quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Musk faz uso de LSD e ketamina, colocando empresas em perigo diante de investidores, diz jornal

 

Por Estadão

 

Executivos e acionistas das empresas de Elon Musk - Tesla, X, SpaceX, entre outras - estão preocupados com a conduta do bilionário em suas atividades recreativas. De acordo com uma reportagem do jornal americano Wall Street Journal, o uso de drogas como ketamina, LSD, cocaína e cogumelos "mágicos" fazem diretores perderem o sono com o temor de que suas companhias sejam afetadas.

Musk não respondeu aos pedidos de comentário do Wall Street Journal. Seu advogado, Alex Spiro, afirmou que o empresário é submetido a testes com frequência, de forma aleatória, e nunca falhou em nenhum dos exames.

Musk já assumiu publicamente fazer uso de drogas com certa frequência. Em 2018, o bilionário apareceu no videocast de Joe Rogan fumando maconha, o que fez as ações da Tesla caírem mais de 9% no mesmo dia. Ele também já falou sobre usar ketamina, um anestésico potente e com efeito psicodélico, para tratar depressão - o uso do medicamento de forma controlada já é prescrito por psiquiatras nos EUA para o tratamento da doença.

Festas e eventos em que o bilionário já admitiu ter feito o uso de drogas aconteceram nos últimos anos, em diversas partes do mundo, e pessoas que acompanhavam Musk tinham que assinar um documento de confidencialidade ou entregar seus celulares na entrada do encontro. Pessoas próximas informaram ao Wall Street Journal, porém, que o comportamento começou com maior frequência em 2017.

Essa postura fez com que os investidores fiquem temerosos pela saúde e quanto à capacidade de Musk de administrar as empresas que têm na mão. Isso porque Musk já teria aparecido sob efeitos de drogas no trabalho, com dificuldades de apresentar reuniões ou conversar com colegas, afirmou o jornal americano.

Na ocasião em que participou do videodcast de Joe Rogan, por exemplo, Musk teve que enfrentar a Nasa, que ordenou uma revisão da cultura corporativa e de segurança da SpaceX, e afirmou que o empresário não seria visto "fumando ou bebendo álcool em público novamente". A empresa foi a vencedora de uma licitação da agência espacial americana para levar astronautas para a Estação Espacial Internacional e é a única empresa no país autorizada para a missão.

 

Startup da Groenlândia comercializa gelo direto do Ártico e garante ser 'o mais puro do mundo'

 

Por Renata Turbiani


Ártico — Foto: Pexels
Ártico — Foto: Pexels
 
Para você gelo é tudo igual? Pois para uma startup da Groenlândia não. A Arctic Ice, sediada na capital Nuuk, está comercializando gelo de mais de 100 mil anos dos glaciares do Ártico e exportando para o produtopara outros países.

 

Segundo a empresa, o gelo foi comprimido ao longo de milhares de anos, por isso não tem bolhas e derrete mais lentamente do que os tradicionais. Em seu site, ela o descreve como “o gelo mais puro do mundo”.

“Estas partes das camadas de gelo não estiveram em contato com quaisquer solos nem foram contaminadas por poluentes produzidos por atividades humanas. Isso torna o gelo do Ártico a H2O mais limpa da Terra”, afirma.

A equipe da Arctic Ice procura um tipo específico de gelo que não esteve em contato nem com o fundo nem com o topo da geleira, informa o DailyMail. O material é retirado por um barco com um guindaste acoplado de Nuup Kangerlua, o fiorde (braços longos e estreitos de mar que se estendem da terra) ao redor da capital de Nuuk. 

 Tudo o que é coletado é colocado em contentores refrigerados que são transportados para a Dinamarca. De lá, são enviados para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para serem usados por bares e restaurantes na preparação de drinks. 

A startup, que até o momento despachou 20 toneladas métricas de gelo, tem recebido fortes críticas por transformar uma característica preciosa do mundo natural em mercadoria.

Nas redes sociais, um usuário questionou: “Você não deveria se preocupar com os efeitos do aquecimento global em vez de vender água das geleiras?”

Em sua defesa, Malik V Rasmussen, cofundador da Arctic Ice, disse que seu trabalho é ajudar a Groenlândia em sua transição verde. “Temos essa agenda em execução em toda a empresa, mas talvez ainda não a tenhamos comunicado suficientemente bem.” 

