terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Light leva nova proposta a credores, com conversão de 40% das dívidas em ações

 Light


A Light levou aos credores uma nova proposta de pagamento das dívidas da companhia, que alcançam R$ 11 bilhões. O plano prevê a conversão de 40% dos débitos de cada credor em ações e elimina o complexo plano de recuperação judicial apresentado em julho, que foi amplamente rejeitado por credores de diferentes perfis.

Para quem aderir à proposta de conversão, o restante dos débitos, 60%, seria pago num prazo de oito anos e com remuneração equivalente à variação do IPCA mais 4% ao ano, disseram fontes próximas às negociações. O preço de conversão seria baseado na média das cotações dos últimos 45 dias, acrescentaram.

Para quem não aderir à conversão, o prazo de pagamento seria de 15 anos, com remuneração de IPCA mais 2% ao ano.

A proposta se dá em paralelo à intenção do empresário Nelson Tanure – cuja asset WNT é a maior acionista individual da elétrica, com 30,05% – de fazer uma injeção de R$ 1 bilhão na companhia, como informou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Tanure procurou representantes dos credores recentemente e apresentou informalmente a ideia.

O novo plano de pagamento da Light encontrou mais simpatia entre pequenos credores. Um dos motivos é o fato de que eleva de R$ 10 mil para R$ 20 mil o valor que a companhia se propõe a pagar integralmente e à vista, de acordo com as fontes. Com a elevação do teto, a companhia consegue abranger uma fatia maior dos investidores que compraram debêntures da Light.

Para um negociador ouvido pelo Broadcast, o novo formato ainda não é o ideal, mas abre caminho para negociações, o que era impossível com o plano apresentado em julho.

Contudo, a proposta de conversão não foi bem vista por negociadores dos bancos, de acordo com fontes que falaram sob condição de anonimato. “O problema é que, na visão deles, a proposta para quem não converte precisa ser bem ruim para forçar a conversão, que não é atrativa isoladamente. Isso gera um impasse”, disse uma pessoa próxima das negociações. “O ideal seria que as duas propostas fossem razoáveis isoladamente para atrair quem tem esse apetite e não forçar quem não tem.”

Ao elaborar uma proposta que tende a agradar mais os pequenos credores, a Light poderia reunir um bloco de negociação e ganhar poder de barganha com os bancos. Os debenturistas, de diferentes perfis – pessoas físicas e fundos de investimento – somam R$ 7 bilhões.

O universo de credores da elétrica abrange mais de 40 mil investidores pessoa física, 250 fundos de investimento e dez instituições financeiras, nacionais e estrangeiras, conforme a companhia. A exposição da companhia a bancos está na casa de 8% do total das dívidas.

Venda da Compagas avança e deve ser concluída já no início de 2024

Compagas amplia atendimento e chega a mais de 51 mil ...

Depois de vender a termelétrica Araucária para o grupo J&F no início deste mês, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) avança para se desfazer da concessionária de distribuição de gás natural Compagas, numa operação que deve ser concluída nos primeiros meses de 2024. A Compagas é avaliada em mais de R$ 2 bilhões.

O ativo atrai o interesse de empresas do Brasil e do exterior, como o Grupo Infra e a colombiana Promigas.

Além delas, há a possibilidade de a Commit, da Cosan, e a japonesa Mitsui, que já são sócias no ativo, com 24,5% cada, exercerem direito de preferência para comprar a fatia da Copel, de 51%.

De acordo com uma pessoa próxima às negociações, existe a possibilidade de que tanto Cosan quanto Mitsui façam um acordo para aumentar suas participações na empresa – que tem concessão para fornecimento de gás no Estado do Paraná.

Um acordo, contudo, dependeria de uma harmonização de “interesses distintos nesse processo”.

O primeiro passo para destravar o negócio foi dado no fim de setembro, quando a XP foi contratada para liderar a venda da participação da Copel na empresa.

Durante o evento Copel Day, com investidores e analistas, o diretor-presidente da empresa, Daniel Slaviero, disse que as propostas vinculantes para o ativo deveriam ser entregues neste mês, para garantir a conclusão do negócio já no início de 2024.

