quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Aos 470 anos, SP oferece oportunidades, mas maioria quer deixar cidade

 


De acordo com projeção da Confederação Nacional do Comércio (CNC), cerca de 110 mil vagas devem ser criadas para o último bimestre de 2023.

Maior metrópole do país, com população de 11,5 milhões de pessoas – superior à de muitos países, como Portugal, Paraguai e Suécia – São Paulo chega aos 470 anos, nesta quinta-feira (25), como a cidade historicamente mais atrativa do país, mas, ao mesmo tempo, a maioria dos moradores quer deixá-la.

São 60% os residentes que dizem querer sair, segundo pesquisa da Rede Nossa São Paulo, divulgada nesta semana. É um resultado consolidado, já que há pouca variação desde, pelo menos, 2009 – quando 57% diziam querer deixar a cidade.

“A cidade oferece muitas oportunidades de trabalho, cultura, educação, conhecimento, enfim, São Paulo é uma metrópole global e tem muitas virtudes. Mas essas pessoas, que são maioria, não conseguem acessar as virtudes e ficam com os problemas da cidade”, destaca o coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, Jorge Abrahão.

Para a maior parte da população, São Paulo acaba sendo trânsito, dificuldade para morar bem e violência. “A maioria leva, por exemplo, um tempo enorme da vida dela dentro do carro porque a média das pessoas no trânsito é de duas horas e meia por dia. Isso além das questões de habitação e da violência”, ressalta o coordenador.

Mais democracia

Para Abrahão, a chave para mudar o desejo da população de deixar a cidade está na democratização, o que demanda avanço da participação popular nas instâncias que decidem sobre os rumos da capital.

“É pensar uma cidade, na descentralização da cidade, na redução de desigualdades, no aprimoramento da democracia. E isso depende de uma aproximação das pessoas com a política, de entender que a política é muito importante”, diz.

A pesquisa da Rede Nossa São Paulo, no entanto, mostra que a maioria dos paulistanos segue sem querer participar da vida política do município: 65% dizem não ter nenhuma vontade de participar; 25%, alguma; e 8%, muita vontade.

“Esse distanciamento, na verdade, coloca riscos de aventureiros aparecerem”, alerta Abrahão. Ele ressalva, no entanto, que o resultado pode ser visto de maneira positiva também.

“A grande maioria diz não querer participar da política. Dois terços dizem isso, mas 8% dizem que têm muita vontade de participar. E se você pensar que 8%, numa cidade como São Paulo, são 1 milhão de pessoas, você tem uma riqueza muito grande a ser explorada”.

Segundo o coordenador, esse desejo de cerca de 1 milhão de pessoas deveria ser entendido pela Câmara dos Vereadores e pela prefeitura como oportunidade para a abertura de novos espaços de participação popular.

“Poderiam entender isso como uma riqueza, uma possibilidade de trazer a visão dessa população para dentro dessas instâncias, para que seja considerada nas tomadas de decisão. Geraria uma aproximação da política com a sociedade, um caminho importante para a gente avançar”.

Pesquisa

A pesquisa da Rede Nossa São Paulo, feita com amostra de 800 pessoas em dezembro de 2023, mostra ainda que 30% da população avaliam que a qualidade de vida na cidade melhorou nos últimos 12 meses. Outros 47% dizem que a qualidade de vida permaneceu estável e 22%, que piorou.

O levantamento mostra ainda que 65% dos moradores de São Paulo não lembram em quem votaram para vereador em 2020 e 68% acham que a geração de empregos deve ser a prioridade dos políticos. A redução das desigualdades sociais e o combate ao preconceito aparecem em seguida.

Os resultados da pesquisa mostram ainda que 17% dos paulistanos avaliam a administração municipal como boa ou ótima, 38% consideram que é ruim ou péssima e 42%, regular; 74% acham que a prefeitura tem feito pouco ou nenhum investimento no bairro onde moram, apesar da melhora na percepção de investimento em algumas áreas; e apenas 9% dos moradores avaliam a Câmara dos Vereadores como ótima ou boa.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Você já ouviu falar em givers e takers?

