quarta-feira, 10 de abril de 2024

Com John Deere, Amaggi anuncia que biodiesel será o único combustível em fazenda de MT

 


A fazenda Sete Lagoas tem 3,6 mil hectares e produz soja e milho

A fazenda Sete Lagoas tem 3,6 mil hectares e produz soja e milho

 

SÃO PAULO (Reuters) – O conglomerado do agronegócio brasileiro Amaggi anunciou nesta quinta-feira que o biodiesel puro (B100) deverá ser o único combustível utilizado nos maquinários das operações da sua fazenda Sete Lagoas, em Diamantino (MT), a partir de março de 2024.Em parceria com a fabricante de máquinas agrícolas John Deere, a iniciativa pioneira segue a estratégia de descarbonização das operações da Amaggi, disse a empresa.

A companhia anunciou em novembro aquisição de 100 veículos adaptados para rodar com biodiesel puro produzido pela própria empresa, que inaugurou uma fábrica do biocombustível neste ano em Mato Grosso.

No Brasil, o diesel vendido nos postos tem atualmente mistura de 12% de biodiesel (B12). A partir de março do ano que vem, o país passará a usar o B14, conforme decisão do governo nesta semana.

A fazenda Sete Lagoas tem 3,6 mil hectares e produz soja e milho. O B100 será produzido na fábrica da Amaggi em Lucas do Rio Verde (MT).

“Uma das nossas metas é a descarbonização dos nossos negócios, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa”, disse o presidente executivo da Amaggi, Judiney Carvalho, em nota.

A operação com B100 na Fazenda Sete Lagoas terá início após anuência da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

O pedido da Amaggi à autarquia será feito em breve, após devida autorização a ser emitida por órgão ambiental, acrescentou a empresa.

“Esse mesmo combustível vai ser usado para abastecer nossa frota rodoviária a partir do ano que vem e, em breve, vamos estender essa utilização para a nossa frota fluvial”, acrescentou o executivo, confirmando estratégia divulgada anteriormente.

Os testes da empresa para operar com o B100 começaram em março de 2022, na Fazenda Itamarati, a maior da companhia, em Campo Novo do Parecis (MT).

Ao todo, foram quase 20 mil horas de operação de máquinas com o biocombustível, o que atesta a segurança e eficácia para sua utilização.

(Por Roberto Samora)

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