 

 https://epocanegocios.globo.com/startups/noticia/2024/01/startup-da-groenlandia-comercializa-gelo-direto-do-artico-e-garante-ser-o-mais-puro-do-mundo.ghtml

Programa de aceleração do Fleury recebe inscrições até 19/1

 

Grupo Fleury sofre novo ataque ransomware - Livecoins

 

 

O grupo farmacêutico Fleury também está com inscrições abertas para projetos de startups. Voltado para negócios de impacto, o programa de aceleração Impacta segue disponível para cadastros até sexta-feira (19).

A ideia é receber soluções que resolvam dois principais problemas: promoção do acesso equitativo aos serviços de saúde para as classes C, D e E; e fortalecer a resiliência do setor de saúde diante das mudanças climáticas, com ênfase em práticas ESG e enfoque em otimização de recursos e redução de resíduos.

As startups selecionadas vão receber benefícios, mentorias, diagnóstico estratégico, networking e suporte personalizado durante três meses -- com previsão de início em 22 de janeiro e término em abril.

Para participar, é preciso atender aos critérios de elegibilidade estabelecidos e se encaixar dentro da proposta. As inscrições podem ser realizadas na página oficial da empresa.

Zurich Seguros tem inscrições para programa global de startups até 14/2

 

Por Wesley Santana — São Paulo



 — Foto: Pixabay
— Foto: Pixabay
 
 

A Zurich abriu as inscrições para a quinta edição do seu programa global de startups. Focado em inovação, o edital tem o objetivo de atrair soluções tecnológicas que otimizem a rotina da empresa de seguros.

O processo seletivo está disponível para startups de todos os países onde a seguradora atua e, para se candidatar, os projetos precisam se enquadrar em uma de quatro principais áreas:

  • Seguros comerciais, que proporcione melhor experiência aos clientes;
  • Simplificação digital, com novidades que garantam eficiência e agilidade;
  • Vida e saúde, de respostas às necessidades dos consumidores;
  • Varejo, propriedade e acidentes, para soluções que melhorem a proteção dos bens dos segurados.

A empresa vai selecionar 10 cases ganhadores, que passarão por uma fase de validação por quatro meses, entre maio e setembro. Durante este período, as startups vão trabalhar integradas aos times e a mentores da Zurich para mostrar como a solução inovadora gera valor para a companhia. As 10 startups selecionadas vão receber até US$ 100 mil (cerca de R$ 480 mil) pela cooperação. 
 

As inscrições estão abertas até 14 de fevereiro, às 19h59 (horário de brasília) pelo site oficial.

Os planos da seguradora suíça é que o número de inscritos supere o da última edição, em 2023, quando 3,5 mil startups completaram seus cadastros. Os quatro primeiros editais resultaram em 50 projetos que estão em curso, segundo a companhia.


Novo app de corridas premium estreia em SP com carros blindados e frota própria

 


A Rhino, startup que já recebeu mais de US$ 400 mil em investimento anjo, tem como valores fundamentais a segurança e o conforto de seus clientes

 

A plataforma começou atuando apenas em bairros nobres de São Paulo (Crédito: Freepik/@senivpetro)

Que tal ter uma viagem por um app de corridas com segurança, de forma tranquila, com motoristas treinados e que até abrem a porta para você? Bom, essa é ideia da Rhino, startup de mobilidade, que estreou na segunda-feira, 15, em bairros nobres da cidade de São Paulo.

O serviço vai contar apenas com carros de luxo, blindados, de frota própria ou alugados. Eles passam por higienização e revisão diariamente.

A plataforma promete de 5 a 7 minutos de espera para localizar carros disponíveis. O preço vai custar de duas até três vezes mais em relação ao concorrente mais caro do mercado.

Por enquanto, o app vai funcionar entre as regiões do Jardim Paulista, Vila Olímpia, Moema, Vila Nova Conceição, Itaim Bibi, Jardins e Pinheiros e com uma lista de espera.

“Se o cliente quiser pedir fora dessa área ele pode, mas nesse caso ele vai pagar pelo deslocamento do nosso veículo, da nossa área para ele”, explica Daniil Sergunin, CEO e cofundador da Rhino, com exclusividade à IstoÉ Dinheiro.

A empresa, no entanto, prevê expandir para quase toda a capital paulista (até o final do ano), Rio de Janeiro e Brasília. O objetivo é chegar ao final de 2024 com 40 vezes o tamanho da operação que possui hoje.


CEO

Daniil Sergunin, CEO e cofundador da Rhino – Crédito: Divulgação

Sergunin explica que mora no Brasil há 3 anos. Ele é russo e estava na Suiça antes de vir para cá. O CEO diz que lá a população não precisa pensar em segurança, isso é básico.

