terça-feira, 9 de abril de 2024

Governo habilita primeiras 23 empresas no Mover, programa de mobilidade verde

 Carro elétrico da frota dos Correios


O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) publicou nesta terça-feira, 9, 23 portarias de habilitação de empresas do setor automotivo no programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Outros 18 pedidos permanecem em análise técnica, informou a pasta. O Mover foi lançado pelo governo em medida provisória editada no final do ano passado e prevê que o IPI dos veículos será diferenciado a partir de quatro critérios: fonte de energia usada na propulsão, consumo energético, potência do motor e reciclabilidade.

O programa também prevê créditos financeiros para quem investir em pesquisas, desenvolvimento e produção tecnológica que contribuam para a descarbonização da frota de carros, ônibus e caminhões.

As empresas já habilitadas são: Toyota, Horse, Renault, Peugeot-Citroen, Volks, Sodecia, GM, Mercedes-Benz, Nissan, Honda, Weg Drive & Controls, Marcopolo, FCA Fiat Chrysler, Weg equipamentos elétricos, FTP, Eaton, On-Highway, Volks Truck & Bus, Bosch, Faurecia, FMM, Schulz e Ford (centro de pesquisa).

De acordo com o Mdic, podem se habilitar no programa empresas que produzam ou tenham projeto de desenvolvimento no País. A maioria das autorizações iniciais são para fabricantes de veículos e autopeças que já produzem no país.

“Das que permanecem sob análise, 11 são para projetos de desenvolvimento, incluindo novas plantas, novos modelos e relocalização de fábricas; e três são para serviços de pesquisa de empresas que não fazem carros nem componentes, mas têm centros de P&D e laboratórios no país. As outras quatro são empresas com fábricas já em funcionamento”, informou o Mdic.

As empresas habilitadas no Mover precisam apresentar seus projetos para requisitar os créditos proporcionais aos investimentos – que variam de R$ 0,50 a R$ 3,20 por real investido acima de um patamar mínimo. Quanto maior o conteúdo nacional de inovação presente nas etapas produtivas, maior o crédito, destacou o Ministério. A busca por mercados externos também cria incentivos adicionais.

Investimento de US$ 6,9 tri ao ano é necessário para infraestruturas sustentáveis, diz OCDE

 OCDE | Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico Social


 

Temperaturas recordes provocaram temporadas mais longas de incêndios florestais e mais ondas de calor, inundações e secas em 2023, apontou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório divulgado nesta terça-feira, 9. O documento sustenta que investimentos “massivos” serão necessários para desenvolver uma infraestrutura sustentável resiliente e capaz de mitigar riscos climáticos, o que representa uma soma anual de US$ 6,9 trilhões até 2030 para ser compatível com os objetivos do Acordo de Paris, segundo estudo da OCDE.

O relatório detalha a pressão crescente destes fenômenos climáticos sobre as infraestruturas em todos os setores, desde as redes de eletricidade, comunicações e transportes até à água e ao tratamento de resíduos, sendo os países em desenvolvimento particularmente atingidos.

 As nações terão de tomar medidas para resolver esta questão, desempenhando os governos regionais e locais um papel essencial, sendo responsáveis por 69% do investimento público significativo para o clima nos países da OCDE.

Paralelamente, os ativos de infraestruturas constituem uma parte importante dos danos, tendo as perdas econômicas resultantes de catástrofes aumentado sete vezes entre as décadas de 1970 e 2010, passando de uma média de US$ 198 bilhões para US$ 1,6 trilhões.

Grupo alemão DVA retoma negócios com agroquímicos no Brasil com marca Agroallianz

 Agroallianz | LinkedIn


O Grupo alemão DVA retorna ao mercado de agroquímicos no Brasil com a estreia de uma nova marca, a Agroallianz, após nove anos, período em que a companhia não poderia atuar no segmento de defensivos agrícolas em território nacional. Em 2021, porém, a empresa já atuava no cenário nacional, mas com soluções de especialidades, tecnologias para fertilizantes e adjuvantes, com foco em bioestimulantes fabricados na Espanha. Recentemente, a companhia investiu em fábrica no Brasil.

A estimativa da Agroallinanz no mercado brasileiro de defensivos é atingir 44 produtos até 2028 (a companhia já chega com 22 produtos, entre fungicidas, inseticidas e herbicidas) e, em cinco anos, pretende faturar no País perto de US$ 100 milhões. “Em 2023, foram US$ 8 milhões somente com o segmento de especialidades, que é recente também. Contudo, para 2025, a expectativa com os agroquímicos é de saltarmos para US$ 25 milhões. Ou seja, três vezes mais a cada ano”, disse em nota o diretor geral da Agroallianz, Fernando Fernandes.

