Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
A
balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,484 bilhão na
quarta semana de fevereiro (dias 19 a 25). De acordo com dados da
Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira,
26, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,293 bilhões e
importações de US$ 4,808 bilhões. No mês, o superávit acumulado é de US$
4,571 bilhões e, no ano, de US$ 11,097 bilhões.
Até
a quarta semana do mês, a média diária das exportações cresceu 14,2% na
comparação com a média diária do período em 2023, com crescimento de
US$ 14,14 milhões (5,8%) em agropecuária; alta de US$ 145,55 milhões
(74,5%) em indústria extrativa; e avanço de US$ 3,77 milhões (0,6%) em
produtos da indústria de transformação
Já
as importações caíram 0,2% no período, também na comparação pela média
diária, com crescimento de US$ 430 mil (2,0%) em agropecuária; recuo de
US$ 5,49 milhões (-7,7%) em indústria extrativa; e alta de US$ 7,73
milhões (0,9%) em produtos da indústria de transformação.
No encerramento do terceiro trimestre de 2023, as dívidas líquidas da
Americanas eram de R$ 33,4 bi, alta de 10,6% em relação a setembro de
2022. (Crédito: Divulgação)
Sammy Rochai
Segundo
dados divulgados nesta segunda-feira, 26, pela Americanas, a varejista
registrou um prejuízo de R$ 4,6 bilhões entre janeiro e setembro de
2023, O dado reflete uma redução de 23,5% em relação ao prejuízo líquido
registrado nos nove primeiros meses de 2022, quando as perdas foram de
R$ 6,02 bilhões. Para um analista de negócios consultado pela Istoé
Dinheiro, a divulgação traz mais confiança à uma possível recuperação da
empresa, mas não em 2024.
Cabe
ressaltar que a companhia divulgou seu balanço financeiro de forma
atrasada, já que balanços foram suspensos após o escândalo contábil que
envolveu a empresa no início em 2023, quando a Americanas entrou com
pedido de recuperação judicial por conta de um déficit contábil de mais
de R$ 20 bilhões.
Nos três primeiros trimestres do ano passado, a
receita líquida da empresa caiu 45%, ficando em R$ 10,3 bilhões. A
principal razão para a baixa na receita foi a forte diminuição nas
vendas realizadas pelos canais digitais da companhia, que caíram 77% em
relação aos nove primeiros meses de 2022.
“No
digital, onde se concentram as vendas de tickets mais altos, houve um
abalo de confiança. Os clientes tinham preocupação em relação às
entregas dos produtos e os sellers (vendedores) ficaram temerosos de não
receber os repasses pelas vendas realizadas” , comunicou a empresa em
relatório.
Ao
divulgar seu balanço, a Americanas afirmou também que houve uma mudança
de estratégia de negócios, visando aumentar sua rentabilidade. A
varejista diz ter reduzido vendas da categoria 1P, quando o comerciante
vende o seu produto pelo marketplace e é a Americanas quem fica
responsável por todo o processo de venda e entrega, migrando algumas
categorias de produtos para a categoria 3P, quando é a empresa que
realiza processos de venda e entrega.
Na avaliação da companhia, a
estratégia prioriza as operações de maior rentabilidade e a redução de
queima de caixa operacional. Dessa maneira, essa categoria aumentou para
65% sua participação no total de vendas, contra 51% em 2022.
Dívidas da Americanas
No
encerramento do terceiro trimestre de 2023, as dívidas líquidas da
Americanas eram de R$ 33,4 bilhões, um aumento de 10,6% em relação a
setembro de 2022.
A dívida bruta divulgada foi de R$ 38 bilhões.
Para a Americanas, o endividamento em tendência de redução relevante com
o andamento do Plano de Recuperação Judicial, homologado pela Justiça
do Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 26.
A Americanas pode se recuperar?
Na
opinião do especialista em investimento em startups e Ceo da FHE
Ventures e da Health Angels Venture Builder, Rafael Kenji, é improvável
que a Americanas se recupere totalmente em 2024. No entanto, o relatório
apresentado pela companhia, que apresentou redução do prejuízo,
apresenta um maior grau de confiança devido ao aumento do critério de
fiscalização e reajustes realizados pela empresa após as inconsistências
contábeis.
“A
recuperação da Americanas não é dependente apenas da gestão e
governança dos controladores da empresa, mas do mercado e estratégias de
digitalização, marketing e experiência do usuário”, avalia Kenji.
