segunda-feira, 1 de abril de 2024

Usiminas investe R$ 950 mi para aumentar eficiência da coqueria 2 em Ipatinga

 

USIMINAS :: Behance

A Usiminas anunciou nesta segunda-feira, 1º de abril, que vai investir R$ 950 milhões para melhorar a eficiência operacional da coqueria 2, em Ipatinga (MG). As reformas serão direcionadas para recuperar a capacidade nominal da produção de coque, principal combustível utilizado nas usinas para a produção de aço e que representa uma das etapas mais relevantes do processo siderúrgico.

Os investimentos fazem parte de um pacote de R$ 1,1 bilhão voltados para alcançar a recuperação plena da bateria 3 da Coqueria 2. A obra teve início no último mês de fevereiro e seguirá até 2026.

O reparo deve gerar 600 empregos e não vai interromper a produção do equipamento, em função do modelo adotado de revezamento entre a produção e as intervenções de manutenção.

Em meio aos esforços para a reforma, a Usiminas informou que uma parcela do coque utilizado no processo de fabricação do aço tem sido fornecido por terceiros.

A bateria 3, que passará por reforma, consiste em um conjunto de fornos responsáveis por aquecer o carvão para transformá-lo em coque. Ela integra a Coqueria 2, responsável por alimentar a produção de aço dos altos fornos 2 e 3 em Ipatinga.

De acordo com o vice-presidente de Áreas Primárias da Usiminas, Célio Assis, a produção de coque deve aumentar em 12% após a manutenção. “Esta reforma é fundamental para garantir a nossa sustentabilidade operacional para os próximos anos com a produção própria de coque que possui melhor qualidade como combustível para os altos fornos”, informou o executivo em nota.

Atualmente, a coqueria 2 opera com a bateria 3, visto que a bateria 1 foi paralisada em 2012. A coqueria 3 também teve a produção interrompida em dezembro do último ano, como forma de evitar a piora no desempenho ambiental da Usiminas.

“Estamos trabalhando para ter uma solução estrutural para garantir mais coque próprio para a nossa operação. Isso é fundamental para a nossa competitividade” acrescenta Assis.

Primeiro trimestre é o melhor da série histórica em abertura de mercados

 Ministério da Agricultura e Pecuária - Mapa


São Paulo, 1 – O primeiro trimestre de 2024 é o mais bem-sucedido da série histórica em termos de aberturas de novos mercados para o agronegócio brasileiro, conforme levantamento do Ministério da Agricultura e Pecuária. Os números mensais foram: março com 10 novos mercados em sete países; fevereiro com sete mercados em seis países; e janeiro com nove mercados em cinco países.

Em relação aos números do trimestre, apenas em 2021 se chegou perto do alcançado neste ano, quando foram totalizados 20 mercados em 9 países, disse o ministério em nota.

Desde o início do ano, somam-se 26 novos mercados abertos em 18 países, alcançando um total de 104 desde o começo de 2023, período em que se iniciou o terceiro mandato do presidente da República. Luiz Inácio Lula da Silva, e a gestão do ministro Carlos Fávaro no Ministério da Agricultura e Pecuária.

As aberturas de 2024 já contemplam todos os continentes: África (África do Sul, Botsuana, Egito, Omã e Zâmbia); Ásia (Arábia Saudita, Filipinas, Índia, Paquistão e Cingapura); Europa (Grã-Bretanha e Rússia); Oceania (Austrália); e Américas (Canadá, Costa Rica, El Salvador, Estados Unidos e México).

Os registros das aberturas não contemplam apenas a venda de produtos tradicionais dos quais o Brasil já é um grande exportador, como carnes e complexo soja, mas de diversos produtos agropecuários, como pescados; sementes; gelatina e colágeno; ovos; produtos de reciclagem animal; açaí em pó; café verde; e embriões e sêmen.

Abertura de processo pode levar a Enel São Paulo a perder a concessão, diz ministro

 


Ministro Alexandre Silveira

Ministro Alexandre Silveira (Crédito: Divulgação/ MME)

 

O Ministro de Minas e Energia, Alexandro Silveira, disse nesta segunda-feira, 1, que determinou à agência reguladora Aneel a abertura de um processo disciplinar contra a Enel. A medida pode levar a Enel para um processo de caducidade, determinando a perda da concessão do serviço de distribuição de energia em São Paulo.

