O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu nesta quarta-feira, 3, que o Banco Central tem que fazer intervenções no mercado de câmbio quando houver alguma disfuncionalidade na moeda. “Se em algum momento tiver, nós vamos fazer”, disse o presidente do BC.
Sobre a intervenção realizada na terça-feira, Campos Neto salientou que a intervenção não teve a ver com um movimento de câmbio e frisou que o câmbio é flutuante. “Estávamos vendo que poderia ter uma disfunção e foi feita uma intervenção, colocamos no texto da intervenção isso.”
Ele emendou que o País tem uma situação bastante boa de reservas comparado a outros países da América Latina e ao mundo emergente em geral. “Com um fluxo forte e um volume de reservas bastante razoável, o câmbio não deveria ser um problema no Brasil.”
O presidente do BC acrescentou que o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos ainda não deveria ser um problema. “Nós temos um diferencial de juros ainda bastante favorável”, disse.
Campos Neto frisou que essa é sempre uma equação com dois lados, o diferencial de juros e o de risco. “Se o seu risco percebido está no mesmo que o diferencial de juros, sua moeda tem que desvalorizar para compensar”, disse. “A questão é se do lado do risco nós temos alguma mudança substancial.”
Campos Neto participou do 10º Brazil Investment Forum, organizado pelo Bradesco BBI, em São Paulo.
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