No
relatório apresentado, a empresa cita desafios na retomada das vendas
digitais, onde se concentram as vendas de tíquetes mais altos, segundo
Kenji. O problema, diz o analista, é que o escândalo contábil abalou
também a confiança do consumidor.
“Uma
estratégia de reconquista da confiança do cliente com foco na
usabilidade e facilidade de compra e recebimento da mercadoria é
primordial para a retomada da empresa”, opina.
Outro
fator que pode contribuir com a recuperação da Americanas está no
aquecimento da economia, mesmo que de forma tímida. Para Kenji, há clara
tendência de queda dos juros no País e o mercado enxerga uma aceleração
nas vendas do varejo.
“É
difícil que o setor volte a ser como era antes, sendo o ano de 2024 um
período de transição. Porém, a queda dos juros aumenta o poder de compra
do consumidor e diminui custos para fornecedores, gerando esperança de
melhora no setor”, complementa.
Empresa que fez auditoria da Americanas não opina sobre balanço
A
BDO, empresa que fez a auditoria dos balanços da Americanas referentes
aos nove primeiros meses do ano passado, se absteve de emitir opinião
sobre a fidedignidade das informações. Segundo a empresa, a recuperação
judicial da rede e as várias incertezas relativas ao processo não
permitiram que a auditoria reunisse os elementos necessários para emitir
uma opinião.
“Não
nos foi possível reunir evidência de auditoria apropriada e suficiente
para concluir se a utilização do pressuposto de continuidade operacional
é apropriada, nem tampouco quais seriam os efeitos sobre os saldos
(individuais e consolidados) dos ativos, passivos e elementos
componentes das informações contábeis intermediárias, individuais e
consolidadas, do resultado, dos resultados abrangentes, das mutações do
patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado
(informação suplementar), caso as informações contábeis intermediárias,
individuais e consolidadas, não fossem preparadas considerando esse
pressuposto”, diz o relatório da BDO, assinado por Robinson Meira.
Começa
nesta segunda-feira, 26, em São Paulo, o Fórum Brasileiro de Finanças
Climáticas, evento oficial do G20 Social e que antecede a reunião de
representantes do grupo das 20 maiores economias. Juntos, esses países
representam 85% do PIB global e são responsáveis por mais de 80% das
emissões relacionadas ao setor energético.
Segundo
Maria Netto, diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS), o
fórum vai discutir diferentes formas de financiar as iniciativas
necessárias para fazer frente às mudanças climáticas.
Um
estudo, realizado pelo Instituto AYA e Systemiq em 2023, estimou que o
investimento anual necessário para financiar a transição energética no
Brasil vai de US$ 130 bilhões a US$ 160 bilhões.
Um dos instrumentos para captar recursos e que será debatido no fórum, segundo Maria Netto, é o chamado blended finance.
Como
o nome em inglês sugere, ele combina recursos com diferentes propósitos
como, por exemplo, filantropia, investimento com retorno financeiro ou
ainda financiamento de organismos multilaterais.
“Nossa
meta é evidenciar os desafios para alavancar a disponibilidade de
investimento e financiamento climáticos globais, incentivando a
construção de um plano efetivo de ações com marcos até a COP30. Isso, em
diálogo com o Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda
e outras frentes governamentais”, diz Patricia Ellen, cofundadora do
Instituto AYA e presidente da Systemic Latam.
Hedge cambial
Por
ter recebido diagnóstico de covid-19, o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, cancelou mais cedo a presença no fórum, prevista para as 15h20. A
participação era aguardada por ser o primeiro encontro público com o
setor privado, terceiro setor e organizações multilaterais para discutir
o hedge cambial, que será lançado nesta manhã.
Chamada de
Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial, a
iniciativa é um esforço conjunto do Banco Central do Brasil, Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ministério do Meio Ambiente,
Banco Mundial e Embaixada do Reino Unido. Na entrevista à imprensa, hoje
às 11h, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, é quem vai
substituir o ministro Haddad.
Participantes do fórum
Entre
os painelistas do Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, estão Joseph
Stiglitz, prêmio Nobel de Economia e professor na Universidade de
Columbia; o embaixador Antônio Ricarte, Ministério das Relações
Exteriores; José Pugas, da gestora JGP; Tatiana Schor, Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID); Izabella Teixeira, ex-ministra
do Meio Ambiente; Sérgio Suchodolski, Centro Brasileiro de Relações
Internacionais (Cebri); Denis Minev, Bemol e Fundação Amazonas
Sustentável; Nabil Kadri, BNDES.