“O ministério está tomando medida extremamente radical, importante e educativa para outras distribuidoras de energia”, afirmou o ministro em entrevista à GloboNews.

A medida, apresentada pelo ministério, foi tomada após diversas problemas que não foram solucionados pela empresa. Em novembro do ano passado, por exemplo, fortes chuvas geraram apagões na região metropolitana de São Paulo, e diversos bairros da capital ficaram até uma semana sem o abastecimento de energia elétrica.

A declaração ocorre em um momento em que governo e Eletrobras estão em conversas no âmbito de uma câmara de Mediação e de Conciliação para buscar uma solução consensual para a controvérsia discutida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) na qual o governo federal questiona o modelo de privatização da companhia.

R$ 300 milhões em multas aplicadas e não pagas

“Foram mais de 300 milhões em multas aplicadas a Enel, nenhuma delas paga. A Enel tem, reiteradamente, prestado um serviço de qualidade muito aquém daquilo que determina a regulação e do que a população exige”.

Silveira também pontuou que os contratos feitos com as distribuidoras de energia, há 15 anos, foram muito frouxos, permitindo uma qualidade de serviço inferior ao desejado pela população. “Nós queremos aproveitar esse momento de renovação das distribuidoras para poder demonstrar que nós vamos corrigir esse problema”.

Segundo o ministro, a Aneel tem 20 dias para responder ao governo sobre o processo de caducidade da concessão da Enel São Paulo. Ainda,  em um eventual cenário de perda do contrato da distribuidora, o governo poderá avaliar uma relicitação da concessão ou “até reestatização”.

Procurados, a Enel e a Aneel não retornaram imediatamente a pedidos de comentário.

Com uma base de mais de 15 milhões de consumidores, a Enel opera três concessões de distribuição de energia no Brasil, em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, e precisará renovar seus contratos junto ao governo nos próximos anos para continuar operando nessas áreas no longo prazo.

Segundo Silveira, o processo de renovação dos contratos de 20 distribuidoras de energia, envolvendo grandes grupos do setor elétrico, vai “corrigir” contratos que ele considera como “frouxos”. Haverá regras mais rígidas para garantir a qualidade da prestação dos serviços à população, disse.

“Estamos fazendo um decreto (de renovação) muito minucioso… Inclusive um ponto que estou colocando é de que os prefeitos municipais devem ter linha direta com as distribuidoras”, afirmou.

 

 https://istoedinheiro.com.br/abertura-de-processo-pode-levar-a-perda-da-concessao-da-enel-sao-paulo-diz-ministro/

domingo, 31 de março de 2024

Procuradoria afirma que ‘impunidade’ a violações da ditadura pode ter estimulado o 8 de Janeiro

 


“Um dos maiores erros de nossa história.” Assim a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão se pronunciou neste domingo, 31, sobre os 60 anos do golpe militar de 1964.

“Homicídios, torturas, estupros, sequestros, ocultações de cadáver e abusos de autoridade”, segue a nota ao dar o tom das perseguições que marcaram a ditadura militar no Brasil (1964-1985).

A Procuradoria dos Direitos do Cidadão concentra iniciativas do Ministério Público Federal contra violações de direitos humanos, inclusive ações de reparação pelos anos de chumbo.

No comunicado divulgado neste domingo, o órgão afirma que é “dever jurídico e moral do Estado” preservar a memória do golpe para evitar que algo semelhante aconteça.

“Nossa democracia não será plenamente estável sem o conhecimento, a análise e a discussão acerca das ações e omissões dos envolvidos no regime de exceção, bem como das consequências delas decorrentes. A real conciliação demanda, no lugar do esquecimento, a memória”, diz o texto.

O texto, assinado pelo procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, e por outros oito membros do MPF que participam do Grupo de Trabalho Memória e Verdade, relacionada ainda a “impunidade estrutural” de violações da ditadura com o 8 de Janeiro.

