Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, editou Decreto, publicado no Diário Oficial da União
desta quinta-feira, 18, que delega à ministra do Planejamento e
Orçamento, Simone Tebet, competência para prática de atos, no âmbito dos
orçamentos fiscal e da seguridade social.
Entre
esses atos, está a alteração de Grupos de Natureza de Despesa (GNDs);
abertura de crédito suplementares autorizados na Lei Orçamentária de
2024; reabertura de créditos especiais em favor de órgãos do Executivo;
reabertura de créditos extraordinários; transposição, remanejamento ou
transferência de dotações orçamentárias aprovadas na Lei Orçamentária de
2024.
Para este ano, a entidade projeta que a inflação nos supermercados
acelere e encerre o ano em 4,5%. (Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Da redaçãoi
O
Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação
Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou inflação de 1,20% em dezembro,
resultado influenciado pela alta no setor de alimentos (1,50%). No
acumulado do ano, no entanto, o índice terminou com alta de 1,02%, acima
do que a APAS estimava – inflação de 0,85% no ano.
Dentro
do segmento de alimentos, os produtos in natura apresentaram a maior
inflação no mês (6,33%), seguidos por bebidas não alcoólicas (1,52%),
produtos semielaborados (0,89%), industrializados (0,80%) e bebidas
alcoólicas (0,74%). Por outro lado, houve deflação mensal nos artigos de
limpeza (-0,44%) e artigos de higiene e beleza (-0,21%).
“O
resultado do IPS de dezembro acelerou quando comparado ao mês de
novembro (0,74%) e com relação a dezembro de 2022 (1,0%). No acumulado
do ano, no entanto, o índice terminou com alta de 1,02%, marginalmente
acima do que a APAS estimava – inflação de 0,85% no ano, o que
significaria o menor patamar desde 2017”, comenta o economista chefe da
Apas, Felipe Queiróz.
Para
este ano, a entidade projeta que a inflação nos supermercados acelere e
encerre o ano em 4,5%. A perspectiva projetada pela associação
considera os fatores provenientes do cenário externo e das alterações
climáticas sobre o comportamento dos preços.
Semielaborados
A
categoria de produtos semielaborados apresentou em dezembro a terceira
alta consecutiva (0,89%), embora em magnitude menor do que a observada
em novembro. O resultado é fruto da forte expansão nos preços dos
cereais (8,39%) e aves (4,14%), uma vez que as demais categorias
apresentaram deflação no mês. Embora o último trimestre de 2023 tenha
apresentado inflação dos produtos semielaborados, no ano houve deflação
de 5,90%, resultado que reflete nas cestas de consumo das famílias.
O
preço da carne suína teve queda, com deflação em dezembro de 0,34%. No
ano de 2023, a baixa nos preços da carne suína foi de 6,57%. Na
contramão, as aves apresentaram inflação no mês de dezembro em função
principalmente das compras da ceia de final de ano. O crescimento no
preço (4,14%) decorreu em função da alta do preço do quilo do frango
(3,88%) e do preço do peru (11,45%). No entanto, no ano, o preço as aves
também apresentaram deflação de 6,95%.
Dezembro
também por marcado pela inflação na subcategoria de cereais (8,39%),
com todos os produtos que a compõe acompanhando a mesma tendência. No
ano, a inflação foi elevada nessa subcategoria (10,44%), fruto da alta
expansão no preço do arroz (26,08%). Por outro lado, a grande safra de
feijão contribuiu para que o produto apresentasse forte deflação durante
o ano passado, que ficou em -14,41%.
Industrializados
A
categoria de produtos industrializados apresentou inflação de 0,80% em
dezembro, o que contribuiu para que a acumulada em 2023 fosse de 1,35%.
No mês, houve inflação em todas as subcategorias que compõem os produtos
industrializados. As principais altas foram nos doces (1,14%),
panificados (1,91%) e derivados da carne (0,41%). No acumulado do ano,
houve sinais mistos com subcategorias apresentando inflação e outras
apresentando deflação.
Os resultados dos produtos industrializados
foram influenciados principalmente pelos aumentos nos custos de insumos
produtivos derivados do trigo, tendo em vista que uma parte
significativa é importada pelo Brasil.
