bosco em Poços de Caldas (MG)

Em 10 de outubro, um ex-aluno de 14 anos da escola particular Dom Bosco, de Poços de Caldas (MG), cometeu um ataque com faca na instituição. Três alunos ficaram feridos e um, também de 14 anos, morreu. O adolescente agressor foi detido pela polícia.

19 de junho: Colégio Estadual Professora Helena Kolody em Cambé (PR)

Em 19 de junho, um ex-aluno entrou armado no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, alegando que solicitaria o seu histórico escolar, e matou dois alunos a tiros. O agressor foi imobilizado por um professor e, posteriormente, detido e encaminhado para Londrina, a cerca de 15 quilômetros de Cambé.

11 de abril: Escola Estadual Doutor Marcos Aurélio em Santa Tereza (GO)

Em 11 de abril, um aluno de 13 anos entrou armado com uma faca na Escola Estadual Doutor Marcos Aurélio, onde estudava, e usou a arma para ferir duas estudantes. O crime aconteceu em Santa Tereza de Goiás, região norte do Estado. O agressor foi contido por uma professora, que não ficou ferida. As duas alunas feridas foram levadas para um hospital com ferimentos leves. O adolescente foi apreendido e colocado à disposição da Justiça.

10 de abril: Escola Instituto Adventista de Manaus (AM)

Dois estudantes e uma professora ficaram feridos após um aluno promover um ataque à escola Instituto Adventista de Manaus (IAM), na capital amazonense, no dia 10 de abril. O agressor, um adolescente que não teve a identidade revelada, foi apreendido com armas brancas e um coquetel molotov.

12 de abril: Escola Municipal Isaac de Alcântara em Farias Brito (CE)

Um aluno do 9º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Isaac de Alcântara, na zona rural de Farias Brito, no interior do Ceará, entrou em uma classe de alunos menores, do 4º ano, e feriu duas alunas. Ninguém morreu.

5 de abril: Creche Cantinho Bom Pastor em Blumenau (SC)

No dia 5 de abril, um ataque na creche Cantinho Bom Pastor na Rua dos Caçadores, em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, deixou quatro crianças mortas. As vítimas foram três meninos e uma menina, de 4 a 7 anos. O agressor, de 25 anos, levava uma machadinha e, após fugir do local do crime, se apresentou ao 10° Batalhão de Polícia Militar, onde foi preso e encaminhado à Polícia Civil. Segundo os bombeiros, havia 40 crianças na creche na manhã daquele dia e o agressor teria pulado o muro e atingido as vítimas de forma aleatória. Uma professora contou que as crianças brincavam em um parque, que fica próximo ao muro da creche, no momento do ataque.

27 de março: Escola Estadual Thomazia Montoro em São Paulo (SP)

Em 27 de março, um adolescente de 13 anos esfaqueou quatro professoras e um aluno dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, na zona oeste da capital paulista. Uma professora, Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu. O agressor era do 8º ano do ensino fundamental e foi apreendido. O adolescente agressor foi imobilizado e desarmado por duas professoras: Cíntia da Silva Barbosa, professora de Educação Física, aplicou um golpe chamado mata-leão e Sandra Pereira tirou a faca das mãos do aluno, enquanto uma terceira era atacada. Ele foi detido pela polícia.

13 de fevereiro: Escola Municipal Vista Alegre e Escola Estadual Professor Antonio Sproesser em Monte Mor (SP)

Um jovem de 17 anos foi apreendido depois de atirar bombas caseiras do tipo coquetel molotov em duas escolas que funcionam no mesmo prédio, em Monte Mor, no interior de São Paulo, em 13 de fevereiro. Dois artefatos explodiram depois de atingir a grade de entrada do prédio, mas ninguém ficou ferido. Ao ser apreendido, o rapaz portava uma machadinha e uma braçadeira com uma suástica, símbolo nazista.

 

 


Maior empresa de alimentos do mundo, JBS tem renovado seus próprios recordes de faturamento, investimento e expansão 

 

O crescimento das vendas de produtos de maior valor agregado e o aumento da demanda do mercado interno reforçam o cenário positivo (Crédito: Divulgação)


Tudo que envolve a brasileira JBS parece superlativo. Maior empresa de proteína animal do mundo, a companhia fechou 2022 com receita recorde de R$ 374,8 bilhões, alta de 6,9% sobre o ano anterior. Vencedor do prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO 2023 no setor de Alimentos, o grupo também se tornou no primeiro semestre deste ano o maior empregador do País, com 151 mil funcionários no Brasil, à frente de gigantes como Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Itaú e Vale. No mundo, são 260 mil.