 


O termo se refere à abordagem que as pessoas adotam em suas interações 
 
 
Enquanto os givers buscam compartilhar e criar valor para os outros, os takers estão mais inclinados a priorizar seus próprios interesses

 

 

Conforme o autor Adam Grant, existem duas principais maneiras de definir as pessoas de modo geral. Para isso, ele criou os termos givers e takers. Essa distinção se refere à abordagem que as pessoas adotam em suas interações. Enquanto os givers buscam compartilhar e criar valor para os outros, os takers estão mais inclinados a priorizar seus próprios interesses. Podemos pensar então que os givers tendem a compartilhar conhecimento e estar dispostos a colaborar, contribuindo para o desenvolvimento mútuo e o crescimento conjunto. Essa mentalidade não apenas fortalece os laços comerciais, mas também cria um ambiente propício para a inovação e a criação de soluções mais robustas.

Já, por outro lado, os takers podem alcançar ganhos imediatos ao maximizar suas vantagens, mas essa abordagem nem sempre é sustentável a longo prazo. Relações comerciais baseadas em tomada excessiva podem levar à quebra de confiança e ao enfraquecimento das parcerias. Isso quer dizer então que ser um giver é melhor do que ser um taker? Não necessariamente. Embora seja possível notar os benefícios de ser um giver a longo prazo e também para as relações de comunidade, também é válido refletir que ser um giver pode ser cansativo. Afinal, quem doa demais nem sempre alcança o que procura quando procura.

Portanto, tendo a acreditar que givers e takers possuem ambos os seus lados positivos para os negócios. A reciprocidade desempenha um papel crucial nesse equilíbrio. Quando givers e takers se encontram em uma relação, em que as duas partes contribuem e se beneficiam, o mercado se torna mais resiliente e adaptável. Não podemos pensar que takers, por prezarem a troca, devam ser rotulados como ingênuos nas relações e nos negócios. Assim como também não é indicado interpretar que os takers sejam necessariamente egoístas. Colaborações bem-sucedidas muitas vezes emergem quando as empresas e as pessoas adotam uma abordagem de sinceridade, estabelecendo limites e enxergando entregas palpáveis para os dois lados envolvidos.

BNDES Azul tem o mar como centro de estratégia de desenvolvimento

 BNDES Logo – PNG e Vetor – Download de Logo


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta quarta-feira (24) a iniciativa BNDES Azul, que terá quatro frentes de atuação. Uma delas é o Planejamento Espacial Marinho (PEM) da costa brasileira, cujo contrato destinado à Região Sul do Brasil foi assinado na ocasião. Há também incentivos à inovação e descarbonização da frota naval, estímulo à infraestrutura portuária e apoio a projetos de recursos hídricos via Fundo Clima.

Além das novas frentes, o banco dispõe de cerca de R$ 22 bilhões em carteira, relacionados à economia azul. Desse total, R$ 13,6 bilhões destinam-se a projetos de docagem, embarcações de apoio, estaleiros e navios petroleiros e R$ 7,7 bilhões são para iniciativas nas áreas de transporte marítimo, portos, terminais e embarcações. Para o setor de turismo marinho e costeiro, estão disponíveis R$ 296,7 milhões e, para o apoio a projetos de recuperação de manguezais, R$ 47 milhões, destinados à iniciativa Floresta Viva, em parceria com a Petrobras. Oito manguezais estão sendo protegidos para preservar a vida marinha.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o objetivo é colocar o mar de volta no centro da agenda estratégia nacional para fortalecimento da indústria naval e o aprofundamento de pesquisas marinhas no país. “Os interesses que estão nos oceanos, especialmente para um país com 8,5 milhões de quilômetros de costa, são decisivos para o futuro.”

O Planejamento Espacial Marinho da Região Sul terá R$ 7 milhões não reembolsáveis e prazo de conclusão do estudo, de 36 meses. Será feito o mapeamento dos usos atuais e potenciais do ambiente marinho da Região Sul, que concentra instituições de pesquisa com tradição em estudos costeiros e marinhos e cinco dos dez principais portos do Brasil. Para a Região Sudeste, cujo edital foi lançado durante a solenidade, haverá recursos não reembolsáveis de 12 milhões. As inscrições para seleção de propostas para o PEM Sudeste podem ser feitas até 15 de março.

Descarbonização

Aloizio Mercadante chamou a atenção para o fato de 95% das exportações brasileiras serem feitas por navios. No ano passado, o país comercializou mais de R$ 1,5 trilhão. “Nós precisamos fazer navio. Já fizemos. E temos tecnologia e erros cometidos, para aprender com os erros e corrigir”. No âmbito da economia azul, projetos de construção de embarcações podem ter redução de até 0,24 pontos percentuais (pp) na taxa de juros.