“A realidade aqui é diferente e só há apenas algumas formas de se proteger em relação à violência que existe na cidade e uma delas é um veículo blindado.”

A startup

Fundada em outubro de 2023, a startup tem um time com 18 pessoas e recebeu mais de US$ 400 mil de investidores anjos, em suas primeiras semanas de funcionamento. Agora, ela prepara para iniciar a rodada de investimento seed.

Treinamento e base

A base funciona em uma casa alugada em São Paulo, onde fica a frota e são realizados os treinamentos, um dos diferenciais, segundo o CEO.

“O processo seletivo é fundamental para os nossos motoristas. Temos duas propostas de valor para o nosso cliente: segurança e conforto. Segurança com o veículo blindado em si e o motorista selecionado e treinado. Nosso time de RH entrevistou quase 200 pessoas”.

O CEO ressalta que o treinamento segue após a seleção, em que é abordado como se comportar com o cliente e como usar o aplicativo, para citar. Eles também passam por um psicólogo.

A Rhino iniciou sua atuação com 20 motoristas preparados, mas haverá uma expansão. Há mais de 3 mil motoristas na lista de espera para entrar na plataforma.

Após aprovado, ele tem várias opções de contrato de trabalho, sendo que Mei é uma delas.

O condutor trabalha 8 horas por dia e devolve o veículo na base. A Rhino promete um “salário” de R$ 4 mil e que pode chegar até R$ 8 mil, isso com incentivos, caso o profissional não tenha atrasos, boa avaliação e sem multas, por exemplo.


FGV: mais ricos estão concentrando cada vez mais renda no Brasil

 FGV | Education | Rio de Janeiro RJ


Pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) com base no imposto de renda mostra que os mais ricos estão concentrando cada vez mais renda no Brasil.

Entre as evidências mais importantes da análise, destaca-se no período recente o crescimento da renda dos muito ricos a um ritmo duas a três vezes maior do que a média registrada por 95% dos brasileiros. “O que, ao que tudo indica, a confirmar-se por estudos complementares, elevou o nível de concentração de renda no topo da pirâmide para um novo recorde histórico, depois de uma década de relativa estabilidade da desigualdade”, diz a pesquisa.

O levantamento divide os estratos em o milésimo (0,1%) mais rico, o 1% mais rico, os 5% mais ricos e os 95% restantes da população adulta (com 18 anos ou mais de idade). “E o que se vê é que, além dos mais ricos terem, em média, maior crescimento de renda do que a base da pirâmide, a performance é tanto maior quanto maior é o nível de riqueza”, conclui o IBRE/FGV.

Ou seja, enquanto a maioria da população adulta teve um crescimento nominal médio de 33% em sua renda no período de cinco anos, marcado pela pandemia, a variação registrada pelos mais ricos foi de 51%, 67% e 87% nos estratos mais seletos. Entre os 15 mil milionários que compõe o 0,01% mais rico, o crescimento foi ainda maior: 96%.

Como resultado disso, a proporção do bolo apropriada pelos 1% mais rico da sociedade brasileira cresceu de 20,4% para 23,7% entre 2017 e 2022, mais de quatro quintos dessa concentração adicional de renda foi absorvida pelo milésimo mais rico, constituído por 153 mil adultos com renda média mensal de R$ 441 mil em 2022.

Os resultados da análise com base nos dados do imposto de renda servem de alerta sobre o processo de reconcentração de renda no Brasil e sobre os vetores que mais contribuem para isso: os rendimentos isentos ou subtributados que se destacam como fonte de remuneração principal entre os super ricos.

“Em resumo, ainda é cedo para avaliar se o aumento da concentração de renda no topo é fenômeno estrutural ou conjuntural, mas as evidências reunidas  reforçam a necessidade de revisão das isenções tributárias atualmente concedidas pela legislação e que beneficiam especialmente os mais ricos”, finaliza Ibre/FGV

Preço do aluguel residencial sobe três vezes a mais que a inflação em 2023, aponta FipeZap

 


Segundo dados do índice FipeZAP, divulgados nesta terça-feira, 16, o preço do aluguel residencial subiu, em média, 16,16% no Brasil em 2023. Isso significa que o custo com moradia subiu três vezes a mais que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — a inflação oficial —, que ficou em 4,62% em 2023.

