quarta-feira, 3 de abril de 2024

Brasil teve recorde de empresas exportadoras em 2023, mostra levantamento do MDIC

 logo mdic.jpg — Ministério do Desenvolvimento, Indústria ...


Brasília, 3 – O Brasil registrou recorde de empresas exportadoras no ano passado, valor que cresceu 2% em relação a 2022. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira, 3, pela Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que apontou 28.524 firmas vendendo para o exterior em 2023. Segundo a pasta, as regiões Norte e Centro-Oeste foram as que tiveram o maior aumento porcentual de novas empresas exportadoras.

No Norte, o crescimento foi de 8,8%. Na sequência, está o Centro-Oeste, com 8%, Sul, com 2,6%, e Sudeste, com 1,4%. Já no Nordeste o número de firmas exportadoras caiu 1,6%, dado puxado pelo recuo na quantidade de micro e grandes empresas participando do comércio exterior, com quedas de 3,9% e de 2,4%, respectivamente.

Por outro lado, disse o MDIC, a região registrou o maior crescimento porcentual em relação às companhias exportadoras de pequeno porte, com avanço de 7,5%.

“Já entre as empresas de grande porte, a maior alta porcentual se deu no Centro-Oeste (11%); enquanto as microempresas tiveram destaque no Norte – crescimento de 10%”, apontou o MDIC.

O ministério ainda considerou que, embora o novo estudo tenha apontado para crescimento dos índices, os números absolutos mostram que ainda é grande a concentração de firmas exportadoras nas regiões Sudeste e Sul, sendo 83,6% no caso das microempresas, 88,3% nas pequenas e 87,7% nas médias e grandes.

Nesta quarta, o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram, e um dos temas do encontro foi justamente a pauta exportadora.

De acordo com Haddad, eles discutiram um programa para incentivar o número de pequenos exportadores no Brasil. “Vamos verificar perfil de quem exporta e como podemos expandir rede de apoio”, disse o ministro mais cedo.

Em nota sobre o novo estudo da Secex, Alckmin afirmou que os dados reforçam a necessidade de programas voltados para diversificar o perfil das firmas que vendem ao exterior. “É nesse sentido que lançamos no ano passado a Política Nacional da Cultura Exportadora (PNCE). A ideia é justamente elevar a participação das MPEs no mercado internacional, com mais cidades de todas as regiões exportando”, afirmou.

Brasil volta a produzir insulina glargina com fábrica da Biomm

 


Unidade de Nova Lima é capaz de atender até 80% da demanda nacional e deixa o país próximo da autossuficiência

 

 

Estudos mostraram que um quarto dos diabéticos americanos precisa racionar a insulina de que precisam porque não conseguem pagar pelo suficiente, segundo a ativista Mindy Salango - AFP/Arquivos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Biomm, farmacêutica brasileira pioneira na produção de biomedicamentos, a produzir insulina Glargina em sua fábrica em Nova Lima (MG). O Glargilin, nome dado pela empresa ao produto, já estava registrado no Brasil, mas com fabricação exclusiva na China. Com a aprovação de um conjunto de alterações pós-registro, nesta terça-feira, dia 2, a Biomm poderá fazer a formulação e o envase do produto terminado no Brasil.

A insulina Glargina é uma variedade do produto que tem entre as principais características a duração maior que a humana. Produzida usando a técnica de DNA recombinante, pode ser aplicada sem horário determinado, apenas uma vez por dia.

O início da produção na fábrica da Biomm marca a retomada da produção de insulinas no Brasil, depois de anos, e deixa o país próximo da autossuficiência. Segundo a empresa, quando estiver operando a plena capacidade, a unidade produzirá 40 milhões de frascos e seringas do biomedicamento por ano, o suficiente para dar conta de 80% da demanda nacional. Neste ano, a empresa calcula que já será capaz de produzir 10 milhões.

A retomada da produção faz parte de um conjunto de iniciativas do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), que tem o objetivo de retomar a produção de insumos estratégicos para o setor farmacêutico, garantindo a independência nacional no tratamento de uma das doenças que mais cresce no mundo.

Só no Brasil, há cerca de 16 milhões de adultos diabéticos, de acordo com o Atlas do Diabetes. E, até 2045, a perspectiva é de que o número irá aumentar para 23 milhões, acompanhando a tendência global de alta. Mas, mesmo com a demanda crescente, ainda são poucos os fabricantes de insulina no mundo.

O investimento total para a produção de insulina na fábrica de Nova Lima é de R$ 800 milhões. Para dar início à operação, a Biomm aumentou o capital em R$ 271 milhões, recentemente. Parte do dinheiro veio de uma captação estruturada e ancorada pelo Banco Master, de R$ 150 milhões. O restante veio dos fundadores – Walfrido Mares Guia, Marcos Mares Guia, André Emrich e Italo Betane, donos de 24% do capital – e de outros investidores que já faziam parte da sociedade.

Lucas Kallas, controlador da Cedro Participações, por exemplo, investiu mais cerca de R$ 80 milhões para manter em 8% a participação que já tinha na empresa. A empresa tem ainda como sócios relevantes a gestora de private equity TMG, dona de 8% do negócio, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com 6%, e a XP, com 3%.