Para projetos de modernização, conversão ou jumborização de embarcações, essa redução pode ser de até 0,40 pp. Já para projetos de docagem, reparo e manutenção de embarcações, a redução pode ser de até 0,2 pp na taxa de juros, caso a empresa tenha política de responsabilidade socioambiental publicada em sítio de internet e apresente inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEEs).

A Marinha pode sair na frente na área e disputar com outros países e, com isso, seriam reativados também os estaleiros nacionais, disse Mercadante. No ano passado, o BNDES liberou R$ 1 bilhão para a construção naval, com alta na comparação com os R$ 600 milhões desembolsados em 2022. Mercadante garantiu que, em 2024, o desembolso não ficará abaixo de R$ 2 bilhões. “O que nós precisamos é de bons projetos. O BNDES reage às iniciativas”, afirmou.

Até 2025, a Organização Marítima Internacional (IMO, do nome em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU), vai concluir o planejamento de descarbonização das emissões de navios. Segundo Mercadante, até 2030, o Brasil terá que reduzir as emissões, com combustível renovável, nos navios. “A janela que está se abrindo é para produzirmos navios com combustível sustentável e renovável. Substituir petróleo por outras fontes de energia, como amônia verde, hidrogênio verde.”

Setor portuário

Para apoiar o novo ciclo de investimentos portuários, que prevê cerca de R$ 45 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no setor, em arrendamentos e Terminais de Uso Privativo, o BNDES dispõe de linhas específicas com prazos favoráveis de financiamento que podem chegar a até 34 anos. “Nosso objetivo não é o lucro imediato”, destacou Mercadante, completando que o compromisso dele “é com o desenvolvimento do Brasil”. Além disso, em atuação conjunta com o mercado privado para alavancar o setor portuário, o BNDES pode realizar operações de mercado de capitais, por meio da emissão de debêntures, em condições atrativas.

Também como estímulo à inovação do setor naval, o Programa BNDES Mais Inovação, que oferece crédito em taxa TR (cerca de 2%) para investimentos em inovação e digitalização, está aberto para dar suporte às indústrias relacionadas à economia azul.

Em mais uma frente de apoio estratégico do BNDES, o Fundo Clima entra em 2024 com a possibilidade de incluir projetos relacionados a recursos hídricos em uma de suas seis linhas (Florestas Nativas e Recursos Hídricos). A novidade promete proporcionar mecanismos mais amplos para estruturação de projetos ligados à economia azul, com a menor taxa do Fundo, de 1% ao ano.

“Este é um momento responsável. São obras do Estado brasileiro: precisamos cuidar do que é nosso, do Brasil de amanhã, o que perpassa governos, mandatos”, salientou o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, que estava presente à cerimônia.

Ciência e políticas públicas

Marina Silva, durante lançamento do BNDES Azul – Tomaz Silva/Agência Brasil

 A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que a ciência vai ser a base das políticas públicas daqui para a frente. “Claro que vai existir sempre o espaço para o imponderável e a criatividade, mas, cada vez mais, as políticas públicas terão de ser feitas e pensadas com base em evidências. E nada melhor do que ter o conhecimento do nosso imenso oceano, nada mais do que ter conhecimento das nossas florestas, da nossa biodiversidade, dos nossos recursos terrestres, enfim, de tudo que a natureza dispõe.”

Segundo Marina Silva, o objetivo do Planejamento Espacial Marinho que os ministério de Minas e Energia e da Defesa estão fazendo, juntamente com a Marinha e com apoio do BNDES, é usar, da melhor forma possível, os meios de que o país dispõe não só quanto à biodiversidade marinha e às capacidades oceanográficas, mas também quanto ao grande desafio que a humanidade tem em relação ao problema da mudança do clima.

Marina Silva acentuou que os oceanos são responsáveis pela absorção de cerca de 30% das emissões de CO2 (gás carbônico), mas têm estoque de carbono maior do que o existente na superfície terrestre. “Se essa biota marinha for destruída e tivermos um processo de emissão de CO2 a partir dela, acabaremos com as condições que promovem e sustentam a vida no planeta.” A ministra enfatizou que o Brasil é o lugar em que se pode fazer uma inflexão civilizatória.

“Pode-se criar um novo ciclo de prosperidade em que se fortaleça a democracia e se combatam as desigualdades, mas com sustentabilidade econômica, social e cultural. Esta é a diferença de termos tantos recursos, alguns recursos financeiros, alguns deles não retornáveis, para que a gente possa inovar, criar experiências inovadoras que sejam capazes de criar esse ciclo de prosperidade, sem deixar ninguém para trás.”