Em
termos individuais – sem considerar o peso que tem para o indicador – o
preço do azeite de oliva chamou a atenção pelo seu crescimento
significativo no ano de 2023: 42,65%.
Os pescados apresentaram deflação no mês de dezembro (-0,29%), mas inflação de 0,29% no ano.
“O
preço da merluza foi a única a apresentar deflação no último mês de
2023 e, devido ao seu peso na pesquisa, fez com que o mês apresentasse a
redução de preços”, explica Queiróz.
Produtos In natura
Os produtos in natura tiveram inflação de 6,33% no mês de dezembro; no
ano, o crescimento nos preços foi de 10,32%. O resultado mensal foi
fortemente influenciado pela inflação dos tubérculos (16,23%) e legumes
(7,22%); já na avaliação anual, frutas (10,61%), legumes (13,23%) e
verduras (26,40%) se destacam como vetores de crescimento dos preços.
Dentro
da subcategoria das frutas, a maior contribuição para a inflação mensal
veio do aumento de 15,03% na laranja e banana (2,15%); para a inflação
anual, laranja (23,97%), maçã (6,14%) e frutas da época (13,36%).
Já
na subcategoria dos legumes, a inflação mensal foi influenciada pelo
aumento do preço do tomate (8,19%), abobrinha (10,99%) e mandioquinha
(6,24%); A cenoura (47,95%) e abobrinha (46,56%) são as principais
contribuições para a inflação anual.
Quando analisado os
tubérculos, a inflação mensal ocorreu em todos os produtos exceto no
alho, que apresentou deflação de 0,25%. O destaque de alta foi a batata,
que teve aumento de 36,29%. A avaliação anual também infere que a
batata teve a principal contribuição para a inflação da subcategoria,
com aumento de 13,15%.
A inflação mensal das verduras foi
impactada principalmente pelo crescimento nos preços da alface (1,73%),
do coentro (2,47%) e da salsa/cebolinha (0,16%). Na análise anual, todas
as verduras apresentaram aumento nos preços, sendo que a alface
(26,68%), coentro (26,87%) e couve (30,61%).
Bebidas
Ambas
subcategorias de bebidas apresentaram inflação no mês de dezembro –
bebidas não alcoólicas (1,52%) e bebidas alcoólicas (0,74%) – muito
influenciada pelas festividades do final de ano. O mesmo movimento
inflacionário foi observado nas duas subcategorias na comparação anual.
Dentro
das bebidas não alcoólicas, no mês de dezembro, todos os produtos
apresentaram inflação, exceto as bebidas à base de soja, que tiveram
deflação de 0,13%. O destaque foi a inflação de 1,86% nos refrigerantes.
Na comparação anual, todas as categorias apresentaram elevação de
preços em 2023, novamente com destaque para os refrigerantes (6,06%) e
pó para refresco (5,36%).
Já
a inflação apresentada pelas bebidas alcoólicas em dezembro foi
fortemente influenciada pelo crescimento de 1,0% nos preços das
cervejas; na comparação anual, os preços das cervejas (7,85%) e do vinho
(2,73%) foram os principais vetores de expansão.
Artigos de limpeza e produtos de higiene e beleza
Os
artigos de limpeza e produtos de higiene e beleza apresentaram deflação
mensal de 0,44% e 0,21%, respectivamente. Sabão em pó foi a maior
contribuição para a redução de preços mensal dos artigos de limpeza, com
queda de 1,83%. Já a deflação dos artigos de higiene e beleza decorreu
da queda de 0,54% no preço dos sabonetes, 1,47% nas fraldas descartáveis
e 0,17% nos desodorantes.
Na avaliação anual, os artigos de
limpeza também apresentaram deflação (-0,37%), muito influenciada pela
queda de 6,58% no sabão em pó. Por outro lado, os artigos de higiene e
beleza apresentaram inflação anual de 3,93%, tendo como principais
vetores o aumento de 5,56% no preço do papel higiênico, 2,45% na fralda
descartável e 1,57% no sabonete.
