sexta-feira, 1 de março de 2024

Em rota de crescimento, PIB fecha 2023 em 2,9%; expectativa para 2024 é otimista, avaliam economistas

 


Cenário tem setor de serviços em retomada, Selic em queda, mas ainda faltam investimentos

 

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro encerrou 2023 com crescimento de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões. O PIB per capita alcançou R$ 50.194, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação a 2022.

“É o segundo ano que o Brasil cresce quase 3%, ou seja, um dado muito bom. Fazia muito tempo que isso não acontecia, desde 2010, 2011. O país está em uma rota de crescimento bastante interessante”, avalia Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

Destaque para a agropecuária ao apresentar alta de 15,1% de 2022 para 2023. A atividade industrial aumentou em 1,6%, enquanto o setor de serviços saltou 2,4%.

Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta sexta-feira, 1, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

PIB do 4º trimestre fica estável

Em relação ao quarto trimestre, o PIB apresentou estabilidade na comparação com o terceiro trimestre de 2023.

“Não teve nenhuma surpresa. Já era esperado que o segundo semestre fosse de desaceleração comparado com o terceiro trimestre”, comenta André Roncaglia, professor de economia da Unifesp.

Gala ressalta que o Brasil, ao longo de 2023, foi desacelerando. Mesmo assim conseguiu crescer com uma Selic com quase 14% no ano passado no pico.

Agro e indústria

Com as safras concentradas no primeiro semestre do ano passado, a agropecuária recuou 5,3% no último trimestre ante os três meses anteriores.

“Chamou muito atenção a queda entre trimestres da agropecuária, sinalizando uma desaceleração, que é esperada para esse ano, apesar de já ter indicativos que os eventos extremos não vão afetá-la tanto assim. A indústria cresceu bem no último trimestre, comparativamente ao agro, 1,3%”, pontua Roncaglia.

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Agro – Crédito: Divulgação/CNA/Wenderson Araujo

Consumo das famílias

Outro ponto acentuado pelo professor da Unifesp foi o consumo das famílias.

“Apesar de estar desacelerando, o último trimestre de 2023 comparado a 2022 teve crescimento de 2,3%, que é bastante significativo. E o consumo do governo que, comparado ao último trimestre 2022, também cresceu 3%.” 

Serviços

O setor de serviços apresentou alta de 0,3%.

“Mostrou retomada e o que esperamos é que para o início de 2024 continue se sustentando, principalmente no setor imobiliário.”

Expectativa para 2024

Na visão de Roncaglia, para 2024, há um conjunto de elementos que pode acelerar o PIB ao longo do ano. As expectativas do mercado é que o produto interno bruto pode acelerar de 1,5% a 2%. A perspectiva é de que a Selic caia abaixo de 10%.

“O primeiro ponto é a continuidade da queda da taxa Selic. A combinação dessa queda, com programas de estímulo e investimento. Esses elementos de estímulo setorial, por meio de crédito tributário, isenção tributária em investimentos, eles vão canalizar recursos para esses investimentos num contexto de taxa que Selic caindo.”

No quesito entrada de capitais, professor acredita que o movimento global de transição ecológica tende a trazer mais recursos para o Brasil, o que também deve contribuir para o PIB.

Em relação aos setores, serviços devem puxar a economia.

“O setor que acho que vai puxar mais forte será o de serviços. Ele está com o maior crescimento no número de vagas. Ele é muito intensivo em mão de obra. Estamos vendo uma retomada importante e deve representar aproximadamente 70% do PIB. A parte de serviços de construção civil deve ajudar bastante e a parte de comércio, varejo, vai dar sua contribuição, devido às medidas do governo, como Bolsa Família, Desenrola.”

Para Gala, o grande desafio do Brasil é a retomada de investimentos.

“Nós caímos de novo para uma mínima de quase 20 anos de formação bruta de capital fixo sobre PIB, indo para 16% do PIB, o que é muito baixo. Esse número já chegou em 22%, 23%, em 2014, 2015. Tinha recuperado para 18% e agora despencou para 16%. Mais um sinal de que os juros precisam cair.”