“Acreditamos na empresa, no setor, na medicina de ponta e no nosso modelo de geração de valor para sociedade. Esse novo passo abre caminho para a ampliação do acesso da população a tratamentos mais eficazes e acessíveis”, afirmou o empresário.

“A empresa terá uma posição estratégica no mercado farmacêutico brasileiro, se tornando um laboratório ícone, em nível mundial, para itens de alta complexidade”, afirma Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master.

 

 https://istoedinheiro.com.br/brasil-volta-a-produzir-insulina-glargina-com-fabrica-da-biomm/

Cade adia novamente julgamento do caso ‘PAC Favelas’ e previsão é votar no dia 17

 

Logo-CADE-julho-2017 - TeleSíntese

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) adiou novamente a retomada do julgamento do caso conhecido como “PAC Favelas”. O processo estava na pauta da sessão desta quarta-feira, 3, mas o presidente do órgão, Alexandre Cordeiro, anunciou o adiamento por uma sessão. Com isso, ele afirmou que a ação voltará à análise no próximo dia 17.

O processo era relatado por Sérgio Ravagnani, que apresentou seu voto em agosto do ano passado, quando ainda compunha o tribunal do Cade. Seu mandato se encerrou em outubro, sem que o julgamento fosse finalizado, em razão do pedido de vista de Cordeiro.

O então conselheiro relator votou para condenar a Coesa (ex-OAS) pela prática de condutas anticompetitivas em obras públicas de serviços de engenharia e construção para urbanização do Complexo do Alemão, do Complexo de Manguinhos e da Comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro.

Ravagnani seguiu a recomendação da Superintendência-Geral (SG) do Cade, que já havia sugerido a condenação da construtora. Na pena, o relator propôs uma multa de R$ 207,3 milhões a Coesa.

“No presente caso, restou provada a constituição de cartel no mercado de obras públicas de serviços de engenharia e construção para urbanização do Complexo do Alemão, do Complexo de Manguinhos e da Comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro (PAC Favelas)”, apontou nota técnica da SG. “Dessa forma, sugere-se a condenação da Representada Construtora.”

 

Saiba quem é o novo CEO da WEG, que tem como missão internacionalizar negócios da empresa

Divulgação / WEG
CEO atua há 22 anos na companhia e substitui Harry Schmelzer  |   Bnews - Divulgação Divulgação / WEG

A WEG, sexta maior empresa da bolsa de valores em importância de mercado, anunciou troca de CEO. O paulista Alberto Kuba, de 44 anos de idade, substitui o até então presidente Harry Schmelzer.

 A notícia foi publicada em reportagem do jornal Valor Econômico. O executivo tem em comum com o antigo gestor o fato de terem feito carreira na WEG, onde atuaram desde a base, em cargos de estágio da multinacional brasileira sediada em Santa Catarina, referência em soluções tecnológicas sustentáveis.

Kuba tem 22 anos de casa, é engenheiro elétrico e tem uma missão desafiadora. “Minha sucessão está sendo pensada há quatro anos. Os diretores da direção geral junto com o conselho de administração e uma consultoria externa foram apontando nomes de executivos internos como futuros sucessores”, diz Schmelzer na matéria.

Vale destacar que o executivo é o quarto presidente da empresa que possui 62 anos de fundada. Ele afirma para a reportagem do jornal que “não haverá mudanças disruptivas. Aonde queremos chegar, os segmentos que estamos visualizando e os mercados que queremos crescer já estão definidos. Minha missão, como executivo, é pegar uma empresa brasileira, que já é grande, e globalizá-la em muitos negócios”.

Para 2024, a empresa catarinense reservou R$ 1,9 bilhão em aumento de capacidade, revela a reportagem do Valor Econômico.

Marinha e Embraer assinam acordo de parceria em inovação

 


A Marinha do Brasil e a Embraer assinaram um acordo de parceria para apoio mútuo em pesquisa, desenvolvimento e inovação.
(Divulgação/Embraer) A Marinha do Brasil e a Embraer assinaram um acordo de parceria para apoio mútuo em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

 

 

A Marinha do Brasil e a Embraer assinaram um acordo de parceria para apoio mútuo em pesquisa, desenvolvimento e inovação. O objetivo da cooperação é o desenvolvimento de Radares de Busca de Superfície embarcados e de Vigilância Costeira, com o incremento da atualização do Radar Gaivota X. A assinatura ocorreu hoje, durante a LAAD, em São Paulo.

“Estamos orgulhosos de fazer parceria novamente com a Embraer. Este acordo consolida a continuidade de uma colaboração de longo prazo com um líder global em tecnologia que expandirá o leque de capacidades para a Marinha do Brasil cumprir suas missões. Nossa experiência no Radar Gaivota X será complementada pelas tecnologias de ponta e capacidades da Embraer, permitindo-nos compartilhar conhecimento e desenvolver soluções cooperativamente de ponta para o mercado global”, disse o Contra-Almirante da Marinha Alexandre de Vasconcelos Siciliano.