O ICS e o Instituto Aya estão
entre as sete organizações que organizaram o fórum, que vai até amanhã.
Também promovem o evento: Instituto Arapyaú, Instituto Igarapé,
Instituto Itaúsa, Open Society Foundations e Uma Concertação pela
Amazônia.
Banco vence na categoria Plataformas (Varejo e Alta Renda) do ranking Melhor Banco e Plataforma para Investir (MBPI), da FGV
Marcelo Flora e a regra do sucesso: uma cultura reafirmada todos os dias e não deixar passar oportunidades (Crédito:Divulgação)
editora3i
Existe uma forma indefectível de ter solidez e ser líder: dominar seu métier. Há mais de quatro décadas é essa a trajetória do BTG, vencedor na categoria Plataformas (Varejo e Alta Renda) do ranking Melhor Banco e Plataforma para Investir (MBPI), da FGV. O BTG não apenas está na vanguarda. Ele dita os caminhos nessa jornada. “A
gente começou a pensar a estratégia de plataformas digitais em 2014,
mas houve muito trabalho antes, por trás das cortinas, preparando o
banco para que isso fosse algo bem recebido pelos clientes”, afirmou à DINHEIRO Marcelo Flora, sócio e o homem à frente dos canais digitais do BTG.
Essa atitude colaborou fortemente para a performance arrasadora do banco em 2023. • Os ativos totais somaram R$ 493,2 bilhões (alta de 9,4% sobre 2022), • o patrimônio líquido chegou a R$ 49,4 bilhões (+16,5%), • as receitas cresceram para R$ 21,6 bilhões (+25,6%), • e o lucro líquido ajustado foi de R$ 10,4 bilhões (+25,3%).
O ROAE
(retorno sobre o patrimônio líquido) foi de 22,7% (contra 20,8% de
2022). A instituição é desde 2012 líder entre os bancos de investimento
da América Latina, mas pode-se dizer que 2023 foi o ano em que se tornou
um gigante.
Em lucro líquido, passou o Santander e está atrás apenas de Itaú e Bradesco entre os bancos privados brasileiros.
Perguntado se algo tira seu sono, a resposta de Flora embute tanto o risco quanto uma chance única. “Não perder tempo e não desperdiçar a oportunidade que se apresenta para nós no Brasil.”
E isso se combina em dois fatores. • O primeiro tem a ver com a trajetória dos juros.
Com Fernando Henrique Cardoso, o juro chegou a 45%. E a 26,5% no
primeiro governo Lula. Até baixar para a casa de um dígito e voltar a
subir. Um ziguezague que atrapalha qualquer operação. Mas a trajetória
recente é novamente de queda. “Nosso negócio é muito sensível a juro”,
disse Flora. “Com juro elevado é muito difícil você ter um negócio como o
nosso se desenvolvendo na velocidade como alcançamos até aqui. Porque o
cliente fica onde ele está, ele fica confortável ali naquele CDI”. Por
isso, a Selic descendente como a projetada para este ano e 2025
significa uma imensa oportunidade.
• O outro fator é interno: a cultura BTG.
O banco percebeu claramente, por exemplo, o quanto seria transformadora
a chegada do iPhone, em 2007, e toda a popularização dos smartphones.
Hoje é fácil enxergar essa jornada totalmente digital, mas antevê-la se
tornou um diferencial. “Temos uma grande vantagem competitiva comparada
aos grandes bancos e suas redes de agências físicas. E temos produtos de
muita qualidade aliados a um atendimento de excelência.”
É desde sempre Mobile First.
Tanto que a experiência do usuário no app será muito superior ao acesso
via site. Inclusive por questões de segurança. Com tantos elementos na
equação (olhar para UX, crescimento orgânico e por aquisições, atenção à
taxa de juros…), Flora, que passou 25 anos de seus 48 no banco, busca
em seu dia a dia algo que define como a única variável sob controle: o número de horas que você pode trabalhar. “Nada resiste ao trabalho.” E isso é decisivo.