Nos outros países de atuação, o setor de defensivos agrícolas é o grande faturamento da companhia, sendo mais de 800 registros de crop protection. Somente no Brasil eles não estavam sendo comercializados.

“Aqui, nesta retomada, temos ciência de que é um ano atípico, ainda mais difícil. Entretanto, enxergamos o Brasil como uma das maiores potências para nossas soluções e objetivos. A ideia é que, de 8% hoje, o mercado brasileiro passe a representar metade do faturamento anual da DVA toda”, destacou o executivo.

Paralelamente, a companhia entendeu que o mercado de especialidades também era uma demanda importante e com um crescimento muito rápido no Brasil. “Frente a isso, ao longo dessa jornada, o Grupo DVA investiu cerca de US$ 80 milhões para ofertar ao mercado a linha especialidades, distribuídos em Incentia – bioestimulantes e fertilizantes, Adyuvia – adjuvantes, e Esencys – biológicos, além dos protocolos de registros de agroquímicos”, detalhou.

Produção industrial opera acima do nível pré-pandemia em 9 dos 15 locais, mostra IBGE

 

Após três meses de queda, produção industrial cresce 1,4% em ...

A produção industrial operava em fevereiro em nível superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia de covid-19, em nove dos 15 locais pesquisados, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os parques industriais que superaram o pré-covid foram Amazonas (22,1% acima do pré-pandemia), Mato Grosso (14,8% acima), Minas Gerais (13,3% acima), Rio de Janeiro (12,8% acima), Goiás (9,0% acima), Rio Grande do Sul (3,1% acima), Paraná (1,7% acima), Santa Catarina (1,2% acima) e São Paulo (0,2% acima).

Na média nacional, a indústria brasileira operava 1,1% abaixo do pré-crise sanitária.

Os locais com nível de produção aquém do pré-covid foram Pernambuco (-4,2%), Espírito Santo (-4,5%), Ceará (-6,9%), Pará (-15,5%), Nordeste (-17,8%) e Bahia (-20,6%).

Queda em SP exerce maior influência negativa na indústria nacional em fevereiro ante janeiro

 Portal FNP - IBGE aponta aumento da autonomia financeira dos ...


 

O recuo de 0,5% na indústria de São Paulo em fevereiro ante janeiro deu a maior contribuição para a retração de 0,3% da produção industrial brasileira no período. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O setor de derivados do petróleo foi o que mais influenciou negativamente no comportamento da indústria paulista, seguido pelo setor de alimentos e de produtos químicos”, apontou Bernardo Almeida, analista da pesquisa do IBGE, em nota oficial.

Na passagem de janeiro para fevereiro, na série com ajuste sazonal, dez dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas. No entanto, São Paulo responde por cerca de um terço de toda a produção industrial nacional.

Aneel nega recurso da Enel SP e mantém multa de R$ 165,8 milhões à distribuidora

 ANEEL Logo – Agência Nacional de Energia Elétrica Logo – PNG ...


A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu, por unanimidade dos votantes, manter a multa de R$ 165,8 milhões aplicada à Enel São Paulo por conta da demora em restabelecer o serviço após o apagão de novembro do ano passado.

Na ocasião, uma tempestade com ventos de até 105 quilômetros por hora impactou o fornecimento de energia a milhões de consumidores na capital paulista e região metropolitana. Parte dos consumidores chegou a ficar uma semana sem o serviço.

A multa havia sido aplicada pela área técnica na agência reguladora em fevereiro, mas a empresa recorreu. Agora, a penalidade foi confirmada pela diretoria colegiada da Aneel e deverá ser paga pela empresa.

De acordo com a área técnica da Aneel, a penalidade está sendo aplicada pela demora no restabelecimento do serviço e não pela ocorrência em si. Entre os pontos destacados está o aumento “significativo” da quantidade das equipes apenas na segunda-feira, 6 de novembro, embora a ocorrência tenha se iniciado na sexta-feira anterior, em 3 de novembro.

A agência citou ainda que após 24 horas do início do evento, o serviço foi restabelecido a aproximadamente 60% dos clientes afetados na área de concessão, enquanto em outras áreas também atingidas pela tempestade, mas atendidas por outras empresas, o porcentual era de 80%.

A Aneel pontuou também a piora de indicadores que nos últimos anos. O tempo médio de restabelecimento de interrupções da Enel São Paulo no ano passado, medida até 31 de outubro, ficou em 10,62 horas, acima das 6,82 horas da média nacional. O número de unidades consumidoras com interrupções com duração superior a 24 horas chegou em seu pior nível quatro anos.

Durante a reunião, o representante da Enel SP, o advogado Fabiano Brito, defendeu ser preciso separar as dimensões do evento da atuação da distribuidora. “A concessionária agiu. Pode não ter sido o perfeito, se pode sempre melhorar. Agora, ela efetivamente agiu e religou um milhão de usuários e boa parte das concessionárias do país não tem sequer esse número de consumidores”, pontuou.