“Estamos sendo muito ágeis nas operações de desinvestimentos”, disse o executivo.

Outras Opções

Embora a Compagas seja a operação mais madura à venda, existem outras oportunidades de aquisição nesse segmento. Uma delas é a privatização da mineira Gasmig, um desejo da administração Romeu Zema (Novo), e que ainda depende de avaliações internas.

Hoje, a principal hipótese para a privatização da concessionária mineira é a realização de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa, operação por meio da qual o Estado e a Cemig reduziriam suas participações na empresa. Essa possibilidade tem sido cogitada tanto pelo governo quanto por executivos da estatal mineira.

Procurada, a Cemig disse que “ainda não foi tomada uma decisão formal sobre a oferta pública, e que uma definição está sujeita à obtenção das aprovações societárias necessárias, condições macroeconômicas favoráveis e interesse de investidores”.

Além disso, na Bahia o governo autorizou a realização de estudos sobre uma futura venda da Bahiagás. O resultado dessas avaliações deve sair no início de 2024, mas já chama a atenção dos potenciais investidores do setor, e também dos sindicatos locais, que iniciaram movimentos contrários à venda da participação do Estado na empresa.

No setor privado, há ainda uma indefinição de como se dará o processo de desinvestimentos da Compass, do grupo Cosan, em ativos que pertenciam à Gaspetro e que, por força de acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), precisariam ser revendidos.

Ao aprovar a operação, foi acertado que a empresa teria de se desfazer de participação em 12 distribuidoras, das quais cinco ainda precisam ser vendidas: Companhia de Gás do Ceará (Cegás), Companhia Potiguar de Gás (Potigás), Gás de Alagoas (Algás), Sergipe Gás (Sergás) e Companhia Pernambucana de Gás (Copergás).

Elas foram reunidas em uma nova empresa, a Norgás, e agora os governos estaduais precisam informar se desejam exercer seus direitos de preferência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em dia de noticiário escasso, Ibovespa começa semana renovando recordes

 Ibovespa hoje: índice alcança os 126 mil pontos, maior nível ...


A última semana de 2023 começa com clima morno nos mercados internacionais, mas o Índice Bovespa volta a registrar pontuação recorde. Mesmo com o noticiário escasso e a liquidez reduzida, o índice encontra alguma tração na alta das commodities e no avanço dos índices futuros de ações de Nova York. No exterior, persiste o monitoramento da política monetária dos Estados Unidos, enquanto no Brasil o investidor espera novas medidas que tragam impacto positivo para o cenário fiscal.

O Ibovespa chega aos últimos pregões de dezembro registrando ganho de 4,26% no mês e de 20,98% no ano.

Além disso, o fluxo de capital externo está positivo em R$ 42,093 bilhões no ano, até a última quinta-feira.

Com sucessivos recordes de pontuação nos últimos pregões, a tendência, segundo analistas, é de que o índice continue em alta, em busca de novos objetivos gráficos. Para isso, sopram favoravelmente ao mercado de ações os ventos do afrouxamento monetário no Brasil e nos Estados Unidos.

Levantamento do CME apontou nesta manhã 88% de chances de o Federal Reserve iniciar os cortes de suas taxas básicas já em março.

Nesta manhã, um dos poucos destaques foi o Boletim Focus, do Banco Central, normalmente divulgado às segundas-feiras.

O documento mostrou que a expectativa para a inflação deste ano recuou mais uma vez, passando de 4,49% para 4,46%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção passou de 3,93% para 3,91%.

Às 10h58, o Ibovespa futuro tinha alta de 0,53%, aos 133.456,53 pontos.

Chile autoriza ministério brasileiro a habilitar unidades produtoras de ovos para exportação

 

Ovos Caixa De Ovo Galinha - Foto gratuita no Pixabay - Pixabay

O Chile reconheceu a equivalência do sistema brasileiro de inspeção sanitária para adquirir ovos do Brasil, informou em nota o Ministério da Agricultura. No processo, conhecido por “pre-listing”, o Ministério da Agricultura do Chile permite que o Ministério da Agricultura brasileiro certifique e habilite estabelecimentos previamente auditados para exportar ovos para o país andino.