Projetando
receita de R$ 30 milhões em 2024, startup brasileira gerencia carreira
de produtores de conteúdo e projeta alcance mundial por meio de
inteligência artificial
Redes sociais viraram palcos de influência e expressão e se tornaram um
mercado em rápido crescimento, com grandes nomes, cifras e espaço para
quem quer apostar na economia criativa (Crédito:Unsplash | divulgação)
editora3i
Segundo dados da consultoria independente Oxford Economics, o YouTube injetou um total de R$ 4,55 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB)
brasileiro em 2022. Os números refletem a transformação das redes
sociais em palcos de influência e expressão. Um mercado em rápido
crescimento, com grandes nomes, cifras e espaço para aqueles que querem
apostar na economia criativa.
Fundada em 2021 por Pedro Gelli, conhecido no YouTube pelo canal geek Gelli Clash, junto aos sócios Vitor Rabello e Lucas Continentino, a Curta é um dos exemplos de negócio que tem olhado para essa transformação.
Com
foco na gestão de carreira de produtores de conteúdo, expandindo os
horizontes e parcerias dentro desse novo modelo de negócio, a startup
acumulou faturamento de R$ 18 milhões em 2023, número quatro vezes maior
que o registrado em 2021, de R$ 4,5 milhões. “O mercado de influência é um mundo de possibilidades, mas ainda é muito marcado pelo amadorismo”, disse Pedro Gelli, sócio-fundador da Curta.
A
startup agencia hoje 45 influenciadores que, juntos, atraem mais de 260
milhões de inscritos e 2 bilhões de visualizações mensais.
Em menos de um ano, a Curta reuniu grandes nomes do YouTube como Lipão Gamer, Jazzghost, Área Secreta, Skorpion, Cherryrar e Robin Hood Gamer, considerado o maior criador da plataforma no Brasil em 2021 e atualmente com 20,7 milhões de inscritos.
Como
estratégia, a Curta funciona por meio do modelo partnership, em que os
influenciadores que fazem parte do time tornam-se automaticamente sócios
do hub. “Queremos que os produtores de conteúdo sejam protagonistas”,
afirmou Gelli.
“O marketing de influência é um mundo de possibilidades, mas por ser incipiente, também é marcado pelo amadorismo.” Pedro Gelli, sócio-fundador
Quanto
à monetização, a empresa adota uma abordagem diversificada, com sete
linhas de receita que funcionam em três P’s: publicidade, produtos e
produção.
Embora a publicidade seja a principal fonte de
receita, Gelli afirma que a startup está sempre focada em diversificar
para garantir uma fonte de renda estável e fortalecer a marca dos
produtores de conteúdo. Um exemplo é o licenciamento de
produtos de influenciadores que são vendidos em marketplace próprio e em
outros 1,5 mil pontos de venda físicos. “No ano passado, movimentamos
mais de R$ 10 milhões só com a venda de bonecos personalizados”, disse
Gelli.
Apesar do rápido crescimento da startup, o executivo
acredita que o mercado brasileiro ainda engatinha com relação a
compreensão sobre o potencial da “economia criativa” para alavancar
publicidade. Ele ilustra essa afirmação com a discrepância
entre o RPM (receita por mil visualizações monetizadas) no Brasil e nos
Estados Unidos.
“Nos EUA, a média de RPM de games, que é a
minha área de atuação, gira em torno de 4 a 5 dólares a cada 1 mil
visualizações. No Brasil, o valor gira em torno de 70 a 80 centavos”,
disse Gelli. Mesmo com a diferença, o influencer destaca a durabilidade
do impacto gerado por criadores de conteúdo nesta rede social em
comparação com outras, ponto que motivou a startup a focar na
plataforma.
“Muitas
marcas estrangeiras focam mais no YouTube, porque entendem que o nível
de engajamento é mais perene.” Para 2024, o plano é alcançar os R$ 30
milhões em faturamento.
O caminho já vem sendo traçado e, de acordo com Gelli, inclui a inteligência artificial.
O novo plano, que já está em ação, utiliza a tecnologia para realizar a
dublagem dos vídeos produzidos pelos influenciadores em outros idiomas.
Além de exportar o bom humor típico dos produtores de conteúdo
brasileiros, a ideia é aumentar o número de possibilidades.
“É como se estivéssemos dobrando nosso time, mesmo permanecendo com a mesma equipe”,
afirmou o sócio-fundador. A longo prazo, a ambição é que a Curta
alcance o posto de unicórnio, empresas avaliadas em US$ 1 bilhão. Para isso, Gelli se mostra confiante com relação a mudança de percepção do mercado.