Ciência no Mar

Luciana Santos, ministra da Ciência e Tecnologia – Tomaz Silva/Agência Brasil

 

O oceano, por seu papel cada vez mais relevante na agenda climática, é uma pauta prioritária para a pasta da Ciência, Tecnologia e Inovação, afirmou a ministra Luciana Santos.

Entre as atividades desenvolvidas pela pasta, Luciana citou o programa Ciência no Mar, de gestão da ciência brasileira em águas oceânicas.

O programa, que tem duração prevista até 2030 e está relacionado ao Planejamento Espacial Marinho, compromete-se com o avanço da pesquisa oceânica para produzir e aplicar conhecimento tecnológico, buscando atingir benefícios econômicos, sociais e ambientais.

A ministra anunciou ainda que o Instituto Nacional de Pesquisa Oceânica, criado no ano passado e situado no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já iniciou atividades, tornando-se um catalizador de ações sobre o tema.

O Instituto Nacional de Pesquisa Oceânica é uma organização social vinculada ao ministério que vai atender às demandas de apoio às atividades de pesquisa e desenvolvimento, bem como à otimização do uso dos navios brasileiros de pesquisa.

Hospital de São Paulo se recusa a colocar DIU em paciente por questões religiosas

 Hospital São Camilo Pompeia - Anahp


Uma paciente relatou que, depois de realizar uma consulta, o Hospital São Camilo, em São Paulo, se negou a realizar a colocação do dispositivo intrauterino (DIU), um método contraceptivo de longo prazo e que é totalmente reversível. Por meio de seu perfil no X (antigo Twitter), Leonor Macedo falou sobre a recusa da instituição médica, que aconteceu na unidade da Pompeia, bairro da zona oeste.

“Vocês acham que é fácil ser mulher? Fui a uma consulta no Hospital São Camilo e a médica me informou que não pode colocar o DIU em mulheres porque isso vai contra os valores religiosos da instituição”, afirmou ela.

Ela disse ainda que o Hospital São Camilo entrou em contato para explicar que não realiza procedimentos contraceptivos em mulheres nem em homens. Segundo Leonor, foi uma conversa respeitosa, no entanto, ela criticou a postura do hospital.

Em uma das respostas aos seus comentários, uma internauta cita que o marido também recebeu a informação de que o Hospital São Camilo não realiza vasectomia. O próprio médico, no entanto, se ofereceu para realizar o procedimento contraceptivo no seu consultório particular. A consulta também foi realizada na unidade da Pompeia.

“O Hospital São Camilo disse que só coloca o DIU no caso de endometriose grave, mas não como método contraceptivo. Explicou que é uma instituição religiosa e que segue os preceitos da Igreja Católica e do Vaticano”, acrescentou Leonora.

Também por meio das redes sociais, o Hospital São Camilo SP confirmou que, por diretrizes de uma instituição católica, não há realização de procedimentos contraceptivos, seja em homens ou mulheres.

Em nota enviada na manhã desta quarta-feira, 24, a Rede de Hospitais São Camilo – SP reforçou que, por ser uma instituição confessional católica, tem como diretriz não realizar procedimentos contraceptivos. “Tais procedimentos são realizados apenas em casos que envolvam riscos à manutenção da vida.”

Os pacientes que procuram pela Rede de Hospitais São Camilo – SP e não estão com a saúde em risco são orientados a buscar na rede referenciada do seu plano de saúde hospitais que tenham esse procedimento contratualizado.

Em nota, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), que representa 51 mil serviços privados de saúde, disse que acredita que, desde que o hospital não deixe o paciente correr risco de vida e que o preceito de atendimento de emergência seja cumprido, as instituições de saúde têm o direito de implantarem suas próprias políticas de atendimento.

Procurado, o Ministério da Saúde não comentou o caso envolvendo o Hospital São Camilo, apenas disse que o acesso aos métodos contraceptivos pelo sistema de saúde é direito de todas as brasileiras. “Cabe à pasta garantir a oferta de diversos métodos, assim como informações, acolhimento e orientação sobre planejamento familiar nos serviços vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS).”

Hospital pode se recusar a colocar DIU ou outros métodos contraceptivos por questões religiosas?

