Com alta de 2,3%, Estado apresentou desempenho acima da média nacional que recuou no ano passado, aponta KPMG
Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Com alta de 2,3%, Estado apresentou desempenho acima da média nacional que recuou no ano passado, aponta KPMG
As fusões e aquisições em Minas Gerais chegaram a 133 no ano passado, segundo pesquisa da KPMG sobre o assunto. Na comparação com 2022, o crescimento no Estado foi de 2,30%, já que naquele ano, o total contabilizado foi de 130 transações.
Minas Gerais ocupa a segunda posição no País em transações desse tipo. A liderança nacional, com 830 fusões e aquisições, foi ocupada por São Paulo, que atingiu 55% do total. O terceiro lugar foi ocupado pelo Rio de Janeiro (98), seguido pelo Espírito Santo (26).
A região Sudeste do Brasil registrou 1.087 fusões e aquisições no ano passado, um recuo de 20% na comparação com 2022, quando foram registradas 1.364 transações. O número mais recente de operações na região corresponde a 72% do total de 1.505 transações realizadas no Brasil em 2023.
Segundo a pesquisa, o Brasil registrou 1.505 fusões e aquisições de empresas em 2023, uma queda de 13% na comparação com 2022, quando foram realizadas 1.728 operações desse tipo. Apesar de 2023 ter registrado menos operações que 2022, e menos também que 2021 (1.963 transações), os números atuais são superiores a períodos anteriores: 1.117 em 2020, 1.231 em 2019, 967 em 2018, 830 em 2017, e 740 em 2016.
O sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil, Guilherme Coimbra, observa que os dados evidenciam que, apesar da retomada de muitas fusões e aquisições, o ano passado foi, conforme previsto, menos aquecido que o anterior. “As razões estão no aumento global de taxas de juros, que afetou a liquidez e a redução do número de transações global, e, também, em função de instabilidades geopolíticas globais”, explica.
Para Coimbra, é possível recuperar o número de transações, em breve, com a melhoria de indicadores econômicos nacionais. “2024 deve ser melhor do que 2023. A gente já vê alguns sinais, como a redução da taxa de juros, além da potencial retomada de IPOs (ofertas públicas iniciais de ações), o que também ajuda muito no número de transações”, diz.
A taxa básica de juros, a Selic, está definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC). Foi a quinta queda consecutiva. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas.
Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027.
Coimbra diz que um dos setores que deve se destacar em volume de transações neste ano é o de tecnologia da informação, além do segmento de energia, fruto da transição energética, bem como o de mineração.
“Também deve crescer o segmento das instituições financeiras, os meios de pagamento, pela diversidade e pela tecnologia, tende a ser bastante aquecido”, analisa. Ele observa que Minas Gerais é um estado relevante, com destaque para os setores de mineração e agronegócio, com potencial de crescimento de fusões e aquisições em 2024.
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