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Indicador de Incerteza (IIE-Br) cai 4,6 pontos em fevereiro, para 104,5 pontos, diz FGV

 

 

 Início


O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas caiu 4,6 pontos em fevereiro, para 104,5 pontos, menor nível desde julho de 2023 (103,5 pontos). O principal fator para a queda foi o comportamento do componente de Mídia, que recuou 6,4 pontos, para 105,8 pontos, também menor nível desde julho do ano passado (101,9 pontos).

Já o componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu 4,5 pontos, para 97,5 pontos, contribuindo de forma positiva com 1,0 ponto para o IIE-Br.

“O movimento reflete a continuidade de um cenário econômico doméstico favorável, com melhora do emprego, renda e inflação sob controle, apesar das tensões geopolíticas internacionais do momento. Para os próximos meses, o indicador deverá continuar flutuando em faixa favorável, na medida em que a economia continue a apresentar resultados positivos e as contas públicas evoluam de forma satisfatória”, afirmou em nota a economista da FGV IBRE Anna Carolina Gouveia.

Leilão do trem que ligará São Paulo à Campinas acontece hoje com expectativa de R$ 13,5 bi em investimentos

 


Leilão do trem que ligará São Paulo à Campinas acontece hoje com expectativa de R$ 13,5 bi em investimentos

Empresa vencedora do leilão também será responsável pela implementação do Trem Intermetropolitano (TIM) e pela expansão da linha 7-Rubi. (Crédito: Divulgação)

 

Acontece nesta quinta-feira, 29, o leilão do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte, que vai conectar a cidade de São Paulo à Campinas, no interior do estado. O evento ocorre a partir das 15h, na sede da B3, na capital paulista, e a previsão é de que sejam levantados mais de R$ 13,5 bilhões em investimentos na obra.

A empresa vencedora do leilão também será responsável pela implementação do Trem Intermetropolitano (TIM) e pela expansão da linha 7-Rubi do trem de São Paulo.

A perspectiva é de que o TIC, quando pronto, torne a viagem entre São Paulo e Campinas mais rápida e desafogue o trânsito nas rodovias que ligam as cidades. A previsão é de que o tempo de duração da viagem seja de uma hora, com uma única parada em Jundiaí. A passagem terá valor máximo de R$ 64.

Já o TIM, o trem intermetropolitano, deve ligar Campinas à Jundiaí, com estações também em Louveira, Vinhedo e Valinhos.

A linha 7-Rubi, hoje administrada pela Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM), conecta a estação Barra Funda, em São Paulo, a Jundiaí, com 17 estações entre os dois destinos.

A previsão do governo paulista é de que os três modelos de mobilidade sob trilhos estejam operando simultaneamente em 2031, possibilitando o transporte de cerca de 550 mil pessoas diariamente na operação total. O comando do Estado também prevê que a demanda cresça gradualmente e atinja até 672 mil passageiros diários em 2050.

A concessão vale por 30 anos, a partir do início da operação dos novos ramais de ligação ou da extensão comercial da linha 7-Rubi, de acordo com o governo de São Paulo.

Será declarada vencedora a proposta que oferecer o maior desconto porcentual nos tetos de contraprestação financeira ou de aporte máximo, caso necessário. Segundo o edital, o valor máximo de contraprestação de R$ 8 bilhões, e o aporte é de R$ 8,9 bilhões.

Contas do governo fecham no azul em R$ 79,3 bilhões

 


Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real

As contas do governo central ficaram no azul em janeiro. No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas (sem contar os juros da dívida) ficou positiva em R$ 79,337 bilhões. O resultado veio após um déficit de R$ 116,147 bilhões em dezembro.

O saldo – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – representa o terceiro melhor desempenho em termos reais para o mês na série histórica do Tesouro, iniciada em 1997. Em janeiro de 2023, o resultado havia sido positivo em R$ 78,906 bilhões, em valor nominal.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que o resultado de janeiro ficou R$ 12 bilhões acima da estimativa inicial que o governo havia previsto para o mês.