Ele chegou a questionar a tipificação da multa e sua dosimetria, ou seja, o valor calculado pela Aneel, mas não foi atendido pelos diretores.

Em crise com credores, Polishop aposta em modelo de franquia para se reerguer

 


Polishop

Estratégia da marca é voltar com lojas físicas de rua (Crédito: Renato Pizzutto)

 

A Polishop pretende começar a explorar o modelo de franquias de lojas físicas de rua a partir do final de abril. Em meio a uma crise financeira e problemas com credores, a companhia está de olho em cidades médias e grandes para ampliar a sua presença no país e se reerguer.

A necessidade, de acordo com o CEO da empresa, João Appolinário, em entrevista à IstoÉ Dinheiro, veio depois da Polishop sofrer com o fechamento de lojas de shopping após os aluguéis dispararem após a pandemia. O número de lojas da marca encolheu para 120, menos do que a rede tinha há três anos.

“Isso já estava dentro de uma reestruturação da empresa e agora vamos colocar a primeira franquia na rua. Isso vai ser muito importante pra gente aumentar a nossa capilaridade”, afirmou. 

Empresa busca acordos extrajudiciais com credores

A companhia vem passando por dificuldades desde a pandemia. As lojas em shoppings, todas em modelo próprio, chegaram a somar 250 no final de 2021. Hoje esse número é de 120. A justificativa para isso foram os alugueis em shoppings, que subiram mais de 60% nos últimos anos, de acordo com Apolinário.

Em razão da crise, a empresa anunciou que vai procurar realizar acordos extrajudiciais com credores como parte do plano de reestruturação da companhia. Em nota, a Polishop aponta que os planos são “abrir espaço com os credores de forma colaborativa”.

A empresa afirma que os acordos não vão alterar os planos do lançamento da primeira franquia ainda em abril.

O varejo brasileiro viu nos últimos anos diversas empresas apelando para as recuperações judiciais para renegociar suas dívidas, como as redes Americanas e Dia. No caso da Polishop, o próprio Appolinário afirma ter feito um aporte pessoal de R$ 50 milhões desde a pandemia de Covid-19 para fazer a empresa pagar às instituições financeiras e fornecedores. 

Qual é a estratégia para as franquias

Pioneira na venda de produtos por telefone e pela TV, a empresa vai focar a sua estratégia em franquias de lojas físicas de rua em cidades grandes e médias pelo país. A expectativa é de lançar 23 lojas em 2024, ter 102 franquias em 2025, 182 em 2026, 266 em 2027 e alcançar 314 lojas em funcionamento até o final de 2028. O cliente vai poder ver e levar o produto na hora.

As franquias têm taxa no valor de R$90 mil, com área mínima de 80m² e máxima de 200m². Além disso, o franqueado deve ter R$ 80 mil de capital de giro e mais R$ 80 mil para a montagem da loja. Nas contas da empresa, o franqueado vai precisar desembolsar R$ 250 mil para ter a loja funcionando. A ideia é lançar as lojas em cidades médias e grandes pelo Brasil.

Apesar de sempre apostar também nas vendas por telefone e internet, Appolinário entende que o consumidor tem a necessidade de tocar e interagir com um produto que ele nunca tenha visto ao vivo. “No ponto de venda dá para saber se aquilo que nós estamos anunciando de fato é verdade, se aquele produto vai atender às suas necessidades”, explica. 

Apesar de ser novidade na Polishop, o empresário tem experiência no franqueamento de negócios. Um exemplo é a Decor Colors, que Appolinário se tornou sócio em uma episódio do Shark Thank Brasil, em 2021. A rede de lojas especializadas em tinta já conta com mais de 500 lojas e foi a franquia que mais cresceu em 2023. 

Atuação como tubarão em reality show

Há oito edições como um dos tubarões da edição brasileira de “Shark Thank”, Apolinário já participou de mais de 50 empreendimentos como sócio. Nem todos deram certo e alguns deles nem mesmo saíram do papel. O empresário afirma que gosta de falar sobre o empreendedorismo na vida real e não nos palcos ou nas redes sociais. 

“Ali tem um aprendizado na vida real, não é discurso de palco. É um reality show e não um game. É aquilo que o Instagram e o Facebook não mostram. A gente quer falar um pouco de dificuldades, problemas e as soluções encontradas pelos empreendedores”, completa.

Apesar da empresa passar por uma tempestade, o empresário enxerga o futuro do varejo brasileiro de forma positiva. 

“O varejo acaba sendo o para-choque da economia. É o primeiro a sentir o baque e o último a se recuperar. Mas com a queda na Selic acredito que o varejo deve se recuperar em 2024 e 2025”, acredita.