“As tentativas, após as eleições gerais, de ações antidemocráticas em Brasília, em dezembro de 2022, seguidas da invasão das sedes dos Poderes da República, em 8 de janeiro de 2023, comprovam que o esquecimento deliberado, os segredos e a ocultação da história se mostram incompatíveis com a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, o pluralismo político, o acesso à justiça e o direito à informação, incentivando a impunidade.”


Startup especialista em cidadania europeia completa 5 anos e inaugura escritório no Uruguai

 


A startup Cidadania4u, especialista em cidadania europeia, completa cinco anos e anuncia a internacionalização da marca por meio da BeCivis, com abertura de um escritório em Montevidéu, no Uruguai. Fundada em 2019, a Cidadania4u já atendeu mais de 30 mil clientes e só no ano passado faturou cerca de US$ 20 milhões.

“Nunca perdemos um processo no Brasil e sabemos que no Uruguai manteremos a eficiência dos resultados para que os legítimos descendentes de italianos tenham o acesso facilitado a mais de 190 países, possam morar e trabalhar livremente em território europeu, estudar e fazer negócios”, afirmam Rafael e Rodrigo Gianesini, sócios-diretores da Cidadania4u e da BeCivis.

A exemplo do que já acontece no Brasil, a BeCivis vai usar uma plataforma exclusiva para facilitar e automatizar os pedidos de cidadania por meio de inteligência artificial, o que agiliza o processo de reconhecimento da dupla cidadania. A expectativa da empresa é que o tempo médio para finalizar o processo de cidadania siga os mesmos moldes do que ocorre no Brasil e leve de um a dois anos.

Em média, tanto no Brasil quanto no Uruguai, os descendentes que buscam o reconhecimento da cidadania italiana por via administrativa no consulado podem esperar por mais de dez anos. Para reduzir esse tempo de espera, assim como a Cidadania4u no Brasil, a BeCivis no Uruguai oferecerá atendimento totalmente remoto por meio da via judicial na Itália, o que é uma opção para quem não quer sair do seu país.

“Nesse formato, a exemplo do que acontece no Brasil por meio da Cidadania4u, o cliente da BeCivis será assistido por um time de especialistas e assessores jurídicos que cuidam de cada detalhe, desde as pesquisas genealógicas, ao comparecimento nos tribunais italianos até o cadastro e acompanhamento da inscrição no AIRE (Anagrafe degli Italiani Residenti all’Estero)”, afirma a startup.


The Led emite debênture de R$ 25 mi e estuda entrada de novo sócio

 THE LED Oficial | LinkedIn


A The LED, empresa líder de vendas e manutenção de painéis eletrônicos no Brasil, acaba de finalizar sua segunda emissão de debêntures no valor de R$ 25 milhões com vencimento em 2029. De acordo com o presidente da empresa, Richard Albanesi, os recursos serão investidos em novos projetos para ampliar a presença no mercado de comunicação digital com painéis de LED. A emissão teve como coordenador líder a Galapagos Capital DTVM e a FRAM Capital DTVM, como agente fiduciário. As garantias compreendem alienação fiduciária de equipamentos, cessão fiduciária de recebíveis e aval.

A intenção da The LED era emitir uma debênture de R$ 60 milhões em dezembro do ano passado conforme o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) antecipou em outubro e investir R$ 100 milhões.

Essa é a segunda operação concretizada entre a The LED e a Galapagos. A primeira foi realizada em 2021 no valor de R$ 31,3 milhões e permanece vigente, com bom desempenho das garantias e atendimento integral dos convênios, segundo a empresa. A ideia inicial, de acordo com Albanesi, era emitir os R$ 60 milhões e quitar a primeira debênture com a Galapagos. Ocorre que, entre outubro e dezembro, a empresa recebeu proposta de um potencial sócio interessado em comprar uma parcela da The Led.

Tal proposta, segundo Albanesi, está sendo estudada internamente e deve haver uma decisão no segundo semestre. Por conta dessa proposta, a The Led decidiu fazer a emissão menor com o objetivo de atender apenas as necessidades de curtíssimo prazo. Apesar da debênture de valor reduzido que o previsto inicialmente, Albanesi reitera o plano de investir R$ 100 milhões este ano para superar os R$ 80 milhões realizados em 2023.