“Na nossa programação, o superávit que era esperado para janeiro era de R$ 67 bilhões, então, para um primeiro mês, tivemos diferença positiva de R$ 12 bilhões, que ajudam a absorver eventuais frustrações nos próximos meses”, disse Ceron ontem ao comentar os dados.

Ele reforçou que a Fazenda ainda busca um resultado fiscal mais próximo do equilíbrio orçamentário e, com isso, “mudar definitivamente a trajetória fiscal” do Brasil.

No acumulado de 12 meses até janeiro, porém, o governo apresenta um rombo de R$ 235 bilhões – equivalente a 2,1% do PIB. A meta para 2024 é de zerar o déficit das contas públicas.

Com a estreia do arcabouço fiscal – nova regra para controle das contas públicas -, o resultado pode variar num intervalo de tolerância entre 0,25 ponto porcentual para cima ou para baixo, ou seja, entre -0,25% e 0,25% do PIB.

Receitas e despesas

Em janeiro, as receitas tiveram alta real de 3,7% em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas subiram 6,8% em janeiro, já descontada a inflação.

Ceron destacou um crescimento forte na entrada de receitas administradas pela Receita em janeiro, de 6,9%. “São sinais, com entrada de receitas pontuais, sim, mas de que a atividade econômica está respondendo com arrecadação mais difundida entre os tributos que compõem a base”, disse o secretário do Tesouro ao comentar os dados de janeiro.

No Imposto de Renda, houve um aumento de R$ 2,7 bilhões na arrecadação do mês passado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Empresas investem em aplicativos próprios e oferecem nova experiência para os clientes


 


Ideia é, além de fidelizar e estreitar relações, melhorar a experiência do consumidor

 

 

 

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O setor varejista, seguindo uma tendência global do varejo, tem apostado nas novas tecnologias de banco de dados para levar soluções e ofertas customizadas para os clientes. Descomplicar a jornada de consumo tem se tornado uma obsessão para muitas empresas. Os dados atrelados a estratégias eficientes estreitam relações, fidelizam e proporcionam vantagens exclusivas. É o caso dos aplicativos próprios que pretendem melhorar a experiência do cliente. 

Criado muitas vezes para ser mais um canal de venda, quem o adota quer proporcionar atendimento personalizado, eficiência e qualidade na entrega dos produtos. Além de não ter que pagar as comissões, por vezes consideradas altas, de aplicativos aglutinadores de lojas. Quem possui aplicativo próprio ainda tem o benefício de administrar os dados dos clientes, de grande valia para planejar estratégias de fidelização e experiência. Quem comenta o assunto é o especialista em varejo Ricardo Rocha, CEO de sete startups, entre elas a Blips, que já tem cinco anos de mercado e faturou R$ 85 milhões no ano passado. 

Empresários não devem agregar o custo do app aos outros negócios, avalia Ricardo Rocha | Crédito: Divulgação/Blips
 
 
 Ele  explica  que a  ferramenta  precisa  ser entendida  e  direcionada  para  cada negócio. Ela pode ser boa para um fim e não para outro.            “É um segmento complexo de trabalhar porque você tem perfis  de público diferentes, você tem o micro, o pequeno, o médio e o grande empresário.     Tem negócios   com  baixa maturidade e outros com alta maturidade”, avalia.
 
 Dados  do  Índice  de Produtividade  Tecnológica  (IPT)  de Varejo,     feito pela TOTVS em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas, mostram que apenas 18% das   empresas  possuem  aplicativo próprio.     Dessa forma, há uma legião delas aptas à criação.  Entretanto, o especialista recomenda que  ao  criar um aplicativo próprio, os empresários não devem agregar o custo do app aos outros negócios e unidades.