A
gigante dinamarquesa A.P. Moeller-Maersk e a alemã Hapag-Lloyd estão se
unindo para fechar um acordo de compartilhamento de novas embarcações a
partir do próximo ano, em uma mudança no quadro global dessas alianças
no setor.
O
pacto busca impulsionar eficiências e ajudar a acelerar os esforços de
descarbonização das empresas, anunciaram nesta quarta-feira as
companhias.
Juntas,
as duas empresas respondem por pouco mais de 20% da fatia global de
mercado no setor de transporte marítimo de cargas.
Para
Silvio Meira, um dos maiores especialistas em inovação e tecnologia do
país, as empresas precisam olhar para a IA não como uma ferramenta, mas
como uma nova dimensão da realidade, onde poderão tomar melhores
decisões
Por Louise Bragado,
Fundador e cientista-chefe da consultoria estratégica tds.company,
professor extraordinário da Cesar School e professor emérito do Centro
de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Silvio Meira
é um dos maiores especialistas em inovação e tecnologia do país. Um dos
fundadores do Porto Digital de Recife, também faz parte do conselho de
empresas como CI&T, Magalu, MRV e Tempest, e acompanha de perto o
desenvolvimento do ambiente de negócios brasileiro.
Diante das transformações robustas pelas quais o mercado vem passando,
Meira faz um alerta para as empresas: "Há uma falta de estratégia em
relação aos investimentos em IA". Para ele, muito mais do que inserir
tecnologia na operação, as organizações precisam repensar e redesenhar o
negócio como um todo, olhando para a IA não como uma ferramenta, mas
como uma nova dimensão da realidade -- uma aliada na tomada de decisões
se as lideranças souberem, de fato, como usá-la.
Em entrevista exclusiva a Época NEGÓCIOS,
ele falou sobre o impacto da IA generativa nas empresas, mudanças no
mercado de trabalho, regulamentação da tecnologia e as possibilidades de
o Brasil se tornar competitivo nessa área -- o que vai demandar
investimentos de longo prazo em pesquisa e desenvolvimento tecnológico e
científico.
Confira os principais trechos da conversa a seguir.
Época
NEGÓCIOS - O ano de 2023 foi marcado por investimentos robustos em
inteligência artificial (IA), tanto de grandes empresas quanto de
negócios menores. Startups de IA se destacaram no mercado, por exemplo.
Você acredita que, em 2024, esses investimentos vão continuar?
Silvio Meira -
O que eu vejo é uma falta de estratégia nos investimentos, não em todas
as empresas, mas em boa parte delas. Muitos dos investimentos que vêm
sendo feitos carecem de reflexão. Há um certo frenesi sobre
inteligência artificial, um sentimento muito grande de que 'se eu não
entrar nessa, vou perder esse bonde'. Três em cada quatro CTOs ou
líderes de tecnologia dizem que, no próximo ano, vão colocar IA em
muitas facetas do negócio, se não em todas. Isso tem consequências não
triviais. Por exemplo, de onde apareceu tanta gente especialista em IA?
Não apareceu. Essas pessoas não existem. As empresas terão que trabalhar
em redes, isto é, descobrir parcerias que entendam o que fazer e por
que fazer. O como fazer é muito mais fácil. Agora, ter uma estratégia de
valor da IA no negócio é muito mais complicado, e aqui há uma quebra de
entendimento. A IA não é uma ferramenta, é uma nova dimensão da
realidade. E como dimensão da realidade, você tem que tratar isso como
um vetor que habilita um novo espaço. Existe a inteligência individual e
a inteligência coletiva dentro das organizações. É preciso haver uma
imersão da IA que se articule com a inteligência coletiva e pessoal,
isso é o mais precioso.
A IA é muito mais do que uma ferramenta para gerar textos ou imagens,
ela habilita uma nova classe de tomada de decisões instrumentadas por
dados e interatividade, se a gente souber usá-la para tal. Agora, isso
requer um entendimento razoavelmente profundo de estratégias para lidar
com IA nas organizações. E é nisso que estamos pecando mais, no momento.
Há pouca reflexão, pensamento, competência. As empresas correm o risco
de se perder de maneira estrutural, jogando IA dentro dos negócios para
fazer um monte de coisas sem pensar no impacto, efeitos, mudanças e na
competitividade da organização. O que está em jogo não é colocar IA na
operação e ponto final, é redesenhar o negócio.
