terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Pesquisa mostra que 73% das lojas virtuais no Brasil são familiares

 


A pesquisa foi realizada em 2024, com base em uma amostra de mais de 23 milhões de sites brasileiros

A pesquisa foi realizada em 2024, com base em uma amostra de mais de 23 milhões de sites brasileiros (Crédito: Pexels)

 

O setor de e-commerce no Brasil apresentou um crescimento forte em relação a 2022. O número de lojas virtuais aumentou em 17% em um ano, chegando a mais de 1,9 milhão. Os dados são da nova edição da pesquisa “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, realizada anualmente, pela empresa de dados BigDataCorp. O levantamento foi realizado em 2024, com base em uma amostra de mais de 23 milhões de sites brasileiros.

“Essa edição revela que o comércio eletrônico no Brasil segue em alta, mesmo com a retomada das atividades presenciais. O setor se consolidou como uma opção conveniente, segura e diversificada para os consumidores, oferecendo uma variedade de produtos, serviços e formas de pagamento. A pesquisa também mostra que o e-commerce brasileiro está cada vez mais democrático, atendendo a diferentes públicos e regiões”, afirma Thoran Rodrigues, CEO da BigDataCorp.

A pesquisa aponta um crescimento significativo nas empresas de pequeno porte, aquelas que têm um faturamento anual de até R$ 5 milhões. Esse aumento veio junto com uma queda na parcela de empresas que têm faturamento mais elevado, que hoje totalizam apenas 2.7% do total. 

O estudo apontou que 73,5% dos e-commerces são familiares e que 86% deles tem menos de 10 funcionários. Já 45,7% são na verdade empresas individuais, nas quais apenas o empreendedor trabalha.

Também há uma redução na integração dos canais de venda físicos: a proporção de e-commerces que possuem loja física caiu para 16,5%, contra cerca de 19% em 2022. Os marketplaces, por outro lado, seguem cada vez mais relevantes. O número de e-commerces presentes em pelo menos um marketplace teve um aumento de 61% nos últimos 2 anos, saltando de 14.8% para 23.8%. Ainda para o especialista, a pesquisa evidencia um cenário promissor para o comércio eletrônico no Brasil.

“Esse aumento reflete a resiliência e adaptação do setor em um contexto pós-pandemia. Pequenos negócios estão ganhando destaque, o que mostra uma democratização do e-commerce. A queda na integração com lojas físicas e o aumento significativo em marketplaces realçam a eficácia do comércio eletrônico.” comenta.

Nas lojas online são oferecidos, principalmente, produtos e serviços com preço menor do que R$ 100 (72,3%). Já itens com valores acima de R$ 1 mil tiveram uma queda acentuada de 2022 a 2023 (20,5% vs. 15%). Uma grande parcela dos e-commerces (68,4%), possuem uma variedade de até 10 produtos à disposição do consumidor.

Cerca de 75,6% das lojas online contam com mídias sociais. Embora o Facebook ainda seja a rede mais utilizada, o TikTok vem rapidamente ganhando espaço. Em 2021, estava presente em 1.2% das lojas, e hoje já está em 14%.

 

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