“Se não há risco para a integridade da saúde do paciente, o hospital privado pode se negar a realizar o procedimento por preceitos religiosos”, afirma Mérces da Silva Nunes, mestre e doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e especialista em Direito Médico e Bioética pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

A situação muda quando a vida do paciente está em risco. “Nesse caso, não há possibilidade de ser invocada, tanto pela instituição como pelos profissionais de saúde, qualquer convicção religiosa com o propósito de evitar a realização de um determinado procedimento. Isso seria inconcebível e o caso seguiria para apuração de responsabilidade na esfera criminal”, disse a advogada.

Como paciente deve proceder caso o procedimento seja negado pelo hospital por questão religiosa?

O paciente deverá procurar outro hospital credenciado no seu plano de saúde para realizar o procedimento.


GPA conclui venda de fatia no Éxito e levanta US$ 156 milhões

 


GPA conclui venda de fatia no Éxito e levanta US$ 156 mi

Desde o segundo trimestre do ano passado o GPA recebeu 1,5 bilhão de reais com venda de ativos considerados não essenciais. (Crédito: Divulgação )

 

O Grupo Pão de Açúcar anunciou o recebimento de US$ 156,4 milhões com a venda total da participação no grupo Éxito, do varejo colombiano. Desde o segundo trimestre do ano passado o GPA recebeu 1,5 bilhão de reais com venda de ativos considerados não essenciais.

“A conclusão da venda do Éxito marca o estágio mais relevante do plano de venda de ativos não core com o objetivo de não apenas reduzir a alavancagem financeira da companhia, mas também melhorar a eficiência na alocação de capital”, afirmou o GPA.

“A companhia segue em negociação para a conclusão da venda de outros ativos ‘não core’ conforme seu plano de redução de alavancagem”, afirmou a empresa.

Com Reuters.


Entidades da indústria do Sul reagem ao programa Nova Indústria Brasil

 


O programa tem seis missões relacionadas à ampliação da autonomia, à transição ecológica e à modernização do parque industrial brasileiro 
 
De maneira geral, os representantes de diversos segmentos da indústria classificaram o plano como moderno e positivo. (Crédito da imagem: Divulgação CNI)

 

Lançado nesta segunda-feira (22), o programa Nova Indústria Brasil vem sendo avaliado pelas entidades do setor da região Sul. De maneira geral, os representantes de diversos segmentos da indústria classificaram o plano como moderno e positivo, num momento em que diversas economias desenvolvidas retomam as políticas industriais. O programa tem seis missões relacionadas à ampliação da autonomia, à transição ecológica e à modernização do parque industrial brasileiro. Entre os setores que receberão atenção estão agroindústria, saúde, infraestrutura urbana, tecnologia da informação, bioeconomia e defesa. A maior parte dos recursos virá de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Os financiamentos do BNDES relacionados à inovação e digitalização serão corrigidos pela Taxa Referencial (TR), que é mais baixa que a Taxa de Longo Prazo (TLP).

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, "o programa fortalece o setor no país, sobretudo em Santa Catarina, que é um estado industrializado e tem na indústria seu grande vetor de desenvolvimento." Ainda segundo ele, o aporte de R$ 300 bilhões em recursos (entre reembolsáveis e não-reembolsáveis) são fundamentais e vão estimular os investimentos em tecnologia e inovação, com foco na neoindustrialização. O economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt, explica que a nova política adotada pelo Brasil está em linha com as melhores práticas internacionais. "As empresas catarinenses podem encontrar diversas possibilidades, mas sempre é preciso ter em perspectiva que a política trata do desenvolvimento de tecnologias voltadas ao novo paradigma, como novos materiais, especialmente em áreas como biotecnologia, nanotecnologia e ciência de dados, que encontram, em Santa Catarina, um conjunto de empresas especializadas", disse.

Já para a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), o novo plano industrial é importante por colocar o setor no centro do crescimento. "É importante que as autoridades máximas do País tenham reconhecido o papel da indústria como o setor básico para o desenvolvimento nacional", destaca o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry. "A agricultura de precisão, por exemplo, se consolidou através de máquinas e equipamentos fabricados pelo setor, assim como não existiria o comércio virtual sem a indústria da tecnologia de informação. Portanto, estamos na base de qualquer processo de desenvolvimento efetivo e bem planejado", reforçou. 