Além disso, o acordo inclui a possibilidade de habilitar outras unidades produtivas que atendam aos requisitos estabelecidos.

Segundo o Ministério da Agricultura brasileiro, entre janeiro e novembro, o Chile foi o sétimo maior importador de ovos do Brasil, totalizando mais de US$ 7 milhões em aquisições.

“O reconhecimento do sistema brasileiro outorgado pelas autoridades chilenas permitirá ao Brasil incrementar sua participação no setor e contribuir para garantir a segurança alimentar no país”, diz a pasta.

Neste ano, o Brasil atingiu a marca de US$ 1,6 bilhão em exportações para o Chile, destacando-se a venda de carnes, produtos florestais e itens do complexo sucroenergético.

Em contrapartida, as importações do Brasil provenientes do Chile somaram US$ 1,3 bilhão, com destaque para pescados, frutas e bebidas.

2023: um ano de virada para as energias renováveis



Nos últimos 12 meses, mundo viu o crescimento da demanda por bombas de calor, energia solar e uma explosão na procura por baterias para a mobilidade elétrica

 

Para os especialistas, o ano de 2023 foi um divisor de águas para o cenário energético global, com fontes renováveis como a solar e a eólica e outras tecnologias inovadoras moldando um futuro mais sustentável.

Os combustíveis fósseis ainda abastecem cerca de 80% das necessidades energéticas do mundo, mas 2023 registrou avanços significativos no uso da energia renovável.

A Agência Internacional de Energia (AIE) reportou que a capacidade global de energia renovável teve o maior crescimento de todos os tempos este ano, chamando o aumento de “sem precedentes”.

Transformação energética

“As energias renováveis estão se tornando cada vez mais baratas. Assim, pela primeira vez, mais investimentos estão sendo voltados para, por exemplo, a energia solar do que para a produção de petróleo“, diz a professora Claudia Kemfert, do Instituto Alemão de Pesquisa Econômica.

Como resultado, a energia solar superou as expectativas “mais uma vez”, disse Gunnar Luderer, especialista em sistemas de energia do Instituto Potsdam de Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK), da Alemanha.

Segundo previsões, as novas instalações de energia solar em todo o mundo devem atingir este ano uma capacidade total de 400 gigawatts (GW). Em 2022, o aumento foi de 239 GW.

Cerca de 110 GW de energia eólica foi acrescida à rede em 2023, de acordo com a Associação Mundial de Energia Eólica.

Em 2023, também quatro novos reatores nucleares com uma capacidade total de 4 GW foram concluídos, enquanto cinco reatores com uma capacidade de 6 GW foram desativados na Alemanha, na Bélgica e em Taiwan.

Energia solar e eólica barateiam a eletricidade

O custo favorável da eletricidade proveniente de fontes renováveis foi um dos principais motivos por trás do forte crescimento das energias eólica e solar.

A eletricidade produzida por novas turbinas eólicas em terra custou, em média, 3 centavos de euro por quilowatt-hora (kWh) em 2022 em todo o mundo, segundo um relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA).

A eletricidade produzida em grandes parques solares custou 4,5 centavos de euro por kWh – bem mais barato do que os combustíveis fósseis, que custam até 22 centavos de euro por kWh em todo o mundo.

O preço da eletricidade de novas instalações solares continuou a cair nos últimos 12 meses, principalmente porque os sistemas de energia solar se tornaram mais acessíveis. Na Europa, os custos foram 40% menores do que no ano passado.

Placas solares mais baratas

O aumento da produção de placas solares na China foi um dos principais impulsionadores da queda dos preços. De acordo com o site ambiental Carbon Brief, do Reino Unido, o país produziu 600 GW de células solares este ano – 225 GW a mais do que em 2022. Até 2025, esse número poderá chegar a 1.000 GW.

A Índia, os EUA e a União Europeia (UE) também planejam investir mais em grandes fábricas de energia solar. Na Índia, os módulos com uma capacidade anual de 100 GW deverão ser fabricados em 2027, e as empresas da UE começarão a fabricar módulos de 30 GW em 2025.