Você
mencionou a falta de preparo dos profissionais para lidar com IA. Qual o
impacto dessa tecnologia no futuro do mercado de trabalho? Há risco
real de aumento do desemprego?
Sempre existe risco real de aumento de desemprego quando você introduz
uma nova dimensão nos mercados - na transição de carroças para motores a
combustão, por exemplo. Nenhuma fábrica de carroças conseguiu com
sucesso montar um automóvel, porque o motor não apenas substituiu o
cavalo, ele redesenhou completamente o mercado. Saímos da terra para as
rodovias asfaltadas, criamos os postos de gasolina... Toda uma nova
arquitetura foi desenhada, inclusive boa parte do aquecimento global que
vivemos hoje foi criada pelo motor a combustão. É uma mudança de
estrutura.
Voltando aos grandes modelos linguísticos, os GPTs. GPT significa
"generative pre-trained transformer", mas a sigla GPT tem outro
significado em economia: "general purpose technologies", isto é,
tecnologias de propósito geral. São aquelas cujos usos não estão
limitados ao propósito específico da tecnologia no mercado. Elas se
expandem, porque novas aplicações começam a ser desenhadas sobre elas
para todo o mundo que tenha capacidade de usá-las.
Por exemplo, um profissional de atendimento. Quando você treina esse
profissional, você não dá para ele uma enciclopédia do produto, serviço,
da empresa. Você o treina em perguntas e respostas. Quando você treina
um grande modelo de linguagem, você insere nele uma enciclopédia de
dados. Isso vai ser adicionado a todo treinamento que ele tem sobre
informações abertas, e ele será capaz de responder literalmente qualquer
pergunta sobre qualquer coisa. Então, tarefas cognitivas, mas que são
repetitivas, estão imediatamente obsoletas, e isso inclui o trabalho de
advogados, jornalistas, designers, ilustradores, impacta o campo das
engenharias, dos programadores.
Os
grandes modelos de linguagem também são capazes de criar letras de
músicas, vídeos, desenhos, livros, roteiros de filmes. A criatividade
humana está ameaçada?
Tenho uma frase para isso. Penso que os grandes modelos linguísticos
representam a obsolescência iminente do profissional criativo mediano e
todo mundo abaixo dele. E a razão é a seguinte: a criatividade é um
algoritmo. Se você resolve criar uma xícara de café, para ser criativo
fazendo isso, primeiro você tem que saber a história do café, a história
das xícaras, depois o design de xícaras associados a mesas, culturais
locais, isto é, um painel de tudo o que já foi feito sobre xícaras de
café e que ninguém fez ainda. Isso para que alguém olhe e diga: que
coisa bela, ou linda, ou funcional. Descrevi o que é um algoritmo de
fazer uma xícara. O que isso significa? Que o profissional criativo de
música, roupa, sapato, móveis também executa um algoritmo. Se ele
executa um algoritmo, a gente pode colocar uma máquina para executar da
mesma forma. O profissional que reproduz sem criar em cima do algoritmo
está obsoleto, não agora exatamente, mas em pouco tempo. Os acima de
medianos são os profissionais que vão redefinir o algoritmo da
criatividade, porque estes redefinidores são aqueles que repensam e
refazem o "como fazer, como criar, por que criar". Estes redefinidores
estão fora do alcance dos modelos linguísticos. Agora, os copiadores
estão ameaçados. Se você foi treinado na universidade para desenhar
joias de uma certa forma e vai seguir 'by the book', você está obsoleto.
Isso vale para qualquer profissão criativa.
Hoje
o Brasil é um mercado muito mais consumidor de IA do que produtor da
tecnologia, cujo desenvolvimento está concentrado nos Estados Unidos e
na China. Como o Brasil pode se tornar competitivo em relação à adoção
de IA?
Primeiro, tendo uma estratégia de ciência e tecnologia de IA
propriamente dita e do uso de IA nas outras áreas de ciência e
tecnologia. Por exemplo, grandes modelos linguísticos afetam a maneira
como você faz pesquisa. Você pode analisar dados de um experimento de
forma muito mais eficaz e eficiente, mas não apenas isso, pode desenhar o
experimento todo usando IA. Existe, sim, uma interferência muito grande
de grandes modelos linguísticos em todas as áreas da ciência humana.