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) também elogia a medida, mas mantém-se mais cautelosa em relação aos avanços. "Precisamos que essas e outras medidas tão necessárias para nossa competitividade não fiquem apenas no campo do discurso, mas estimulem de fato uma modernização para que a indústria seja a verdadeira indutora do desenvolvimento do país", ressaltou o presidente da instituição, Edson Vasconcelos. "Na maioria dessas áreas, o Paraná já está muito avançado e é referência no país. No caso da agroindústria, por exemplo, nossas cooperativas já industrializam cerca de 48% de sua produção agrícola, em um processo que segue evoluindo com novos investimentos a cada ano. O Paraná também já possui uma matriz energética limpa e é referência na área de biocombustíveis, mas pode avançar ainda mais nos processos de descarbonização", afirmou.

Outro aspecto positivo, na opinião de Vasconcelos, é a prioridade que o programa dá ao uso de compras governamentais e subvenções para incentivar alguns setores. O presidente da Fiep afirma ser importante, também, um olhar atento a segmentos estratégicos na geração de empregos e renda que, atualmente, sofrem com a concorrência desleal de produtos importados, como é o caso da indústria do vestuário. "Nesse caso, é essencial que o governo federal haja imediatamente para não causar danos profundos nessas cadeias produtivas", completou Vasconcelos.

 

 https://amanha.com.br/categoria/industria/entidades-de-industrias-do-sul-reagem-ao-programa-nova-industria-brasil

Decretos qualificam empreendimentos públicos do setor portuário no âmbito do PPI

 Brazilian leftist presidential pre-candidate Lula Da Silva speaks during a campaign rally at Centro de Convenções Ulysses Guimarães on July 12, 2022...


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, editou decretos, publicados no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 24, que qualificam empreendimentos públicos federais do setor portuário no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

O primeiro decreto qualifica os seguintes empreendimentos do setor portuário: Terminal STS33, no Porto Organizado de Santos, em São Paulo, que abrange a área de 51.460 metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de carga geral, de projeto ou conteinerizada; Terminal RIG10, no Porto Organizado do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, que abrange a área de 8.670 metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de carga geral; Terminal MUC04, no Porto Organizado de Fortaleza, no Ceará, que abrange a área de 134.795 metros quadrados e 17 decímetros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de contêineres; Terminal POA26, no Porto Organizado de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que abrange a área de 22.052 metros quadrados e 40 decímetros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de granel sólido vegetal e mineral; e Terminal RDJ11, no Porto Organizado do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro, que abrange a área de 9.010 metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de cargas gerais não conteinerizadas, especialmente produtos siderúrgicos.

Um outro decreto dispõe sobre a qualificação no PPI dos seguintes empreendimentos do setor portuário: Terminal VDC29, no Porto Organizado de Vila do Conde, Estado do Pará, que abrange a área de 67.448 metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais; Terminal RDJ10, no Porto Organizado do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro, que abrange a área de 15.600 metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de cargas gerais não conteinerizadas; Terminal MAC15, no Porto Organizado de Maceió, em Alagoas, que abrange a área de 41.818 metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos minerais, especialmente sal; Terminal RDJ07, no Porto Organizado do Rio de Janeiro, que abrange a área de 52.450 metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de carga geral e granel líquido – Apoio Logístico Offshore; Terminal MCP03, no Porto Organizado de Santana, no Amapá, que abrange a área de 11.677 metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais, especialmente soja e milho; Terminal REC04, no Porto Organizado de Recife, em Pernambuco, que abrange a área de 9.677 metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de granel sólido e carga geral; Terminal REC08, no Porto Organizado de Recife, Pernambuco, que abrange a área de 7.157 metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de granel sólido vegetal; Terminal REC09, no Porto Organizado de Recife, Pernambuco, que abrange a área de 7.760 metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de granel sólido e carga geral; Terminal REC10, no Porto Organizado de Recife, Pernambuco, que abrange a área de 4.462 metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de granel sólido e carga geral; Terminal POA02, no Porto Organizado de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que abrange a área de 21.150 metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de granel sólido; e Canal de Acesso Aquaviário do Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana

O governo também editou Decreto para qualificar o Museu Histórico do Exército Brasileiro e o Forte de Copacabana e áreas do Centro de Instrução de Guerra na Selva do Exército Brasileiro no âmbito do PPI.

Estão qualificados ao programa: Museu Histórico do Exército Brasileiro e do Forte de Copacabana, localizados no Rio de Janeiro; e áreas do Centro de Instrução de Guerra na Selva do Exército Brasileiro,
localizadas no Estado do Amazonas.