“Isso está acontecendo mais rápido do que o esperado”, disse Niklas Höhne, do NewClimate Institute, um think tank de Colônia, na Alemanha. “A energia fotovoltaica está sendo expandida com extrema rapidez. E, de fato, tão rapidamente a ponto de se alinhar com a meta de aquecimento [máximo] de 1,5°C [em relação aos níveis pré-industriais].”

Mais veículos elétricos

“O ano de 2023 pode entrar para a história como o ponto de virada para as baterias na transição energética global”, acredita Christian Breyer, professor de economia solar da Universidade Técnica Lappeenranta (LUT), na Finlândia.

As baterias de lítio, cobalto e níquel estão bem estabelecidas, “mas agora as baterias de íons de sódio também estão sendo introduzidas no mercado”, disse Breyer.

O lítio é raro e caro, enquanto o sódio para as novas baterias de íons de sódio é muito mais barato, e o suprimento é praticamente ilimitado, por exemplo, no sal de cozinha.

De acordo com a revista de negócios Clean Thinking, o preço das baterias de sódio já é 40% menor do que o das células de íons de lítio. Entretanto, elas ainda estão nos estágios iniciais de desenvolvimento comercial e atualmente representam menos de 1% das baterias. No futuro, o sódio poderá ser usado principalmente para baterias estacionárias.

Ainda assim, as baterias de íon-lítio comumente usadas estão se tornando mais baratas devido à queda do preço das matérias-primas.

As baterias são cada vez mais usadas em pequenos sistemas solares e em parques solares para armazenar eletricidade barata para uso noturno. Mais baterias também são necessárias à medida que a mobilidade elétrica se expande. A participação dos carros elétricos nas vendas globais de veículos aumentou de 1,6% em 2018 para cerca de 18% em 2023.

Bombas de calor

Também está havendo progresso na tecnologia de aquecimento. De acordo com a AIE, as bombas de calor estão se tornando uma tecnologia fundamental na transição global para o abastecimento do aquecimento sustentável.

“A tecnologia pode ser implantada em grande escala. Muitos países, especialmente na Escandinávia, mostram como a tecnologia funciona bem, mesmo quando faz muito frio, como é o caso da Finlândia”, disse Breyer, da LUT.

Segundo a AIE, as bombas de calor cobrem cerca de 10% da demanda global de aquecimento em edifícios. Em 2022, as vendas da tecnologia aumentaram 11% globalmente e 38% na Europa. Na Alemanha, os números preliminares mostram que as vendas em 2023 aumentaram quase 50% em relação ao ano anterior.

Apesar do crescimento, “os investimentos em bombas de calor estão abaixo do necessário para atingir as metas do Acordo de Paris”, diz Roland Rösch, diretor do Centro de Inovação e Tecnologia da IRENA.

Para manter-se dentro do limite de 1,5°C e evitar mudanças climáticas catastróficas, os atuais 64 bilhões de dólares em financiamento global anual para bombas de calor precisam quadruplicar até 2030, ainda de acordo com a IRENA.


quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Embraer dobra capacidade em centros de serviços nos EUA

 


A unidade de manutenção da Embraer foi responsável por 31,5% da receita total da companhia nos primeiros nove meses de 2023

A unidade de manutenção da Embraer foi responsável por 31,5% da receita total da companhia nos primeiros nove meses de 2023 (Crédito: Arquivo / Agência Brasil)

 

SÃO PAULO (Reuters) –  A Embraer anunciou nesta quarta-feira que está dobrando sua capacidade de manutenção de aeronaves nos Estados Unidos, adicionando instalações em Dallas, Cleveland e Sanford a uma base que já inclui operações no Arizona e na Flórida.

A companhia afirmou em comunicado que os novos centros de manutenção (MRO, na sigla em inglês) serão focados em apoiar “o crescimento contínuo da base de clientes de jatos executivos da companhia”.

A unidade de manutenção da Embraer foi responsável por 31,5% da receita total da companhia nos primeiros nove meses de 2023.