Agora, o que está envolvido nisso: você não forma um especialista em IA
da noite para o dia. Formar um PhD em IA, um mestre em IA capaz de
entender as fundações por trás de grandes modelos linguísticos leva
anos. Dá para o Brasil entrar nisso de forma competitiva? Sim. Da forma
como está sendo feito agora? Não. Depende de investimento de grande
porte a longo prazo. O Brasil tem investimento em IA, mas é ridículo, de
R$ 10 milhões, R$ 15 milhões, com poucas dezenas de pessoas envolvidas.
Precisa de muito mais gente envolvida, e de muito mais dinheiro, porque
R$ 10 milhões não mexe o ponteiro da comunidade científica. Vai ter
mais paper publicado? Vai, mas isso não se traduz em ganho de competitividade.
Qual
sua opinião sobre regulamentação da IA? Há iniciativas na Europa e nos
Estados Unidos, no Brasil temos o PL 759/23. Que tipo de diretrizes
regulatórias essa tecnologia demanda?
Veja, quando a gente tem que regular alguma coisa? Quando a gente
entende o que é, para que serve, como funciona e quais são os riscos que
isso representa para os mercados, para a economia e para as pessoas. A
gente não sabe o suficiente sobre IA para fazer isso. E, no Brasil, há
uma tendência em criar impossibilidades, isto é: não pode fazer isso,
não pode fazer aquilo. Tanto a interpretação europeia quanto a americana
é de descobrir riscos enquanto se usa IA para tratar problemas reais.
Nos Estados Unidos, a regra básica da pré-regulação existente é a
seguinte: se você está fazendo uma IA que afeta muita gente e sabe quais
são os riscos envolvidos ao usar essa IA, ou dos riscos que outras
pessoas que não usam a IA também correm, vá conversar com o regulador
para que ele entenda os riscos. No caso da Europa, é: se sua IA é usada
por mais de 10 mil negócios, você representa risco para a sociedade
porque sua IA pode ter impactos sociais e econômicos muito grandes,
então vamos entender os riscos. No Brasil, não. A gente está quase
emitindo regulação sem ter entendimento do que é, para que serve, como
funciona. Além disso, sem ter uma política e uma estratégia de ambiente
de financiamento à pesquisa e desenvolvimento para a inovação.
No documento "24 anotações para 2024",
você fala que um dos grandes desafios que as lideranças enfrentam,
hoje, são aspirações ambiciosas, mas alcançáveis, que necessitam de uma
estratégia robusta para sua realização. Como as empresas podem se tornar
mais competitivas neste momento em que há grandes transformações em
curso, inclusive estas geradas pela IA?
Essa é a pergunta que define os mercados. No Brasil, a gente é muito
básico ao tratar dos negócios. O nível de ingenuidade corporativa no
Brasil é muito grande, mesmo em grandes empresas. O que mais falta é
gente pensando de forma abstrata, pensando na teoria do negócio. E
executar uma teoria quer dizer o seguinte: dentro do negócio, você tem
uma série de normas, regras, KPIs para fazer com que o negócio funcione.
Quando há uma mudança para introduzir um novo produto, você tem de
mexer em fundações, em processos, e no Brasil normalmente fazemos isso
de forma muito simplória. Você chama alguém para dar a consultoria de
mercado, alguém para a consultoria do produto, chama a agência de
marketing. Estamos na economia de conhecimento. Então, quando você chama
um bocado de gente de fora para fazer coisas, significa que sua
capacidade de conhecimento está baixa. A gente precisa elevar o nível do
pensamento estratégico nas empresas, no sentido de que empresas são
coisas difíceis de fazer, executar e sustentar.