Ainda assim, o resultado ficou ligeiramente abaixo do registrado em 2022, quando o indicador FipeZAP apontou alta de 16,55%, o maior em 11 anos de pesquisas.

Em dezembro de 2023, o preço do aluguel residencial aumentou, em média, 1% no País, o que representa uma aceleração do indicador que, em outubro e novembro, registrou altas de 0,70% e 0,85%, respectivamente.

Segundo a apuração da FipeZAP, imóveis com apenas um dormitório foram os que apresentaram as maiores valorizações no preço do aluguel residencial, com alta de 1,34% em dezembro do ano passado. No mesmo período, a locação de imóveis com três ou mais quartos subiu 0,24%.

Preço do aluguel residencial por cidades

Com base em anúncios veiculados na internet, o FipeZAP acompanha também o preço médio de locação de apartamentos prontos em 25 cidades brasileiras, incluindo grande parte das capitais.

Entre as metrópoles monitoradas, as maiores altas no ano no preço do aluguel residencial foram em Goiânia (37,28%), Florianópolis (27,68%), Fortaleza (21,95%), Curitiba (20,70%), Rio de Janeiro (19,79%) e Belo Horizonte (17,11%).

 

Confira a figura abaixo e compare os aumentos entre as cidades:

Índice FipeZAP do preço do aluguel residencial
Índice FipeZAP, IBGE e FGV.

 

Preço do aluguel residencial por metro²

Ainda segundo o índice FipeZAP, o preço médio dos novos contratos de aluguéis no País é de R$ 42,53 por metro quadrado, considerando dados de dezembro de 2023. Nessa base de comparação, um apartamento de 50 metros quadrados custa, em média R$ 2.126,50 mensais. No final de 2022, o mesmo imóvel era alugado por, em média, R$ 1.832.

Na lista por preços de aluguéis, Barueri, na região metropolitana de São Paulo, apresenta o maior custo. Lá, o aluguel custa, em média, R$ 59,06 por metro quadrado. Ou seja, uma residência com 50 metros quadrados vai custar aproximadamente R$ 2.953 mensais.

Ao considerar 11 capitais brasileiras medidas pelo índice, a cidade de São Paulo lidera o ranking de custo do aluguel por metro quadrado. Na capital paulista, o custo médio com locação de imóvel é de aproximadamente R$ 51,62 por metro quadrado. Na sequência, aparecem Florianópolis (R$ 49,81 por m²) e Recife (R$ 47,78 por m²).

Veja a lista completa do preço do aluguel residencial por cidades (m²):

Preço médio do aluguel por cidade (m²); dados de dezembro:

  1. Barueri (SP): R$ 59,06
  2. São Paulo (SP): R$ 51,62
  3. Florianópolis (SC): R$ 49,81
  4. Recife (PE): R$ 47,78
  5. Santos (SP): R$ 45,50
  6. Rio de Janeiro (RJ): R$ 45,10
  7. Brasília (DF): R$ 40,57
  8. São José (SC): R$ 37,88
  9. São José dos Campos (SP): R$ 37,85
  10. Belo Horizonte (MG): R$ 36,76
  11. Curitiba (PR): R$ 36,17
  12. Goiânia (GO): R$ 36,07
  13. Campinas (SP): R$ 34,87
  14. Praia Grande (SP): R$ 34,82
  15. Santo André (SP): R$ 34,05
  16. Guarulhos (SP): R$ 33,52
  17. Salvador (BA): R$ 33,10
  18. Porto Alegre (RS): R$ 31,67
  19. São Bernardo do Campo (SP): R$ 29,76
  20. Joinville (SC): R$ 28,39
  21. Fortaleza (CE): R$ 28,36
  22. Niterói (RJ): R$ 26,81
  23. Ribeirão Preto (SP): R$ 23,82
  24. São José do Rio Preto (SP): R$ 21,83
  25. Pelotas (RS): R$ 17,59

Por que o preço do aluguel residencial subiu?

Conforme apontou o índice FipeZAP, o preço do aluguel residencial aumentou bem acima da inflação, quase três vezes acima do IPCA de 2023. Embora o cenário econômico apresente maior equilíbrio e crescimento, por que o custo com locação de imóveis subiu?

Segundo a advogada especialista em direito imobiliário e economia imobiliária, Dra. Aline Oliveira, o que explica essa diferença é que o setor de aluguéis possui uma variedade de questões que são levadas em conta na hora de definir o ajuste dos valores de locação.