“Estamos muito satisfeitos em negociar esse novo acordo com a Marinha, instituição com a qual temos uma relação sólida e de longo prazo. Essa cooperação traz muitos avanços não apenas para a Marinha e para a Embraer, mas também para a Base Industrial de Defesa brasileira”, afirma Fábio Caparica, Vice-Presidente de Desenvolvimento de Negócios para América Latina da Embraer Defesa & Segurança.

Os estudos da Marinha do Brasil e da Embraer abrangem a integração do Radar Gaivota X com o Sistema de Comando e Controle Georreferenciado (SisC2Geo) e com o Sistema de Consciência Situacional Unificada por Aquisição de Informações Marítimas (SCUA). A cooperação traz uma importante contribuição para ampliar tanto o alto conteúdo tecnológico dos Programas Estratégicos da Marinha quanto o desenvolvimento da Base Industrial de Defesa, um dos principais objetivos da Estratégia Nacional de Defesa. 

*Informações via Embraer

TV 3.0 vem aí conectará canais abertos com a internet; entenda a nova tecnologia

 


TV 3.0 vem aí conectará canais abertos com a internet; entenda a nova tecnologia

Segundo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, TV 3.0 vai proporcionar novas oportunidades de negócios, por meio da oferta e consumo de propagandas. (Crédito: Freepik)

 

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, antecipou – durante participação no programa Bom Dia Ministro, do canal Gov, veículo da EBC – o anúncio da evolução da TV Digital para um novo padrão tecnológico chamado TV 3.0, a ser lançado em Brasília, nesta quarta-feira (3). A novidade promete mais qualidade de imagem e acesso facilitado pela conectividade.

“O grande diferencial vai ser justamente a questão da integração da transmissão da televisão com uma melhor qualidade de imagem, qualidade de som, com a conectividade, com a internet, com a banda larga” afirmou.

Segundo o ministro, o Brasil ainda é um dos maiores mercados consumidores da televisão aberta no mundo e a forma de acesso a esse canal de comunicação será revolucionada com a mudança. A tradicional escolha de canais será substituída por aplicativos que disponibilizarão conteúdo, tanto ao vivo como por demanda, tornando a navegação mais interativa.

Juscelino Filho disse ainda que essa interatividade vai proporcionar também novas oportunidades de negócios, por meio da oferta e consumo de propagandas, marketplace (ambiente de compra e venda) e ambiente de compras.

De acordo com o ministro, até o final de 2024 deverá ser definida a tecnologia a ser adotada. Com isso, a indústria deverá atuar na produção de equipamentos e conversores para que seja efetivada a integração dos sinais abertos com a internet. A migração será gradativa e terá início nas grandes capitais, onde o sinal será disponibilizado inicialmente.

Parceria

O ministro das Comunicações também destacou a parceria entre os Correios e Caixa para viabilizar a oferta de serviços como solicitação de seguro-desemprego, questões relacionadas ao Bolsa Família, Programa de Integração Social (PIS), FGTS e pagamento do INSS.

Ele disse que essa parceria vai facilitar o acesso das populações que precisam percorrer grandes distâncias em busca de atendimento.

“Estamos, através da parceria, usando toda a capilaridade que os Correios possuem para poder ser um vetor para que esses programas, essas ações sociais do governo, estejam mais perto da população”, observou.

A iniciativa teve início com uma experiência piloto, implantada em dezembro de 2023, na cidade de Peixe-Boi, no estado do Pará. Atualmente, o Ministério das Comunicações trabalha na adaptação dos sistemas para que a parceria chegue em todas as cidades do Brasil. Segundo o ministro, uma nova etapa deverá ser anunciada oficialmente quando os serviços estiverem em pleno funcionamento e disponibilidade em todo o país.

Campos Neto: BC tem que fazer intervenção quando houver alguma disfuncionalidade na moeda

 


 Campos Neto reconhece que juros são altos - Forbes

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu nesta quarta-feira, 3, que o Banco Central tem que fazer intervenções no mercado de câmbio quando houver alguma disfuncionalidade na moeda. “Se em algum momento tiver, nós vamos fazer”, disse o presidente do BC.

Sobre a intervenção realizada na terça-feira, Campos Neto salientou que a intervenção não teve a ver com um movimento de câmbio e frisou que o câmbio é flutuante. “Estávamos vendo que poderia ter uma disfunção e foi feita uma intervenção, colocamos no texto da intervenção isso.”

Ele emendou que o País tem uma situação bastante boa de reservas comparado a outros países da América Latina e ao mundo emergente em geral. “Com um fluxo forte e um volume de reservas bastante razoável, o câmbio não deveria ser um problema no Brasil.”

O presidente do BC acrescentou que o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos ainda não deveria ser um problema. “Nós temos um diferencial de juros ainda bastante favorável”, disse.

Campos Neto frisou que essa é sempre uma equação com dois lados, o diferencial de juros e o de risco. “Se o seu risco percebido está no mesmo que o diferencial de juros, sua moeda tem que desvalorizar para compensar”, disse. “A questão é se do lado do risco nós temos alguma mudança substancial.”

Campos Neto participou do 10º Brazil Investment Forum, organizado pelo Bradesco BBI, em São Paulo.