Se você olhar globalmente, é quase como se as empresas fossem feitas
não para sobreviver, mas para morrer. Quantas empresas você conhece
cujos produtos usa diretamente que têm mais de 100 anos? As empresas
desaparecem porque são ruins, porque não entendem estratégia e não sabem
reinterpretar o mercado, entender as mudanças e entrar em novos
mercados quando o mundo exige. Adiantaria hoje eu ter uma empresa de fax
e melhorar meu serviço de fax? Não, porque o mercado de fax acabou, não
importa que eu melhore meu serviço. Isso que é necessário desenvolver
dentro de uma empresa para ela ser sustentável: capacidade de aplicar
conhecimento estratégico nessas mudanças drásticas. Quem define a
empresa não é o mercado, é o entendimento de mundo que ela tem.
A inteligência artificial se tornará consciente um dia? Há algum risco para a humanidade, se isso acontecer?
Imagine que a gente construísse uma rede neural com 100 bilhões de
elementos e ela fosse feita de forma biológica. Construiríamos essa rede
de tal forma que cada um desses 100 bilhões de neurônios conseguissem
se conectar entre eles de forma natural, com um algoritmo tão simples
que esses neurônios conseguiriam escolher, singularmente e em grupos,
com quais outros neurônios se conectar, por meio de estímulos externos,
como luz, som, tato. A gente já tem todos os sensores. O que a gente não
tem em escala, mas temos em laboratório, em pesquisas, é esse mecanismo
de criar uma rede de centenas de bilhões de neurônios biológicos. O que
eu acabei de descrever foi um cérebro. Qual a diferença deste cérebro
que eu acabei de descrever para o meu e para o seu? Nenhuma.
Então, temos as ferramentas para criar cérebros em escala? Sim. A gente
vai querer fazer isso? É um mega dilema ético. Mas esse negócio está
num horizonte distante. Não acho que teremos isso nessa década. Nada
impede que uma empresa tente fazer isso, associado a grandes modelos
linguísticos, que entendam de mercado, de sociedade, do que for, e com
capacidades muito acima de seres humanos. É um cenário distópico? Não. E
nem utópico. É um cenário que tem probabilidade real de acontecer,
dentro de certo prazo que não é agora.
Mas vamos voltar para a realidade. A vasta maioria do trabalho humano é
mediana, e digo isso de todos nós, eu, você. Em um mês de trabalho, em
quantos dias você fala: 'Nossa, hoje fiz algo extraordinário'? No dia a
dia, somos medianos, vez por outra fazemos algo incrível. Entenda: estou
falando do trabalho. Todos os humanos são especiais, mas a vasta
maioria do trabalho humano é muito básica, inclusive em tarefas
cognitivas. O problema não é você substituir um advogado, o problema é
que, com a IA, 50% das funções realizadas por um advogado mediano podem
ser substituídas, e aí teremos uma crise social de proporções épicas. Um
escritório que tinha 50 advogados vai precisar só de 20. O que os
outros vão fazer? Existe uma demanda social e humana imediata e um
processo de up-skilling de elevar o nível de competências e habilidades das pessoas para lugares que a gente nunca pensou anteriormente.
Então, a gente não precisa se preocupar hoje com inteligências
artificiais gerais nem com inteligências censcientes, que dominam
espaços de autonomia e socialização humanas. Deixa isso lá pra frente. O
problema de agora é muito maior do que isso.
Seu
advogado, Alex Spiro, afirmou que o empresário é submetido a testes com
frequência, de forma aleatória, e nunca falhou em nenhum dos exames
Por Estadão
Executivos e acionistas das empresas de Elon Musk - Tesla, X, SpaceX,
entre outras - estão preocupados com a conduta do bilionário em suas
atividades recreativas. De acordo com uma reportagem do jornal americano
Wall Street Journal, o uso de drogas como ketamina, LSD, cocaína e
cogumelos "mágicos" fazem diretores perderem o sono com o temor de que
suas companhias sejam afetadas.
Musk não respondeu aos pedidos de
comentário do Wall Street Journal. Seu advogado, Alex Spiro, afirmou
que o empresário é submetido a testes com frequência, de forma
aleatória, e nunca falhou em nenhum dos exames.