(Por Gabriel Araujo)

Reforma tributária é promulgada; o que foi aprovado e quando passa a valer

 


Reforma tributária é promulgada nesta quarta; o que foi aprovado e quando passa a valer

O texto aprovado é uma mistura entre a versão da Câmara, do relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e a versão do Senado, do senador Eduardo Braga (MDB-AM) (Crédito: Zeca Ribeiro / Agência Câmara)

Segue, nesta quarta-feira, 20, para promulgação o texto da PEC 45/2019, que define novas regras sobre tributo via Reforma Tributária. A medida, que fará parte da Constituição, simplifica impostos sobre o consumo, prevê fundos para o desenvolvimento regional e para bancar créditos do ICMS até 2032, e unifica a legislação dos novos tributos. A discussão sobre tributos no país acontece há mais de 30 anos, e deve demorar para que contribuintes vejam as diferenças, já que a transição criada é de 49 anos (2029-2077).

Conforme explica a Agência Câmara, estados e municípios não poderão fixar alíquotas próprias do novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) inferiores às necessárias para garantir as retenções determinadas durante este período.

reforma unifica cinco tributos para dois: Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) serão unificados em uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), do Governo Federal. Já o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviços (ISS) serão unificados no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a cargo de estados e municípios.

O texto aprovado é uma mistura entre a versão da Câmara, do relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e a versão do Senado, do senador Eduardo Braga (MDB-AM). Dessa forma, será possível promulgar a proposta sem outra votação.

Cesta básica

Uma das maiores polêmicas, com idas e vindas entre as Casas Legislativas, foi a criação da cesta básica nacional, com tributo zero. Aguarda-se ainda uma lei complementar para definir a lista de ‘itens essenciais para alimentação’, como carne, frango, café, leite, ovos, entre outros.  A cesta deverá considerar a diversidade regional e garantir alimentação saudável e nutricionalmente adequada.

O gás de cozinha e a conta de luz também devem ter diferencial. Segundo a proposta, haverá devolução do tributo pago por estes itens para famílias de baixa renda via cashback, tipo de recompensa pós compras. A porcentagem e como a devolução vai acontecer deve ser definida via lei complementar.

Zona Franca de Manaus

Outro ponto importante foi manter o IPI para os produtos da Zona Franca de Manaus, sendo uma exceção em relação aos produtos das demais regiões, garantindo assim incentivos fiscais.

O texto estabelece ainda outras formas de compensar perdas de arrecadação com a transição para o novo formato, uma dentro do mecanismo de arrecadação do IBS e outra específica para a repartição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que continuará a incidir apenas sobre produtos fora da ZFM e que sejam produzidos dentro dela também. O objetivo é manter a competitividade dessa área especial de produção.

Alíquota reduzida

Além da cesta básica, outros itens e setores terão alíquota zero ou com tributo em 60% reduzido, além de criação de créditos, tudo a ser definido via lei complementar.

Alíquotas reduzidas em 60% vão incidir sobre serviços de educação, saúde, medicamentos, itens de saúde menstrual, produtos relacionados a higiene e limpeza; setor cultural, esportes, transporte coletivo, entre outros

.Já o tributo zero vai incidir sobre algumas modalidades específicas de transporte, medicamentos e saúde menstrual, podendo se estender para produtos agrícolas e compra de automóveis para passageiros com deficiência.

Micro e pequenas empresas

A PEC 45/19 mantém o Simples Nacional como um regime simplificado e especial de tributação, retirando os tributos que serão extintos e incluindo os novos.

O optante pelo Simples Nacional não poderá aproveitar créditos gerados pelo pagamento unificado previsto no Simples, mas os adquirentes de bens e serviços fornecidos por micro ou pequena empresa poderão fazê-lo, exceto se o optante recolher em separado o IBS e a CBS. O aproveitamento somente poderá ocorrer se o comprador não for optante do Simples.

Imposto do Pecado

A aprovação também prevê criar o Imposto Seletivo, apelidado de “Imposto do pecado”. Será uma cobrança extra sobre bens e serviços que prejudiquem a saúde e o meio ambiente, como cigarros e bebidas alcóolicas, visando desestimular o consumo desses produtos; a cobrança de impostos para quem possui jatinhos e iates e lanches, por meio de IPVA, além de tributar heranças.

A arrecadação será dividida entre estados, municípios e União, e deve compensar o tributo zero da cesta básica nacional.

Com informações da Agência Câmara de Notícias