O volume de produção, entre carne bovina, aves e suínos, já passa de 60 mil animais por dia. Para o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, os números da empresa comprovam a solidez da organização como plataforma mundial de alimentos. “A força está na nossa diversificação, na agilidade e na capacidade para implementarmos as medidas operacionais necessárias para otimizar a performance tanto comercial quanto industrial”, afirmou Tomazoni.

Mesmo enfrentando um mercado global com excesso de oferta de aves e margens mais estreitas no negócio de bovinos nos Estados Unidos, a JBS avalia que as perspectivas são promissoras para 2023.

“Embora o cenário continue desafiador para o setor de proteínas, estamos confiantes de que já estamos em um caminho de recuperação das nossas margens. No segundo trimestre, dobramos a margem em relação ao primeiro trimestre”, disse o CEO global.

Apesar do cenário desafiador, a JBS teve uma geração importante de caixa e, com isso, manteve a dívida líquida em dólar estável, mesmo investindo R$ 1,8 bilhão na expansão dos negócios e distribuindo R$ 2,2 bilhões em dividendos.

O cenário macroeconômico não impediu a empresa de continuar investindo para ampliar a capacidade produtiva e modernizar as operações. Em 2022, a JBS destinou R$ 13,1 bilhões na expansão dos seus ativos e em aquisições. Com isso, a empresa fortaleceu as avenidas de crescimento para o futuro, já que esses aportes foram focados especialmente em ampliar a produção em itens de valor agregado.

A expansão da Seara no Brasil, além das novas unidades de alimentos preparados de base suína e de especialidades italianas nos Estados Unidos, são exemplos dessa estratégia.

“Temos a confiança de que, com a nossa plataforma global diversificada, com a nossa cultura e com as nossas pessoas, continuaremos a gerar valor para todos.”
Gilberto Tomazoni, CEO global

A avaliação otimista se apoia em uma conjuntura favorável para o gado no Brasil. A expansão das vendas de produtos de maior valor agregado, o fortalecimento da parceria com fornecedores e clientes, o aumento da demanda do mercado interno e a abertura de novos mercados no exterior reforçam o cenário positivo para carne bovina nos próximos trimestres.

Nesse contexto, segundo Tomazoni, a estratégia de diversificação traçada pela companhia tem sido complementada por investimentos em produtos de valor agregado e marcas fortes em todos os países onde a empresa atua. No final de março deste ano, a JBS deu início à produção de empanados na fábrica de Rolândia, no Paraná, e os resultados dessa nova operação têm animado a empresa.

Perspectivas

Olhando para o futuro próximo, Tomazoni diz que enxerga um cenário de maior equilíbrio na oferta de aves, com potencial positivo sobre os preços do setor. Além disso, a JBS iniciou a captura, em sua estrutura de custos, da queda nos preços dos grãos, condição que beneficia os negócios de frangos e suínos globalmente.

“Todos esses fatores nos fazem crer que a JBS possui uma posição única na indústria global de proteínas, e que as vantagens competitivas da nossa plataforma diversificada global ainda não foram devidamente reconhecidas e precificadas pelo mercado”, afirmou o CEO.

Em busca desse reconhecimento, a companhia avalia que a proposta de Dupla Listagem, que anunciou em julho, será um passo decisivo para se construir novas avenidas de crescimento, assim como foi o IPO, em 2007.

Em agosto, a JBS comemorou 70 anos de operação. Uma empresa que nasceu como um pequeno frigorífico no interior de Goiás e é, hoje, uma das maiores empresas de alimentos do mundo. “Temos a confiança de que, com a nossa plataforma global diversificada, com a nossa cultura e com as nossas pessoas, continuaremos a gerar valor para todos os nossos stakeholders e a criar oportunidades para as nossas comunidades e para os nossos mais de 260 mil colaboradores.”


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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Primeira Venture builder do mercado pet atinge R$47.2 mi de valuation

 Capri Venture

 

Capri Venture já conta com 10 startups no portfólio e aposta em uma revolução no ecossistema brasileiro.

Fundada em março de 2022, a Capri Venture alcançou o valuation de R$ 47,2 milhões em seu portfólio em apenas 1 ano de atuação no mercado. A organização é pioneira como corporate venture builder no mercado pet do Brasil e nasceu com o objetivo de transformar o ecossistema do setor e facilitar a vida daqueles que amam seus amigos de patas.