Musk já assumiu
publicamente fazer uso de drogas com certa frequência. Em 2018, o
bilionário apareceu no videocast de Joe Rogan fumando maconha, o que fez
as ações da Tesla caírem mais de 9% no mesmo dia. Ele também já falou
sobre usar ketamina, um anestésico potente e com efeito psicodélico,
para tratar depressão - o uso do medicamento de forma controlada já é
prescrito por psiquiatras nos EUA para o tratamento da doença.
Festas
e eventos em que o bilionário já admitiu ter feito o uso de drogas
aconteceram nos últimos anos, em diversas partes do mundo, e pessoas que
acompanhavam Musk tinham que assinar um documento de confidencialidade
ou entregar seus celulares na entrada do encontro. Pessoas próximas
informaram ao Wall Street Journal, porém, que o comportamento começou
com maior frequência em 2017.
Essa postura fez com que os
investidores fiquem temerosos pela saúde e quanto à capacidade de Musk
de administrar as empresas que têm na mão. Isso porque Musk já teria
aparecido sob efeitos de drogas no trabalho, com dificuldades de
apresentar reuniões ou conversar com colegas, afirmou o jornal
americano.
Na ocasião em que participou do videodcast de Joe
Rogan, por exemplo, Musk teve que enfrentar a Nasa, que ordenou uma
revisão da cultura corporativa e de segurança da SpaceX, e afirmou que o
empresário não seria visto "fumando ou bebendo álcool em público
novamente". A empresa foi a vencedora de uma licitação da agência
espacial americana para levar astronautas para a Estação Espacial
Internacional e é a única empresa no país autorizada para a missão.
Segundo
a Arctic Ice, o gelo foi comprimido ao longo de milhares de anos, por
isso não tem bolhas e derrete mais lentamente do que os tradicionais -
sendo “o gelo mais puro do mundo”
Por Renata Turbiani
Segundo a empresa, o gelo foi comprimido ao longo de milhares de anos,
por isso não tem bolhas e derrete mais lentamente do que os
tradicionais. Em seu site, ela o descreve como “o gelo mais puro do
mundo”.
“Estas partes das camadas de gelo não estiveram em contato com
quaisquer solos nem foram contaminadas por poluentes produzidos por
atividades humanas. Isso torna o gelo do Ártico a H2O mais limpa da
Terra”, afirma.
A equipe da Arctic Ice procura um tipo específico de gelo que não
esteve em contato nem com o fundo nem com o topo da geleira, informa o DailyMail.
O material é retirado por um barco com um guindaste acoplado de Nuup
Kangerlua, o fiorde (braços longos e estreitos de mar que se estendem da
terra) ao redor da capital de Nuuk.
Tudo o que é coletado é colocado em contentores refrigerados que são
transportados para a Dinamarca. De lá, são enviados para Dubai, nos
Emirados Árabes Unidos, para serem usados por bares e restaurantes na
preparação de drinks.
A startup, que até o momento despachou 20 toneladas métricas de gelo,
tem recebido fortes críticas por transformar uma característica preciosa
do mundo natural em mercadoria.
Nas redes sociais, um usuário questionou: “Você não deveria se
preocupar com os efeitos do aquecimento global em vez de vender água das
geleiras?”
Em sua defesa, Malik V Rasmussen, cofundador da Arctic Ice, disse que
seu trabalho é ajudar a Groenlândia em sua transição verde. “Temos essa
agenda em execução em toda a empresa, mas talvez ainda não a tenhamos
comunicado suficientemente bem.”
O grupo farmacêutico Fleury também está com inscrições abertas para
projetos de startups. Voltado para negócios de impacto, o programa de
aceleração Impacta segue disponível para cadastros até sexta-feira (19).
A ideia é receber soluções que resolvam dois principais problemas:
promoção do acesso equitativo aos serviços de saúde para as classes C, D
e E; e fortalecer a resiliência do setor de saúde diante das mudanças
climáticas, com ênfase em práticas ESG e enfoque em otimização de
recursos e redução de resíduos.
As startups selecionadas vão receber benefícios, mentorias, diagnóstico
estratégico, networking e suporte personalizado durante três meses --
com previsão de início em 22 de janeiro e término em abril.
Para participar, é preciso atender aos critérios de elegibilidade
estabelecidos e se encaixar dentro da proposta. As inscrições podem ser
realizadas na página oficial da empresa.