Rocha orienta que é preciso considerar o  aplicativo  róprio como  um novo canal de vendas,  uma   nova  unidade   com  custos  operacionais diferenciados    e não agregar aos que já existem.                  Dessa forma, a decisão entre entrar em um marketplace ou obter um aplicativo próprio fica mais fácil.  “O varejista tem que aprender a fazer a conta financeira. É uma questão de gestão.            Ele tem que aprender a alocar corretamente a estrutura de custo do canal físico, do canal digital e fazer a conta de forma segregada”, orienta.

Ele  atribui  a essa estratégia o surgimento de diversas dark stores, na tradução livre “loja escura” – que funciona apenas como um centro de distribuição de produtos vendidos pelo e-commerce “por terem um custo barato do ponto físico que não é comercial, a comissão do marketplace fica viável”, analisa.

Para um pequeno negócio, que esteja iniciando uma primeira experiência digital, na visão do especialista, o ideal é adotar os marketplaces e os aplicativos terceirizados de forma que tanto o empreendedor quanto os clientes tenham uma iniciação orientada no mundo digital.

Coreu Burguer optou por aplicativo próprio

Na hamburgueria de Rodrigo Duarte, a Coreu Burguer, que conta hoje com quatro unidades físicas, a empresa adotou o aplicativo próprio, mas também trabalha com parceria de aplicativos de marketplaces. Ele explica que nas regiões onde são reconhecidos, o aplicativo próprio funciona bem, mas nas novas unidades começaram com o aplicativo terceirizado para ganharem notoriedade e reconhecimento.

“Administramos toda a operação logística. Mesmo nas unidades que fizemos a parceria com aplicativos de terceiros, a logística é nossa. Usamos o aplicativo apenas para receber os pedidos nesses casos”, explica Duarte.

Ele conta que após oito anos no mercado, dos 132 colaboradores que possuem, 42 deles são motoboys próprios. “O aplicativo e o entregador sendo nossos é muito mais fácil você cuidar do cliente. Consigo ter um controle melhor da logística, informações dos meus clientes, resolver problemas mais facilmente, além de um custo mais baixo do que terceirizar toda a entrega”, comenta.

Na rede mineira de farmácias FarMelhor, o aplicativo próprio está em fase de testes e um piloto já está em funcionamento. De acordo com o CEO da rede, Renan Reis, a criação do aplicativo não fará com que eles saiam dos marketplaces ou substituam algum canal. “Queremos gerar ofertas e benefícios exclusivos desenvolvendo estratégias para criar ainda mais a cultura do digital nos nossos clientes”, explica.

Estar presente em todas as modalidades é importante para Reis, ele acredita que cada canal atende a um público diferente. “Um turista que quer resolver o problema de saúde dele, vai procurar o caminho mais fácil que são os aplicativos de entregas conhecidos, por isso não posso sair de lá. Já meus clientes regionais do dia a dia, eu vou estimulá-lo a ter meu app, oferecendo ofertas e benefícios exclusivos”, diz.  Outro ponto lembrado por Reis é o fato de estar no segmento de farmácia, há uma clientela idosa que preza pelo contato, pela ida à loja física, a atenção e o cuidado pessoal. “Não posso esquecer deles, mas preciso cuidar dos novos clientes também”, diz.

Renan Reis | Crédito: Divulgação/FarMelhor

 

Fusões e aquisições crescem em Minas Gerais em 2023

 


Com alta de 2,3%, Estado apresentou desempenho acima da média nacional que recuou no ano passado, aponta KPMG 

 

 

 


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Segundo Coimbra, as taxas globais de juros elevadas estão entre os fatores que afetaram o mercado em 2023 | Crédito: Divulgação/KPMG

 

As fusões e aquisições em Minas Gerais chegaram a 133 no ano passado, segundo pesquisa da KPMG sobre o assunto. Na comparação com 2022, o crescimento no Estado foi de 2,30%, já que naquele ano, o total contabilizado foi de 130 transações.