A empresa já integra 10 startups do segmento, entre elas Pet in Time, Cãez, Buddy, Horse Bids, Dr. Mep (recentemente investida no Shark Tank), Equis, DNA Pets, Petbiomas, ABC Cães & Gatos e Voudpet. Idealizada pela conceituada empresa Anilhas Capri, líder na identificação de animais silvestres há 75 anos, em parceria com a FCJ Venture Builder, multinacional pioneira e líder no segmento de venture builder na América Latina, a Capri já nasceu com uma expertise diferenciada em pássaros e genética de animais, além de uma sólida estrutura.

Atualmente, a companhia apoia as startups para escalarem seus serviços e produtos com maior facilidade no mercado, conquistando novos clientes. A marca também trabalha na estruturação necessária para realizar a captação e conexão com fundos de investimento e investidores, e estrutura o desenvolvimento dos processos administrativos para viabilizar o crescimento sustentável das empresas do seu portfólio. Além disso, promove o desenvolvimento estratégico de marketing e vendas, acelerando campanhas que potencializam resultados.

De acordo com Ricardo Mônego, Head de Marketing, é fascinante testemunhar o cenário atual do mercado pet. “Estamos diante de um setor que cresce constantemente, impulsionado pela paixão das pessoas por seus animais de estimação. Além disso, a inovação tecnológica tem desempenhado um papel crucial, tornando possível o desenvolvimento de soluções cada vez mais avançadas e centradas no bem-estar dos pets”, comenta.

Para o próximo ano, a venture builder tem planos concisos de se consolidar como referência do segmento e para isso, segue em busca de novas startups que possam agregar ainda mais seu vasto portfólio.

 

Com informações da  NB Press Comunicação 19/10/2023


 

Vamos colocar a Venezuela no mapa de novo, diz presidente da Petrobras

Petrobras Logo – PNG e Vetor – Download de Logo

A Petrobras avalia seriamente voltar a investir na Venezuela depois que os Estados Unidos suspenderam sanções à compra do petróleo venezuelano, o que pode ter impacto inclusive no Plano Estratégico da companhia para o período 2024-2028, que está sendo elaborado, informou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates nesta quinta-feira, 19.

Ele explicou que apesar de temporária, a suspensão é muito importante para o país vizinho, porque veio acompanhada de um acordo para eleições. Ele sinalizou que é possível fazer projetos em parceria para desenvolver reservas de petróleo.

“Vamos colocar a Venezuela no mapa de novo”, afirmou Prates, ressaltando que uma eventual decisão de investimento no país vizinho nada tem a ver com política. “Eles estão muito necessitados de investimentos lá”, destacou.

De acordo com Prates, a Venezuela, assim como o Brasil, poderá ser um dos últimos produtores de petróleo do mundo. Para ele, a decisão do governo americano está olhando 30 anos à frente, apesar de hoje serem os Estados Unidos os maiores produtores de petróleo do mundo, por causa do xisto.

Reajuste de preço

O presidente da Petrobras disse que a estatal está “no limiar de fazer consideração importante no patamar de preço”, referindo-se aos derivados produzidos pela companhia que estão sendo impactados pelo preço do petróleo.

Ele ressaltou que o petróleo tem operado com grande volatilidade e a expectativa já era de alta quando estourou a guerra Israel e Hamas, o que pode pressionar ainda mais o preço da commodity.

“Desde agosto fizemos ajustes, agora estamos no limiar de fazer consideração importante no patamar de preço”, disse no Energy Talks da agência epbr.

Ele afirmou que nos seus 70 anos, a Petrobras enfrentou muitos desafios, e hoje tem o maior de todos, que é se transformar sendo a mesma empresa. Segundo ele, a estatal não vai perder o foco na produção de petróleo e derivados, mas terá que fazer uma verdadeira metamorfose para acompanhar a transição energética.

“Tivemos vários recordes, o que mostra que não perdemos o foco”, citando recordes de produção, refino e processamento de gás natural.

Na avaliação de Prates, o mercado financeiro está entendendo a transformação que está sendo feita na companhia, informando que na quarta-feira, 18, as ações da companhia também atingiram preço recorde.

 

Magazine Luiza irá aderir a programa que isenta imposto em compras de até US$ 50

Magazine Luiza - Loja Física - Reclame Aqui

O Magazine Luiza anunciou na quarta-feira, 18, que irá aderir ao Remessa Conforme, programa do governo federal que isenta o imposto de importação para compras internacionais de até US$ 50. A varejista planeja entrar com o pedido de adesão ao programa ainda nesta semana.