“O marketing de influência não é o único que não é indispensável, mas
definitivamente é uma ponta do marketing que não deve ser deixada para
trás ou ser esquecida.”
A intenção é participar do edital do programa de pesquisa e desenvolvimento da Aneel
Redação
Ocepar possui um grupo técnico que estuda o biogás
A
Ocepar recebeu, na quarta-feira (21), em Curitiba, representantes do
Lactec e do Grupo Ambiensys para debater a viabilização de um projeto de
produção de hidrogênio renovável, a partir do biogás. A intenção é
firmar uma parceria entre as três organizações para participar do edital
do programa de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), que prevê a implantação de uma planta piloto
para produção de hidrogênio, com capacidade de produção entre 1 MW e 10
MW. Além disso, a parceria busca também a captação de recursos para o
mesmo fim junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
"O
hidrogênio é uma aposta mundial na busca pela descarbonização",
destacou William Padilha, diretor do Grupo Ambiensys, que atua na área
de consultoria em ESG e em gestão de resíduos. "O biogás é gerado no
agronegócio com os resíduos das atividades rurais, como a suinocultura,
por exemplo", acrescenta ele, enfatizando que o foco do projeto que será
apresentado à Aneel é a produção de energia limpa e descarbonizada. A
proposta do projeto prevê a produção do hidrogênio turquesa. Enquanto o
hidrogênio verde é produzido por meio da eletrólise da água, o
hidrogênio turquesa é produzido via pirólise do biogás. O processo não
emite CO2 na atmosfera e gera como
subproduto o carbono sólido, que pode ser usado pelo setor industrial,
na produção de borracha, plástico, tinta e revestimentos. Já o
hidrogênio resultante do processo será utilizado na produção de
fertilizante, o que interessa ao setor agropecuário, hoje dependente da
importação do insumo. "O projeto se encaixa perfeitamente no edital que a
Aneel lançou para a implantação da planta piloto de produção de
hidrogênio e se adequa à realidade do Paraná pela grande disponibilidade
de matéria-prima para a produção do biogás", reforçou Padilha.
"A
participação da Ocepar traz um reforço importante para o projeto porque
o biogás é gerado no agro e podemos aproveitar a estrutura das
cooperativas para captar o produto", destacou José Roberto Borghetti,
consultor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO) e ex-diretor do Lactec, que articulou a reunião. "O
foco do agro é o carbono turquesa porque a atividade gera o biogás, o
que vai representar a geração de um produto de grande valor agregado na
agropecuária", observou. Durante a reunião, o coordenador de
desenvolvimento técnico e econômico do Sistema Ocepar, Silvio Krinski,
informou que já existe na instituição um grupo técnico que estuda o
biogás. "Nosso grupo tem dois focos principais: melhorar a eficiência
dos biodigestores já implantados para melhorar a produção do biogás e a
agregação de valor para que tenha uma viabilidade econômica melhor. Um
projeto como este entra na linha de agregação de valor", ressaltou.
Ele
sugeriu que o projeto seja apresentado ao grupo técnico para buscar
viabilizar os arranjos de coleta de biogás. "Já há algumas iniciativas
próprias das cooperativas e há muito potencial em novos projetos a serem
implantados. Se o projeto já está instalado pode haver uma limitação.
Se olharmos os novos, podemos trabalhar em conjunto", observou. Ao
final da reunião, Robson Mafioletti, superintendentes da Ocepar, e
Nelson Costa, da Fecoopar, propuseram a elaboração de um documento para
formalizar a parceria entre as três organizações. "Temos potencial, no
oeste e no centro-sul do Paraná, onde há uma concentração de
suinocultura e pecuária leiteira [nos Campos Gerais], que são atividades grandes geradoras de biogás", pontuou Costa.
Edifício Pátio Victor Malzoni, em São Paulo, sede do Banco Master (Crédito: Divulgação)
Da redaçãoi
O
Banco Master anuncia ao mercado a aquisição do will bank, que tem mais
de seis milhões de clientes com forte presença no Nordeste e em franco
crescimento. O Banco Master passa a ser majoritário no banco digital,
que tem também o fundo de private equity da XP Inc. como sócio. Com a
nova aquisição, o Banco Master passa a atender mais de 10,5 milhões de
clientes no varejo em todo o Brasil e espera expandir a base e o mercado
que o will bank já atua, oferecendo cartão de crédito, produtos de
seguro e outros. O sócio da XP Chu Kong, um dos idealizadores do
projeto, continuará no Conselho do Banco Digital.