”Essa nova emissão reflete nosso compromisso de investimentos e política de crescimento para ampliar nossa liderança de mercado e pioneirismo tecnológico. Entramos em uma nova fase de crescimento escalonado e consciente, confiantes no potencial estratégico do nosso negócio”, afirma Albanesi.

Com 13 anos de atuação no mercado brasileiro, período no qual se estabeleceu como referência em inovações tecnológicas para mídias interativas, a The LED detém 90% do mercado brasileiro neste segmento mantendo parcerias com importantes administradoras de complexos comerciais como JHSF, Multiplan e brMalls. Também se destaca no setor varejista com projetos direcionados para líderes de mercado como C&A, Riachuelo, Ultrafarma, Sam´s Club, Carrefour, Reebok e Hering, entre outros.

Estrangeiros miram ações cíclicas na B3 com proximidade de corte de juros nos EUA

 


B3 - Crédito: Divulgação

 

As ações mais ligadas à economia doméstica devem ganhar espaço no portfólio dos investidores estrangeiros, que provavelmente voltarão a fazer aportes na Bolsa brasileira assim que os Estados Unidos começarem a reduzir os juros. Neste primeiro trimestre, a saída de recursos externos já deu sinais de ser a maior desde 2020, em boa medida pela perda de atratividade de papéis ligados a commodities com incertezas envolvendo a China e ruídos políticos em torno de Petrobras e Vale.

“A atratividade das empresas cíclicas pode vir a se potencializar por serem mais sensíveis a juros, com os cortes na Selic, e enquanto o ciclo de commodities está mais complexo”, afirma Rodrigo Moliterno, sócio fundador da Veedha Investimentos.

O Itaú BBA elevou nesta semana a recomendação para o setor de consumo discricionário para overweight (equivalente a compra), mencionando tendência de melhora na economia doméstica, à medida que a equipe macro do banco revisou recentemente sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2024 de 1,8% para 2%.

Em relatório recente, o Bank of America (BofA) diz que ainda vê falta de apetite por commodities entre os investidores. O fraco desempenho do minério de ferro no acumulado do ano e o anúncio de não pagamento de dividendos extraordinários da Petrobras são fatores-chave, afirma.

Também citando o caso Petrobras, o Goldman Sachs recomendou nesta semana a venda de ações de estatais brasileiras por conta do “aumento da intervenção governamental” e considerando que as cotações estão com múltiplos historicamente mais elevados do que de seus homólogos privados.

Moliterno, da Veedha, pondera que os estrangeiros ainda devem continuar se posicionando em grandes nomes, como Petrobras, Vale e Itaú, e não se limitar às ações cíclicas que têm baixa liquidez.

Mas em relação a outros países emergentes, o Brasil segue com múltiplos descontados e tem bons fundamentos – sendo o corte da Selic um dos principais por estimular a economia – para que se destaque no olhar dos investidores estrangeiros assim que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) iniciar a trajetória de flexibilização monetária, segundo Paulo Abreu, sócio e gestor da Mantaro Capital.

Depois que o Fed divulgou decisão para manter as taxas inalteradas na quarta-feira, 20, a chance de que os juros americanos comecem a cair em junho subiu para perto de 75%, segundo monitoramento do CME Group.

Até a última sexta-feira, 22, a saída de recursos externos da B3 totalizou R$ 22,19 bilhões no primeiro trimestre deste ano, sugerindo que este será o pior em apetite do investidor estrangeiro desde 2020, início da pandemia de covid-19, quando houve retirada de R$ 64,3 bilhões.

O movimento decorreu do adiamento das expectativas em relação ao início de corte de juros nos EUA, mas o especialista em Bolsa do Inter, Matheus Amaral, afirma que a falta de apetite a cases do Brasil, como de empresas com grande relação com a China, adiciona pressão.

A cautela com a segunda maior economia do mundo respinga em empresas brasileiras de grande peso no Ibovespa, como a Vale, porque o minério de ferro, por exemplo, perdeu o patamar de US$ 120 por tonelada que detinha até o início do mês com o receio de que as dificuldades no setor imobiliário da China reduzam a demanda pela commodity. Além disso, o governo chinês pode não conseguir cumprir a meta de crescer “em torno de” 5% em 2024.