Segundo o Magalu, o objetivo da adesão ao programa é ampliar o portfólio de itens importados em seu marketplace e trazer os produtos do exterior seguindo os “rígidos protocolos de verificação contra falsificação e padrão de qualidade de mercadorias” da empresa. A varejista afirma que hoje já atua por meio de uma operação cross border que envolve itens enviados dos Estados Unidos para o Brasil.

Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios do Magalu, afirmou, em nota, que a empresa irá aproveitar oportunidades de trazer produtos e marcas que não estão no Brasil. “Além disso, vemos muita oportunidade para nossas outras marcas do grupo como Netshoes, de artigos esportivos, Época Cosméticos, de itens de beleza, e KaBuM!, do setor de games”, afirma.

Remessa Conforme

O Remessa Conforme, que busca conter a sonegação tributária, zera o Imposto de Importação nas transações de até US$ 50 para as varejistas integrantes do programa que cobrarem os tributos no momento em que o produto é adquirido – antes, essa cobrança só ocorria quando a mercadoria chegava ao País.

Em contrapartida, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos Estados, passou a ter alíquota padrão de 17% para essas operações. Acima de US$ 50, há incidência do Imposto de Importação (60%) e do ICMS. Fora do programa, a alíquota de importação é de 60%.

Empresas como Shein, AliExpress, Sinerlog, Shopee e Mercado Livre já foram certificadas no programa pela Receita Federal. A Amazon também solicitou adesão.

No início deste mês, o secretário especial da Receita, Robinson Barreirinhas, disse que, em setembro, o nível de remessas internacionais que chegaram ao País e foram declaradas atingiu 46% – segundo ele, o nível de declaração vem crescendo desde a implementação do Remessa Conforme. Antes do programa, o número ficava perto de 3%.

 

Shein chega a 336 fábricas parceiras


Shein chega a 336 fábricas parceiras

A meta envolve também, segundo a empresa, gerar 100 mil empregos diretos e indiretos no País e ter 85% das vendas feitas no Brasil relacionadas a produtos de fabricação local. (Crédito: Divulgação / Shein)

 

A plataforma de e-commerce Shein chegou a 336 fornecedores parceiros, seguindo sua estratégia de fechar acordo com 2 mil fabricantes locais até 2026 para atender o mercado brasileiro. Em maio, em resposta às críticas de concorrentes nacionais à importação de produtos sem pagamento do Imposto de Importação e ao plano depois abandonado pelo governo de taxar as remessas internacionais de produtos abaixo de US$ 50, a empresa fundada em 2012 pelo chinês Chris Xu assumiu o compromisso de comercializar artigos feitos no Brasil. A operação prevê investimento de R$ 750 milhões.

A meta envolve também, segundo a empresa, gerar 100 mil empregos diretos e indiretos no País e ter 85% das vendas feitas no Brasil relacionadas a produtos de fabricação local.

Com essa estratégia, a empresa está transformando o Brasil em um dos seus três grandes centros de produção global, ao lado de China e Turquia. “Temos um objetivo ousado, de tornar o Brasil um hub de exportações. O País tem um parque têxtil bom”, diz a diretora de produção local da Shein, Fabiana Magalhães. A Shein está em 150 países.

As 336 fábricas parceiras estão localizadas em 12 Estados: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte. Até o momento, 213 dessas fábricas já operam no modelo de negócios da Shein, conhecido por trazer inovações no lançamento e pelos testes de aceitação de cada peça baseados em inteligência artificial.

Tecnologia

“Somos uma empresa de tecnologia. A gente testa, comprova e alavanca a produção. Começamos com quantidades pequenas, de 50 a 200 peças, e nos baseamos em dados para produzir mais peças de cada modelo”, diz a executiva. “Muitos fornecedores querem aprender a atuar de forma inovadora, e fazer mais do mesmo não irá levá-los ao futuro.”

Segundo a estratégia da Shein, 100% dos fornecedores têm acesso a todos os dados da empresa, o que permite o acompanhamento das vendas de cada peça. “Se uma peça é lançada, vende duas unidades no primeiro dia e salta para 50 no terceiro, a fabricante pode planejar um aumento da produção e sugerir para nós uma variação sobre o mesmo tema.” Com base nesses dados, a empresa está lançando três novas coleções para o mercado local: plus size, fitness e underwear.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.