O
Banco Master, que anunciou recentemente uma relevante reorganização
societária, estima alcançar um Patrimônio Líquido (PL) de 5 bilhões até
final do ano.
“Com
a aquisição do will bank, passamos a ter um ecossistema digital
completo, com tecnologia robusta e capilaridade na distribuição de
produtos financeiros. Vamos oferecer produtos de crédito para nossos
clientes do Credcesta e produtos de seguro e outros para os atuais
clientes do will. Existe grande possibilidade de sinergia, além de um
novo plano de expansão que vamos implementar no banco digital”, afirma
Daniel Vorcaro, Presidente do Banco Master.
“O will bank detém uma
expertise digital e tecnológica consolidada que, somada aos esforços
que o Banco Master já emprega no varejo, nos colocará em novo patamar de
atendimento para oferecer soluções aos nossos clientes. A tecnologia
vai nos permitir acelerar o desenvolvimento de novos produtos baseados
em cartão de crédito, débito, empréstimo, captação, consignado e outros
serviços financeiros”, diz Augusto Lima, CEO do Banco Master e sócio
responsável pela vertical de Varejo.
Fundado em 2017, o will bank é
um banco digital com DNA robusto de tecnologia. No final de 2021,
recebeu um investimento da XP e da Atmos no valor de R$ 250 milhões. No
ano passado, a receita do banco digital chegou a R$ 2,8 bilhões. Com
1.200 colaboradores, o banco digital atende 6 milhões de clientes em
todo o país, por meio de um portfólio completo de produtos e serviços,
como cartão de crédito e débito, conta digital, investimentos, crédito
pessoal e marketplace.
“Estamos
confiantes em um reflexo positivo na economia nos próximos meses, com
redução da taxa de juros, criando um melhor ambiente de negócios, com
mais acesso a crédito para pessoas e empresas. A beleza do Brasil é que
existem muitas oportunidades, muitos nichos que precisam ser atendidos.
Este movimento dos bancos digitais é muito saudável para o país, que tem
uma estrutura bancária muito concentrada. Quem ganha com este movimento
é o cliente, que tem mais opções com a pulverização do crédito”, afirma
Augusto Lima,
A operação ainda depende de aprovação do CADE e do Banco Central do Brasil.
Crescimento com solidez
O
Banco Master teve um crescimento significativo e sólido em 2023, com
resultados sustentáveis. No primeiro semestre do ano, a instituição
obteve o maior lucro líquido da sua história, alcançando R$ 291 milhões,
e prevê a divulgação de resultado líquido de R$ 500 milhões para o ano
2023 e projeta alcançar R$ 1 bilhão em 2024.
A instituição
financeira atingiu ainda patrimônio líquido de R$ 1,8 bilhão, alta de
80% na comparação com o primeiro semestre do ano anterior. Nos últimos
dois anos, o Banco Master cresceu exponencialmente, garantindo a
classificação do BC como S3.
“A
cada semestre, nosso crescimento é mais forte e sustentável, fruto de
um trabalho sério, comprometido e que visa levar soluções financeiras
diferenciadas aos nossos clientes. Nossa expectativa é muito positiva
para 2024, quando vamos começar a colher alguns frutos dos investimentos
que estamos fazendo”, afirma Vorcaro.
Sobre o Banco Master
Com nova gestão a partir de 2018, o Banco Master é uma instituição
financeira completa. O banco usa o digital para distribuir de forma
eficiente serviços e produtos tradicionais de crédito. O Banco Master
anunciou recentemente uma reorganização societária com o objetivo de
reforçar suas atuações nas áreas de atacado e varejo.
Os
acionistas do Banco Master – Daniel Vorcaro, Maurício Quadrado e Augusto
Lima – acreditam que o plano potencializará os negócios, gerando tração
e mais assertividade nos modelos e ofertas de valor para entregar a
melhor experiência aos clientes. Com a aquisição, na nova
reestruturação, Lima fica na operação varejo e Quadrado na de atacado.
Daniel Vorcaro será sócio majoritário dos dois nos dois novos bancos.