Minas Gerais ocupa a segunda posição no País em transações desse tipo. A liderança nacional, com 830 fusões e aquisições, foi ocupada por São Paulo, que atingiu 55% do total. O terceiro lugar foi ocupado pelo Rio de Janeiro (98), seguido pelo Espírito Santo (26).

 A região Sudeste do Brasil registrou 1.087 fusões e aquisições no ano passado, um recuo de 20% na comparação com 2022, quando foram registradas 1.364 transações. O número mais recente de operações na região corresponde a 72% do total de 1.505 transações realizadas no Brasil em 2023.

 Segundo a pesquisa, o Brasil registrou 1.505 fusões e aquisições de empresas em 2023, uma queda de 13% na comparação com 2022, quando foram realizadas 1.728 operações desse tipo. Apesar de 2023 ter registrado menos operações que 2022, e menos também que 2021 (1.963 transações), os números atuais são superiores a períodos anteriores: 1.117 em 2020, 1.231 em 2019, 967 em 2018, 830 em 2017, e 740 em 2016.

 

O sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil, Guilherme Coimbra, observa que os dados evidenciam que, apesar da retomada de muitas fusões e aquisições, o ano passado foi, conforme previsto, menos aquecido que o anterior. “As razões estão no aumento global de taxas de juros, que afetou a liquidez e a redução do número de transações global, e, também, em função de instabilidades geopolíticas globais”, explica.

Estimativas são positivas para o mercado de fusões e aquisições em Minas Gerais

Para Coimbra, é possível recuperar o número de transações, em breve, com a melhoria de indicadores econômicos nacionais. “2024 deve ser melhor do que 2023. A gente já vê alguns sinais, como a redução da taxa de juros, além da potencial retomada de IPOs (ofertas públicas iniciais de ações), o que também ajuda muito no número de transações”, diz.

 A taxa básica de juros, a Selic, está definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC). Foi a quinta queda consecutiva. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027.

Coimbra diz que um dos setores que deve se destacar em volume de transações neste ano é o de tecnologia da informação, além do segmento de energia, fruto da transição energética, bem como o de mineração.

“Também deve crescer o segmento das instituições financeiras, os meios de pagamento, pela diversidade e pela tecnologia, tende a ser bastante aquecido”, analisa. Ele observa que Minas Gerais é um estado relevante, com destaque para os setores de mineração e agronegócio, com potencial de crescimento de fusões e aquisições em 2024.

 

https://diariodocomercio.com.br/financas/fusoes-aquisicoes-crescem-minas-gerais/?utm_campaign=28022024_diaria_nao_abre_-_2024&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Desigualdade de renda hoje está no mesmo nível do século passado, diz Tatiana Rosito, no G20

 

As autoridades reunidas na 1ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20 Brasil discutirão as desigualdades e suas implicações para as políticas macroeconômicas no primeiro painel do evento, que ocorre na manhã desta quarta-feira, 28. A abertura será feita pelo ministro Fernando Haddad, que participa virtualmente porque contraiu covid-19 e está em recuperação.

“As desigualdades cresceram muito nas últimas duas décadas e estão no mesmo nível do início do século 20. Vamos discutir a concentração de renda e as implicações para a economia. Trataremos não somente da desigualdade de riqueza, mas também de gênero e raça”, disse a coordenadora da Trilha de finanças do G20 Brasil e secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito.

Em briefing à imprensa, Rosito acrescentou que os grupos de trabalho da Trilha de Finanças analisarão também, nestes próximos dois dias de encontro, exemplos de políticas que têm sido bem sucedidas para tratar essas desigualdades. “Queremos ouvir dos ministros o peso que cada país dá para as desigualdades e as implicações em suas economias”, afirma, acrescentando que nas discussões os participantes devem apresentar sugestões de medidas para mitigar essas desigualdades.

Na segunda sessão do dia, ministros e presidentes de bancos centrais tratarão da economia global – crescimento e desenvolvimento – tema que é tradicional nos encontros do G20. Nessa etapa das discussões, como também já é de praxe, haverá a participação de membros de organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).