“Um deles, inclusive, é a questão do descongelamento dos valores dos aluguéis residenciais que, durante a pandemia, foram congelados ou tiveram sua elevação diminuída durante o período de crise pandêmica. Agora, em 2024, com uma superação daquele cenário, os ajustes nos valores que tinham sido anteriormente barrados ou diminuídos, vieram com força total”, indica a advogada.

Ainda na sua avaliação, outros fatores também são relevantes para a valoração do aluguel no setor como, por exemplo, a valorização ou desvalorização do imóvel, questões de cunho pessoal do locador, dentre outros cenários que não seguem o mesmo fluxo do crescimento econômico.

“É evidente que esse aumento nos preços dos aluguéis é preocupante, especialmente quando olhamos para uma faixa da população brasileira que não viu sua renda aumentar, ou retornar aos patamares anteriores, mesmo com o fim da pandemia de COVID-19”, afirma Aline.

“O grande problema é que um crescimento tão grande dos valores de locação podem levar a um maior número de pessoas inadimplentes, por simplesmente não conseguirem arcar com esse reajuste, o que, no final, pode gerar um número ainda maior de pessoas sem teto”, acrescenta.

Para a advogada, há algumas soluções que podem ajudar no cenário de aumentos expressivos no preço do aluguel residencial. A primeira delas, de acordo com Aline, é uma maior fiscalização por parte do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (CRECI), a fim de apurar as verdadeiras razões pelas quais o valor dos aluguéis está registrando aumentos exponenciais, se índices inflacionários não estão acompanhando tal elevação.

“Outra é que, mais do que nunca, se torna preciso falar e desenvolver projetos de moradia popular e a Administração Pública (Municipal, Estadual e Federal) precisa estar cada vez mais focada nesse tipo de proposta, pois se sabe que a maior parte das pessoas que alugam residências hoje é a classe pobre/classe média. Segundo o próprio IBGE, pelo menos 65% dos mais pobres moram em lugares locados”, continua.

Por fim, na avaliação de Aline, é preciso deixar claro que, embora a relação de locação seja uma relação privada, isto é, doutrinada pelo Código Civil e Lei específica, cabe aos locadores o bom senso de que o cenário econômico brasileiro ainda está em recuperação, o que não significa que está recuperado e que todas as pessoas conseguem acompanhar, financeiramente, o ritmo dessa aceleração.

“O bom senso e o diálogo podem garantir que esse locador permaneça com o imóvel locado e bem cuidado, até porque, um aumento desenfreado do valor do aluguel, embora pareça ótimo para quem esteja alugando, não necessariamente é algo bom, pois pode levar a desenfreadas crises de inadimplência, despejo, dentre outras questões prejudiciais e morosas ao próprio locador”, complementa a advogada.

Reajustes do preço do aluguel residencial

Outro fator para a alta elevação no preço do aluguel residencial são os reajustes. Com um índice de desemprego ainda considerável, apesar de apontar tendência de queda, a renda disponível pelos consumidores segue reduzida, o que gera maior procura por locações, segundo a advogada Aline Oliveira.

“É possível ver este fenômeno nos grandes centros, onde os ciclos migratórios se intensificam e se justificam por conta das oportunidades de emprego”, finaliza.

Preço do aluguel residencial em 2024

E neste ano, será que o preço do aluguel residencial irá subir tanto? Questionada pela Dinheiro, a economista do DataZAP, Larissa Gonçalves, crê em um arrefecimento nas altas, mas não em queda dos custos com locações imobiliárias.

Para ela, o forte aumento de preços que vem ocorrendo desde 2022 não deve perdurar em 2024, uma vez que os principais fatores para a alta exponencial também estão perdendo força.

“A inflação, por exemplo, segue controlada. O mercado de trabalho, que se recuperava após período pandêmico, não deve apresentar o mesmo nível de retomada e deve seguir uma tendência de estabilidade. Enfim, o mercado de locação provavelmente deve apresentar taxas positivas de crescimento, porém isso não significa uma redução dos preços, e sim taxas menores”, comenta.

A economista cita, ainda, uma possível desaceleração na procura por locações por conta da taxa Selix em queda, maior acesso ao financiamento imobiliário e um possível reaquecimento do mercado, impulsionado também por programas habitacionais como o Minha Casa Minha Vida.

“Entretanto, apesar das expectativas otimista para o mercado de compra e venda, para o de locação a expectativa é que haja uma desaceleração”, completa.

 

https://istoedinheiro.com.br/preco-do-aluguel-residencial-16-2023-fipezap/